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A babá.

O Duque de Cornualha, Ryan Luke Crawford Terceiro é um playboy. Ele sempre viveu às custas do dinheiro que seu pai deixou. O castelo que ele vive pertence ao governo. Ele foi tombado como patrimônio histórico. Luke o administra com mãos de ferro.

Mas ele tem um problema. Ele está falido. O dinheiro que ele tanto esbanjou para conservar sua imagem na nata da sociedade está acabando e se correr a fama que ele está falido, ele perderá o direito de zelar pela propriedade que pertenceu a sua família há séculos. Além disso ele, tem sua posição a zelar, por isso é tão importante que ele entre para a política.

Luke é um homem inteligente que tem todos os pré-requisitos para ter a cadeira na Câmera Baixa. Carisma e lábia não lhe faltam. No entanto, sua fama de mulherengo o está prejudicando na campanha. Até o futuro de sua filha Catarina, de dois anos, estará ameaçado.

Aqui que entra Kate Monroy, relações públicas do duque. Ela arquiteta um plano para ele vencer as eleições e melhorar sua imagem: uma namorada de mentira. Só que tem um problema, o garanhão está de olho na babá de sua filha de dois anos. Natália Noam, a garota que anda com roupas austeras, mas que só o deixa mais intrigado e atraído. Ele está louco para conhecer a garota debaixo delas.

Natália Noam

Ela responde ao anúncio do belo e mulherengo Duque, responsável pela manutenção de um castelo na Cornualha. Patrimônio histórico da região.

Sabendo de sua fama, ela se veste o menos atraente possível. Ela conhece a fama que ele tem e teme chamar atenção por seus atributos físicos. Ela quer ser olhada como a profissional babá que ela é.

Natália

Tempo presente, Inglaterra, 2017

Urg!

Que frio.

Entrego o ticket e caminho na grande embarcação, puxando minha mala de rodinhas.

Encontro um lugar e me sento. Mesmo no interior do barco está frio. Aperto meu casaco e inspiro profundamente, me preparando para a travessia até Cornualha.

Castelos e vilarejos pacatos são alguns dos elementos que compõem essa parte do território no Reino Unido. Todos eles ficam em um lugar remoto que refletem o passado.

Este castelo que vou é considerado até uma das seis "Nações Celtas". Localizado no sudoeste do país, preserva uma cultura singular. Ele é administrado pelo Duque de Cornualha, Ryan Luke Crawford Terceiro. Estou indo por causa do anúncio que ele fez, a de ser babá de sua filha, Catarina. Um homem que embora seja muito recluso, carrega a má fama de ser um mulherengo.

Não gostaria de ser escolhida por meus atributos físicos. De chamar atenção do Duque pelos motivos errados, como um objeto a ser observado numa vitrine. Mas sim pelos meus predicados profissionais.

Agora cai uma garoa fina, isso deixa o dia mais gelado. Essa imagem só piora a minha ansiedade e apreensão por estar entrando num território totalmente desconhecido.

Ah como eu gostaria de estar num lugar quentinho segurando uma caneca de chocolate quente. Mas eu preciso trabalhar, não posso encontrar desculpas para rejeitar as oportunidades que aparecem e além do mais, segundo Rose, o Duque pagará bem pelos meus serviços.

Fecho os olhos e começo a me lembrar da conversa que tive com Carly a algumas semanas antes...

Carly está na sala do meu modesto, bem modesto, apartamento. Estamos assistindo o noticiário. Nada mais que Luke dando entrevista sobre o estado do Castelo que ele administra. Ele é bem bronzeado, físico perfeito. Usa óculos escuros, seus cabelos negros brilham pelo sol.

Um charme!

Ao lado dele uma estonteante ruiva que o segura pelo braço com uma certa possessividade. Aperto minhas mãos no colo.

—Esse homem é um deus grego.

Como eu não respondo ela olha para mim.

—O que foi?

—Eu não te disse, mas eu serei a babá da filha dele.

O queixo de Carly cai.

—Nãaaaaaaao!

Meu coração pula no peito. Arrepios sobem pela minha espinha.

—Simmmmmm. Está tudo acertado. Daqui a duas semanas estarei indo morar no castelo. — Digo sentindo o sangue correndo rápido sob a minha pele.

—Deus! Você irá me ligar todos os dias, me contando as novidades.

—Eu vou a trabalho, não cria expectativas.

— Você conhece a fama que esse homem tem?

Eu ergo a sobrancelha.

— E eu não sei? Claro que sei.

— Cuida do seu coraçãozinho, ou será arrebatado pelo furacão Luke.

—Você está louca? Eu me envolver com esse homem? Eu sou da classe trabalhadora, uma simples plebeia. Ele, a realeza. Nunca ele irá olhar para mim, mas em todo caso, vou usar umas roupas bem austeras, ele nem vai me notar.

—Com esse rosto? Esses cabelos? Sugiro óculos de grau baixo e cabelos amarrados. Só as roupas não irão adiantar.

—Eu sei muito bem me defender. Vou usar roupas condizentes com meu trabalho, só isso. E não por medo desse homem.

—Você sabia que ele deseja entrar para a política? Ele se candidatou para a Câmera Baixa.

—Claro que sei. E ele está bem abaixo nas pesquisas.

Carly ri.

—Também, com aquela pinta de playboy comedor não passa segurança para ninguém. Ele está agora com essa ruiva, mas não acredito que irão durar muito tempo juntos.

O choro alto de uma criança me fez voltar ao presente, mas não me tirando dos pensamentos a figura do Duque.

Eu posso explicar a fascinação que ele exerce nas mulheres. Ele tem carisma e isso somado a beleza e ao charme, sem dúvida é uma equação fatal. Fora a capacidade inata de ser líder.

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