Resumo
Dois jovens se encontram na faculdade, eles são diferentes. Ela é comunicativa e faz amizade com facilidade, ele é fechado e não consegue expor o que sente. Quando se encontram, eles sempre entram em discussão, no último ano de faculdade, eles conseguem uma forma de trabalharem juntos. Ele acaba se apaixonando pela garota. Ela, apesar de não falar nada, também começa admirá-lo. Mas não é suficiente para falarem sobre sentimentos. Os dois vivem em mundos diferentes, Igor é urbano. Ele nasceu e cresceu na cidade. Jakeline é uma pessoa nascida e criada em uma fazenda. Após o baile da faculdade, os dois se encontram, e descobrem juntos o que é, um sentimento entre homem e mulher. Igor, não tem sensibilidade para lidar com a situação. Jakeline magoada, sai correndo após brigar com ele. Ao retornarem para casa, cada um vai enfrentar a família, e descobrir segredos que não tinham sido revelados. Entrar no mundo dos adultos, é completamente diferente do que viveram até o momento. Só o tempo e a família, poderá ajudar e apoiar o jovem casal. Jakeline é totalmente Indomada, e Igor é uma pessoa determinada. Eles vão precisar passar por provas, para saberem lidar com a situações que estão por vir. Suas famílias estão dispostas ajudar? Com as descobertas eles conseguiram viver o amor que está destinado a eles? Qual será o destino de Jaqueline e Igor? A vida urbana ou a vida rural? Até quando eles conseguirão se confrontarem, e superarem, para que possam viver o grande amor que está destinado aos dois? Esta é uma história de amor onde a família e a capacidade de crescimento é importante para o futuro. O amor pode superar barreiras, mas sempre deixa marcas. Procurar realizar os sonhos, às vezes pode encontrar pelo caminho, espinhos. Jakeline e Igor. Uma história entre altos e baixos, onde a família estará sempre presente, mas também com suas marcas e suas dores.
Fazenda Ardenas:
Durante anos, foi uma fazenda de agricultura, por várias gerações, ela foi aumentando. Antônio Farias Gonçalves, amava as terras, ele foi casado com Dayana Gusmão Gonçalves. Os dois trocaram a agricultura pela criação de cavalos. Antônio contrata Rodrigo, um agrônomo, para cuidar dos pastos e tornar a terra em pastos fartos. Rodrigo tinha a esposa Elizabete, que o acompanhou e servia na casa.
Eles também adoravam a vida na fazenda. Dayana trabalhava junto com Antônio para que a fazenda prosperasse. Após alguns anos, ela engravida e dá à luz a Jakeline Gusmão Gonçalves. Elizabete também tem uma filha, Dandara.
Dayana, trabalhou durante gravidez, até o último mês, mas apresentou problemas no parto, ficando com a saúde debilitada. Já não tinha forças para ajudar Antônio. Ele a amava muito. Ele, dividia seu tempo entre a fazenda e cuidar de Dayana e Jakeline.
Elizabete, cuidava da casa e das empregadas que ajudavam. Como Jakeline e Dandara tinham a mesma idade, elas cresceram juntas pelo campo, acompanhando Antônio e Rodrigo.
Antônio constrói uma escola na fazenda para as crianças estudarem. Jakeline e Dandara estudaram na própria fazenda. Dayana era preocupada, em ver a filha crescendo, no meio dos peões.
Dayana- Antônio, Jakeline não tem um comportamento de menina, ela se veste e age como um garoto!
Antônio- Deixa a garota meu amor, ela ainda é criança, quando chegar a hora, ela vai estudar fora e sera igual a outras garotas.
Dayana- Esquece, ela tem seu sangue. Ama os animais e isso não muda.
Antônio- Ela vai fazer faculdade, com isso, vai se afastar um pouco e aprender novidades. Não fique preocupada. Só cuide de sua saúde.
Dayana- Eu me rendo. Pois queria estar com você, percorrendo a fazenda.
