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Capítulo 5.

— Não, mas sei que você é burra. O que você está fazendo andando sozinha com essa roupa?

Eu zombei. — Você não é meu pai. —

— Não, mas tenho uma filha e sei o que é melhor para ela. A propósito, seu batom está borrado. — Ele disse, apontando para mim.

— Vá para o inferno. Pervertido. — Não me preocupei em arrumar, estava concentrada demais olhando para ele para perceber a situação. Eu estava em um quarto com ele, um quarto vazio, iluminado por velas, luzes LED azuis e um cheiro de canela no ar.

O cheiro era horrível. Seus olhos percorreram minhas roupas e pousaram no meu peito. Não sei por que, mas me senti excitada. Eu poderia ter imaginado, mas a maneira como ele me pegou lentamente me fez dizer: “Não, Melanie”. Não.

Não. Você não vai ficar excitada com qualquer um. E onde está o Danny?

— Agora, se me dão licença, tenho que voltar para o meu encontro na área VIP. — Abri a porta para sair, mas ele chegou tão rápido que pensei que estivesse drogado. A porta se fechou com um estrondo e me fez olhar para ele.

— Você não vai a lugar nenhum vestida assim, Mel. — Ele estava falando sério.

— Que pena que não vim aqui por você. —

— Onde está a Reina? —

— Eu vim sozinho. — Eu menti. Não sei se ele acreditou, mas o que mais importava? Ele recuou e sentou-se na cama de mogno atrás de mim. A música inundou o quarto, o que me fez levantar os olhos.

— Odeio essas camas sensoriais — murmurou para si mesmo. Ele voltou a olhar para mim. O quarto estava esquentando e, meu Deus... Por que ele tinha que ser tão bonito?

Foi interessante conhecê-la durante as últimas... horas. Você não é apenas uma pirralha, mas também uma vadia.

— Desculpe? — Quem você pensa que é?

— VIP é a seção de vendas. Você vende seu corpo por uma miséria? — Eu me aproximei furioso.

— Para sua informação, não estou vendendo meu corpo.

Ele colocou a mão atrás da orelha. — Hein? Não consigo ouvir sua pobreza com essa música.

— Para alguém tão velho, você é muito infantil. —

Ele repetiu, desta vez dizendo: — Hã? — Eu sei que você está me ouvindo, a maldita música não está tão alta. A menos que você esteja ficando surdo. Eu sorri.

— Ah, desculpe, esqueci quantos anos você tem e que agora você tem audição seletiva. Que tal se eu disser mais devagar desta vez? Chupa meu pau!

Sim, você se sentiu bem com essa resposta.

— Bom, vou deixar você com suas tarefas. —

— Não vendo. —

—Sim, claro. Mas, se você não quer que todo tipo de homem te toque, você poderia voltar para o meu castelo e se arrumar como deveria.

Fiz um gesto obsceno para ela e ela riu. Ela realmente riu. — E é por isso que você está sem trabalho. —

— Vou encontrar meu caminho. —

Será que vou conseguir?

— Tudo bem, se você diz. Mas... a oferta continua de pé. E só estou fazendo isso para me redimir com a Rainha depois do que aconteceu esta tarde.

Então a música mudou.

—Como está seu dedo? —perguntou ele, parecendo genuinamente curioso.

Cruzei os braços. Tinha tirado o curativo. —E o que você quer saber?

—Porque você se machucou sob meus cuidados. —Seu tom é sutil.

Eu zombei, olhando para o outro lado. No entanto, não disse nada; a letra da música marcava o clima. Eu vim buscar o Danny, não para conversar com ele.

Ele se levantou e observei cada um de seus movimentos. Ele deu apenas dois passos antes que seu corpo estivesse perto do meu. Ele parece mais alto, cheira maravilhosamente bem e está incrível. Droga, Melanie, este é o pai da sua amiga!

Frank pegou minha mão suavemente, levando-a até seus olhos. Aqueles olhos prateados escureciam na noite. Ele levou minha mão até seus lábios e beijou o pequeno pedaço do meu dedo.

Eu deixei. Não sabia por quê, mas deixei. Deixei ele me tocar, beijar meu dedo. Então senti calor e umidade. Frank passou a língua no meu dedo e meu coração disparou.

Eu deveria me afastar, gritar com ele, correr atrás da Reina, mas não fiz nada disso. Eu gostava demais dele para mandá-lo embora.

Este é um dia memorável. Frank me agarrou pela cintura e me puxou para o seu peito. Respirei fundo e minhas mãos tocaram seu peito.

Sua respiração aquecia minha orelha e eu podia sentir sua ereção na minha testa.

— Sabe, Mel, apesar da sua natureza... você se sai muito bem. — Seus dedos pressionaram mais dentro de mim e eu mordi o lábio inferior para parar de gemer.

