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2- Evellyn

UM ANO DEPOIS...

Ainda estou tentando entender o que está acontecendo com o meu casamento, há semanas Derick sai do trabalho depois de mim e está sempre irritado com alguma coisa, não tem tempo para conversarmos ou simplesmente tomar o café da manhã juntos, na empresa mal nos falamos a não ser em relação ao trabalho, porque a nossa vida pessoal está uma verdadeira merda, há uma semana peguei a secretaria dele cheia de dedos em cima dele, mas ele jura que não está acontecendo nada, eu escolhi acreditar nele mas quando eu recebi uma ligação daquele infeliz do Calebe, Derick virou uma fera querendo saber o porquê ele estava me ligando, como se eu tivesse pedido para ele me ligar, há anos não ouvia falar daquele traste miserável e agora ele resolve dar o ar da graça, justo quando o meu casamento está em crise.

Eu amo o meu marido, mas sinto que vou perdê-lo, aos poucos ele está escorregando para fora da minha vida e já não sei o que fazer para mudar isso, já tentei conversar, tentei fazer uma surpresa com um jantar romântico mas ele simplesmente não apareceu em casa, consequentemente brigamos por causa disso e não estamos nos falando, para evitar mais brigas, Derick decidiu sair de casa e foi para sua antiga cobertura por uns dias, fazem três dias que meu marido não coloca os pés em casa e quando quer ver as crianças, ele pede que a babá os leve ou ele espera na porta de casa. Definitivamente Derick está me evitando, ele não quer mais me ver então acho que ele não me ama mais, meu marido está afastando-se de mim porque deixou de me amar e isso me fere muito, isso me destrói por dentro porque ainda o amo com toda a minha alma.

Mas não vou ficar chorando pelos cantos, se ele quer me esquecer então eu farei o mesmo, vou tirar esse cretino da minha vida de uma vez por todas pois não estou nessa terra para ficar me humilhando para quem não me quer.

Termino o meu trabalho e pego os relatórios da finança para entregar ao presidente, subo até a sala de Derick e de longe percebo que sua secretária não está em sua mesa, tento não deixar os meus pensamentos me enganar e sigo até a sala da presidência, penso em bater na porta mas decido entrar já que a secretaria não está, abro a porta entrando de uma vez e deparo-me com a secretaria do meu marido praticamente debruçada sobre sua mesa, com seus enormes silicones quase pulando do decote da sua blusa. Quando me ver, Derick se levanta encarando-me atento.

— Não se preocupem, eu não vim atrapalhar vocês, já terminei o meu trabalho por hoje e só vim trazer esses relatórios, Sr. Drumond... Já estou de saída, com licença. — Jogo os documentos sobre a mesa e viro-me para sair.

— Espera, Evellyn! Precisamos conversar... Srta. Dias, já pode se retirar. — Ouço seu tom de voz firme então eu paro, virando-me para encará-lo.

A secretária passa por mim com um enorme sorriso no rosto e isso só me irrita ainda mais. Ela sai fechando a porta.

— É sobre o trabalho que você quer conversar? Se for seja breve, ainda tenho que buscar os meus filhos na casa do avô e não quero me atrasar. — Digo no mesmo tom firme que ele e o mesmo encara-me sério.

— Você quis dizer nossos filhos, Evellyn, porque eles também são meus. — Ele aproxima-se com aquele mesmo olhar sério de antes.

— Que seja... Seja breve no seu assunto porque eu estou com pressa, por favor!

Afasto-me dele indo para perto da janela, gritando por dentro de tanto ódio por vê-lo tão à vontade com a sua secretária, e depois diz que não está acontecendo nada. Cretino mentiroso!

— Precisamos conversar sobre a gente, sobre o nosso casamento, não podemos continuar nessa situação, eu não aguento mais ficar longe dos nossos filhos, não quero fica longe de... — Ele aproxima-se mas o interrompo.

