Capítulo IV - Patrick
Eu dormi com aquela maldita na cabeça, por pouco ela não viu o meu rosto, muito pouco. Sophie mexeu na droga do relógio e reacendeu as luzes, do contrario teríamos transado na mesa sem nos importar com nada a nossa volta.
Mas isso também foi bom, serviu para que eu abrisse meus olhos e deixasse de ser um idiota levado pelo momento. Ela veio tão fácil pra mim, se derreteu tão rápido em meus braços, mostrando que estava fazendo bem o que foi paga para fazer.
Acordei de mau humor e apesar daquilo não ser um novidade, hoje o motivo era novo, sonhar com uma mulher não acontecia comigo há anos e pior ainda acordar com uma ereção dolorida graças a ela.
Estava tomando café quando os passos leves me alcançaram e ela beijou meu rosto. Meu corpo todo ficou tenso por saber que se não fosse pela mascara ela estaria beijando minha pele rasgada e coberta de cicatrizes.
Fui um escroto porque sua atitude me forçou a sair da zona de conforto e eu reagi da forma como tinha aprendido nos últimos cinco anos, com grosseria.
É claro que eu não ia bater nela, nunca tinha erguido a mão para uma mulher, nem para as que mereceram. Mas ver nos olhos dela o medo de que eu realmente fosse capaz de machucá-la me desarmou.
Sophie saiu da mesa marchando para longe de mim e eu quase me arrependi da forma como falei com ela. Fiquei ali remoendo a forma como eu a tratei e o que ela disse sobre nada do que eu fizesse iria atingi-la. O que Sophie quis dizer com isso?
— Continue assim e nunca vai ter filhos com ela nem com ninguém! — Holly exclamou entrando na sala de jantar e me tirando dos meus pensamentos.
— O que foi agora?
— Não se faça de desentendido, porque você é esperto de mais para isso. — ela pegou o prato de Sophie, mas antes de sair se virou para mim, atirando dardos pelos olhos. — A menina saiu daqui chorando e tudo porque ela beijou seu rosto, até imagino o que vai fazer se ela for para sua cama.
— Holly, pare com isso. Sabe bem o que estamos fazendo aqui, ela se casou comigo só por dinheiro!
— Sim, ela só quer seu dinheiro e se importou de beijar você só para ouvir desaforos. — Holly bateu os pés saindo de lá.
Suspirei deixando meus ombros caírem, não deveria me importar com isso afinal ela tinha sido paga para transar comigo e me dar todos os filhos que eu desejasse.
Mas eu cedi e abri o sistema de câmeras só para ver Sophie enfiada na biblioteca. Era a última coisa que eu esperava, imaginei que ela iria procurar reclamar com as amigas, choramingar ou tentar sair para a cidade, não esperei que ela iria preferir se rodear de livros.
— Bom dia Chefinho. — John entrou cantarolando e pelo sorriso no rosto dele eu podia dizer que não tinha falado com Holly.
— Não estou tendo um bom dia.
— E não parece que teve uma boa noite também. O que aconteceu? Não leu o relatório que me pediu sobre sua esposa?
Fechei os olhos com força e bufei, fiquei tão ocupado me recriminando ontem a noite que não me lembrei de ler o relatório.
— Não li e pelo visto já comecei o dia criando problemas. — murmurei quando Holly voltou vindo buscar o restante dos pratos.
— O que ele fez agora? — ele perguntou encarando a mulher que se recusou a nos olhar. — Vamos lá Holly, me conta o que o garotão aqui aprontou.
— Porque não conta ai seu amigo Patrick? Porque não conta que fez a menina se trancar na biblioteca por ter dado um beijo em você? — ela jogou as palavras e saiu andando com as mãos cheias.
Sacudi minha cabeça sabendo que Holly iria dizer o que pensa, pois a senhora me viu crescer e não hesitou em deixar sua vida para ir viver comigo ali naquela montanha, então ela tinha todo o direito de falar o que quisesse.
— Ela beijou você? Beijo na boca? — John parecia até um adolescente comemorando. — Como com essa máscara?
— Não John, ela beijou meu rosto por cima da máscara e acabamos brigando...
— Eu não acredito que você brigou com ela por isso. Não me leva a mal Patrick, mas você não tem contato com outra pessoa além dos seus pais, eu e a Holly há cinco anos. Que dirá uma mulher! — pronto ele tinha ganhado a munição necessária para começar com a história da minha reclusão. — E cá entre nós uma muito gata...
— Olha o que fala John! — grunhi o cortando antes que ele fosse longe de mais, mas o idiota não pareceu entender o recado.
— Chefe, com todo o respeito acha mesmo que tem garotas gostosas como ela dando sopa por ai? Tem que tratar sua menina direito, sabe como é?
Meu sangue ferveu e eu o puxei pelo colarinho. John com certeza tinha passado tempo de mais observando ela na estrada até aqui e enquanto levantava a ficha que pedi.
— Se você gosta de ter todos os dentes não vai voltar a falar da minha esposa usando palavras como linda, gata, gostosa! — rosnei com o rosto bem junto ao dele, o forçando a encarar meus olhos.
— Desculpa chefe, só estava tentando ajudar.
