Capítulo 4: Revelando a elegância
- Ei, vejam só! Quem é a mulher deslumbrante que entrou com o Sr. Pansy? Ela é absolutamente linda e se comporta com muita graça!
- Oh, meu Deus, olhe para essas pernas! Tão esbeltas e perfeitas! Nunca vi ninguém tão bonito!
- Será que essa é a noiva do Sr. Pansy?
- De jeito nenhum, isso não pode ser verdade!
Os funcionários não puderam deixar de se perguntar sobre a identidade da mulher que entrou com Patrick. A suposição mais comum era que ela deveria ser uma associada de negócios. No entanto, quando ela saiu do lado de Patrick para se registrar no departamento pessoal, de repente todos perceberam quem ela era.
A notícia da presença de Jane na empresa se espalhou como fogo.
Descobriu-se que a mulher que havia acompanhado Patrick era ninguém menos que Jane.
As pessoas ficaram perplexas.
Jane não era para ser uma caipira feia? Como ela havia se transformado em uma beleza impressionante? Enquanto Jane passava pelas formalidades necessárias, os funcionários do departamento de secretariado conversavam animadamente sobre ela.
- Jane é incrivelmente bonita! Ela até supera a Florence Doyle! - disse um dos funcionários, maravilhado.
Monica Betsy, a chefe do departamento, estava com uma carranca e um olhar de desdém.
Com malícia, ela comentou:
- A beleza é apenas superficial. Por mais bonita que seja, ela ainda é uma pobre garota do interior que não sabe nada sobre a vida na cidade. Ela não é adequada para ser a esposa do Sr. Pansy.
Quando Jane entrou no departamento de secretariado, ela ouviu esses comentários depreciativos.
Um brilho sardônico brilhou em seus olhos quando ela respondeu em voz alta:
- Se eu não sirvo para ser esposa dele, quem serve? Você?
A expressão de Mônica congelou e ela desviou o olhar, evitando responder a Jane. Ela não podia se dar ao luxo de antagonizá-la.
- Ahem! O Sr. Pansy me instruiu a tratá-la como qualquer outro membro deste departamento. Você receberá sua parte do trabalho, independentemente de seu status. Aqui está o documento para a sessão de fotos do anúncio de hoje; ele é de sua responsabilidade.
Com um sorriso zombeteiro, Jane aceitou o documento e saiu.
Os outros se reuniram em torno de Mônica mais uma vez.
- Mônica, essa não é a sessão de fotos do Carl? Jane é nova; você não acha que ela pode estragar tudo?-
Um brilho malicioso brilhou nos olhos de Mônica.
O rosto do anúncio era Carl Waters, uma celebridade jovem e famosa por seu mau humor. Ele era famoso por ser difícil de se trabalhar com ele.
As pessoas geralmente saíam de seu caminho para evitá-lo. Monica estava ansiosa para ver a inexperiência de Jane causar o caos em seu primeiro dia.
Assim que Jane saiu da sala, ela examinou o documento que descrevia a programação do anúncio. Ela não pôde deixar de notar o nome de Carl, que lhe pareceu estranhamente familiar.
Na sala do CEO, o assistente de Patrick perguntou:
- Monica acabou de entregar a filmagem de Carl Waters para a Srta. Devo designar outra pessoa?
Patrick e Carl tinham sido amigos de infância. Todos conheciam a natureza temperamental de Carl, e era certo que Jane sofreria o impacto disso se trabalhasse com ele hoje.
Lembrando-se dos comentários matinais de Jane, Patrick finalmente respondeu:
- Não, deixe que ela cuide disso.
Ele estava ansioso pelas provações e tribulações dela.
A empresa era responsável por todos os aspectos da filmagem.
Jane e vários funcionários desceram as escadas para receber Carl.
Alguns minutos depois, um Bentley preto parou nas instalações do Pansy Group.
Carl saiu do veículo, usando óculos escuros.
Com apenas dezenove anos, ele já tinha milhões de fãs em todo o mundo.
Sua fama só havia alimentado sua arrogância.
Ele se portava com um senso de superioridade, andando como se fosse o dono do mundo.
Jane se aproximou dele e estendeu a mão para um aperto de mão.
- Bem-vindo, Sr. Waters. Sou Jane Hewett, a pessoa encarregada da filmagem de hoje. É um prazer conhecê-lo.
No entanto, Carl ignorou o gesto e pulou os cumprimentos. Em vez disso, ele resmungou com uma carranca:
- Está sufocando aqui fora! Por que você não trouxe um guarda-chuva? De qualquer forma, estamos prontos para começar? Não tenho tempo a perder. Ah, e me traga um café antes de começarmos. Mas não qualquer café. Quero um daquela cafeteria no centro da cidade; eles fazem o melhor...
As palavras de Carl se arrastaram quando ele finalmente olhou para o rosto de Jane. Seu queixo literalmente caiu.
- Nossa, isso é um sonho ou o quê?
Carl tirou os óculos escuros, sua descrença era palpável. Ele abraçou Jane com entusiasmo.
- Jane? Essa é realmente você? Você trabalha aqui agora? Quando isso aconteceu? Você não deveria estar viajando pelo mundo agora?
Jane deu um tapinha na cabeça de Carl com um sorriso e respondeu:
- Carl, já faz algum tempo. O que você disse que queria beber de novo?
- Não importa! Eu não disse nada.
- E quanto a você? O que gostaria de beber? Vou pegar para você.
Os espectadores ficaram completamente atônitos.
O sempre arrogante Carl não estava apenas abraçando Jane, mas também falando com ela com tanto respeito. Ele até permitiu que ela desse um tapinha em sua cabeça.
Esse era realmente Carl ou alguém estava se passando por ele? Talvez ele estivesse demonstrando essa cortesia porque Jane era a noiva de Patrick. Mas ele geralmente era arrogante mesmo na presença de Patrick.
Que diabos estava acontecendo? A verdade é que Jane e Carl haviam se cruzado há dois anos. Naquela época, Carl tinha dezessete anos e estava filmando perto da cidade natal de Jane, no interior. Ele havia sido sequestrado por alguns bandidos.
Por sorte, Jane entrou em cena e o salvou. Carl ficou admirado quando ela derrotou os sequestradores sem esforço. Ele acreditava que estava enfrentando a morte certa até que ela apareceu como uma super-heroína. Ela o convidou para ir à sua casa e, para sua surpresa, sua residência era ainda mais luxuosa do que a mansão de Downton Abbey. Descobriu-se que ela não era apenas gentil, mas também muito rica. Carl não podia deixar de tê-la em alta conta.