— Não estou te impedindo de ver os nossos filhos, Derick, eu já disse que você pode vê-los quando quiser. Foi você quem decidiu sair de casa e agora eu entendo o porquê, você está muito à vontade com a sua secretária, nem o uniforme ela usa mais, prefere vir trabalhar quase nua e você está gostando disso, não é? Acho que não temos nada para conversar sobre nós, Sr. Drumond, tudo está muito claro para mim... Com licença. — Tento ser firme para não deixar as minhas emoções me traírem na frente dele.

Passo por Derick indo em direção a porta mas ele segura o meu braço.

— Temos muito o que conversar, Evellyn, você é minha mulher e está vendo coisas que não existem... Esses seus ciúmes não tem fundamento! Eu não tenho nada com a secretaria, pelo amor de Deus eu não fiz nada... — Ele se altera encarando-me sério, no entanto me solto interrompendo-o.

— Se não fez nada então o porquê saiu de casa? Eu também não fiz nada demais e mesmo assim o seu ciúmes nos afastou... Eu estou cansada de tantas desconfianças, estou cansada de tantas brigas e de ficar me humilhando para tentar resolvermos essa situação... Eu não aguento mais Derick... Eu quero o divórcio... Vou deixar o caminho livre pra você se divertir o quanto quiser, pois vejo que você sente muita falta da sua liberdade. — Esbravejo também alterada deixando as minhas lágrimas caírem enquanto ele encara-me perplexo.

— Você não pode estar falando sério, Evellyn, eu não vou aceitar me separar de você porque não é isso que eu quero! Você é minha mulher e eu não vou... — Ele também se altera aflito mas novamente o interrompo.

— Não estou pedindo a sua permissão para fazer nada! Você procurou por isso quando saiu de casa me deixando sozinha com as crianças. Você me deixou depois de prometer que nunca me abandonaria... Você está provocando tudo isso, sei que não me ama mais então não dificulta as coisas para mim...! Me dá o divórcio Derick? E tudo irá se resolver. — Tento não deixar as minhas lágrimas descerem mais. Viro-me para sair mas ele abraça-me por trás.

— Não diga besteiras, Evy...? Eu não vou te dar o divórcio, você não pode se separar de mim... Pensa nas crianças morena...? Pensa em nós? Eu não quero perder você. — Sua voz rouca no meu ouvido como sempre estremece-me, mas tento manter-me firme e solto-me dele.

— É pensando nas crianças e pensando em nós que eu cheguei a essa decisão... O melhor a se fazer é nos separar, já que não estamos mais nos entendendo... Não nos amamos mais como antes e não precisamos ser obrigados a continuar em um relacionamento que não está mais dando certo... — O encaro decepcionada, sentindo-me ferida por dentro pela dor que estou sentindo.

— Eu ainda te amo, Evellyn! Eu quis sair de casa por uns dias apenas para nos dar espaço para refletir sobre a nossa situação... Eu não gostei nada daquele cara ficar te ligando e me mandando fotos antigas de vocês, você também está vendo coisas onde não existe. Eu não tenho nada com a minha secretária e mesmo que você pense o contrário, não existe nenhuma outra mulher na vida além de você, Evy. — Ele aproxima-se parando bem na minha frente e logo sinto seus dedos tocarem o meu rosto.

Deus, eu ainda sou louca por esse homem, ainda o amo com toda a minha alma. Sua mão toca a minha cintura puxando-me para o seu corpo e sem perceber eu cedo segurando firme os seus braços.

— Derick, eu.. Nós... — Tento argumentar mas sou fraca.

Ele segura-me pela nuca e me beija com urgência deixando-me completamente rendida a ele. Eu senti tanta falta desses beijos doces, senti tanta falta do meu marido, mas nosso beijo não dura muito pois somos interrompidos.

— Rick, eu trouxe o seu café como você gosta. — Ouço a voz da secretária e separo-me de Derick forçando uma gargalhada.

— É sério isso? Uma funcionária se vestindo como uma prostituta te chamando pelo seu apelido? Vocês já estão assim tão íntimos, Derick...? Como eu sou estúpida, estava quase acreditando em você mas eu não vou cair nessa sua história novamente... Os meus advogados vão te procurar para você assinar o divórcio, com licença. — Tento ao máximo manter-me firme diante deles e vou em direção a porta.

