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Capítulo 4 - Poder Estranho

CAPÍTULO 4

Poder Estranho

Cinthya contou ao Frank tudo o que tinha visto, o lugar exato onde eles estavam, o que viu eles fazerem, não viu mais porque veio embora.

Frank estava a pontos de deitar fumo pelos ouvidos, de tão irritado que estava.

Frank - Mas e o que tu andavas a fazer por ali?

Frank perguntou de repente, ficando curioso.

Cinthya olhou para ele surpresa com a pergunta.

Cinthya - Mas eu estou a falar da tua irmã, e tu estás preocupado com o que eu andava ali a fazer? - ela diz tentando mudar o foco da conversa.

Frank olhou profundamente para ela.

Frank - É segredo o que andavas a fazer? Porque o sítio que tu falas é muito escondido - ele abre muito os olhos torcendo o nariz - Tu estavas ali com alguém Cinthya?

Ela olha para ele admirada por demais, com aquela conversa doida dele.

Cinthya - Mas tu estás louco? Não, não estava com ninguém, mas mesmo se tivesse, o que tu tinhas a ver com isso? Não somos nada um ao outro.

Ela diz toda ofendida.

Frank - Não somos nada? - ele pergunta.

Cinthya - Somos amigos, apenas isso. Mas isso agora não interessa nada - faz um gesto com a mão como a afastar aquele assunto - eu não quero o meu nome metido nesse assunto da tua irmã, ouviste? - ela o avisa.

Frank - Está bem, fica descansada. O teu nome nem vai ser mencionado - ele diz a tranquilizado.

Cinthya - Acho bem, não quero o meu nome por aí falado à toa.

Ele revira os olhos.

Cinthya - E outra coisa, eu estava ali porque andava desconfiada da correria do Leo, sempre com pressa para ir embora, eu estranhei, fui atrás dele e foi assim que eu descobri - ela diz despreocupada.

Frank - Tu estás interessada nesse desgraçado? - ele pergunta com raiva.

Ela olha para ele confusa com a pergunta, mas logo se recompõe.

Cinthya - Olha aqui Frank, tu não tens nada a ver em quem eu estou interessada ou não, por acaso és meu namorado? Meu marido? Não és, já deixaste bem claro que não queres nada sério com ninguém, por isso, faz o favor e não me aborreças.

Levanta-se e sai andando, sem sequer olhar para trás.

Frank fica ali sentado a ver ela ir embora, ele gostava dela, mais do que devia, mas não podia demonstrar nada disso, nem devia gostar dela, porque ela tem um poder estranho sobre ele, e ele não gosta dessa sensação.

A Sua Menina

Frank entrou em casa parecendo um furacão.

Frank - Onde está o meu pai?

Perguntou ele a uma das empregadas que passava.

Empregada - O seu pai está no escritório.

Frank sem dizer mais nada foi direto ao escritório.

Entrou sem bater e batendo logo com a porta atrás de si.

O pai levantou apenas os olhos na sua direção, visivelmente irritado com aquele rompante do filho.

Nicholas - Onde é o fogo Frank? Isso lá são maneiras de entrar no meu escritório? - pergunta se encostando na cadeira.

Frank senta-se em frente do pai do outro lado da secretária.

Frank - Pai, não é um fogo mas é urgente, aliás, urgente não, urgentissimo.

O pai olha para ele desconfiado.

Nicholas - Que merda tu fizeste! - pergunta.

Frank - Eu? Não pai, eu não fiz nada, que ideia. É um assunto delicado, é sobre a Evy.

O pai encurta o seu olhar.

Nicholas - O que tem a tua irmã? - pergunta desconfiado.

Frank conta tudo o que a Cinthya lhe contou, mas não mencionando nunca quem lhe contou, o pai era amigo do pai dela, não ia arranjar problemas para o lado dela. O pai quis saber quem lhe tinha contado aquilo, mas ele não disse.

Nicholas - E porque eu vou acreditar numa difamação dessas, se nem sei quem te contou?

Frank - Porque eu acredito na pessoa que me contou pai e isso tem que bastar para ti. - ele fala direto.

O pai ficou calado por uns minutos a tentar absorver aquele assunto tão delicado. Não queria acreditar, que a sua menina, se andava a esfregar por aí com qualquer um, e ainda por cima um caseiro? Mas ela perdeu a noção?

