Capítulo 7
Daniel Cooper.
- Foi tua culpa! – digo irritado. —Você ficou aí no semáforo quando deveria estar andando!
- A culpa é minha? Onde você conseguiu sua carteira de motorista online? – Franzi a testa com o insulto dele.
— Você não para assim no semáforo, felizmente para você sou eu. Poderia ser um caminhão!
— Uau, eu deveria realmente estar grato por você ter batido no meu carro? – ele zombou e eu fiquei frustrado.
— Enfim, se não tivessem te parado no semáforo eu não teria batido. – argumentei novamente e ela bufou, passando as mãos pelos cabelos.
— Ok, eu estava errado. Suportarei a perda, satisfeito? - Ele olhou para mim.
- Muito! – Ele desvia o olhar do meu e para para analisar o dano. Ele arqueia uma sobrancelha e depois olha para mim novamente.
—Um novo BMW?
- Eu emprestei. – Minto e olho para o carro dele. —Um Volvo XC?
- Presente. - ele respondeu. —Então me dê seus dados e eu assumirei todas as perdas, ok?
- Tudo bem. - Eu respondo. Ele olha para o relógio de pulso.
— Acho melhor irmos, você está atrasado. Seu chefe pode estar de mau humor hoje. - Eu fecho meus olhos.
—Será um prazer mandá-lo para o inferno. – resmunguei. - Estou indo. – Forço um sorriso e entro no carro e ele faz o mesmo. - Idiota!
Dirijo sem mais delongas até o restaurante, estaciono no estacionamento dos funcionários e noto o Volvo XP estacionado a poucos metros de distância.
Entro no restaurante e como são onze horas já está cheio. Cumprimento a Sra. Morgan e entro na cozinha, cumprimento meus novos colegas e troco de roupa.
Entro novamente na cozinha e imediatamente encontro meu querido chef. E pela aparência de alguns amigos, posso perceber que ele está realmente de mau humor.
- EM. Ospino, você está atrasado. – diz ele, colocando uma cesta cheia de legumes sobre o balcão.
— Me desculpe, algum idiota me fez bater o carro. – falei sem perceber e ganhando seu olhar nada simpático.
— Talvez você devesse prestar mais atenção ao trânsito.
— Talvez você devesse prestar mais atenção ao trânsito. - Eu respondi.
Samanta agora pode se despedir do trabalho, ela está com a corda no pescoço e a corrente nos pés.
- Talvez. – ele finalmente responde. —Lave todos esses vegetais e pique-os.
- Todos?
- Eu cai. – ele diz sério.
—Ok, mais alguma coisa?
— Sim, assim que terminar limpe o inventário. Preciso que você organize tudo o que tem aí até o prazo. Em seguida, coloque os novos produtos em estoque.
- Algo mais?
— Sim, passe no meu escritório no final do dia. – disse ele antes de sair da cozinha.
Definitivamente eram as moedas da fonte. Eu pequei, não foi, Deus? Perdoe-me, só pensei que com tantas moedas na fonte e tantos mendigos necessitados eu poderia ajudar.
- Boa sorte! – Selena diz rindo e todos me dão sinal de boa sorte. Agradeço e começo meu cansativo trabalho.
Demorou horas cortando vegetais que nunca terminavam. Depois limpar o caldo foi ainda mais cansativo considerando os bilhões de ingredientes que ali estavam. Terminei tudo às nove da noite.
O pessoal já estava trancando as coisas quando fui ao escritório do meu querido chefe e só apareci para verificar se estava fazendo meu trabalho. Liguei duas vezes e ouvi ele me dizer para entrar.
- Permissão. – digo entrando e fechando a porta atrás de mim. A sala era pequena, mas aconchegante, havia um sofá de couro marrom de um lado, lindas pinturas penduradas nas paredes junto com certificados e prêmios. E depois havia uma mesa de vidro, onde Daniel anotava algumas coisas em seu caderno.
Seu escritório ficava no último andar do restaurante, então atrás dele havia uma janela com uma bela vista de Manhattan à noite.
- EM. Ospino? – Eu ouço e depois volto para o mundo real.
- Sim. - respondo olhando para ele. Ele usa óculos graduados com armação quadrada preta.
Ok, talvez ele fique fofo com esses óculos.
— Vou sentar, posso? Minhas pernas doem muito e preciso descansar um pouco. – Sentei-me na cadeira de couro em frente a ele e quase soltei um gemido de satisfação com o conforto daquela cadeira. Eu poderia morrer lá, não me importaria.
—Foi exatamente isso que eu pedi para você fazer. – Sua voz me acorda mais uma vez.
— Ah, sim, diga. – respondo, ainda extasiado com a cadeira confortável.