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3- Derick

Como ela pode me acusar por estar infeliz? Eu fiz e faço tudo por essa mulher, eu a amo com toda a minha alma e mesmo assim, ela acredita cegamente que eu a traí. Estou atolado em trabalho, estou estressado com problemas que surgiram na filial do Brasil, Noah está à frente daquela empresa mas está com problemas e me pediu ajuda, não posso negar ajuda a ele mas meu irmão me pediu para não preocupar o nosso pai, não contei a ninguém sobre esse problema além do Matt, ele está me ajudando a resolver tudo mas isso está me consumindo muito tempo.

Estava chegando tarde em casa e isso despertou desconfianças na minha mulher, principalmente depois que ela surpreendeu a secretária acariciando o meu braço em um ato de tentar me tranquilizar, foi um momento muito rápido mas foi tempo o suficiente para Evellyn pensar o que não devia, eu já havia dado uma divergência aquela infeliz, mas depois de hoje foi a gota d'água, eu tive que mandá-la embora e sinceramente, me arrependo de não ter feito isso antes.

Mas a secretária não é o meu único problema, a uma semana estou recebendo e-mails daquele desgraçado do Calebe insinuando coisas com a minha mulher, e depois de pegá-la falando com ele no telefone foi impossível me controlar e não desconfiar, aquele verme vem me mandando e-mails com fotos dele com Evellyn mas eu sei que são antigas, são fotos de antes de nos conhecermos porque se ela já era linda antes, agora ela está ainda mais linda, a maternidade a deixou ainda mais maravilhosa.

Vê-la chorando é algo que me destrói por dentro, acaba com a minha alma ver a mulher que eu amo sofrendo por algo sem fundamento, o pior de tudo é que ela está me odiando e logo vai deixar de me amar, ela está infeliz com o nosso casamento mas eu não posso perdê-la, posso estar sendo egoísta ao prendê-la a mim mas eu a amo, ela não vai deixar de ser a minha esposa.

Evellyn sai apressada com o carro e eu temo que ela sofra um acidente, a primeira vez que nos separamos ela bateu com o carro e quase perdeu a nossa filha.

— Vamos papai? A gente quer ver o filme! — Davi aparece correndo ao meu lado e Alicia vem logo atrás.

Vejo meu pai e minha tia na porta apreensivos com a minha atual situação.

— Amanhã eu volto, papai, depois com calma quero conversar com vocês para tentar me acalmar um pouco... Mas agora preciso cumprir a promessa que fiz aos meus filhos. — Tento não demonstrar aos meus filhos o quanto estou mal, eles estão tão empolgados para ir ao cinema.

— Tudo bem meu, filho, vá com as crianças mas não deixe de me ligar caso precise, está bem? Depois conversaremos. Agora eu quero um abraço bem apertado dos meus netos, venham crianças! — Meu pai aproxima-se abrindo os braços para os meus filhos que correm de volta para ele, abraçando-o como ele pede.

Nos despedimos de todos e coloco os meus filhos no carro entrando em seguida, sigo para minha cobertura e as crianças continuam empolgadas falando do desenho que querem assistir, na cobertura tem uma bela sala de TV mas eu prometi o cinema, então vou levá-los ao cinema, depois a gente come alguma coisa no shopping antes de voltarmos pra casa.

Assim como planejei nós fizemos, meus filhos estão radiantes conversando empolgados enquanto assistem ao desenho, até fizeram amiguinhos novos porque as outras crianças estão tão empolgadas quanto eles, não consigo prestar atenção no desenho, só consigo admirar os meus filhos e pensar que a mãe deles está me odiando agora, não sei se ela ainda me ama como antes, ela deixou isso claro lá na empresa, talvez ela tenha dito isso da boca para fora mas o fato é que me feriu ouvi-la diz isso, que não nos amamos como antes mas ela está enganada, eu a amo tanto ou mais que antes, a cada dia meu amor por ela só faz crescer mas confesso que errei ao desconfiar dela em relação ao seu ex namorado, aquele infeliz plantou dúvidas na minha mente e eu feito um idiota a questionei sobre ele, claro que ela não gostou e acabamos brigando e agora ela também desconfia até da minha sombra.

— Papai você está me ouvindo? O filme já acabou e eu estou com fome... Vamos embora papai, todo mundo já está indo. — Saio dos meus pensamentos com Alicia parada na minha frente e só então percebo a sala de cinema quase vazia.

