Capítulo 7
— Obrigado, senhor diretor, ficaremos atentos aos computadores. Você não terá que se preocupar com isso.
— Não me agradeça, de qualquer maneira foi ideia da minha filha — Papai aponta para mim com orgulho e Lele se esforça para sequer olhar para mim.
O que há de errado com ele? Até ontem estávamos um dentro do outro.
— Sim — Lele murmura e depois gesticula para o papai e sai correndo da sala.
- Está tudo bem, querido? — Papai pergunta quando percebe que estou distraído, tenho que ir falar com ele.
— Hum... sim. Pai, você pode trazer algum papel para mim porque fiquei sem dinheiro? Eu te amo, corro para a aula, mando um beijo voador para ele e também saio da sala.
Vejo Gabriele um pouco mais à frente concentrado em alguns papéis e parado ao lado dele pergunto: Estou errado ou salvei seu traseiro? -
Lele me olha de forma estranha e depois olha em volta, é como se tivesse medo de que alguém pudesse nos ver juntos - eu teria resolvido isso mesmo sem a sua ajuda - ele desabafa, acelerando o passo para se perder.
— Vamos, admita. — Estou acelerando também, não perca Esposito.
Ele franze a testa e eu digo maliciosamente: — Admita que bateram em você, de novo. Primeiro de Bartis e depois de mim.
Sorrio maliciosamente quando acrescento: parece que você não consegue mais fazer nada sozinho.
Tudo acontece em milissegundos, Lele me empurra contra a parede no canto da máquina de venda automática, nos cobrindo e agarrando minha garganta com uma das mãos, ele rosna na minha cara, se elevando sobre mim — Sai da minha vida, Clarissa. Não venha mais falar comigo, não me toque, não olhe para mim, nem respire na minha direção. Não tenho nada a ver com você ou Bartis, estou claro? -
—Porém, você correu em minha direção ontem à noite, por que diz que não tem nada a ver comigo? —Pergunto sem tirar os olhos dele.
— Não vai acontecer de novo, fique tranquilo. "Bata em mim se eu voltar para você de novo", ele sussurra e então me solta e vai embora de costas para mim.
Agarro seu pulso antes que ele me deixe e sussurro debaixo de seu nariz: "Você sabia que foi Jasmine quem fez Bartis vencer ontem?" -
Lele imediatamente olha para mim sem acreditar – Você está mentindo. -
Eu rio divertida com a expressão de surpresa dela, ela realmente não esperava isso do seu pequeno Kapoor - O último voto foi dela e foi para você, só que ela pensou melhor e mencionou o nome do Bartis no final -
Toco seus lábios, ficando na ponta dos pés para chegar lá e sussurrando para eles - Vão vocês mesmos conferir as notas, se não acreditam em mim -
Ele permanece em silêncio, olhando para o nada enquanto toco seu peito e murmuro ao lado dele: Cuidado, Esposito, os bandidos têm rostos muito mais familiares do que você imagina. -
Saio com um pequeno sorriso quando recebo a notificação de que o cartão foi recarregado. O dia começa ótimo.
O ponto de vista de Sharon:
Prezado Gigio,
San Diego roubou meu coração.
Me diverti muito com minha família anfitriã e meus novos amigos, José também estava lá! As praias eram lindas e adivinha quem se queimou apesar da proteção?
Sim, você adivinhou.
Vi um dos pores do sol mais lindos da minha vida e naturalmente me ocorreu pensar que com você eu poderia aproveitar melhor.
E você? Como vão suas férias com seus amigos?
Você está com saudades de mim? Para eu morrer.
Escreva-me quando puder, estou esperando qualquer coisa, até uma carta com apenas uma palavra.
Seu, caranguejo.
PRESENTE
— Bom dia — saúdo a mamãe com um beijo.
— Bom dia querido, você dormiu bem? ele pergunta, concentrando-se em espalhar geleia sobre o queijo no banquete de biscoitos.
Depois de descobrir esse combo, não aguento mais sem ele.
— Bem, eu poderia ter dormido mais, mas tenho um domingo cheio de estudos pela frente —
— Bom dia princesa — Papai entra na cozinha e me dá um beijo na cabeça.
