Capítulo 5

Hoje era um dia complicado para Aria. Era o primeiro dia oficial que ela sairia com Laura e também o primeiro dia do colégio novo de Cassandra.

Porém, a própria não parecia estar preocupada com isso. Cassandra se levantou e deu bom dia a todos.

Ela andou devagar pelo local até, sem querer, esbarrar em um vaso e quase quebrá-lo. Cassandra não ouviu nada caindo, porém, ela mesma derrapou, porém, foi pega por alguém.

"Ufa, te peguei a tempo." Lorenzo disse, aliviado.

"Sinto muito, Lorenzo. Acabei sendo um incômodo para vocês."

"Não foi nada. Não é sua culpa. Venha, vamos tomar café da manhã."

Ele pegou a mão dela e ela permitiu. Lorenzo deu um sorriso, feliz.

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Após o café da manhã, todos entraram no carro e Alissa os levou para os seus destinos. O colégio Houen era o primeiro, o colégio mais prestigiado da Itália e no qual apenas filhos de bilionários estudavam. Pelo menos era o que Aria sabia sobre ele.

Na verdade, era um dos colégios, de uma rede do mundo todo, apenas para filhos de mafiosos.

Cassandra e Lorenzo acenaram e entraram. Aria acenou, ainda preocupada.

"As crianças vão se dar bem, senhorita. Não se preocupe." Alissa disse com um sorriso, destacando a sua pele cor preta e cabelos cacheados.

"Com certeza." Aria sorriu. "Só sou muito preocupada com Cass. Ontem, eu liguei para a diretora explicando a situação. Ela é muito gentil."

"Realmente, ela..." Alissa tentou falar, mas, foi interrompida.

Porém, quando viu quem estava ligando, ela não conseguiu esconder um suspiro de impaciência.

O telefone tocou algumas vezes e ela teve que atender:

"Buongiorno, senhor Romano. Posso retornar mais tarde, estou como segurança da senhorita Mancini e da babá dela hoje? "

Ele disse algo que a irritou e a fez fingir que bateu a mão no viva voz.

"Sinto muito, senhor. Teremos que conversar depois, não é interessante que as senhoritas ouçam nossa conversa e, sem querer, ativei o viva - voz."

"E daí? Você só está querendo que eu pare de falar. Esqueceu com quem está falando, menina? De qualquer maneira, Giovanni mencionou a babá. Prazer, senhorita..."

"Ricci, senhor. Aria Ricci. O prazer é meu."

"Senhorita Ricci, não acha injusto alguém atrasar a entrega de um documento por um mês?" Ele disse de forma manhosa.

"Eu." Aria se sentiu nervosa. "Não sei as circunstâncias, senhor. Não posso opinar."

Mateo riu.

"Não trabalho para o senhor, senhor Romano. E sim, para os Mancini. Eles são prioridade." Ela disse, desligando.

Aria não disse nada.

"Não ligue para ele, é apenas alguém irritante."

"Você não vai ter problemas por causa disso?" Aria se preocupou.

"Não. Eu sei me cuidar." Riu.

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Após o almoço, elas foram tomar Gelatto.

A sorveteria era grande e possuía bastante espaço para Laura correr.

Aria fez os pedidos. E os estava levando até a mesa, quando alguém esbarrou nela. O de Laura ficou intacto, mas, o dela manchou toda a sua blusa.

"Oh, eu sinto muito. Posso te ajudar a se limpar?"

"Não é preciso, não foi uma mancha grande." Aria disse.

"Eu insisto."

"Mas..." Ela olhou para Laura e Alissa deu um OK de que cuidaria da menina.

Aria foi ao banheiro e a mulher a seguiu. A babá observou os cabelos castanhos e olhos verdes. A estranha a observava como um falcão.

Aria lavou a blusa na pia e a mulher deu a ele uma espécie de produto que ajudou a remover a mancha.

Aria agradeceu e a mulher a fitou, passando a mão em seu rosto levemente, acuando Aria.

"Não há de que, docinho. Eu nunca deixaria uma mulher tão fofa em apuros."

Disse, saindo e deixando Aria, confusa.

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No colégio, algumas horas antes, Lorenzo guiou Cassandra até a secretaria para pegar os seus papéis.

"Ei, quem é essa? Está namorando e não me avisou?"

Uma garota de cabelos ruivos, perguntou.

"Shiu. É uma amiga. Ela é nova, estou só ajudando."

Ao Cassandra se virar para eles, a garota se apresentou:

"Olá, amiga do Lorenzo. Prazer, sou a amiga dele de infância. Me chamo Maira, prazer."

Cassandra sorriu e estendeu a mão. Maira apertou.

"Venha, vou te apresentar os lugares."

Lorenzo se irritou com Maira querendo roubar Cassandra dele e disse:

"Esse é o meu papel, Maira."

"Não seja chato, ela precisa de uma amiga e você não pode apresentar o banheiro feminino para ela."