— Me desculpa, filha, o papai se distraiu... Vamos! Vamos lanchar porque eu também estou faminto. — Tento ao máximo não demonstrar aos meus filhos o quanto estou chateado por estar longe da mãe deles.

As crianças sabem que estou triste mas a presença deles são a minha única alegria nesse momento. Saímos do cinema e seguimos para praça de alimentação, paro com as crianças em um restaurante para dar a eles comida de verdade, mas não quiseram, escolheram milk-shake, Hamburg e batatas fritas, não é sempre que aproveito momentos como esses com os meus filhos então vou fazer a vontade deles, só por hoje. Para mim eu servi um bom prato de comida pois estou realmente faminto, não tenho me alimentado direto com tanto trabalho na empresa.

Depois do lanche voltamos pra casa e como imaginei, os dois dormiram no banco de trás, mas eles já estão grandinhos e não vão querer que eu os carregue no colo, principalmente Alicia que já está uma mocinha e acha que levá-la no colo é vergonhoso, vê se tem cabimento uma coisa dessas?

Acordo os dois e vamos para o elevador, eles estão dormindo em pé e eu puxo-os para perto de mim, abraçando-os para não deixá-lo s cair, assim que entramos na cobertura Davi corre para as escadas enquanto Alicia encara-me com aquele sorriso manhoso.

— Você pode me pegar no colo agora papai, não tem ninguém vendo. — Ela abre os braços para mim me fazendo sorrir.

— Está bem, princesa, eu pego você no colo... Eu já estava com saudades de fazer isso, você já está uma mocinha e não me deixa mais te pegar no colo... Você vai ser sempre a minha garotinha e eu sempre pego a minha garotinha no colo. — Pego ela no colo e ela deita a cabeça em meu peito.

Subo até o seu quartinho e ela apenas sorrir envergonhada por eu dizer que ela não me deixa mais pegá-la no colo. Depois que vim para cobertura mandei preparar um quarto para os meus filhos caso eles quisessem ficar comigo, e não pensei que eu fosse ficar aqui por tanto tempo, a intenção era passar apenas uma noite fora e já estou aqui a três dias, mas para mim já chega, vou voltar pra minha casa amanhã mesmo, vou voltar para minha família mesmo que a minha mulher não me queira mais.

Depois de colocar as crianças na cama eu vou para o meu quarto, tiro a minha roupa e tomo um banho pouco demorado antes de me jogar na cama, meus pensamento vão na minha morena e na sua ideia absurda de querer o divórcio, ela não pode me deixar, eu não posso perder a minha mulher.

Afundo-me em pensamentos tentando encontrar uma saída para essa situação, mas o meu cansaço é tão grande que pego no sono sem perceber.

Entro na minha casa mas não tem ninguém, está tudo muito silencioso, o que para mim não é normal, sinto falta das risadas das crianças pela casa e vou até os seus quartos, Davi e Alicia estão dormindo feito anjos então não vou incomodá-los, sigo para o meu quarto, a porta está entreaberta e posso ouvi sussurros e gemidos, meu coração se aperta de uma maneira que eu nunca senti antes, meu peito dói e mesmo assim eu entro no quarto constatando as minhas suspeitas, Evellyn está na cama nua se entregando a Calebe. Vejo Tudo vermelho na minha frente e minha única reação e partir para cima deles.

— SEUS MALDITOS! VOCÊS ME PAGAM POR ESSA TRAIÇÃO! EU VOU MATAR VOCÊ SEU VERME DESGRAÇADO! — Esbravejo arrancando esse infeliz de cima da minha mulher.

Dou lhe uma gravata e aperto o seu pescoço com toda a minha força, afim de matar esse maldito.

—Para Derick! Por favor não o mate? Eu o amo, ele é o amor da minha vida... Por favor não faz isso? Pensa nas crianças? Você vai estragar a sua vida... O fato de não nos amarmos mais não significa que você possa me impedir de ser feliz, por favor não faz isso? — Evellyn suplica aos pratos fazendo o meu coração sangrar a cada batida.

— Você o ama? Ama esse verme que tirou você de mim? Eu não acredito... Você não pode fazer isso comigo, Evy... Você está acabando comigo, não faz isso...? Eu te amo não faz isso? — Peço entre dentes sentindo os meus olhos queimarem mas nem por isso solto o infeliz que tenta desesperadamente se soltar de mim.

