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Capítulo 7

De repente aparece um homem com um revólver na mão e aponta de mim para Eva e dela para mim com dúvida nos olhos castanhos.

A mão do meu amigo segura a minha e lágrimas de medo brotam dos meus olhos. Isso não poderia acontecer. Não outra vez.

-Qual de vocês é Anne?~Ele pergunta com raiva.

-Porque quer saber ? ~Eva pergunta e ele aponta a arma na direção dela.

-RESPOSTA Droga.~Ele grita, nos assustando e eu dou um passo à frente.

-Eu sou Ana. Por favor, não machuque ela.~ pergunto chorando e ele engatilha o revólver apontando para minha cabeça.

-NÃO! Eu sou ANNE.~Eva fala e empurra a cadeira para ficar ao meu lado e vemos que o menino está confuso.

Suas mãos tremiam e havia ódio em seus olhos, mas ao mesmo tempo ele não parecia querer fazer isso.

-NÃO ESTOU BRINCANDO, ME DIGA QUEM É A FILHA DO Henry OU MATA AS AMBAS.~ Falo e meu olhar encontra o do meu amigo.

Estava claro que eu não a deixaria morrer em meu lugar. Mas também estava claro que ela não me deixaria morrer.

-Por que você quer matar? Não podemos conversar?~ pergunto e ele passa as mãos pelos cabelos pretos. Ele era um menino bonito, mas aparentemente seu coração estava ruim.

-Não. Henrique sofrerá. Assim como ele me fez sofrer. ~ Ele fala e engatilha o revólver.

Minha mão pega a do meu amigo novamente e fechamos os olhos, esperando o tiro.

Mas ele não vem.

-NÃO FAÇA ISSO!~ Abri os olhos quando ouvi papai e vi que ele segurava Lorena pela cintura enquanto ela chorava desesperadamente tentando se aproximar de nós.

O homem à nossa frente congela ao ver papai e Lore. Seus olhos se enchem de lágrimas e ele parece mais nervoso.

Eu sabia que ele não queria fazer isso.

Alguém enviou?

-POR FAVOR NÃO FAÇA ISSO.~Lore pergunta desesperadamente.

Finalmente vejo seguranças armados.

-Quem é aquela garota?~Ele pergunta em voz baixa, referindo-se a Lorena.

-Minha irmã Lorena... E ela está sofrendo por causa da sua atitude, não vê? ~Eva pergunta e seus olhos se abrem.

-Lorena? ~Ele diz mais baixo e com os olhos arregalados, depois corre desesperadamente, pulando o muro mesmo quando tiros são disparados em sua direção.

Papai e Lore correm em nossa direção e ela abraça a irmã e me abraça, me esmagando.

-Calma Lore, está tudo bem.~Eva fala e parece tremer.

-Não é possível. Sempre que estivermos aqui sua vida estará em risco e eu não me perdoaria se algo acontecesse com você.~ Ele fala e papai fica nervoso.

-O que você quer dizer com isso? O que vai desaparecer?~ Ele pergunta e ela se levanta olhando-o nos olhos.

Ele está sem palavras.

Os dois se olham como se conhecessem os maiores segredos um do outro.

-Se você me pedir para ficar, eu ficarei, mas agora meu desejo é ir embora.~ Ele fala e pega a mão dela.

-Sou egoísta Lorena. Muito.~ Ele fala e para surpresa de todos ela o abraça.

Eva olha para mim e sorri. Nosso plano funcionou.

-Não é. Ele me mostrou isso quando me contou sobre seu passado. ~Lorena responde se afastando e as duas se olham profundamente.

Papai começa a olhar para os olhos dela, para os lábios e depois para os olhos novamente e ela parece nervosa.

-Vamos entrar, senhor. Não é seguro aqui agora.~Luís pergunta, aparecendo mas fica sem graça quando estraga o momento.

Papai pigarreia e Lorena nos olha envergonhada.

Por que ter vergonha?

Eu apoiei os dois juntos.

-Venham meninas.~Flame pegando a cadeira de Eva que ela segura em minha mão. Papai nos acompanha.

Entramos em casa e depois do banho vou para a cama descansar, levando meu amigo comigo.

-Tem certeza que está bem?~ Lorena pergunta.

-São. Não se preocupe, irmãzinha.~Eva responde.

Logo papai entra na sala.

-Lorena precisamos conversar.~ Ele chama e ela olha para ele sem entender.

-O que aconteceu?~ Ele pergunta e nos olha como se o assunto fosse segredo.

-Deixe-os dormir e vejo você no escritório. Urgente.

-Henrique eu...

-PAI? ~Fico no caminho de Lorena, chamando a atenção de todos.

-Pode falar, Ana!

-Fique aqui conosco. ~Pergunto e ele pensa um pouco e depois respira fundo, deitando-se ao meu lado.

-VOCÊ também, Lorena, por favor.~ pergunto e Eva me dá uma pequena piscadela, sorrindo em minha direção.

