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Capítulo 4 A Data

"A beleza seduz a carne para obter permissão para entrar na alma"

simone weil

Logo lhe vem à memória, a tarde em que conheceu Miguel naquele bar, enquanto tomava umas cervejas com Virgínia e Camila.

"Karem, você notou como o cara sentado do lado esquerdo do bar olha para você?", comentou Virginia enquanto batia no parceiro com o cotovelo.

Karem se vira para o bar e olha para aquele homem com olhar inquisitivo.

O estalajadeiro se aproxima com uma cerveja e aponta para o bar. Ao comentar:

“A cerveja é cortesia do seu Nuzzo.

Karem, com alguma mágoa, levanta a mão para o cumprimentar, em jeito de agradecimento.

"Ele não para de olhar pra você, viu", insiste Virgínia.

-Se eu já percebi.

“Pare de incomodar Karem, meu amor. Não está vendo como ela fica vermelha? – Camila diz, enquanto estica o braço em volta da cintura dela, e a beija na boca, mostrando aquele homem, a quem ela não deveria dar atenção.

Karem se levanta para ir ao banheiro. É inevitável não passar ao lado desse homem, pois é em sua direção que fica o banheiro feminino.

Conforme ele se aproxima, seu coração palpita. Ao passar por ele, pega o celular tentando escondê-lo para não vê-lo cara a cara. Ainda assim, Miguel cumprimenta-o:

“Feliz tarde, linda senhora. Obrigado por aceitar a bebida – comenta cavalheirescamente à jovem.

Ela levanta a cabeça, sorri com tristeza e agradece. Vá ao banheiro. Ele fecha a porta e respira fundo, tentando se acalmar. Aquele homem bonito, elegante e cavalheiro olhou para ela e ela sentiu sua pele queimar como um tição.

Ele limpa o rosto, um tanto polido pelo calor. Ela retoca a maquiagem e volta para a mesa. Ao observar, fica surpreso ao ver que Virgínia sai correndo, atrás de Camila.

Karem se senta. Envia uma mensagem para você:

-Onde vão?

-Já volto. Camila ficou chateada com uma ligação que fizeram para mim.

-OK. Eu espero por você.

Karem bebe sua cerveja, um tanto apressado.

Miguel a observa. Ela sente o olhar dele em suas costas. Ele olha para a entrada e vê que começa a chover. Ele chama o garçom com a mão.

-Você pode me trazer a conta, por favor!

Quando você verifica em sua carteira para pagar. Ela ouve a voz na frente dela, dizendo gentilmente:

Deixe-me pagar a conta.

Ela vira o rosto para cima:

-Não é necessário. Eu tenho que pagar.

-Eu não disse o contrário. Permita-me dar-lhe este brinde. Seus amigos foram embora e não é justo que você pague a conta toda, sozinho.

Karem sabe que o homem está certo. Ela mal trabalha meio período e não tem como pagar.

-Está bem. Agradeço sua oferta. A verdade é que estou um pouco sem dinheiro.

Obrigado por aceitar minha ajuda.

Ele entrega o cartão ao garçom. Ele se senta e pede mais duas cervejas.

Você tem como ir para casa?

–Sim, obrigado, o ônibus vai passar em 20 minutos.

"Você se importaria se ele levasse você?" Não acho que você deva sair bêbado para esperar o ônibus.

É sexta-feira e a rua está cheia de bêbados e estranhos.

–Não é necessário, realmente; Ele já pagou muito a conta e eu também não estou bêbada o suficiente para não me cuidar.

– Insisto, é melhor acompanhá-lo.

Karem não pode deixar de ser convencido por seus argumentos e sorriso esplêndido.

Ah, meu nome é Miguel. E tu como te chamas?

–Karem. Meu nome é Karem.

O garçom se aproxima, entrega o cartão. Miguel se levanta, puxa a cadeira dela; Ele sorri e eles saem do bar. Ele se aproxima do Mercedes Benz vermelho. Abra a porta evitando que ela se molhe.

Ao longo do caminho, ela permanece em silêncio, evita o olhar de Miguel, sente-se tão vulnerável e subjugada em sua presença.

Ele a olha de lado. Ele vê seus cabelos úmidos e seu rosto brilhando à luz das lanternas. Ele quebra o silêncio, perguntando:

-Diga-me onde eu te levo?