— Evellyn não é nada do que você está pensando, meu amor! Por favor vamos conversar...? — Derick se aproxima mas o interrompo.

— Eu não quero mais te ouvir Derick! Você não vai mais me enganar seu cínico mentiroso...! Quanto a essa vagabunda que você insiste em manter ao seu lado, eu só tenho uma coisa a dizer a ela. — Esbravejo irritada encarando-o furiosa. Aproximo-me da vadia ao seu lado e lhe dou uma bela bofetada que a deixa zonza. — Aproveita enquanto você pode, você não vai durar aqui para sempre, sua vadia! É uma pena que existam homens tão fracos a ponto de trocarem as suas famílias por um lixo qualquer como você. — Digo entre dentes controlando-me para não perder a compostura e voar o pescoço dela. Viro-me saindo dali.

— Não vai Evellyn! Eu não tenho nada com ela... Evellyn! — Ele vem atrás de mim mas eu passo pela porta batendo-a com força. — EU NÃO TE DEI LIBERDADE PARA AGIR COMIGO DESSA FORMA TÃO PESSOAL, SOU UM HOMEM CASADO E MESMO QUE NÃO FOSSE, VOCÊ É SÓ UMA EMPREGADA! NÃO TOLERO FUNCIONÁRIOS INCOMPETENTES E POUCO PROFISSIONAIS...! VOCÊ ESTA DEMITIDA! SAIA JÁ DA MINHA SALA! — Mesmo já longe da sua sala consigo ouvir os seus gritos, é muito conveniente para ele demiti-la agora que já descobri a sua traição.

Entro no elevador sentindo-me arrasada por essa humilhação, não acredito que Derick foi capaz de me enganar dessa maneira tão fria, ele não respeita o nosso casamento. Desço até o meu andar e apresso-me para ir até a minha sala, passo pela minha secretária feito um furacão e nem ouço ela me chamar. Entro na minha sala e pego a minha bolsa e as chaves do carro saindo em seguida.

— Sra. Drumond! Está tudo bem? Precisa de ajuda com alguma coisa? — Pergunta Patrícia parada a frente da sua mesa apreensiva.

— A única coisa de que eu preciso agora é sair daqui, Patrícia, eu não aguento mais esse lugar, para mim tudo isso já está se tornando insuportável... Eu vou pra casa, Patrícia, se precisar de mim é só ligar no meu celular. — Vou em direção ao elevador e ela vem atrás concordando.

Entro no elevador e desço até a garagem controlando-me para não gritar e agarrar no pescoço de um. Chego há garagem e entro no meu carro saindo em seguida.

— EVELLYN! — Ouço alguém me gritar e paro o carro.

Olho pelo retrovisor e vejo Derick vindo apressado na direção do meu carro, mas acelero saindo dali o mais rápido que consigo, não quero mais olhar na cara desse descarado mentiroso, o nosso casamento acabou.

Sigo para casa de praia onde meu sogro mora e no caminho eu ligo avisando que estou indo pegar as crianças, ele percebe pelo meu tom de voz que não estou bem e pergunta o que aconteceu, mas mudo de assunto pois não quero falar nada por telefone, então encerro a ligação seguindo o meu trajeto ainda com um gosto amargo na boca, o gosto da traição.

O Sr. George assim como a minha família, não está satisfeito com o rumo que as coisas estão tomando, ninguém está entendendo como chegamos a esse ponto assim de uma hora para outra, foi tudo tão rápido, em um dia estávamos bem e no outro já estávamos brigando e desconfiando um do outro.

A secretária de Derick está de licença maternidade e a empresa pediu uma secretária temporária, para cobri-la até ela voltar, por mim eu daria conta do meu trabalho e ainda conseguiria ajudar o meu marido, mas ele insistiu em ter uma secretária e tudo desandou entre nós depois da chegada dela.