Achei que Lorena fosse rejeitá-la, mas papai estava olhando para ela com tanta intensidade que rapidamente se deitou ao lado dela.

-A Operação Cupido está sendo realizada com sucesso.~Eva sussurra e eu escondo meu sorriso.

-Continuaremos sendo uma grande família.~Eu sussurro em resposta.

Henrique Walter

-Eles dormiram.~Ele sussurrou para Lorena que parecia nervosa.

-O que você quer me dizer? ~ Ele pergunta se virando para mim e eu sorrio.

-Quero mudar e preciso da sua ajuda.~ Falo com incerteza na voz.

Eu estava tentando pular de um penhasco e não sabia das consequências.

-Como posso ajudar?~ Pergunte.

-Ajude-me a sair com Anne. Eu sei que você sofreu hoje neste ataque, mas vou aumentar a segurança.

Eu quero que você se sinta seguro. Quero sair com você e prometo não reclamar. Eu quero ser diferente. E preciso da sua ajuda para isso. Digo isso pensando em como vou me sentir mal com esta eleição.

Mas depois de conversar com ela e conhecê-la, algo me disse que eu tinha que tentar.

Por Ana.

Só para ela.

-Estou dentro. Prometo não te decepcionar.~Ele fala alegremente e eu sorrio.

-Obrigado.

-Podemos começar agora mesmo.~ Ele fala, levantando-se animado.

-O que você quer dizer?~ eu pergunto.

-Vamos sair desta casa esta tarde. Vamos viajar. Eu deixei você escolher o lugar. Depois de hoje as meninas merecem isso.~Fale e acene com a cabeça.

-Fique aqui. Partiremos amanhã cedo. Eu vou consertar tudo.~ Eu respondo, levantando-me com cuidado e estendendo a mão para ajudá-la.

Ficamos frente a frente e aquela energia que parece nos cercar voltou.

O que essa garota tinha?

Algo me disse que eu iria me sentir muito mal, mas quem se importa? Eu estava disposto a tentar.

-Vou fazer as malas.~ Ela diz mas meus olhos estavam fixos nos dela.

Ela foi muito corajosa. Ele sofreu muito e sei que odeia os pais. Mas ele ainda estava lutando e tentando. Para sua irmã. Sua única família. Mas há algo que ela não sabe.

Depois de ouvir sobre o seu acidente, por um momento associei-o ao meu. Aquilo me matou por dentro porque lembrei que também matei duas pessoas, além da Amélia. Até hoje, os investigadores não conseguiram encontrar os sobreviventes para poder pagar uma boa quantia em dinheiro.

A única razão pela qual não fui preso foi porque paguei milhões à polícia na época.

-Você não está sozinha nisso, Lorena.~ Digo a ela e ela me olha sem entender.

-Como?~ Ele pergunta.

-Whenado disse que era só você e sua irmã. Me enganei. Eu estou aqui e você não está sozinho. Apenas lembre-se disso, ok? ~Pergunto e ela parece surpresa mas juro que vi lágrimas nos olhos dela.

Então ela estende a mão para apertar sua mão e eu olho para ela.

Meu coração estava estranho. Acho que precisava fazer exercícios porque estava frenético naquela manhã.

Pior. Meu corpo estava tomando suas próprias decisões porque eu a segurava.

Seu corpo rígido mostrou surpresa. Mas ela cedeu.

Quem diria. Eu.Henry. Abraçando a babá da minha filha.

Um diabo personificado.

-Vou me lembrar disso, senhor. Você também não está sozinho.~ Ele sussurra desistindo e depois disso eu volto para o escritório.

A tarde foi agitada e logo tudo estava pronto para a viagem.

Eu tinha escolhido o Havaí. Precisamos de um lugar tranquilo e as meninas gostariam.

Dormi cedo naquela noite.

Havia muita coisa acontecendo e eu não tinha ideia de que direção eles tomariam.

Acordei cedo e corri para colocar minhas malas no carro.

-Cuide da casa até eu voltar, Luis. ~ Digo a ele que ele me olhou surpreso desde que soube da viagem.

-Você está bem?~ Ele pergunta e eu olho para ele sem entender.

-Por que não seria?

-Você nunca viaja. Ele nunca sai de casa...

-Só estou fazendo o que me parece certo. E o que parece certo agora é distrair as mentes das três mulheres lá em cima. Meus homens investigarão quem era o menino e garanto que ele pagará por ameaçar as meninas. ~ Logo me lembro dos cinco homens que demiti pela violação de segurança.

-Boa sorte senhor.~ Ele diz sorrindo, olhando para algo atrás de mim e quando me viro vejo Lorena chegando. Ao seu lado estava minha filha. À sua frente, em sua cadeira, estava sua irmã.

Lorena sorriu. Seu cabelo esvoaçando ao vento da manhã era deslumbrante. Seu vestido floral lhe dava um ar de inocência.

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