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Capítulo 7

- Sim, ela é uma garota linda – sorrio para ela. Se você acha que estou com ciúmes, vou provar que você está errado. Embora em teoria eu não precise provar nada a ninguém. Só me incomoda que ele pense que gosto dele, que tenho ciúmes dele, etc.

Ele olha-me perplexo por um momento - talvez não esperasse a minha resposta - e depois volta a falar como se nada tivesse acontecido, com a total indiferença que, pelo que pude constatar, lhe pertence.

- Você está comigo esta noite? - Ele se aproxima de mim novamente, e sinto aquele maldito arrepio percorrer minha espinha novamente. Eu não esperava que ele estivesse aqui esta noite, ele obviamente estuda na mesma universidade que eu, mas nós estudamos em faculdades diferentes. Ser pego de surpresa me deixa inseguro porque não sei como agir. Sinceramente, nem sinto mais vontade de parecer histérica, mas não quero que ele pense que sou como aquelas que babam por ele.

- Mmmh... Não, me desculpe - respondo então, após alguns segundos de hesitação.

- Porque? - Coloco os copos na mesa do bufê e olho para ele.

- Estou com meus amigos -

- E quanto custa para você passar um tempo comigo? -

Na verdade não me custaria nada, mas não gosto e não parece muito bom para Andrea.

-Lucas, eu não gosto disso. Sinto muito ,

Vejo sua indiferença desmoronar em segundos.

- Ok... o que você quiser! - ele se vira e dá alguns passos em direção aos amigos, depois volta para mim, apontando o dedo para mim. - Não venha me procurar esta noite... Se vier, você vai me encontrar com alguma garota. Vá com seu adorável amiguinho. Eu rio um pouco, mas me contenho. É ridículo.

- Não o farei -

Vejo sua raiva diminuindo e um pouco de suspeita misturada com esperança em seus olhos.

- Então, você está comigo? -

Oh, Deus. Fique do lado de fora. Esse 'eu não vou', ele pensa, significa 'você vai com seu adorável amiguinho'.

- Não Luca, eu disse 'não vou', no sentido de que não irei te procurar -

- Como achar melhor – ele se vira, e com passos largos chega até seus amigos, cercando Marika pela cintura e sorrindo para ela.

Ele é um menino bonito, com cabelos curtos, pele clara e grandes olhos amendoados.

Ele só tem um temperamento ruim e eu não quero mais ter nada a ver com pessoas assim.

Embora esta noite ele esteja muito bem, com uma camisa branca com os botões de cima abertos, revelando uma tatuagem escura, jeans e uma barba um pouco mais longa.

Descarto o pensamento e me viro. Nesse momento vejo Sara empalada na minha frente.

- Parecia cena de filme! - diz ele, aplaudindo e se aproximando de mim.

- Por favor, não diga nada -

- Não direi nada, seus olhos falam por si -

- Ah sim? -

- É muito agradável -

- É estúpido -

- Você gosta -

- Cale a boca - penso no meu copo de refrigerante de laranja, mas depois penso nisso - quer saber? Vou beber meu copo de cerveja agora -

Já passa das onze e tomei um pouco mais que um copo de cerveja. Agora estou paranóico porque tenho que voltar, mas sinto um pouco de tontura. Embora eu me sinta melhor porque estou menos rígido do que o normal e brinco e rio com meus amigos. Sou eu, Sara, Cristiana e Ludovica.

Cristiana e Ludovica são nossas melhores amigas do curso, assistimos todas as aulas juntas. A Ludovica é um ano mais velha que nós porque foi reprovada no terceiro ano, enquanto a Cristiana tem a mesma idade que nós.

O primeiro tem cabelos ruivos curtos, grandes olhos escuros e plástica no nariz, enquanto o segundo é um pouco mais baixo que eu, magro e usa óculos.

Sara e eu temos muitos amigos, mas no final somos sempre ela e eu. Muitos tentaram se encaixar em nossa amizade perfeita e nunca conseguiram. Obviamente também saímos com outros amigos, mas nenhum deles será o que Sara é para mim e vice-versa. Só Sara conhece meus piores segredos e eu conheço os dela, somos inseparáveis e sempre seremos.

Decido enviar uma mensagem para Andrea.

'OLÁ! Tudo está bem?'. Ele responde depois de alguns minutos: 'Sim, está tudo bem e você?'

Sinto um pouco de frio, mas talvez ele esteja ocupado.

Esqueci de atender porque estou ocupado conversando com meus amigos, até meu telefone vibrar novamente.

Você quer sair amanhã à noite?

Eu sorrio. 'Claro, a que horas?'

— Passo aqui às nove e meia, ok?

'Perfeito, até amanhã'

'Até amanhã boa noite'.

Felizmente coloco meu celular na bolsa e continuo conversando com outras pessoas.

-Quem estava no celular? Sara me pergunta então.

- Andrea – vejo um pouco de decepção em seus olhos.

-Achei que fosse aquele cara... -

- Aquele cara quem? - Ludovica pergunta olhando para nós dois.

- Ninguém - eu digo.

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