Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

CAPÍTULO 7

Enquanto se despediam com beijos e abraços, Riana sentia uma mistura de emoções, desde a alegria compartilhada com Jully até o calor reconfortante de segurar o bebê nos braços. Aquela tarde havia sido especial e significativa para ela. Mesmo com todos os desafios e preocupações que enfrentava, aqueles momentos de conexão e ternura a deixaram irradiando felicidade.

Ao seguir para casa, Riana não conseguia conter um sorriso que parecia iluminar seu rosto. As lembranças da tarde prazerosa com sua amiga e do encontro com o bebê que a encantou continuavam a ecoar em sua mente, preenchendo-a de calor e gratidão.

Mesmo diante das adversidades e responsabilidades que enfrentava, aqueles momentos simples, porém genuínos, eram como bálsamo para sua alma, lembrando-a do poder do amor, da amizade e da compaixão. E assim, com o coração cheio de alegria e esperança, Riana seguiu seu caminho para casa, pronta para enfrentar o que quer que viesse pela frente.

A tensão se instalou no interior do veículo quando um homem repentinamente surgiu correndo na direção deles pela rua menos movimentada. Riana, percebendo a cena, não pôde conter o grito de alerta, ecoando no espaço confinado do carro. Dody, o motorista, reagiu com prontidão, freando bruscamente o veículo para evitar uma colisão iminente. No entanto, o impacto ainda foi inevitável, e o homem acabou batendo na lateral do carro antes de cair no chão.

Riana, visivelmente assustada com a rápida sequência de eventos, observava com olhos arregalados enquanto tentava processar o que acabara de acontecer. O coração batia descompassado dentro do peito, ecoando o tumulto que se desenrolara do lado de fora do carro.

Rapidamente, Riana abriu a porta do carro, seu coração ainda pulsando com intensidade diante da cena inesperada. Lá no chão, estava Willian, o mesmo homem que havia encontrado mais cedo, agora aparentemente envolvido em um incidente inesperado. Preocupada, ela se abaixou ao lado dele e tocou seu rosto, buscando garantir que não estivesse ferido. Para sua surpresa, Willian abriu os olhos e levantou-se, um sorriso sem jeito se formando em seu rosto.

— Me dá uma carona? Sem dizer muito, ele entrou rapidamente no carro, como se quisesse evitar qualquer confronto adicional. Riana, ainda confusa com a situação, seguiu-o, preocupada com sua condição.

Antes que pudessem processar completamente o que havia acontecido, dois homens vestidos de terno preto e gravata vermelha apareceram diante do carro. Seus olhares furiosos e inquisitivos sugeriam que estavam em busca de alguém, e a atmosfera tensa logo preencheu o interior do veículo.

Riana percebeu imediatamente a urgência da situação e não hesitou em instruir o motorista:

— Vai, Dody, vá logo.

O motorista, ainda atordoado com a súbita reviravolta dos eventos, prontamente acatou as ordens dela, mas não pôde conter sua curiosidade e indagou:

— O que está acontecendo, senhorita?

Com um olhar sério para Willian, que naquele momento estava afrouxando a gravata, Riana respondeu ao motorista:

— Não se preocupe, Dody, eu o conheço.

As palavras dela fizeram Willian erguer o olhar, mas expressão de Riana demonstrava uma mistura de confusão e ansiedade, e ela perguntou:

— Vai me dizer o que está acontecendo? Já é a segunda vez que vejo esses homens te perseguindo. Você não acha que já está bem grandinho para ficar brincando de pega-pega pelas ruas da cidade?

A troca de diálogos revelava a complexidade da situação e deixava claro que algo mais estava acontecendo além do aparente encontro casual.

Willian soltou uma gargalhada, exibindo seu charme, e dirigiu um olhar sedutor para Riana enquanto falava:

— Obrigado pela carona, mas vou ficar aqui.

Num ímpeto impulsionado pela preocupação, Riana segurou-o pelo braço, dizendo:

— Espera!

Ela delicadamente limpou a testa dele, manchada de sangue, e continuou:

— Você se machucou.

