Dèjá Vú- O segundo olhar do primeiro encontro.
Resumo
Emma finalmente saí da ilha e se muda para Itália, e realizar seu grande sonho. Ela acaba sendo raptada e precisa encontrar uma maneira de fugir, mas antes, ela deve descobrir quem está por trás dos raptos, dela e de outros jovens. Enquanto ela luta para sobreviver, conheci Enrico, um charmoso italiano, que compartilha através da parede, os sofrimentos. A vida de Emma está em risco, mas aguarda uma grande virada para toda a sua história.
Emma
"Quando a minha mãe ainda era viva, ela me contava histórias de contos de fadas, me fazia acreditar que as coisas poderiam ser como nos sonhos, ou como desejamos. E eu cresci com a ideia de que um príncipe encantado me resgataria em algum lugar, me salvando desse mundo tão confuso na proposta de me fazer feliz para sempre. Minha mãe só se esqueceu de dizer que contos de fadas são apenas contos de fadas e nada mais, e antes que ela pudesse revelar essa verdadeira fase, o câncer a levou de nós, deixando apenas suas últimas palavras: "Viva, apenas viva!". Eu tinha apenas sete anos. Meu pai ficou arrasado, perdido, com três filhos para cuidar, e sem tempo para si ou para a sua dor. Eu ainda lembro das vezes que o peguei chorando, mas ele sempre disfarçava e me mandava ir para cama, era sempre durante a noite que suas lágrimas ficavam livres para cair sem que ninguém o visse.
Eu sou a caçula, mas sempre me senti deslocada e até mais madura que meus irmãos, Megan e Tyler. Eles são mais extrovertidos e expressivos, eu sou a mais quieta, sempre me isolei de barulhos alheios.
Fomos cuidados pela nossa avó materna, Brida. Lembro-me dos chocolates e doces que ela sempre nos dava escondida do nosso pai. Ela também sofreu muito com a morte da minha mãe, ela era filha única. Vovó sempre quis ter mais filhos mas ficou viúva muito jovem e não se casou outra vez. Ela costuma dizer que amor de verdade é apenas um, e que a vez desse amor passou para ela.
Agora, estou com 18 anos. Meus irmãos são casados, eu moro com vovó e uma cachorra chamada Liz. Meu pai faleceu há dois anos, devido a um acidente de carro, e ele nunca se casou de novo. Apesar de ser feliz morando com a minha vovó sempre senti que devo sair da ilha para viver algo além, então decidi estudar em outro país, Itália. Vovó sempre foi contra, mas ela sabe que em algum momento eu teria que seguir o meu caminho. Uma parte do meu coração me pede para ficar e seguir o legado dos meus pais, e outra parte implora para que eu explore novos horizontes, e essa parte me vence depois de longos meses refletindo e tomando coragem, afinal de contas, nunca saí de Sylt, nunca ultrapassei as fronteiras dessa ilha, e o medo ás vezes me visita quando penso que vou conhecer o outro lado do oceano, outras pessoas, outras línguas.
Depois de tantas recomendações dos meus irmãos, cunhado e de vovó, estou com as malas prontas e a passagem na mão, sigo um novo caminho, que tenho certeza, que é onde minha história começa.”
* Sylt é a maior das Ilhas Frísias. Fica no estado de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha.