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Capítulo 5 Por que você voltou?

Quando viu o belo rosto dele se aproximando, Martha imediatamente virou a cabeça para o outro lado.

Com um leve sorriso, Rhys se virou e foi até o sofá. Depois de se sentar, ele se serviu de uma taça de vinho, sacudindo o cálice enquanto observava - o passarinho assustado - .

- Não se preocupe. Eu nunca forcei uma mulher.

Suas palavras aliviaram Martha.

No segundo seguinte, ele acrescentou:

- Você não é apenas a assistente dele, certo?

Os cílios de Martha se agitaram por um tempo. Finalmente, ela balançou a cabeça e disse:

- Eu... eu sou a esposa de Stefan.

Rhys ficou atônito e parou de sacudir a taça. Seus olhos estavam escuros com sentimentos contraditórios.

Ele esperava que ela fosse a namorada de Stefan, mas, para sua surpresa, ela era a esposa de Stefan.

- O Sr. Harrison foi muito generoso.

As palavras zombeteiras de Rhys eram mais afiadas do que punhais.

Martha não podia responder ou negar.

Olhando para ela, Rhys adivinhou que Stefan nunca se importou com ela, então Stefan a usou para agradar seus clientes.

- Vá para casa. Gosto de mulheres bonitas, mas não daquelas com cara de choro.-

Rhys pretendia soltá-la, mas Martha ainda parecia deprimida.

Ela baixou a cabeça e murmurou:

- Sr. Williams, por favor, concorde em trabalhar com o Harrison Group.

Se ele se recusasse e ela não o deixasse assinar o contrato, o Grupo Doyle estaria acabado.

- Se eu concordar, que benefícios terei?

Rhys não era um tolo. Como não podia dormir com Martha, ele não concordaria em cooperar com o Harrison Group em troca de nada.

Martha cerrou os punhos. Não tenho nenhuma moeda de troca. Isso é realmente pedir demais- .

Pensando nisso com decepção, ela se afastou. Seu desamparo e solidão podiam ser percebidos por suas costas.

Rhys franziu ligeiramente as sobrancelhas e disse:

- Espere, eu posso assinar o contrato.

Martha se virou imediatamente, com o rosto pálido cheio de surpresas.

- Você está... Você está disposto a assinar o contrato?

Se ele concordasse em cooperar com Stefan, a empresa do pai dela seria salva.

A alegria em seu rosto encantou Rhys.

- Sou um cavalheiro. Não quero decepcionar uma dama, mas tenho um pedido a fazer.

- O que é? - Martha perguntou ansiosamente, com os olhos brilhando.

Rhys a encarou em tom de brincadeira, seus dedos finos batendo suavemente na escrivaninha.

- Quero alguns doces da Cidade Norte e rosas amarelas da Cidade Leste.-

- Não tem problema, vou buscá-los agora - respondeu Martha animada, sem pensar na distância entre os lugares.

Em seguida, ela se virou e saiu correndo da sala.

Surpreendentemente, ela levou quase cinco horas para conseguir essas coisas. Quando ela retornou ao quarto do hotel, Rhys não estava mais lá.

Martha pensou que Rhys a havia enganado, mas então viu um contrato assinado sobre a mesa.

Ela o pegou com cuidado, como se fosse um tesouro inestimável.

...

Quando ela chegou à Harrison Villa, eram três horas da manhã.

Martha caminhou cansada de volta ao seu quarto. Assim que acendeu a luz, ela viu um rosto mal-humorado.

Stefan a olhava severamente, o ar ao seu redor estava ficando frio.

A súbita queda de temperatura fez Martha se arrepiar. Com os lábios ligeiramente trêmulos, ela disse:

- Pedi ao Sr. Williams que assinasse o contrato. Quando você vai cumprir sua promessa?

- Você deve ter pago muito caro para conseguir o contrato, não é?

Stefan a encarou mal-humorado, com os olhos cheios de sentimentos contraditórios.

Martha tirou a jaqueta, sentindo-se exausta demais para responder. Ela respondeu com um grunhido.

As coisas que Rhys pediu a fizeram viajar em duas direções diferentes da cidade, o que era realmente cansativo.

De repente, Stefan se levantou e caminhou na direção dela com raiva.

Martha sentiu o perigo e, inconscientemente, deu um passo para trás.

- Você dormiu com ele? - A pergunta dele a assustou.

Antes que Martha voltasse a si, Stefan agarrou sua mão e a arrastou para o banheiro.

Ela foi forçada a seguir em frente e gritou horrorizada:

- O que você está fazendo? Pare com isso!

Ele não respondeu, mas as chamas furiosas que emanavam dele a dominaram.

No banheiro, ele ligou o chuveiro e borrifou água sobre ela. Martha estava encharcada na água fria, com o cabelo e as roupas molhados, parecendo desarrumados.

- Sua vadia imunda! Por que você voltou?

- Não... Não aconteceu nada entre mim e o Rhys.

Martha balançou a cabeça vigorosamente, tentando se libertar do aperto dele, mas sua luta acendeu a raiva dele.

Ignorando seu olhar doloroso, Stefan agarrou seu cabelo, prendeu-a contra a parede e a penetrou à força.

- Você não consegue viver sem um homem?

- Não... Hmm...

A água gelada deslizou pelo rosto pálido de Martha. Olhando para o marido rude, ela tentou explicar, mas o beijo furioso dele a impediu. Ela foi dominada pelo questionamento dele e pela frieza de arrepiar os ossos.

Na manhã seguinte, Stefan vestiu suas roupas enquanto estava sentado no sofá.