Antônio- Sabe que não pode, mas prometo que cuidarei bem de nossa filha.
Rodrigo e Elizabete, também se preocupavam com Dandara. As duas eram inteligentes e espertas. Dandara seguia Jakeline, que era a mais levada. Elas aprenderam a montar ainda crianças e cresceram cavalgando por toda a fazenda. Perto do término dos estudos na fazenda, Dayana e Elizabete, procuraram, uma faculdade para elas.
Jakeline tinha os olhos de cor indefinida, às vezes verdes ou azuis. Dependia de seu humor. Seus cabelos eram enorme e preto, ele ficava trançado, para não atrapalhar quando estava no campo. Dayana adorava pentear seus cabelos e quando Jakeline reclamava do tamanho, sua mãe lhe dizia.
Dayana- Não corte o cabelo, ele é lindo. Você é uma moça linda. Tem que aprender a se vestir e seu cabelo vai ficar em destaque, quando estiver solto.
Jakeline- Mas mãe, dá trabalho cuidar, eu quero mais tempo no campo.
Dayana- Hoje é o seu cabelo, que te diferencia dos garotos. Pois você se veste como eles, se cortar o cabelo, aí, sim, ficará igual a eles.
Jakeline- Está bem. Mas é porque me pede que não corto. Diz abraçando e beijando ela. Jakeline é boa filha, mas de sangue quente. Ela chega da escola, faz as tarefas e sai para ir ver os animais.
Dandara é igual a ela.
Dayana vai à cozinha depois que a filha sai. Elizabete se tornou uma grande amiga.
Dayana- Elizabete, temos que levar logo, as meninas para uma faculdade. Eu fico preocupada com o jeito delas.
Elizabete- Eu também, já falei com Rodrigo, mas ele adora a filha e Jakeline com eles.
Dayana- Antônio diz a mesma coisa. Eu só queria que ela agisse como uma moça, ela desafia os padrões e além de ficar lá fora, tem o vocabulário e atitudes, igual a dos garotos.
Elizabete senta e serve biscoitos e café para as duas.
Elizabete- Te entendo bem. Dandara é igual. Espero que mudem quando saírem um pouco daqui.
Na baia maternidade.
Jakeline e Dandara estão com os pais, vendo o nascimento de um potro.
Jakeline- Pai, tenho certeza que será macho!
Antônio- E eu, tenho certeza que será mais uma boa égua reprodutora.
Veterinário- Vocês dois, parem de disputar o que vai ser. O importante é a mãe aguentar e nascer um potro bom para a fazenda.
Rodrigo- Esquece, esses dois vão ser sempre assim, um disputando com o outro. Diz rindo, sentado em um fardo de feno.
O veterinário está preocupado com a mãe em trabalho de parto. A égua reprodutora apresentou sinais de problemas.
Veterinário- Antônio, estou com uma suspeita que tem algo errado. Pois ela não está ajudando, está sem forças.
Antônio se aproxima e olha a égua deitada. Jakeline se abaixa e conversa com ela.
Jakeline- Ei garota, você consegue! Vamos trazer o potrinho, mas tem que ajudar. Diz sentando ao lado e acariciando ela.
Dandara segura no ombro do pai.
Dandara- Pai, não podemos fazer nada?
Rodrigo- O veterinário já está fazendo filha, só temos que esperar.
Antônio está ao lado do veterinário.
Antônio- Ela é uma boa raça, não podemos perdê-la. Veja no que pode ajudar. Diz colocando a mão no ombro do veterinário.
Veterinário- Estou fazendo o que posso, fique tranquilo.
Eles dispensam o restante do pessoal, ficando só eles no galpão onde ela está. Jakeline força a égua reagir.
Jakeline- Vamos garota, força e vamos conhecer seu filhote. A égua olha e parece entender a garota. O veterinário se ajeita e ajuda quando vem a contração. Depois ela se acalma novamente. O veterinário olha e diz.
Veterinário- Está em posição errada, é por isso que ela está sem forças.
Antônio- Então ajuda!
