Capitulo 7 - Destinos predestinados
Ignês caminha em círculos por pontos aleatórios, observando toda destruição causada por Rise tendo um semblante de preocupação. Acabava por soltar um pesado suspiro e logo depois tomar a palavra:
— Está tudo destruído…
— Eu vou tratar de recuperar Pálvia! - Dizia Amaya de forma animada.
— Seus pais devem estar preocupados com você. - Dizia Sethos, fitando Rybyth.
— Eu… Não tenho família… - Respondia ela, estando cabisbaixa.
— Oh, me desculpe… Não quis ferir seus sentimentos. — Desculpava-se o maior.
A menor soltou um pesado suspiro, movendo suas íris verde-claro ao céu e juntando suas mãos a altura do peito dizia:
— Eu só queria saber onde está Lyssandra… E por que aquela mulher disse que sou fragmento de memória de Caos?
Amaya e Sethos ficavam em silêncio por um momento. Ignês parecia notar que ambos sabiam de algo, assim tomava a frente do príncipe e o encarava levando ambas as mãos na cintura, para assim o questionar:
— Vocês sabem de algo, não é?!
— Não temos certeza… - Respondia Amaya.
— Vocês sabem algo sobre a Lyssandra? - Indagava Rybyth em tom animado, voltando a atenção para o grupo.
— Não, mas podemos te ajudar. - Respondia Sethos, lançando um sorriso otimista para a menor.
— Estou preocupada com Lyssandra, mas não quero atrapalhar vocês… - Comentava ela.
— Sabe, não é uma má ideia refazer este reino, mas você não pode sair andando sozinha por ai. - repreendia a ruiva em tom sereno.
— Não se preocupem. Eu sou uma bruxa e posso me cuidar sozinha. - Respondia Rybyth, sorrindo gentilmente.
— Pequena, sua coragem é admirável. - elogiava Amaya, aproximando-se da menor. Erguendo a destra lhe afagou as madeixas verdes. - Porém, eles estão certos… Olhe, Rise é muito perigosa e há mais seres como ela por ai. Bem, na verdade, ela também é uma deusa e pareceu interessada na sua energia pura.
— Então há mais deuses por aqui? - indagava a garota em tom de curiosidade. - Mas, por que estariam interessados na energia de uma mera mortal como eu?
— Sua energia é diferente dos humanos comuns. - explicava Amaya. - Não tenho certeza do que você possa ser, mas é melhor que fique conosco.
— Rybyth, você sabe se sua amiga Lyssandra gosta de ir em algum lugar para ficar sozinha? - Quis saber Sethos, estando pensativo.
— Bem, tem um campo em Eze… Mas, é muito longe daqui… - respondia Rybyth. - Acha que Lyssandra foi tão longe assim? Mas, como…?
— Eu não sei, vamos investigar! - Sugeria Sethos em tom determinado.
— Que tal a primeira missão para o Reino Escarlate ser: ajudar Rybyth a encontrar sua amiga Lyssandra? - Sugeria Ignês.
— Como desejar, majestade! - Dizia Bard, fazendo uma reverência junto aos demais.
— M-majestade? - gaguejava Ignês, estando um tanto sem jeito. - H-hey… Eu ainda não fiz nada para ser rainha ou princesa…
— De qualquer forma já é nossa Rainha Escarlate! - respondia Sethos, se pondo em posição reta.
— Rainha Escarlate… Gostei! - dizia a ruiva em tom otimista. - Farei honra ao título dado por meus amigos. Então, vamos à Eze!
— Vamos em meu navio. - Sugeria Sethos, gesticulando para que todos os seguissem.
Assim que o príncipe terminava de falar, sua guardiã teleportava todos para o cais, na onde, o navio do mesmo estava. Pelo local haviam diversos felinos protegendo a condução marítima. Rybyth ficava maravilhada com os olhos brilhando de felicidade ao ver os felinos, a ponto de correr até um deles e o apanhar no colo.
— Céus! Que fofuras! - Exclamava a menor, o pequeno felino negro nos braços.
— Hi hi! Ainda bem que Sebyth é calmo, se fosse Nephthys poderia te atacar. — Alertava Amaya em tom divertido.
— Ah, me desculpe… Eu não resisti… - Desculpava-se Rybyth, colocando o felino no chão.
— Acontece que esses felinos não são gatos comuns, são outros guardiões de Sethos. - Explicava a deusa dos desejos.
Logo todos entravam no navio, enquanto este arpava Sethos andava pelo local junto com Ignês, Bard e Rybyth lhes apresentando sua locomoção marítima. O trio se admirava com a grandiosidade e beleza deste.
No castelo de Caos, mais especificamente no salão principal, surgia Rise junto a Bephus. Festus estava andando de um lado para o outro estando visivelmente impaciente, ao ver a dupla surgindo se punha de frente a ambos indagando:
— Por que demoraram tanto para dizimar aquela mísera cidade?
— Nós encontramos o eclipse, a deusa escarlate e o trovão. - Explicava Rise.
— Ora, e essa cicatriz? - Questionava Murte, se levitando logo atrás do dragão abismal.
— Cicatriz? O golpe do eclipse deixou uma cicatriz no Bephus? - Impressionava-se a mariposa assassina.
— certamente este ferimento não foi causado por uma arma qualquer. - Observava Murte, fitando a gueixa como se já soubesse do que se tratava.
— Sim, Murte. Sethos ainda carrega a adaga, na qual, nossa criadora o presenteou quando ainda era bebê. - Confirmava ela.
— O que? A adaga ainda está com ele? - Impressionava-se Hazel.
— Temos que tirá-la daquele fedelho. - dizia Festus. - Mesmo que ainda não saiba usar nem sequer a metade de seus poderes.
— Ah, tem mais uma coisa. - interrompia Rise. - Eu também encontrei uma garota com uma energia muito intrigante… Parecia com a de nossa criadora, porém mais suave.
— Investigaremos isto também. Qual é a localização do pirralho? - indagava Festus, fitando Murte que já estava em posição de meditação.
— Estão a caminho de Eze, porém não é propício atacá-los ainda. - respondia Murte, encontrando a localização do grupo. — Eles estão próximos ao Redemoinho uivante.
— Hu! Mais que conveniente… Bem acima do Reino de Linus. - ironizava Festus, cruzando os braços. - Como se já não tivessem percebido nossa energia.
— Você sabe bem, Festus, que não devemos fazer nada mirabolante até que nossa criadora nós dê as devidas coordenadas. - Explicava Murte.
— Eu sei disso, Murte. - respondia Festus, porém ainda inquieto. - Rise, leve Bephus para o sotam.
— Agora mesmo. - Ela o respondia prontamente, em seguida saia andando junto com o dragão, puxando-o por uma corrente mágica que estava em torno do pescoço deste.