Ela lá era garota para andar com um qualquer!

Nicholas - Quem te contou, disse que esse pilantrinha sai todos os dias da escola apressado, certo? - ele pergunta para tentar perceber.

Frank - Sim pai, todas as tardes.

Nicholas - Muito bem, esta conversa para já não vai sair daqui Frank, vai ficar só e apenas entre nós dois, percebeste?

Frank - Sim pai, mas e o que vamos fazer?

Nicholas - Vou-te dizer o que vamos fazer.

Apanhados

Narrado por Evy

Saio da aula de Inglês já atrasada, mas que merda, o Leo já deve lá estar no lago à minha espera, e eu aqui atrasada.

Vou o mais rápido que consigo, quanto mais tarde chego, menos tempo estou com ele.

Neste ano de namoro, tem sido maravilhoso.

Sei que as meninas continuam a dar em cima dele, já que nós namoramos escondidos, então elas acham estranho não o verem com ninguém à tanto tempo. Aqui há dias estava uma garota atrevida, a dizer que ele era bonito, um pãozinho que ela não se importava nada de comer, a minha vontade foi arrancar aquela língua dela, que ódio.

Mas me contive, tive que me conter, que posso eu fazer, até aos 18 anos não há nada que possamos fazer, temos que continuar a namorar escondidos.

Chego lá e ele vem ter comigo, e me dá logo assim um beijo bem gostoso, meu deus, como eu sou tão viciada nessa boca maravilhosa dele.

Mas quando eu estava, no que para mim mais parecia o paraíso, depressa desci ao inferno em segundos, quando ouço a voz do meu pai a gritar por mim.

Eu gelei, congelei e fiquei hirta que nem um pau.

O Leo abriu tanto os seus olhos de espanto, que parecia que iam até saltar da cara dele.

Eu não podia acreditar naquilo.

Olho para o meu pai, e ao seu lado está também o meu irmão Frank com cara de poucos amigos, encarando o Leo com raiva.

Ele parte para cima do Leo, mas o meu pai o agarra a tempo.

Os olhos do meu pai passeiam entre mim e o Leo, claramente cheios de raiva e desilusão.

Nicholas - Mas que pouca vergonha é esta Evelyn? Foi isto que eu e a tua mãe te ensinamos? Andares por aí no desfrute com um qualquer? - ele pergunta com raiva.

O meu pai só me chama por Evelyn, quando a coisa está fodida mesmo.

Evy - Pai - digo a medo - o Leo não é um qualquer, nós somos namorados, é diferente né?

Oh quanta inocência besta eu tenho, claro que para o meu pai é tudo a mesma merda.

Nicholas - TU OUSAS ME DESAFIAR MENINA - ele grita e eu encolho-me.

Leo me dá a mão, mas o Frank me puxa pelo outro braço com brusquidão, o Leo dá um passo na nossa direção e o Frank faz peito para ele.

Frank - Vai encarar moleque? - ele o desafia.

Eu faço sinal com a minha cabeça para o Leo ficar quieto, não vale a pena arranjar mais problemas do que já estão.

Leo dá então um passo para trás.

Frank - Eu acho bem moleque metido - ele diz todo cheio de si.

A mim só me apetecia dar uma bofetada nele. Afff que ódio.

O meu pai faz sinal ao meu irmão e ele começa a puxar-me, deixando o meu pai lá sozinho com o Leo.

Evy - PAI POR FAVOR, NÃO LHE FAÇAS MAL, PAIIIIII - eu já ia lá longe com o Frank praticamente me arrastando pelo meio das árvores. Eu tentava me soltar, mas quanto mais eu o fazia, mais o Frank me puxava e apertava o meu braço.

Eu gritei, eu barafustei, eu me acabei de chorar.

Já perto da estrada ele me parou bruscamente.

Frank - Olha aqui sua maluca, vais já parar com esse histerismo, queres ser ainda mais falada? - ele pergunta com raiva.

Eu estava esgotada.

Evy - O pai não lhe vai fazer mal, pois não? - perguntei baixo, eu já nem voz tinha.

Frank olhou para mim com desdém.

Frank - Quem lá devia ter ficado era eu com aquele desgraçado, que ele bem ia ver, com quem se tinha metido.

Dito isto agarrou de novo no meu braço, e levou-me para casa.

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