— Você me traiu primeiro, Derick, você não achou que eu deixaria por isso mesmo, não é? Eu não te amo, nunca te amei porque o meu grande amor é e sempre foi o Calebe... Aceita de uma vez que você perdeu e solta o meu marido! SOLTA O CALEBE, DERICK! SOLTA O HOMEM QUE EU AMO! — Ela diz com um largo sorriso no rosto mas grita que esse infeliz é o homem que ela ama.

— VOCÊ QUER AMAR ESSE VERME MISERÁVEL? ENTÃO VAI AMÁ-LO NO INFERNO POIS É PARA LÁ QUE VOU MANDÁ-LO! — Esbravejo alterado e quebro o pescoço do desgraçado ainda nu agonizando entre os meus braços.

— NÃOOO... CALEBE! MEU AMOR... ASSASSINO! VOCÊ É UM ASSASSINO, DERICK! Eu quero você fora da minha casa, longe dos meus filhos seu monstro! Eu te odeio Derick! EU TE ODEIO! EU TE ODEIO! EU TE ODEIO! — Sua voz angustiada ecoa na minha cabeça e eu vejo tudo girar.

— Não... Não Evy... Eu não... Eu não sou um assassino... Não, eu... Evy... EVELYN! — Tento aproximar-me dela mas ela se afasta cada vez mais de mim.

Tento mais uma vez ir até ela mas Evellyn simplesmente desaparece diante dos meus olhos, deixando-me atordoado.

— Papai acorda! Por favor você está me assustando... Papai! Acorda, papai! Você está tendo um sonho ruim. — Debato-me na cama mas ouço ao longe a voz de Alicia.

Sinto o seu carinho no meu rosto e acordo assustado e ofegante, olhando para todos os lado procurando por Evellyn.

— Alicia? Filha o que você faz aqui? Porque não está dormindo, querida? — Pergunto ainda ofegante mas ela também parece assustada.

— Eu acordei com você gritando, papai, eu fiquei com medo ai eu vim ver como você está... Você estava gritando dormindo, você teve um sonho ruim? — Seus olhos assustados estão atentos a mim, mas ela acaricia o meu passando-me uma calmaria inesperada.

— Me perdoa, filha? O papai realmente teve um sonho ruim mas não se preocupa, está bem? Deita aqui comigo? Você me acalma e eu preciso disso, vem princesa? Deita com o papai! — Puxo a minha filha para os meus braços e me deito com ela.

Alicia acaricia o meu rosto com aquele seu jeitinho meigo que tanto amo, fazendo-me lembrar a sua mãe.

— Papai, eu também quero dormir com você, não quero ficar sozinho. — Assusto-me com Davi entrando no quarto mas lhe estendo a não.

— Está bem, filho, vem! Vamos dormir todos juntos hoje. — Ele se deita ao lado da irmã e a abraça enquanto eu abraço os dois.

Ter os meus filhos ao meu lado é o meu calmante natural, mas depois desse pesadelo estou tendo dificuldade para voltar a dormir, Alicia e Davi já adormeceram novamente e eu aqui olhando para o teto. Decido me levantar e adiantar alguns trabalho da empresa, porque sei que não vou mais conseguir dormir. Pego o meu notebook e me sento a frente da cama para ficar perto dos meus filhos.

Termino alguns relatórios que não consegui terminar por sair da empresa antes da hora, mas para ir atrás da minha mulher e meus filhos eu largo tudo. Vejo algumas mensagens na caixa de e-mails e resolvo respondê-los para não acumular, alguns e-mails são do trabalho e eu devia ter respondido ainda na empresa, mas aproveito para fazê-lo agora, mas um nome entre os e-mails chama a minha atenção, é daquele infeliz do Calebe, maldito miserável vai continuar me atormentando para me ver mal com a minha esposa.

Abro o maldito e-mail e como já imaginava, é mais uma das muitas fotos que aquele animal anda me enviando, uma foto dele com Evellyn toda sorridente e isso me deixa roxo de raiva, já não bastava o pesadelo que tive e agora tem mais isso? Levanto-me irritado andando de um lado para o outro inquieto com essa situação, mas tento acalmar-me por causa das crianças.

Encaro os meus filhos e respiro fundo, esfrego as mãos nos cabelos e vou para o banheiro tomar um banho e esfriar a cabeça, o dia já está clareando então vou aproveitar para descer até a cozinha e tomar um café Expresso bem forte, eu preciso manter-me acordado pelo resto do dia e preciso conseguir focar no trabalho depois desse terrível pesadelo.