Sei que ele andou se estressando com um cliente novo e talvez isso esteja o deixando irritado, e para piorar, aquela vadia está passando mais tempo com ele do que deveria, eu em casa esperando por ele e meu marido sozinho no trabalho até tarde, com a secretária que faz questão de se exibir para ele, o questionei e ele disse que não estava acontecendo nada, mas com aquela intimidade toda dela com ele, eu tenho certeza de que ele está sim tendo um caso com ela, pois então ele que fique com ela porque eu não o quero mais, eu já tentei resolver tudo isso conversando mas não deu certo, eu estou ficando cansada de lutar sozinha pra salvar o nosso casamento.

Chego há casa de praia do meu sogro e entro na casa apressada procurando pelas crianças, os vejo correndo pela sala com Kate e o avô correndo atrás, todos gargalhando. Kate conseguiu entrar nas nossas vidas e tomou para si o lugar da sogra que eu sempre desejei ter, ela é maravilhosa e tem por Derick o mesmo amor e carinho que tem pelos seus filhos, e ele por sua vez retribui a esse carinho com a mesma sinceridade.

— Mamãe! O vovô vai me pegar! — Grita Alicia correndo na minha direção escondendo-se atrás de mim para não ser pega.

— Está na hora de irmos, querida, já está tarde e o vovô George e a vovó Kate precisam descansar... Vão buscar as suas coisas, meus filhos, precisamos ir pra casa, Erica está sozinha com a babá o dia todo e eu estou morrendo de saudades da irmãzinha de vocês, meus amores. — Tento forçar um sorriso para que eles não percebam a minha tristeza.

— Eu também estou com saudades da Erica, mamãe, ela está tão fofinha. — Davi aproxima-se correndo e me abraça também.

— É verdade, meu amor, mas agora vai buscar as suas coisas, está bem? Nós precisamos ir, minha vida. — O apresso e ele sai correndo com a irmã correndo atrás dele.

Respiro fundo sentindo um imenso aperto no peito, mas meus sogros aproximam-se atentos a mim, eu sei que eles querem saber o que aconteceu para eu estar tentando a todo custo segurar as minhas lágrimas.

— Não adianta você dizer que não aconteceu nada, Evellyn, eu estou vendo em seus olhos o quanto você está sofrendo, querida... Não quer conversar? Talvez possamos te ajudar de alguma maneira e... — Kate aproxima-se mais de mim segurando as minhas mãos com carinho, mas interrompo-a.

— Vou me divorciar de Derick! Não aguento mais a nossa situação, não aguento mais ser humilhada e enganada... Eu vou me separar do meu marido. — Conto com a voz trêmula segurando o choro, sentindo a dor no meu peito aumentar ainda mais.

— Não! Você não vai se separar de mim! — Assusto-me com a voz de Derick atrás de mim.

Viro-me surpresa por ele ter deixado o trabalho tão cedo.

— Eu não preciso da sua permissão para fazer isso, aliás, eu não preciso da sua permissão para nada, você não manda em mim! Eu não sou obrigada a continuar em um casamento que está me fazendo mal... Não quero mais você, Derick, não quero mais olhar na sua cara então eu vou apresentar a minha demissão na empresa amanhã bem cedo. — Irrito-me pela audácia dele dizer que não vou me separar dele, a minha vontade e socar a cara desse infeliz.

— Você não vai se demitir e você não vai se separar de mim! Eu não vou aceitar isso, Evellyn... Meu Deus! Porque isso está acontecendo? Estávamos tão bem e agora estamos falando em divórcio e demissão? — Retruca alterado e nesse momento as crianças aparecem com un olhar amedrontado.

— Vamos crianças! Vamos embora porque já está tarde. — Estendo a mão para eles mas Derick entra na minha frente encarando-os antes de encarar-me de volta.

— As crianças ficam comigo hoje, amanhã eu os levo pra você. — Ele aproxima-se dos nossos filhos mas eles passam por ele correndo na minha direção, abraçando a minha cintura.

