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Adriele narrando
Eu sempre soube que ele era um homem genial, até porque se não fosse, ele não teria tantas empresas espalhadas pelo mundo, mas hoje ele tinha calado a boca de quem duvidava ainda dele, a jogada de marketing dele tinha sido perfeita, jogou na mídia através do seu tio um segredo e sustentou ele até o dia do evento e promoveu em cima de toda a mídia um novo projeto dele, era de tirar o chapéu e aplaudir de pé.
Eu conseguia ver ele me olhando a maioria do tempo, várias vezes fugi do seu olhar, até porque eu vou ser sua secretária e irei começar daqui dois dias, não poderia já começar a trabalhar sendo vista pelos meus colegas de trabalho como oferecida por está o tempo todo conversando com o chef.
Meu celular começa a tocar, mas não conseguia escutar nada e muito menos conhecia aquele número.
- A senhorita aceita uma bebida? – O garçom pergunta.
-Obrigada – eu falo para ele. Abaixo minha cabeça para colocar o celular na bolsa e quando levanto á minha cabeça, eu dou de cara com Amarildo na minha frente.
- Eu te achei – ele fala e eu prendo meus olhos em seu sorriso.
- Você estava me procurando? – eu pergunto meio tímida.
- Sim – ele fala – Mas você parece que está fugindo de mim.
- Logico que não – eu falo para ele.
- Então você vai aceitar dançar comigo –Eu o encaro sem reação quando ele diz.
- Eu não sei dançar – eu respondo rapidamente.
-Não aceito não como resposta – ele pega na minha mão me levando para pista. – Você não vai me dizer quem você é?
- Isso importa para você? – eu pergunto.
- Quando seus olhos me fascinaram, sim – ele fala me encarando – uma garota com atitude, com as palavras certas, os olhos marcante e de um sorriso encantador.
- Você joga essa cantada para todos? – eu pergunto para ele que abre mais uma vez o seu sorriso.
- Você está pensando muito mal de mim – ele fala me fazendo sorrir e balançar á cabeça.
- Eu apenas fiz uma pergunta para você – eu respondo.
- Me diz, você acha que eu consegui calar a boca dos curiosos que vieram apenas para saber qual era o segredo? – ele pergunta.
- Acredito que sim, eles vão sair um pouco decepcionados para não ter nenhuma tragédia para contar em suas redes sociais, mas – ele me conduzia na dança que era uma valsa – você será falado por alguns dias em redes sociais e até mesmo em programas de empresas, acredito que isso deve ser bom para você – Eu encaro seus olhos – Desculpa, se a minha opinião for um pouco forte.
- Você tem toda razão – ele fala e eu percebo que tinha alguns olhares em cima de nós.
- Acho que tem algumas viúvas suas nessa festa – eu falo para ele – e não estão gostando muito de ver você dançando comigo.
- Ainda mais que elas assim como eu, nem imagina quem é você – ele fala.
- Faz tanta importância assim saber quem eu sou? não sairemos dessa dança – eu falo para ele e ele me roda fazendo eu cair em seus braços.
- Não acredito que você vai me negar um jantar – ele fala me olhando.
- Estou de passagem por Nova York – eu respondo para ele.
- Então me revela quem é você – ele fala me olhando. – Para que eu não fique na dúvida.
-Você é um homem inteligente e sabe se eu tirar a minha máscara, minha vida viraria um inferno por alguns dias – eu falo para ele.
- Você tem razão – ele fala – ainda mais depois disso – eu o encaro e ele me beija em quando a gente dançava. Eu correspondo o seu beijo, o meu corpo corresponde o seu beijo, o seu beijo doce e lento.
A gente afasta os nossos rostos e nos encaramos e ele abre um sorriso.
- Pelo menos me diz seu nome – ele fala me olhando.
- Carolina – eu respondo e ele sorri.
- Carolina, seu nome é ainda mais encantador – ele diz.
- Eu quero seu número de celular e assim você se revela para mim em outra ocasião – ele fala.
- Meu número? Eu não passo meu número para estranhos. – Eu falo.
- Não acredito que eu seja estranho para você, até porque você está na minha festa – ele fala.
-Como você tem certeza? Tem tanta gente aqui que você nunca viu na sua frente – eu falo para ele – e te conhecer por jornal, revista ou rede social não me faz intima de você.
A gente sai da pista de dança e vai até o bar, sobre o olhar de todos ainda.
- Escreva seu número aqui – ele fala tirando o lenço do bolso – você deve ter um batom na bolsa – eu sorrio para ele.
- Você é ousado – eu falo pegando o batom da bolsa e colocando o número que eu tinha comprado e ainda não tinha usado e nem registrado.
- Então esse é seu número – ele fala me olhando. - Espero que você não esteja me dando o número errado.
- Eu preciso ir – eu falo para ele – está ficando tarde.
- Por favor – ele fala- fique mais um pouco.
- Eu não posso – eu respondo.
-Isso aqui está parecendo o conto da cinderela – ele fala me olhando e eu começo a rir.
- A diferença que não existe nenhuma princesa ou príncipe – eu falo para ele – ou uma fada madrinha.
- Você foi a princesa dessa festa – ele fala. – Se não for, a rainha.
- Com tantas mulheres bonitas e você gastando os seus elogios comigo – eu falo para ele.
- Mas nenhuma dessas outras mulheres, são tão encantadoras que nem você – ele fala enquanto me acompanhava até a saída, já não tinha mais fotógrafos e seguranças na frente. – Espera – ele fala segurando á minha mão e novamente ele me beija.
Eu que nunca sai beijando qualquer um estava beijando o meu chef em um dos seus maiores eventos.
- Eu preciso ir – eu digo me afastando – meu carro está chegando.
- Espera – ele fala e ia colocar a mão sobre a minha máscara para tirar ela – eu quero ver você, saber quem é a mulher que me tirou suspiro essa noite, me encantou com apenas os seus olhos – quando ele ia tirar a minha máscara e meu coração já estava acelerado, alguém chama ele.
- Amarildo – um homem chama – nós temos problemas - ele se vira e sua mão enrosca na minha máscara levando com ele a máscara, eu me viro rapidamente e vejo que meu Uber chegou e saio andando.
- Espera Carolina – ele fala se virando e eu olho de lado – Carolina – ele grita mais uma vez e eu entro dentro do carro escondendo meu rosto.
- Por favor vá – eu falo para o motorista que arranca, e eu encaro Amarildo pelo espelho, correndo atrás do carro e parando no meio da rua.
Eu respiro fundo, coloco a mão no coração e ele está acelerado de mais. Espero que ele não tenha me visto.