Nesse instante, seus olhares se encontraram, e o sorriso estampado no rosto de Willian desapareceu. Ele sentiu seu coração bater descompassadamente, como se o toque de Riana tivesse despertado algo dentro dele. Então, respondeu:

— Não foi nada.

Dirigindo-se rapidamente ao motorista, ele pediu:

— Por favor, senhor Dody, pare no semáforo. Eu vou ficar aqui.

Riana, ainda sob o impacto do momento, não soltou o braço dele e insistiu:

— Você não vai sair daqui. Tem que me contar o que acabou de acontecer.

Um largo sorriso surgiu nos lábios de Willian quando ele propôs:

— Tudo bem, eu te conto tudo, desde que aceite jantar comigo. Amanhã à noite, no Molevade, às 20 horas.

Naquele momento, o carro parou no semáforo, e Willian abriu a porta, voltando-se para ela com determinação:

— Vou te esperar até as 22 horas. Se aparecer, te conto tudo.

Sem esperar por mais nada, ele bateu a porta do carro e atravessou a rua correndo. Riana o observou enquanto ele caminhava pela praça e logo desapareceu na escuridão. Ela permaneceu perplexa, mas um sorriso brincava em seus lábios. Recostando-se no banco de couro bege, sentiu seu coração ainda disparado. Tentava assimilar o que acabara de acontecer, questionando-se sobre o mistério que envolvia aquele homem, que a deixava tão fascinada e intrigada.

Absorta em seus pensamentos, Riana mal percebeu o tempo passar. Quando seu celular tocou dentro da bolsa, ela foi tirada de sua reflexão. Ao atender, ouviu a voz preocupada de Aila do outro lado da linha.

— Oi, Aila. Aconteceu alguma coisa?

A governanta parecia ansiosa quando sussurrou:

— Onde você está? Faz meia hora que o Paulo está aqui te esperando. Você marcou com ele e não me disse nada.

Riana franziu o cenho, percebendo que havia esquecido completamente do compromisso. Sentiu um misto de culpa e desculpas surgindo em sua mente enquanto respondia:

— Desculpe, Aila. Estou a caminho. Chego em alguns minutos.

Riana reconheceu sua falha, mas antes que Aila pudesse responder, ela continuou:

— Eu esqueci completamente, mas diga para ele que houve um pequeno imprevisto, porém estou chegando.

A governanta pareceu aliviar-se um pouco ao ouvir a explicação de Riana.

— Tudo bem, vou avisá-lo. Mas tente ser rápida, ele parece impaciente.

Riana assentiu, mesmo sabendo que Aila não podia vê-la.

— Estarei aí em breve. Obrigada por me lembrar.

Ao desligar, Riana respirou fundo, sentindo-se um pouco culpada pelo esquecimento, mas determinada a remediar a situação o mais rápido possível.

Riana, uma mulher de aparência distinta, atravessou o amplo hall de entrada de sua residência. Paulo, um homem de semblante forte, estava lá, parecendo um pouco impaciente. No entanto, assim que seus olhos encontraram a figura de Riana, seu rosto se iluminou com um sorriso sedutor, uma expressão que ele sempre usava quando a via.

Ele exclamou, com uma mistura de surpresa e admiração:

— Meu Deus, minha linda! O que aconteceu? Riana, um pouco envergonhada, sorriu para ele e pediu desculpas. Ela então o convidou para jantar, dizendo:

— Fique para jantar, precisamos conversar. Eu só preciso de um banho, prometo não demorar.

Paulo, preocupado, olhou para ela de forma minuciosa e notou algo estranho. Ele exclamou em preocupação:

— Isso é sangue? Você está machucada? O que aconteceu? Riana rapidamente olhou para o braço e passou a mão, limpando o lugar sujo com o sangue de Willian. Ela então o tranquilizou, dizendo:

— Não foi nada, houve um pequeno acidente no trânsito com um rapaz, mas eu estou bem.