Agora estou com vontade de transar.

Só fiz sexo com quatro pessoas antes, e nenhuma me deu o que eu queria. Já faz tempo. Tempo desde que me divirto.

— Quem disse isso? — Eu ofeguei quando seus dentes beliscaram meu pescoço.

— Continue falando. — ele sussurrou.

— Quem disse que eu quero que você me toque... p—pervertido? —

Seus lábios não se separaram da minha pele enquanto eu falava.

— Então afasta-me. Vá... afasta-me, Melby. — Ele mordeu-me com mais força e finalmente empurrei-o.

Recuperei o fôlego e limpei a garganta.

—Sou Melanie.

Saí do quarto o mais rápido possível e subi para o segundo andar. Não sabia onde Reina estava, mas não me importava. Precisava me embriagar. E rápido.

__

Observei-a a noite toda. Onde quer que ela fosse, eu a seguia. Certifiquei-me de não perdê-la de vista. Não sei por que ela me emociona tanto. Acho que é porque ela sabe como despertar esse meu lado. Um senso de humor.

Apesar de ser um homem, não me sentia tão excitado em cinco anos. Bebeu até não poder mais. Riu sozinha, tendo que se forçar a baixar aquele vestidinho.

Por que ela vestiu uma coisa dessas? Achei que estava vendo coisas quando a vi passar sozinha pelo segundo andar.

Estava procurando uma oportunidade inicial com Juan. Então, segui-a. Não fazia ideia de para onde ela estava indo e também não estava ciente do ambiente ao redor. E se eu fosse outra pessoa?

Então ela dançou com alguém. No começo, não me incomodou, mas depois ele começou a puxá-la para a escada. Balancei a cabeça e deixei meu copo. Já bebi algumas doses.

— Aonde você vai? — Juan pergunta.

— Ser cavalheiro.

— O quê?

Não repeti enquanto os seguia em silêncio pelas escadas. Chegaram ao terceiro andar e ele continuou a acompanhá-la pelo corredor.

— Vai ser divertido — ouço-o sorrir.

— Mmm, não sei. —

— Shh, apenas deixe acontecer, está bem? —

Eu mexi nos meus anéis e os arrumei. Ao virar a esquina, ele nem esperou que estivessem em um quarto. Simplesmente a encostou na parede, enfiando a língua à força na boca dela.

Melanie expressou seu desgosto e tentou empurrá-lo para longe dela.

— Pare. — Ela conseguiu dizer. — Pare. — Sua mão percorreu a bunda dela, tocando-a e apertando-a. Sim, já tive o suficiente disso.

Eu o empurrei pelo pescoço e ele cambaleou. — Que diabos, cara?! —

A aula está começando. Quando uma mulher diz basta, você para.

—Vá se foder. —Eu lhe dei um soco. Ele caiu no chão e eu fiquei em pé sobre ele. Puxei sua camisa; seu nariz estava cheio de sangue.

“Que merda é essa, cara?” Agora ele está com medo.

— É isso que você ganha por abusar da donzela. — Eu o bati mais uma vez, e outra, e outra.

—Frank, pare! —Fiquei paralisado. Eu a ouvia soluçando e sorvendo. O sangue escorria dos meus anéis e dos meus nós dos dedos. —Pare, por favor.

Eu parei. Soltei-o e ele caiu no chão. Foi um pouco decepcionante que tenha acabado tão rápido. Virei-me para Melanie e ela estava lá, chorando. A maquiagem estava toda borrada, o cabelo uma bagunça por ter passado os dedos por ele sem parar.

Bem, olha só, agora ela parece normal. — Venha cá. — Eu a segurei pelo pulso, mas ela se afastou.

— Não! Não... não faça isso. — ela soluçava.

“Eu estava prestes a te estuprar. Você bebeu demais. Vou te levar para casa.”

— Não. Não vou. Deixe-me em paz.

Ela é teimosa. — Porque não é não — ela arrastou as palavras. Isso me fez rir.

— Não nesta situação. — Eu a levantei e a coloquei sobre meu ombro. Ela me deu um soco nas costas, mas eu não me importei. Ela tem que ir para casa.

—Me solta! Você... você, uf! —Ela continuou me batendo enquanto descia as escadas. Saímos, onde havia muito mais silêncio e mais ar.

— Acho... acho que vou passar mal. —

Merda! Tirei-a rapidamente do meu ombro e, naquele momento, ela vomitou. Segurei-a enquanto ela vomitava. Até me certifiquei de que o cabelo dela não a incomodasse. Melanie chorou e desabafou.

A posição em que estávamos me deixou excitado só de pensar. Ela estava inclinada assim, com a bunda acidentalmente contra minha virilha, enquanto minha mão estava presa em seu cabelo.

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