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Capítulo 5 - De Castigo

CAPÍTULO 5

De Castigo

Depois do sucedido, o pai não deixou Evy ir à escola durante uma semana.

A mãe bem barafustou e zangou-se com o marido, mas Nicholas estava decidido e não voltou atrás na sua decisão.

Evy não soube o que aconteceu naquela tarde, quando o pai ficou para trás com o Leo, ele tirou-lhe o telemóvel e tudo o que a pudesse contactar com o mundo lá fora.

Avisou-a, que não a queria mais com aquele moleque sem eira nem beira, que ele perto dela era um nada, um merdas.

Ela disse que ele não a obrigou a nada, que estava ali com ele porque queria.

Nicholas - Está falado Evelyn, acabou este assunto.

Mas o assunto não estava acabado não, estava apenas a começar.

Ameaças

Nesse mês não conseguiram estar juntos mais que duas vezes, apenas na escola e muito de fugida para ninguém notar.

Leo não contou à Evy, o que o pai dela lhe tinha feito. Apenas disse que ele lhe tinha dito, que não o queria mais perto dela.

Mas a verdade estava longe de ser essa.

Nicholas bateu no Leo, em sítios específicos que ele sabia que ia doer, mas que também sabia que não ficaria marcado. Disse que o matava, se ele voltasse a chegar perto da filha. Mas Leo não queria saber, só queria estar com ela. Evy era a sua alegria, e ele não queria abrir mão disso.

Em casa da Evy, as coisas estavam péssimas, o pai e os irmãos não a deixavam respirar, andavam sempre em cima dela, iam sempre levá-la e buscá-la à escola e ela não saia para mais nenhum lado e se fosse, ia sempre acompanhada.

Ao fim de um mês e meio tanto a Evy como o Leo estavam saturados daquela situação.

Evy - Amor, espera por mim esta noite lá fora do muro da minha casa. - ela lhe disse uma certa tarde.

Leo olhou para ela confuso.

Leo - Vais arranjar problemas para o teu lado princesa! - ele disse preocupado.

Evy - Não quero nem saber Leo, estou farta de estar longe de ti. E eu vou ter cuidado, tem é que ser lá pelas 3h00 horas da madrugada, tá todo o mundo dormindo a essa hora, ninguém vai reparar, fica tranquilo.

Leo andava a algum tempo a pensar num assunto, e resolveu que ia falar com ela nessa noite acerca disso.

O Plano

Nessa noite, como combinado, Leo estava do lado de fora do muro.

Eram 3h10 e a Evy ainda não tinha aparecido, ele já estava a ficar impaciente, além de que estava frio como tudo.

Ouviu um barulhinho e escondeu-se no meio das ervas altas que ali estavam, mas saiu logo a seguir, quando viu que era ela.

Abraçaram-se, e ficaram apenas assim, um bom bocado.

Deram um longo beijo, as saudades eram muitas.

Leo ganhou coragem e começou a conversa que ele já andava a pensar há algum tempo.

Leo - Evy, tu me amas? - ele pergunta antes de tudo.

Evy olha para ele, sem entender muito bem a pergunta.

Evy - Que pergunta é essa? Claro que te amo - ela diz decidida.

Leo - E queres ficar comigo?

Evy - É o que eu mais quero Leo.

Leo - Eu também te amo, e também quero mesmo muito ficar contigo, e por isso quero perguntar-te uma coisa - ele fala nervoso.

Evy - Pergunta lá, estou curiosa.

Leo - Eu tenho umas boas economias guardadas, sei que não te consigo dar a vida a que tu estás habituada na tua casa, mas dá para vivermos, mas para isso tínhamos que fugir e começar as nossas vidas longe daqui.

Nos lábios de Evy, fez-se um grande sorriso.

Evy - Eu aceito fugir contigo. Fugimos quando?

Evy estava impaciente para sair dali com Leo.

Combinaram tudo naquela mesma noite.

Mas o que eles não sabiam, era que o pior ainda estava por vir, ah pois estava.

Tudo Normal… ou Não

A fuga estava marcada para dali a três dias, o tempo para organizar as coisas que iam levar, pouca coisa, apenas uma mochila cada um para ser mais fácil de transportar.

Leo iria alugar um carro, e seria nele que eles fugiriam. O carro ficaria na estrada e eles correriam até lá.

Tudo estava pronto, tudo estava a correr bem e o dia era hoje.

Evy jantou bem, fez tudo normal para não dar nas vistas, sentia-se muito nervosa, deixar para trás tudo não a incomodava, o que a incomodava era deixar a sua mãe. Mas ia deixar passar algum tempo, e depois de ser maior de idade ela voltaria, para ver a sua mãe. Sabia que o pai e os irmãos nunca a iam perdoar, mas não estava nem aí para eles. Queria sim, era ir embora com o amor da sua vida, o resto com o tempo havia de se ajeitar.

Eram 23h00 quando se foi deitar, e tinha combinado com o Leo que ia ter com ele às 3h30 da madrugada, no mesmo sítio onde planejaram a fuga,

Saiu da sua casa, eram 3h30 em ponto, apenas com uma mochila nas costas, sentiu um barulho atrás dela, virou-se e não teve tempo nem para gritar, um pano foi colocado na sua boca, e ela perdeu os sentidos.

E Quando Tudo Dá Errado

Narrado por Leo

Estou tão ansioso para sair daqui com a Evy que não vejo a hora.

As economias que fui guardando, vão dar para começarmos a nossa vida longe daqui, eram para ser para pagar a minha universidade, mas paciência, alguma coisa se há-de arranjar depois, vou ter que ir trabalhar, não podemos viver do ar não é mesmo?

São 3h15 da madrugada quando saio da minha casa, como vou de carro é rápido. Deixei uma carta aos meus pais, a explicar tudo e que depois lhes ligava.

Sei que eles vão compreender, vão ficar tristes, porque não era este o futuro que queriam para mim, queriam que eu estudasse e fosse alguém na vida.

Chego ao local e estaciono na berma da estrada, daqui lá são três minutos mais ou menos a pé.

Já perto do muro, paro e fico ali à espera.

Ouço um restolhar nas ervas altas, deve ser ela, e quando ia sorrir para a Evy, aparece na minha frente o Jack, e eu sinto que tudo se desmoronou neste momento.

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