Soltei o colarinho dele e sai dali antes que socasse o único amigo que me restava, ainda mais por uma garota que tinha acabado de entrar na minha vida. Me tranquei no escritório e me mantive ocupado trabalhando em alguns contratos da empresa, mesmo de longe eu continuava sendo o CEO da Carter’s joalheria.
Mas quando Holly avisou que o almoço estava servido eu tive de ir atrás dela, a garota ainda estava enfiada na biblioteca e não tinha tomado o café.
— O almoço está na mesa. — falei esperando que ela saísse de lá e me seguisse, mas só fui ignorado. — Vamos, deixe de criancice e venha comer.
— Ou o que? Vai se importar se eu cair de fome? Duvido muito.
— Levante-se Sophie, ou vou jogá-la sobre o meu ombro! — ameacei sabendo que com o meu humor e as provocações dela iriamos acabar brigando de novo.
— Talvez eu espere que faça isso, ser carregada pelo marido é o sonho de qualquer mulher não é mesmo?
Engoli em seco com as palavras desafiadoras dela, Sophie não tinha mesmo a menor noção do que estava fazendo me provocando daquela forma.
Segurei ela pelos braços tirando ela da maldita poltrona, minha intenção era mesmo jogá-la sobre meus ombros e a levar até a sala de jantar, mas quando nossos olhares se cruzaram e eu segurei seu corpo perto do meu, algo mudou.
A fome e desejo se apossaram de mim e eu a empurrei contra a estante mais próxima, mantendo seu corpo preso. Desci meu rosto perto do seu, até que a respiração dela batesse contra a máscara.
Merda, o que eu não daria para estar de noite e poder beijá-la sem me preocupar que ela visse meu rosto.
— Não sabe o que fala menina.
— Acho que eu sei bem o que quero! — ela suspirou vagando os olhos por meu rosto. — Vai me beijar?
Sophie subiu as mãos por meu peito e entrelaçou os braços em meu pescoço.
Aquilo era um erro, mesmo assim meus dedos viajaram pela pele dos seus braços e eu sorri ao ver ela se arrepiar. Me inclinei pressionando seus seios contra meu peito, desci minhas mãos até segurar seus quadris e então friccionei minha ereção em sua barriga.
Sophie fechou os olhos e arfou se empurrando contra mim. Porra, como eu queria beijá-la agora, sentir os lábios macios e seus gemidos contra minha boca.
Como se lesse meus pensamentos ela mordeu o lábio inferior curvando a cabeça para trás e empurrando os seios em minha direção. Minha mão agarrou sua bunda, e num último resquício de resistência resmunguei e a virei com violência. Era isso ou iria beijá-la.
— Patrick... — ela praticamente gemeu meu nome e espalmou as mãos na estante a sua frente.
Elevei uma mão até seu seio, e com a ponta do polegar massageei seu mamilo através do vestido, sentindo ela estremecer. Eu estava tão excitado que meu pau se apertava dolorido dentro da minha calça jeans.
Apertei o bico de seu seio e ela soltou um gritinho abafado, esfregando a bunda em mim, então tirei a mão de seu quadril e desci até alcançar a barra do vestido. Eu queria tocá-la em todos os lugares, meus dedos deslizaram por sua pele até alcançar sua calcinha.
Nós gememos juntos e eu apoiei o rosto sobre a curva do seu pescoço, deixei que minha máscara erguesse um pouco e suguei sua pele macia, sentindo os arrepios se espalharem.
— Tão quente, Sophie. — rosnei, parecendo um animal enjaulado, sentindo o desejo de me enterrar nela crescer.
— Por favor, Patrick...
Esfreguei meus dedos sobre o tecido da calcinha, ouvindo ela arfar e gemer baixinho. Então puxei o elástico para o lado e pude sentir seu calor ainda mais de perto, esfreguei meus dedos em sua carne, abrindo seus lábios até sentir sua excitação contra meus dedos.
A provoquei com a ponta do dedo em sua entrada e girei seu mamilo, esfregando até que estivesse duro em meus dedos.
— Relaxa, Sophie. Vou fazer você gozar como nenhum outro fez! — soltei em um tom mais rouco que o normal.
Sentia que meu pau poderia estourar as calças a qualquer momento, ainda sim estava totalmente focado nela. Rocei os dedos em minha intimidade de maneira lenta e provocativa. Mesmo sem me penetrar profundamente, eu parecia derreter a cada movimento seu.
— Ninguém... nunca... — ela não conseguiu terminar a frase, mas eu duvidava que fosse realmente sobre ninguém nunca tê-la feito gozar.
— Você está tão molhada que chega a me dar água na boca. — murmurei ignorando suas palavras e circulei o lóbulo de sua orelha
Sophie tentou fechar as pernas, mas eu finalmente deslizei meu dedo para dentro dela, senti as paredes apertadas de mais protestarem com meu toque e o gemido dela sair mais alto do que os outros.
Porra, não! Não podia ser! Ela é virgem!
— Patrick? — ela virou um pouco o rosto e eu me afastei. — Desculpa, eu não quis... não vou me virar, podemos continuar.
Mas era tarde de mais, eu já estava indo pra longe dali, pra longe dela e da sua virgindade. Eu não ia tocar naquela garota nunca mais!