– Avenida Central. Edifício Bela Vista.

Ele olha para ela novamente e sorri. Ela se sente nervosa. Eles chegam, ela desce do carro e da entrada do prédio se despede. Ele permanece lá, esperando que ela entre. Ele desajeitadamente abre o portão. Ele se vira, olha para ela, continua tentando abrir. Ele sai e a ajuda a abrir.

-Preparar!

-Obrigado novamente. Eu te devo três, agora.

–Você pode me pagar dando seu número de telefone, claro se puder e não se importar.

Ele pega o telefone e entrega. Ela anota o número e devolve a ele. Ele se aproxima e se despede com um beijo na bochecha. Ela sente a suavidade dos lábios dele e um arrepio a percorre.

Ele jamais esquecerá aquele dia, assim como todas as coisas que viveram juntos.

Desde aquela noite. Karem começou a sentir um desejo intenso de estar com Miguel. Ela pensou sobre isso e quis, como nunca quis alguém antes. Certamente seus dois relacionamentos anteriores foram carregados emocionalmente. Com Miguel, foi diferente. Seu corpo ansiava por sentir suas mãos, seus lábios. Deixe-se embeber em seu perfume e em seu hálito. Queime por dentro como uma chama que se consome.

Sua primeira mensagem chegou à meia-noite, enquanto escrevia para Virginia para saber como iam as coisas com Camila.

Espero que descanse, linda senhora.

Ela corou como se ele estivesse na frente dela. Como ele poderia enviar a ela um emoji:

– (emoji de sorriso)

Ele adormeceu com o telefone apertado contra o peito. Ela estava realmente apaixonada? Aquele sentimento de realização e alegria era amor verdadeiro?

Dia após dia recebia as mensagens do Miguel. No quarto dia, ele a convidou para sair. Sem hesitar, ela concordou.

Naquela tarde passou o dia no escritório, pensando no que vestir para vê-lo. Virgínia e Camila a ajudaram a escolher. Ela não era muito feminina, nem sensual, apesar de seus quadris curvilíneos e seios proeminentes.

Quando ele chegou ao restaurante, era um pouco cedo. Então ele decidiu esperar no refeitório do outro lado da rua. Ela não queria que ele notasse sua ansiedade, ou pensasse que ela estava em sua armadilha, embora estivesse presa desde a primeira noite.

Ele viu quando saiu do carro e entrou. Ele saiu do refeitório. Ela arrumou o vestido e foi ao encontro do amor.

Quando ele veio até a porta. Ele se levantou para esperá-la, puxou a cadeira. Ela se sentou. Ele sorriu e ela sorriu de volta. Desta vez ele não evitou seu olhar.

-Você é simplesmente linda.

"Obrigada", ela respondeu sorrindo.

-O que você gostaria de beber? um vinho? Cacifo do diabo; É o melhor vinho que você pode provar.

Ela o olhou surpresa. Se fosse pelo nome, não parecia tão bom. Ela não sabia nada sobre vinho. Então ela assentiu quando ele pediu ao garçom que trouxesse uma garrafa de vinho tinto.

Naquela tarde conversaram longamente. Ele a contemplava por sua inocência e ela o admirava por sua bravura e por aquelas cócegas que sentia entre as pernas quando ele sorria.

Naquele primeiro encontro não houve nada além de um beijo na volta para casa. Mas ela sentiu vontade de voar no tapete de Aladdin.

Em um segundo encontro, ele a convidou para sua casa. Ela quer tanto sentir o fogo dele e arder na mesma chama. Naquela noite, ela vestiu sua melhor calcinha e um vestido vermelho justo ao corpo.

Quando eles entraram na casa. Ele ofereceu a ela um gole de licor doce. Ele bebeu tão rápido que sentiu suas bochechas ferverem, assim como suas orelhas.

É conhaque.

Ela sorriu, aproximou-se e entrou em seus braços. Ele a beijou e estremeceu por dentro. Seus corpos não hesitaram em se livrar de suas roupas, nem seus lábios passaram por eles. Naquela noite ela se sentiu amada. Naquela noite ele aprendeu que o amor também tem pele e cheiro.

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