Eu preciso encontrar esse Calebe, eu preciso pôr um fim no pesadelo que esse cara está se tornando para mim. Tento me virar na cozinha e preparar algo para os meus filhos comerem no café da manhã, ainda é muito cedo e os restaurantes ainda não abriram, então preparo alguns sanduíches e os cereais que eles gostam, pego suco na geladeira e algumas frutas também, estou sozinho nessa casa comendo comida de restaurante e não estou com cabeça para fazer muita coisa, espero que esse lanche seja o suficiente para saciar a fome deles, do contrário eles terão que tomar café da manhã com a mãe deles outra vez.

Termino de preparar o café e subo para acordar as crianças pois eles ainda tem escola hoje, me sento na cama acariciando o rostinho de Alicia, minha filha é tão linda, ela lembra muito a mim mesmo, mas ela também se parece com a mãe, mas Davi, esse sim é a mãe inteirinho, meu filho também é lindo, ter filhos com aquela mulher é ter obras primas.

Acordo os meus pequenos e os faço irem tomar banho, o dia já está claro e logo preciso ir trabalhar e eles precisam ir para escola. Enquanto as crianças tomam banho eu me arrumo para ir pra empresa depois de deixá-los em casa, por mim eu mesmo os deixaria na escola mas a babá sempre os leva para que nem eu ou Evy nos atrasemos para o trabalho, mas tem sempre um dia ou outro que preferimos levar os nossos filhos na escola pessoalmente.

Depois do café da manhã as crianças pegam as suas mochilas e assim saímos da cobertura rumo a nossa casa, pensei em pegar a minha mala e voltar de vez com eles, mas depois daquele pesadelo, eu preciso de mais um dia sozinho ou eu vou acabar fazendo uma besteira, por mim eu iria atrás daquele infeliz agora mesmo, mas eu preciso ser racional para não perder de vez a minha mulher, não posso meter os pés pelas mãos.

Chego em casa com as crianças e elas saem do carro correndo entrando na casa gritando pela mãe deles, sigo atrás deles e assim que passo pela porta, vejo-a sorridente, abraçada aos nossos filhos enchendo-os de beijos, porra ela está tão linda, ela usa uma calça jeans escura apertada marcando as suas curvas, uma blusa com um decote que não me agrada pois sei o quanto ela é admirada quando sai assim, e ela não vai sair comigo. Merda!

— Como foi o cinema de vocês ontem? Gostaram do filme? Se divertiram bastante? — Ela pergunta empolgada vendo a animação das crianças, eu fico apenas admirando-os.

— Foi muito divertido, mamãe, eu adorei o filme, e depois o papai levou a gente pra lanchar. — Davi conta articulando com as mãos e pulando empolgado, não teve como não sorrir, Evellyn me encara discretamente.

— O papai teve um pesadelo no meio da noite e a gente foi dormir com ele, depois ficou tudo bem, não é papai? — Alicia surpreende-me ao falar do pesadelo, Evellyn está atenta a mim mas aproximo-me mais deles.

— Bom dia, Derick! Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? — Pergunta preocupada e isso me surpreende.

— Você sabe que eu não estou nada bem, Evellyn, sabe até qual é o motivo... Ficar longe da minha família não é o que eu quero, isso está acabando comigo... Vamos conversar direito? Eu quero voltar pra casa mas não quero voltar com você brigada comigo... Eu explico tudo que você quiser e digo tudo que você quiser saber, mas vamos nos dar uma nova chance? Eu juro pra você que eu não fiz nada do que você está imaginando porque eu amo você... Eu amo você, Evy. — Aproximo-me dela e a mesma parece surpresa, ela tenta desviar os seus olhos dos meus mas eu ergo o seu queixo fazendo-a me encara.

— Pode ser uma boa ideia termos essa conversa, precisamos esclarecer muitas coisas e... Precisamos chegar a uma conclusão para tudo isso... E... Você... Nós precisamos resolver... —Seu tom é trêmulo quando toco a sua cintura.

Puxo o seu corpo para o meu e ela estremece tentando concluir a sua fala, mas ela ofega e isso me excita e eu não resisto em tentar beijá-la, mas ela se esquiva fugindo de mim, deixando-me frustrado.

