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Capítulo 11 Suicídio

Escritório do presidente do Harrison Group.

Eden bateu na porta antes de entrar no escritório.

Stefan levantou a cabeça e olhou para ele, franzindo ligeiramente a testa.

- Por que você está aqui?

- Ouvi dizer que você mudou de porta-voz. Você se vingou de sua esposa?

Eden sorriu para ele. Embora tenha feito uma pergunta, seu tom era afirmativo.

Stefan fechou o arquivo em sua mão sem nenhuma mudança em sua expressão.

- A anterior não tem um bom caráter. Ela manchará a reputação e a imagem do Grupo Harrison.

- Você tem duas caras. Não vou acreditar nisso.

Eden se sentou no sofá, levantando as sobrancelhas e observando Stefan com um sorriso provocador.

- Você se preocupa com ela, mas sempre finge que não.

Quando recebeu a ligação naquele dia, Stefan estava presidindo uma reunião.

Ao saber do incidente, Eden decidiu cuidar do assunto após a reunião. No entanto, Stefan os dispensou de mau humor e foi pessoalmente ao set de filmagem.

Embora Stefan nunca tenha admitido isso, todos os sinais mostravam que ele se importava com Martha.

Assim que o comentário foi feito, Stefan lhe lançou um olhar severo.

- Você pensa demais.

Como ele poderia se importar com Martha?

Aquela maldita mulher era claramente incapaz de assumir o controle do tiroteio, mas mesmo assim aceitou o trabalho, então merecia essa lição!

De repente, o telefone de Stefan vibrou na mesa.

Ele verificou o identificador de chamadas e respondeu:

- Sim?

Uma empregada disse em pânico:

- Sr. Harrison, a Srta. Doyle cometeu suicídio. Fui limpar o quarto dela e a encontrei cortando o pulso.

- Mande-a para o hospital. Rápido! - Stefan gritou.

A empregada estremeceu. - Sim... Sim, nós mandamos.

- Qual deles? Vou já para aí.

Stefan pegou o paletó do terno e saiu do escritório, parecendo tenso.

Eden se sentou no sofá para vê-lo sair, franzindo a testa levemente com um olhar pensativo.

...

Dez minutos depois, Stefan chegou ao pronto-socorro.

Franzindo a testa para a empregada, ele perguntou:

- Diga-me o que aconteceu exatamente.

Sentindo a forte aura de Stefan, a empregada abaixou a cabeça e respondeu cautelosamente:

- Ontem à noite, a Srta. Doyle esperou você para jantar, mas você não voltou. Então, ela o deixou de lado. Hoje de manhã, ela não estava disposta a descer as escadas. Ela disse...

A empregada interrompeu.

- O que ela disse?

- A Srta. Doyle disse que não conseguia se recuperar e não queria ser um fardo...

As palavras dela fizeram Stefan apertar os lábios e baixar os olhos, nos quais havia um olhar de culpa.

Ele se culpava por estar ocupado demais para acompanhar Hollie.

A luz acima da porta da sala de emergência estava apagada.

Um médico saiu e se dirigiu a Stefan.

- Desculpe-me, senhor. O senhor é da família da paciente?

- Sim. Como ela está se saindo agora?

Stefan franziu a testa para o médico.

- Ela parou de sangrar, mas seu estado é muito ruim. Ela não tem vontade de viver. Isso é ruim para seu tratamento e recuperação.

O médico interrompeu com um suspiro.

- Sua doença se tornou grave. Receio que ela precise de um transplante de medula óssea agora mesmo. Ou ela pode não sobreviver a esta noite.

O corpo de Stefan tremeu violentamente. Com os dedos cerrados, ele parecia severo.

...

Do outro lado, Martha hesitou por um longo tempo depois de ouvir as sugestões de Rupert. No final, ela estava tão curiosa sobre a verdade que foi ao departamento de ginecologia e obstetrícia para fazer um check-up.

O resultado saiu muito em breve. Segurando-o com os dedos trêmulos, Martha teve uma sensação irreal.