— Eu não quero ficar com você, papai! Eu quero ficar com a mamãe... Não gosto de ouvir você gritando com ela. — Alicia esconde seu rostinho em meu peito apertando-me forte.

— Eu também quero ficar com a mamãe, não quero deixar ela triste. — Afirma Davi abaixando a cabeça.

— Me perdoem, meus filhos? Eu não queria gritar com a mamãe mas eu estou nervoso... Me perdoem? Eu não quero ficar sem vocês hoje, eu prometi levar vocês no cinema, se lembram? Não querem mais ir com o papai ver ao filme que vocês queriam? — Ele apela para conseguir o perdão dos filhos.

Eu gosto do carinho e o cuidado que ele tem com as crianças, pelo menos nisso eu me orgulho dele.

— É verdade, a gente ia ver um filme... Eu posso ir com o papai, mamãe? Você vai ficar triste comigo? — Alicia pergunta sem jeito, mas eu sei o quanto ela ama o pai.

— Não, filha, de maneira alguma eu vou ficar triste por vocês irem com o seu pai... Eu sei que vocês o ama tanto quanto ama a mamãe e eu amo muito vocês por isso, então vocês pode sim ir com o pai de vocês, eu fico com Erica, está bem...? Bom, então já que vocês vão ficar com o papai, eu vou pra casa... Nos vemos amanhã, minhas vidas. — Acaricio os rostinhos deles e dou um beijo em cada um me despedindo. — Sr. George! Kate! Obrigada por cuidarem tão bem dos meus filhos, eu vou indo porque estou morrendo de saudades de Erica. — Despeço-me.

— Não quer ficar um pouco mais, querida? Logo está chegando a hora do jantar e seria bom ter a sua companhia. — Meu sogro sugere apreensivo, sei que ele ainda quer saber mais sobre o que houve.

— Me desculpe, Sr. George, mas eu preciso ir, a sua neta mais nova está sozinha com a babá e eu estou louca para vê-la... Terei mais tempo para minha família a partir de amanhã, então, arranjarei um tempinho para vir vê-los mais vezes, agora eu preciso mesmo ir... Se comportem, meus filhos! Se precisarem de alguma coisa, liguem pra mamãe, ouviram? Eu amo vocês, meus pequenos. — Abraço meu sogro e Kate antes de abraçar os meus filhos. Afasto-me para não prolongar muito esse momento.

— Eu te amo, mamãe! — Ouço a voz dos meus filhos enquanto apresso-me para sair dali com o coração sangrando por dentro.

Saio da casa e corro até o meu carro deixando finalmente as minhas lágrimas caírem, mas quando abro a porta do carro ela se fecha novamente e Derick vira-me abruptamente, colocando-me contra o carro. Ele está ofegante por correr e encara fixamente os meus olhos, não consigo conter as minhas lágrimas e o empurro para longe de mim, pois ele é o culpado por tudo isso.

— Você lembra da promessa que fez de não me deixar ver você chorando? Porque está sendo tão difícil pra você cumprir isso? — Ele encara-me com lágrimas nos olhos e isso me surpreende.

Mas acho que é apenas o seu truque para conseguir de mim o que quer.

— Você prometeu que me faria sorrir, Derick... Você prometeu que eu seria a mulher mais feliz do mundo, mas nesse momento eu me sinto a pessoa mais infeliz por estar casada com um mentiroso feito você...! Se eu deixei de cumprir alguma promessa a culpa não foi minha, agora me deixa em paz! Eu já estou cansada de olhar para você. — Rebato entre dentes tentando controlar as minhas lágrimas.

Viro-me entrando no carro. Ele me encara perplexo mas não diz nada, aproveito para ligar o carro e sair logo dali, não consigo mais olhar pra ele e não sofrer tanto por perder o amor da minha vida, ele não me ama, só estava comigo pelas crianças e ele espera que eu aceite passar por tudo isso pensando neles, mas eu jamais faria isso, não vou mais me prender a um homem que não me ama e não me respeita, vou fazer tudo pelos meus filhos, menos continuar com esse casamento que já não está mais me fazendo feliz.

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