— Podemos conversar mais tarde... A gente pode sair pra jantar ou... Você pode vir jantar com a gente... Podemos tentar resolver essa situação que se instalou entre nós, estamos abalados e eu também não estou feliz com tudo isso, Derick. — Ela parece inquieta, nervosa assim como eu então se afasta ainda mais de mim, mas seguro o seu braço puxando ela de volta pra o meu corpo.

— Eu preciso saber uma coisa de você, eu só preciso ouvir um sim ou não, Evy. — Abraço a sua cintura prendendo o seu corpo ao meu, ela ofega mais que antes. —Eu amo você igual ou mais que antes, morena... Mas e você? Você ainda me ama? Eu ainda tenho o seu amor, Evy? — Toco o seu rosto descendo o meu polegar até os seus lábios, ela fecha os olhos enquanto eu sinto o seu corpo amolecer.

— Beija a mamãe, papai! Namora com a mamãe de novo. — Ouço a voz de Alicia me incentivando e eu não perco tempo, beijo a minha mulher apaixonadamente.

Ela retribui ao beijo deixando-me sentir o seu doce sabor, porra eu estou morrendo de saudades da minha mulher, mas ela se solta de mim ofegante evitando me encarar.

— Vamos com calma, Derick...! A nossa relação está estremecida e precisamos resolver isso antes de qualquer coisa... Não vamos voltar deixando dúvidas e desconfianças no ar, a gente não é assim... Precisamos recuperar o que perdermos então acho que essa nossa conversa pode mudar isso. Ou a nossa relação vai se fortalece ou enfraquecer de vez, só cabe a nós decidirmos como vai ser. — Vejo seus olhos marejados antes dela me dá um pequeno sorriso, isso é o suficiente para fazer o meu coração bater mais forte.

— Tudo bem, você tem razão, podemos sair para jantar então, acho que será melhor para conversarmos mais à vontade... Bom, agora eu quero ver Erica antes de irmos para empresa... Posso levar você? — Respiro fundo tentando ser paciente com essa situação.

— Agradeço a gentileza mas eu prefiro ir sozinha, eu vou de moto hoje porque a minha intenção era ir apenas para apresentar a minha demissão, mas como concordamos em conversar, eu posso adiar essa decisão para depois do nosso jantar... Erica está no quarto com a babá, você pode ir vê-la enquanto eu arrumo as crianças para escola. — Ela coloca o cabelo atrás da orelha em um movimento tão sexy que me excita, mas ela sai levando as crianças com ela.

Não sei o porquê, mas sinto um aperto no peito, uma sensação de preocupação atinge-me em cheio e eu não gosto disso. Deve ser coisa da minha cabeça então tento deixar isso de lado, e vou até o quarto da minha princesinha, assim que entro no mesmo vejo-a no colo da babá brigando para pegar o brinco dela.

— Erica! Princesa do papai... Meu amor como você está linda... Bom dia, Thelma! Me dá a minha filha por favor, quero matar a saudade que sinto dela. — Aproximo-me estendendo as mãos para minha pequena que sorrir para mim.

— Bom dia, Sr. Drumond! — Ela me cumprimenta ao me entregar a minha filha.

Brinco com a minha princesa rodando ela no ar, ela se escangalha de rir fazendo um largo sorriso surgir em meu rosto, encho ela de beijos e ela gargalha com a minha barba fazendo cócegas nela, Erica encara-me atenta passando as mãozinhas pelo meu rosto, seu sorriso é tão lindo que me fascina, sua pele branquinha e seus olhos verdes claro em contraste com seus cabelos escuros como os da mãe, linda a minha princesa.

Passo um bom tempo brincando com a minha filha até que lembro-me da hora de ir para empresa, merda! Estou atrasado. Entrego a minha filha novamente para babá e me adianto para chegar até a sala, mas não tem ninguém então saio da casa a tempo de me despedir dos meus filhos que estão indo para escola, a babá Francisca entra com eles no carro e o motorista sai com eles, encaro Evellyn mas ela tem a sua atenção no carro que sai de casa com os nossos filhos.

— Te vejo na empresa.

Ela sobe na sua moto dando a partida me deixando aqui parado feito uma palmeira, embasbacado com a sua imagem sexy em cima dessa moto. Porra!

Não tenho tempo de dizer nada, ela sai e eu vou para o meu carro saindo logo em seguida, essa mulher ainda vai me enlouquecer de verdade.

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