Ao vê-la acordar, ele fez uma careta para ela e disse com ar de crueldade:

- Tome as pílulas anticoncepcionais. Não quero que fique grávida do meu bebê. Tampouco quero criar o filho de outro homem.

- Criar o filho de outro homem?

Martha virou a cabeça emudecida e olhou para as pílulas anticoncepcionais na mesa de cabeceira, sentindo-se sufocada.

Ela ficou em silêncio e finalmente concordou. De qualquer forma, ela estava muito doente para engravidar agora.

Com os olhos baixos, ela pegou o copo e as pílulas para engolir.

Ao ver seu olhar determinado, os olhos de Stefan ficaram escuros e sombrios, suas sobrancelhas bonitas se contraíram imperceptivelmente.

- Consegui a cooperação para você. Espero que consiga manter sua palavra.

Essa era a única coisa com a qual Martha se importava agora.

Suas palavras, no entanto, deixaram Stefan infeliz. Ele apertou os lábios finos.

- Essa maldita mulher!

Com raiva, Stefan derrubou o copo de água com um olhar severo. O ódio gelado saiu dele em ondas.

Logo, ele fechou a porta e saiu. Martha estremeceu e finalmente relaxou seu corpo tenso.

Olhando para o teto branco, ela tinha preocupação em seus olhos, pois não tinha certeza se Stefan manteria sua palavra.

Se ele voltasse atrás em sua palavra, seus esforços na noite anterior seriam em vão e seu pai ficaria desapontado.

Algum tempo depois, o toque do telefone a trouxe de volta aos seus sentidos.

Martha se esforçou para alcançar o telefone e apertou o botão de atender.

Maxwell disse alegremente em um tom rouco:

- Martha, Stefan concordou em nos apoiar financeiramente. A crise da nossa empresa acabou por enquanto.

Martha deu um suspiro de alívio.

- Isso é bom, papai...

Em seguida, ela lembrou seu pai de tomar muito cuidado. Maxwell era sua única família neste mundo, e ela não queria que nada acontecesse a ele.

...

A mansão Doyle.

Depois que Maxwell desligou o telefone, Bianca percebeu que ele estava de bom humor. Ela sugeriu:

- Sr. Doyle, hoje está um dia bonito. Vamos dar uma volta no jardim?

- Boa ideia. Quero tomar um pouco de ar fresco - Maxwell sorriu.

Depois que a empresa passou por sua crise, ele melhorou muito.

Para sua surpresa, um convidado inesperado o visitou depois que eles desceram as escadas.

Maxwell ficou boquiaberto com a figura familiar, pois não esperava que ela aparecesse de repente em sua casa.

Bianca também olhou para a mulher com consternação.

Era Hollie.

Segurando uma sacola de tônicos, ela deu um sorriso irônico e zombou:

- Já faz vários anos. Pai, você sentiu minha falta?

Com a testa franzida, Maxwell não respondeu.

Eles estavam em um impasse. Em vez de estarem em harmonia quando um pai reencontra sua filha, eles estavam em um duelo de punhais.

Bianca disse:

- Que bom que você está de volta, Lady Hollie. Como você tem passado...

- Estou falando com meu pai. Você é apenas uma criada. Que falta de educação sua entrar aqui!

Hollie olhou para ela com infelicidade, com o rosto cheio de desdém e zombaria.

Bianca era apenas uma empregada, não a anfitriã da casa.

Suas palavras fizeram Bianca abaixar a cabeça em silêncio.

Maxwell apertou a bengala com mais força. Evidentemente, ele não se sentia feliz com o retorno de Hollie.

Ele perguntou friamente:

- Por que você voltou?

- Acabei de passar por aqui. Pai, você parece estar passando por um momento difícil.-

Hollie colocou os tônicos sobre a mesa na sala de estar. Maxwell não vivia bem, o que a encantava

Ao ver seu sorriso triunfante, Maxwell fez uma careta para ela.

- Você não é bem-vinda aqui. Vá embora!

- Eu sei. Desde que entrei nesta casa, ninguém me deu as boas-vindas.

Hollie deu de ombros com indiferença, foi até o sofá e se sentou.

- Você acha que eu quero ficar aqui? Estou hospedada em uma casa luxuosa. Stefan me comprou uma vila cheia de coisas maravilhosas.

As palavras dela fizeram Maxwell prender a respiração, com o coração na boca.

Hollie estava de volta. Ele não conseguia deixar de imaginar o que Martha faria.

A zombaria nos olhos de Hollie ficou mais evidente. Ela estava familiarizada com a expressão de Maxwell.

- Veja. Pai, você só se preocupa com Martha. Infelizmente, você ficará desapontado. Stefan só gosta de mim. Acredito que logo me tornarei sua esposa- .

Hollie estava muito complacente. Ela veio aqui para se exibir, mas não parecia ter prazer suficiente em ver Maxwell fervendo de raiva.

Maxwell não conseguiu reprimir sua raiva, apontando sua bengala para ela.

- Saia daqui! Agora!

O sorriso se transformou em uma careta no rosto de Hollie. Ela arregaçou a manga da camisa para revelar as cicatrizes que cobriam seu braço.

- Olhe para as cicatrizes. Você as deu para mim, pai. Eu lhe retribuirei em dobro. E também à sua filha.

Maxwell sabia que ela tinha vindo para declarar guerra. Ao vê-la sair com arrogância, ele esmagou a bengala no chão, cobriu o peito e tossiu ferozmente.

Ele se arrependeu de tê-la acolhido. Se ele não tivesse sido brando naquela época, sua esposa não teria morrido.

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