O relatório mostrava que ela estava grávida há um mês.

Martha sorriu amargamente, encostando-se na parede ao lado do departamento de exames.

Ela estava realmente grávida.

Martha se lembrou daquela noite torturante. Embora Stefan tenha pedido que ela tomasse as pílulas anticoncepcionais no dia seguinte, ela ainda estava grávida.

Martha apertou o relatório, com os nós dos dedos brancos.

Stefan acreditará que o bebê é dele?

Martha dobrou o relatório e o colocou no bolso, sentindo-se frustrada.

Ela não achava que ele acreditaria. Ele acreditava firmemente que ela havia dormido com Rhys naquela noite, então ele pensaria que Rhys era o pai do bebê.

Os olhos de Martha se arregalaram. Pensando em seu atual estado de saúde, ela sentiu uma forte pontada no coração.

Ela não podia manter o bebê em tal situação. Caso contrário, ela e o bebê morreriam juntos facilmente.

O bebê, no entanto, era tudo o que lhe restava.

O que ela deveria fazer?

Ela se virou deprimida, arrastando seu corpo exausto de volta para a enfermaria.

Pela janela de vidro da porta, ela viu Stefan, surpreendentemente.

Ele estava sentado no sofá com a cabeça baixa, digitando uma mensagem no celular. Martha não conseguia ler sua expressão.

Ela se perguntou se ele estava ali para vê-la.

Seus olhos brilhavam de alegria, pensando que talvez ele aceitasse o bebê.

Martha olhou para cima e empurrou a porta com expectativa.

Ela encontrou seus olhos frios antes de lhe dizer que estava grávida.

- Hollie está na sala de cirurgia agora. Sua posição era urgente. Ela não pode esperar por outra medula óssea. Venha comigo para a sala de cirurgia.

Martha parou em seu caminho, o raio de esperança desaparecendo de seus olhos.

Os cantos de sua boca se curvaram em um sorriso amargo. Ela esperava que isso acontecesse algum dia, mas nunca pensou que seria tão cedo.

Isso aconteceu logo depois que ela soube que estava grávida.

Martha respirou fundo para acalmar sua voz trêmula.

- Eu não quero doar minha medula óssea para ela.

- Diga-me o que quiser - Stefan suavizou o tom de sua voz.

Hollie estava em uma emergência, por isso não podia esperar que a medula óssea fosse encontrada no exterior. Somente Martha poderia salvar sua vida.

Ele perguntou ao médico responsável. Desde que o doador fosse saudável, não haveria problema algum.

- Eu não quero.

Martha o encarou com firmeza. Ela já estava grávida, portanto não poderia doar sua medula óssea para Hollie.

Stefan fez uma careta para ela e segurou seu pulso.

- Doar a medula óssea não a afetará. Prometo lhe dar o que você quiser. Você quer o divórcio, não é? Eu concordo.

As palavras dele trouxeram dor ao coração de Martha.

Ela estava grávida, mas ele queria se divorciar dela.

O sorriso amargo desapareceu dos lábios de Martha. Ela se soltou dele e perguntou em voz baixa:

- E se eu lhe disser que estou grávida? Você vai...

- Impossível! Eu a obrigo a tomar a pílula todas as vezes. Mesmo que você estivesse grávida, eu não iria querer isso.

Stefan não acreditava que ela estivesse grávida.

Eles não faziam sexo com frequência. Toda vez que ele dormia com Martha, ele tomava medidas de controle de natalidade. Por isso, ele não achava que Martha estivesse grávida.

Considerando o lembrete do médico, Stefan reprimiu sua ansiedade e prometeu a Martha novamente:

- Martha, contanto que você possa salvar Hollie, eu posso concordar com todas as suas condições.

As palavras dele foram cruéis demais para ela.

A dor aguda no coração de Martha foi tão grande que ela fechou os olhos desesperadamente.

Embora ela estivesse grávida, ele não mudaria de ideia. Afinal, ela e seu bebê não podiam ser comparados a Hollie.