Naquele instante, a governanta se aproximou deles e perguntou com cortesia:

— Com licença, posso mandar servir o jantar senhorita? Riana voltou a atenção para Aila, a governanta, que a observava com atenção. Ela então respondeu:

— Eu vou tomar um banho, me dê cinco minutos, mas sirva uma bebida para o Paulo enquanto me espera.

Logo após proferir aquelas palavras, Riana se retirou do ambiente. Ela caminhou com passos largos e decididos até o seu quarto, fechando a porta atrás de si. Encostou-se na porta, como se buscasse algum tipo de apoio, e respirou fundo, aliviada por ter um momento de privacidade.

Ela então se dirigiu ao banheiro, começando a se despir lentamente. Enquanto fazia isso, seus pensamentos voltaram imediatamente para Willian. Uma série de perguntas começou a vagar por sua mente: "Será que ele está machucado?" "O que será que aqueles homens querem com ele?" "Será que ele está fugindo da polícia?" Eram perguntas que, no momento, ela não tinha como responder.

Riana então mergulhou seu corpo na água quente da banheira, tentando afastar aqueles pensamentos de sua mente. Ela sabia que tinha uma conversa importante pela frente com Paulo. E sabia também que precisava escolher as palavras certas para essa conversa, para que ele não conseguisse persuadi-la a mudar de ideia sobre o que quer que fosse discutir. Era um momento delicado, e ela precisava estar preparada para ele.

Quando Riana desceu as escadas, sua elegância era notável. Seu cabelo castanho caía em suaves ondas sobre os ombros, complementando seus olhos cor de mel. Seu rosto, porém, era o que mais impressionava: uma expressão angelical que irradiava doçura. Ao se apresentar diante de Paulo, ele não pôde deixar de notar sua beleza única, e um sorriso gentil surgiu em seus lábios enquanto ele elogiava:

— Linda como sempre!

Riana, no entanto, começava a perceber que esses elogios podiam ser apenas parte do jogo de conquista de Paulo. Apesar disso, ela retribuiu o sorriso e convidou-o para o jantar, reconhecendo sua espera. Os dois seguiram para a sala de jantar e foram prontamente servidos. Enquanto saboreavam a refeição, Paulo decidiu abordar o assunto do jantar perdido no dia anterior:

— O que aconteceu ontem? Eu te liguei várias vezes, você esqueceu do nosso jantar?

Riana olhou para ele com sinceridade e respondeu com gentileza:

— Desculpe-me. A verdade é que ainda não me sinto pronta para assumir um compromisso. Gosto de você, Paulo, mas sinto que preciso de mais tempo para tomar essa decisão.

Paulo estava observando atentamente a reação de Riana enquanto falava, tentando decifrar sua expressão facial e captar suas emoções. Sua voz soava calma e ponderada ao expressar seus sentimentos:

— Você tem razão, minha linda. Somos o casal mais distante que existe. Acho que poderíamos estar fazendo isso por interesse profissional, mas confesso que gosto de você e quero te conhecer um pouco mais. Quero passar mais tempo ao seu lado e deixar as coisas acontecerem naturalmente. O que acha?

Riana, por sua vez, pareceu ponderar sobre a proposta de Paulo. Ela não esperava que ele tomasse essa iniciativa, mas decidiu entrar no jogo dele, mostrando-se receptiva à ideia. Um sorriso sedutor surgiu em seus lábios enquanto ela respondia:

— Concordo com você.

Após o jantar, eles se dirigiram à sala de estar. Paulo retirou uma pequena caixa vermelha do bolso de seu terno e a apresentou a Riana com um sorriso gentil. Ele abriu a caixa diante dela e propôs:

— Trouxe para você. Posso colocar?

Riana retribuiu o sorriso de Paulo e virou-se de costas para ele, oferecendo-lhe espaço para colocar o presente. Com um gesto suave, ela segurou os cabelos enquanto aguardava a colocação do presente. Paulo não perdeu tempo e começou a agir, vendo a oportunidade de iniciar suas investidas. Com delicadeza, ele retirou a corrente da caixa e a colocou cuidadosamente em volta do pescoço de Riana, permitindo que suas mãos tocassem de leve sua pele, causando-lhe um leve arrepio.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.