—Como foi a reunião de ontem? — Pergunto sobre a reunião em que papai e mamãe tiveram que ficar fora de Palermo o dia todo.
“Queríamos conversar com você sobre isso”, diz mamãe, despejando a espuma de leite em meu copo.
Adoro tomar cappuccino com fatias pela manhã; Nos Estados Unidos comi apenas cereais de baixa qualidade.
— A questão é mais complexa do que pensávamos, somos obrigados a sair por uma semana e meia. Devemos acompanhar passo a passo esse novo projeto e temos diversas reuniões agendadas com engenheiros e economistas ao longo da semana. Subir e descer a Alemanha todos os dias não me parece o mais adequado.
— Ah... claro, não faz sentido viajar todos os dias. Fique lá o tempo que for necessário e depois retorne com calma. Vou ficar bem – mordo a torrada, um pouco preocupada.
Nunca fiquei tanto tempo sozinho em casa. Nos Estados Unidos, porém, tive uma família anfitriã que sempre me fez companhia e nunca me deixou faltar nada.
— Temos certeza que você consegue cuidar disso sozinho, mas depois daquelas fotos no estacionamento... — Papai começa a dizer e eu imediatamente faço uma careta — Você não confia em mim? -
— Nós nos preocupamos com você querido, é diferente. Conversamos com Viviana e Adil, eles vão te hospedar no tempo restante.
Eu pego a mordida e sussurro com medo - Terei que ficar na casa do Giorgio? -
— Sim, você sempre se deu bem. Qual é o problema? -
- Nenhum problema. -
Coço o pescoço, cada vez mais preocupada.
— Basta trazer alguns pijamas e mudas para a escola, você sempre pode pegar o resto em casa —
Eu aceno: Quando você vai embora? -
— Esta noite, amanhã de manhã temos que estar em Berlim — papai me diz.
- Eu entendo. Então vou dormir na casa dos meus tios esta noite? -
- Exato. Assim que você terminar de estudar, ajudarei você a preparar sua mala com as coisas que você precisa levar.
— Ok, então é melhor eu ir andando — pego o cappuccino e mordo o último pedaço.
—Tem certeza de que empacotou tudo o que precisa? — Mamãe pergunta quando entra no meu quarto para fechar minha bolsa.
Depois de estudar, joguei fora as primeiras coisas do armário e coloquei todos os livros em duas mochilas.
Vou precisar disso mais do que de roupas.
Concordo com a cabeça, um pouco divertido com a expressão da mamãe.
- Está bem. É só por precaução: ele me entrega algumas contas que rejeito categoricamente.
— Não preciso deles, sempre ficarei em casa estudando muito —
—Mas nem para oferecer um sorvete a Jasmine? -
— Ainda tenho na minha conta as sobras da América. Quando eu precisar de alguma coisa, te aviso.
— Hmm… de qualquer forma, vou deixá-los na gaveta da entrada. Estás pronto? -
- Assim parece -
Mamãe pega a mochila com os livros, mas imediatamente faz uma careta: Amor! —liga para o papai que chegará imediatamente e nos dará uma mão na —mudança—.
- Isso é tudo? — Papai também pergunta, apontando para a sacola.
— Você disse que eu só precisaria de pijama e alguns trocados para a escola —
—Você me entendeu literalmente, boa menina—ela bagunça meus cabelos e sai do meu quarto com as mochilas nos ombros.
Como ele consegue criar todas essas coisas permanecerá um mistério.
Saímos de casa e abrimos o portão do chalé da tia Viviana com o código, entramos sem problemas.
O fato de ser meu aniversário me diverte muito.
- Olha Você aqui! - exclama tia correndo para nos ajudar.
— Fui eu quem engordou na academia ou essa bolsa é particularmente leve? -
Todo mundo começa a rir e eu coro, realmente arrumei todos os meus itens essenciais.
— Não é só impressão sua, Vivi — brinca a mãe ao entrar em casa. seguido por nós.
—Os outros estão lá dentro? - Papai pergunta.
— Adil está em Padel e Giorgio...Acho que não faço ideia, mas ele geralmente está com Bartis ou com...como diabos se chama aquele amiguinho dele—
—Clarisa? —Vim ajudar minha tia.
- Sim! Só ela, você a conhece? -