"Não briguem, por favor." Cassandra pediu.

"Não estamos brigando, querida. Venha, vou te mostrar os lugares principais, Julio pode cuidar de Lorenzo por enquanto."

"Sinto muito pela minha namorada roubar a sua, cara." Um garoto de cabelos negros, riu.

Lorenzo olhou para Júlio, furioso.

"Maira tem que saber não ser tão intrometida." Lorenzo respondeu.

"Fica tranquilo, cara. Hoje, a senhora Mairani falou com a irmã da sua garota. Sabemos da condição dela, só queremos ajudar. Benefícios de ser filha da diretora."

Lorenzo apenas bufou e foi para a aula.

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"E aí? O que você acha do Lorenzo?" Maira perguntou enquanto lavava as mãos no banheiro.

"Ele é educado." Cassandra sorriu.

Educado? Lorenzo. Essa menina não sabe de nada. - Maira pensou.

"E por que vocês estão morando na mesma casa?"

Cassandra contou sobre a contratação da sua irmã e Maira percebeu que aquela garota nem a irmã dela sabiam a onde haviam se metido.

Maira iria ajudar a protege - lá. Ela conseguia determinar facilmente o caráter de alguém, mesmo através do melhor ator. Ela não era filha do melhor investigador da máfia, afinal.

Alguém legal, como Cass não merecia ser atacada pelos leões desse mundo.

No primeiro período, as meninas tinham aulas em conjunto. No segundo, seria a vez de Lorenzo.

Após o almoço, Cassandra já parecia amiga da Maira e isso incomodou Lorenzo.

"Fica tranquilo, cara." Disse Júlio. " Cassandra tá muito bem com a Maira. Você não pode" ta" com ela o tempo todo. Nós estamos aqui para ajudar. Se é importante "pra" você, é pra gente também. " Disse fumando algo que Lorenzo imaginava que fosse ilegal, mas aquilo não era importante para o filho dos traficantes da máfia.

" Ei, chegamos. " Disse Maira.

" Olá, como foi a primeira aula de vocês? "

Cassandra e Julio foram apresentados e finalmente, para a alegria de Lorenzo, o casal foi embora.

Lorenzo sorriu quando ela contou da gentileza dos professores e como era estudar em baile.

" Você pode me mostrar depois? " Ele pediu.

" Claro. Vai ser divertido."

Eles estavam prestes a entrar na sala quando Lorenzo viu alguém.

Ele sussurrou no ouvido dela:

"Faça silêncio."

Lourenzo a puxou pela mão até a sala de materiais. Ele olhou pela fechadura o homem ruivo e com uma cicatriz andando tranquilamente pelos corredores.

Havia uma arma, bem escondida em sua cintura e ele procurava por alguém.

Lorenzo esperava que não, mas, provavelmente, a procura dele e de Laura. A máfia Russa não tinha um bom relacionamento com seu pai.

O homem abordou uma professora e perguntou por ele. Nesse momento, Lorenzo sabia que estava certo.

"Não tenha medo, Cass. Tem um valentão aqui. Ele não gosta de novatos, então pensei em nos escondermos, certo? Prometo que não tenho segundas intensos."

Cassandra concordou, sabendo que não havia outra opção além de confiar nele.

O homem se foi, procurando por ele entre as salas. Porém, no momento em que iria olhar para onde os jovens estavam, uma professora perguntou, o que ele estava fazendo ali. O homem deu uma resposta vaga e foi embora.

Lorenzo suspirou, aliviado.

"Eles já foram?" Cassandra sussurrou.

"Sim, não se preocupe." Ele sorriu.

Porém, algo em sua mente o alertou. Eles também estariam procurando por Laura.

Lorenzo não queria preocupar Cassandra então a levou até a sala e disse que iria ao banheiro.

"Droga, pai. Atende. Por que você nunca atende?" Ele gritou furioso, quase jogando o celular na pia.

O garoto tentou ligar para Aria, mas, ela também não atendia. O que estava acontecendo?

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Aria sorriu ao ver a alegria de Laura após o sorvete. A menina corria pela calçada, em direção ao carro.

Tudo estava tranquilo, havia sido um ótimo dia.

Porém, ela sentiu um aroma estranho no ar. Aria se sentiu sonolenta.

"Alissa, Laura" Ela tentou gritar.

Alissa a olhou, surpresa e tampou a respiração de Laura com a mão e tentou alcançar Aria.

Porém, a babá já havia caído no chão e estava quase inconsciente.

Alissa olhou ao redor e os seguranças também estavam inconscientes, havia sido uma cilada.

Laura começou a chorar em seus braços e alguém puxou Alissa pelos cabelos e a jogou contra o chão.

Com suas últimas forças, Aria tentou gritar e alcançar Laura. Porém, algum puxou seus cabelos e sussurrou em seu ouvido:

"Opa. Estou pronto para conhecer a nova putinha de Giovanni Mancini.”