Veterinário- Jakeline, consegue manter ela, para que não se levante? Eu preciso ajudar para virar o potro.
Jakeline- Consigo!
Antônio- Deixa que eu faço isso. Você ainda não tem jeito para isso.
Jakeline- Tenho, sim, aposto com o senhor que eu consigo ajudar.
Antônio- Jakeline, isso não é brincadeira, é sério. Levanta que eu ajudo.
Jakeline- Pai! Já ajudei outras vezes, eu consigo sim. E vai ser um garanhão. O mais lindo da fazenda!
Antônio- Vai ser uma fêmea.
Veterinário- Gente, se não pararem, vou pedir para saírem.
Jakeline- Faço uma aposta! Ela vai conseguir e se for um macho, o cavalo é meu.
Antônio- Apostado. Mas se for fêmea, um mês sem montar!
Jakeline olha, com os olhos arregalados para o pai. Depois pensa e diz.
Jakeline- Apostado! Agora garota, vamos trazer nosso garanhão. Força, vai garota! Com Jakeline forçando a égua, ela se agita e o veterinário ajuda virar o potro para nascer.
Veterinário- Vai Jakeline, ela tem que reagir. Diz ele. Eles ficam em volta vendo os dois trabalharem.
Veterinário- Quando eu falar, ajude, pois está pronto a nascer!
Jakeline concorda com a cabeça.
Veterinário- Agora Jakeline, senão perdemos os dois!
Jakeline- Vai garota! Força! Você consegue! Diz ela agitando para a mãe reagir. A égua, parece atender o chamado de Jakeline e logo aparece as patas do potro.
Jakeline- Isso garota! Força! Diz abraçando e forçando ela a reagir.
O veterinário ajuda a tirar o potro e depois diz afobado.
Veterinário- Ele não está reagindo! Diz massageando. Jakeline deixa o pai com a égua, e corre para ajudar. Ela faz massagem com os panos e ajuda bombeando o peito do potrinho. Jakeline força ele reagir e o veterinário deixa ela cuidando do potro. Ele acredita no potencial dela. Logo ele abre os olhos e Jakeline cai sentada chorando.
Dandara- CONSEGUIU! Pai, olha que lindo! Eles comemoram e o veterinário volta, para cuidar da égua.
Veterinário- Ela está fraca, mas está bem.
Depois dos cuidados com a égua, ele pega o potro para examinar. Jakeline levanta toda suja e chega perto do pai.
Jakeline- Eu disse que seria um garanhão! Eu ganhei! Diz pulando no pescoço dele.
Antônio- Parabéns filha, agora tem um cavalo. Diz ele rindo alto.
Dandara corre e abraça a amiga.
Rodrigo- Se não estivesse aqui, não acreditaria que perdeu para sua filha!
Antônio- Ela está me superando. Diz com um sorriso.
O veterinário depois de examinar diz que está tudo bem.
Veterinário- Parabéns Jakeline, mas, tenho minhas dúvidas se será um cavalo dócil. Ele já mostra ser um potro arisco.
Jakeline- Eu cuido dele.
Veterinário- Agora tem o seu cavalo, e como vai ser o nome dele?
Jakeline chega perto e percebe que ele tem os pelos negros. Ela sorri.
Jakeline- Meia noite!
Antônio- Pode registrar meia noite no nome dela, em suas anotações.
O veterinário sai rindo. Da porta ele olha e diz.
Veterinário- Deixem a mãe mais um tempo descansando. Não permitam que incomodem, logo ela estará boa para sair.
Antônio- Já que terminou bem, o que acham de um bom banho e levar a novidade o casarão?
Rodrigo- Vamos. Nossas esposas nos esperam.
Jakeline- Posso ficar mais um pouco?
Antônio- Não, filha. Eles precisam se aproximar e descansar. Agora vamos acalmar sua mãe. Rodrigo, dê o recado do veterinário, para os outros. Vou juntando as coisas aqui com as meninas, depois vamos para casa.