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Capítulo 8

Helena

Foi somente isso que consegui escrever, logo bateram a porta do meu quarto, e uma mulher me olhou de cima a baixo, ela trazia um carrinho que eu imaginava ser um lanche ou um jantar. Ela me pediu licença e entrou sem dizer uma palavra e aprontou a mesa para que pudesse comer. E assim ela fez um maneio com a cabeça e saio do quarto rapidamente fechando a porta, nem sei se ela escutou o meu obrigada. Fiquei me perguntando se eu poderia sair pelo menos do quarto e ver a luz do dia, ou só veria Nova York pela sacada do meu quarto. Será que tem alguém na porta me vigiando? Ou será que alguém fica com a chave para não me deixar sair. Fui até a porta e a abri bem devagar para ver se tinha alguém lá mais o corredor estava vazio e não tinha sinal de nenhum segurança. Sento-me à mesa pra ver o que me trouxeram de comida e pelo que vejo parece ser francesa e algumas coisas que eu não gosto muito e isso me deixou decepcionada e com fome. Então resolvo ir até a cozinha, me lembro do caminho, pelo menos eu acho que me lembro. Novamente me vejo no corredor saio sorrateiramente do quarto estou me sentindo aqueles personagens de filme que entram escondidos na casa das pessoas, desço para o primeiro andar do triplex e a cozinha está vazia e com as luzes apagadas. Ascendi uma meia luz, e fui até a geladeira, abri e nunca imaginei ver tanta coisa ali dentro, resolvi fazer um sanduíche e suco de laranja e me sentei na bancada e comecei a comer, senti a sensação de ser observada parecia que tinha alguém atrás de mim me olhando. Girei a cabeça para observar e depois vagarosamente o corpo, mais não havia ninguém ali. Fiquei tensa, estava numa casa e não sabia como eram as coisas ali, se realmente eu poderia estar naquela cozinha na casa de um desconhecido, então peguei meu copo de suco e o sanduíche e voltei para o quarto. Agora sim me sinto um pouco mais tranqüila, entrei e tranquei a porta com a chave, terminei de comer e resolvi tomar um banho de banheira já que nunca havia usado uma na vida.

PARA MATT:

Já que não posso fugir, vou aproveitar o que me resta de liberdade...

Helena...

Junto com a mensagem mandei uma foto na banheira cheia de espuma com as pernas de fora, fiquei ali até ficar enrugada acho até mesmo que acabei cochilando. Quando voltei para o quarto depois do meu banho e ficar toda enrugada, encontrei mais uma rosa vermelha em meu travesseiro, e realmente fiquei assustada, como alguém entrou aqui se havia trancado a porta. Me deitei na cama, mas dessa vez troquei de roupa colocando meu pijama para não ter surpresas de acordar sem roupa, me deitei e demorei um pouco para pegar no sono, os pensamentos de como essas rosas ficam aparecendo aqui na minha cama e quem as coloca, de que não adianta eu trancar a porta e que alguém entra ali, seria o rapaz bonito de terno que eu penso ser o segurança, ou seria o Sheik que vem colocar as flores. Só de pensar de ser um velho, nojento com aqueles vestidos brancos já me aterroriza e choro ao imaginar as mãos dele em mim.

Acordei com Matt me balançando, não tinha dormido bem durante a noite, chorei muito mais consegui pegar no sono.

- Caipira você está horrível, olha essa cara, o Sheik vai sair correndo de você – disse e deu risada.

- Para Matt, sabe o quanto está sendo difícil para mim.

- Eu sei minha linda, mais fica tranqüila logo vai acabar e você poderá ir pra casa – me abraçou – Tente aproveitar, o Sheik não é tão ruim assim não vai fazer nenhum mal a você, agora tome um banho bem relaxante e eu trouxe algumas coisinhas pra você comer, pois eu imagino que almoço mesmo não vai ter.

Depois de meu banho na banheira com óleos e sais, a equipe do cabeleireiro e suas assistentes entraram em meu quarto, Matt me colocou em uma cadeira e disse o que queria que fizessem em meu cabelo, ele estava tão empolgado, e eu parecia que ia pra forca de certa forma, eu iria mesmo, em que fui me meter.

- Queria eu estar com essa empolgação toda – eu disse.

Em pouco tempo eu estava com o cabelo solto, com leves ondas realmente tinha ficado perfeito, a maquiagem leve tinha desfeito minha cara horrível de quem não tinha dormido.

- Leve e elegante minha caipira, agora só falta o belo vestido que o próprio Sheik escolheu para você – me mostrando o vestido.

Matt me entregou um cabide, era um vestido vermelho, com um decote enorme, tanto na frente quanto nas costa, era longo mais tinha uma fenda lateral que mostrava toda minha perna.

- Matt, cadê a calcinha?

- Caipira ele pediu pra que você fosse sem nada, além do vestido. Ordens dele – me deu um sorriso de lado – E nós temos que acatar – dando de ombros.

- Esse velho babão é um pervertido, Matt – como eu tinha raiva desse homem.

Ele somente sorriu e me entregou um sapato preto de solado vermelho, eu os calcei e fui até o espelho me olhar enquanto ele colocava uma jóia no meu pescoço. A Helena simples filha de pessoas que eram da roça parece que não existia mais, via uma mulher com roupas caras e sem que eu não reconhecia, mais também uma mulher que estava decidida a ajudar os pais custe o que custar.

- Já que devo ir pra forca que seja rápido – dei uma ultima olhada – e saímos do quarto.

- Não diria que você vai pra forca, mais para um paraíso chamado Rajj – e deu um sorriso safado.

- Só você pra dizer essas coisas nesses momentos – revirei os olhos.

Matt me direcionou para a escada que dava para o andar que era do Sheik o tão temido terceiro andar.

Subi lentamente cada degrau, o coração batia em meu peito como uma escola de samba á todo vapor chegando ao topo da escada andei pelo corredor e me deparei com a porta aberta, era ali que a forca me esperava. Uma voz grave pedindo pra que eu entrasse saiu daquele quarto, meu estômago roncou de ansiedade e adentrei aquele quarto. A meia luz dava um ar de mistério, o velho deve ter pensado até mesmo nisso, fiquei parada sem saber o que fazer. A figura de homem sentado em uma poltrona na total escuridão, não conseguia ver o quão grande era aquele homem, não sabia quem ele era, não conhecia seu rosto, preferi não procurar nada sobre ele na internet para não sofrer antecipadamente.

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