Cerrando os punhos com força, Martha respondeu:

- Não quero nada. Por favor, saia da minha ala. Não vou doar minha medula óssea para a Hollie.

Stefan olhou para ela com um semblante severo. Em seguida, virou-se para a porta e ordenou de forma fria:

- Vocês todos. Entrem.

A porta da enfermaria foi aberta à força.

Quatro enfermeiras se aproximaram ferozmente de Martha com rostos solenes.

- O que está fazendo?

Martha sentiu que havia algo errado, recuando em pânico.

As enfermeiras não responderam. Duas pressionaram seus braços e a outra agarrou suas pernas.

- Parem com isso! Me solte!

Martha se esforçou para agitar os braços e chutar desesperadamente.

A profissional de enfermagem que estava de lado a ignorou e injetou um tranquilizante médico em seu corpo.

Martha não conseguiu se libertar, olhando para Stefan com fúria.

Ele ficou de lado, observando-a com frieza. Martha sentiu que sua força estava se esvaindo gradualmente, seus olhos estavam cheios de desespero.

Ele pode até me sacrificar pela Hollie!

O desespero nos olhos de Martha assustou Stefan levemente.

No segundo seguinte, ele voltou a ser indiferente como sempre.

Depois de injetar o tranquilizante médico, os enfermeiros soltaram Martha.

Martha não tinha força alguma. Ela tentou se levantar, mas não conseguia se mover. Não conseguia pronunciar uma única palavra.

Os enfermeiros a carregaram em um carrinho de pacientes, empurrando-a para fora da enfermaria.

O coração de Martha continuava afundando.

Todo o calor em seu corpo e sua esperança desapareceram pouco a pouco.

Assim que a porta da enfermaria foi fechada, Martha olhou para Stefan com ódio e raiva.

Mas, no final, Martha foi levada para a cirurgia.

Em seguida, ela se esforçou para virar a cabeça, apenas para encontrar outra cama ao seu lado, na qual Hollie estava deitada com uma aparência pálida.

O pulso de Hollie estava envolto em gaze, que estava levemente embaçada pelo sangue que escorria. Ela parecia frágil.

- Bang!

A porta da sala de cirurgia foi fechada de repente. A luz de operação foi acesa tão abruptamente que os olhos de Martha se estreitaram subconscientemente.

Logo, os médicos colocaram suas máscaras, caminhando em direção a ela. As enfermeiras começaram a se preparar para a operação.

Martha não podia se mover, mas podia ouvi-los falar.

Ela os observou ficarem ocupados, parecendo mais desesperados.

Quando ela fechou os olhos e estava prestes a aceitar seu destino, um médico disse de repente: - Vocês todos, por favor, saiam primeiro.

- OK - responderam outros médicos e enfermeiros, dirigindo-se para a saída.

O coração de Martha pulou uma batida.

- Será que há como voltar atrás? pensou Martha, com um lampejo de esperança.

Ela apertou as palmas das mãos para manter os olhos abertos. Como era de se esperar, todos os médicos e enfermeiras tinham ido embora, exceto o cirurgião.

Será que a operação foi interrompida porque Stefan descobriu que ela estava grávida?

Antes que ela descobrisse, a voz do médico destruiu todas as suas expectativas.

- Srta. Doyle, o plano está indo bem.

Martha viu o médico tirar a máscara e acenar com a cabeça para Hollie.

Martha se enrijeceu, perguntando-se por que o médico havia dito isso.

- Plano? O que ele quis dizer com - plano - ?

Martha se esforçou para levantar a mão e fazer algum barulho. Hollie olhou para ela.

- Opa, você ainda está acordada?

Hollie curvou os lábios em um sorriso irônico.

- Martha, você está disposta a doar sua medula óssea para mim. Estou muito emocionada.

Martha tentou falar, mas não conseguiu pronunciar uma palavra.

Olhando ferozmente para Hollie, ela apertou as palmas das mãos com força.

Observando-a assim, Hollie sorriu com satisfação.

- Feliz com meu acordo, Martha? Você estava certa. Eu nunca fiquei doente.

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