Capítulo Três Continua
Parte 2...
Isso me deixa mais acesa por encontrar logo Artur e fazer com ele o que os casais estão fazendo ali.
Eu sei como ele é, então tenho que deixar que ele se sinta o caçador. Artur adora ser o macho alfa, então ele tem que se sentir por cima da situação.
Se ele achar que eu é quem o caça, é bem capaz de desistir no meio da brincadeira.
Ainda não esqueci como pegar um homem, ainda que esteja um pouco enferrujada. Mas estou determinada e não vou desistir agora.
Ainda lembro de alguns truques que toda mulher sabe. É fácil.
Claro que só valem quando a gente quer transar e nada mais. Se for algo mais sério, tipo um relacionamento ou até um casamento, as táticas são outras e não devem ser confundidas.
Cada homem tem seu jeito de predador e eu já sei como é o Artur. O observei esse tempo em que estou trabalhando para ele. Sei como ele gosta de ser o tal e chegar posando de macho. Tudo bem, eu gosto.
Artur gosta de ser o cão e a mulher o gato. Ele precisa sentir que está dominando para se sentir mais atraído, do contrário ele fica desinteressado logo.
Eu não quero isso. Quero que caia por mim.
Tenho que me fazer notar e quando ele olhar para mim, eu retribuo e desvio. Volto a olhar de novo alguns segundos depois e aí dou um leve sorriso.
Fico fazendo esse joguinho só um pouco ou ele pode acabar indo atrás de outra. Artur não perde tempo e sendo época de carnaval, sei que ele vai querer aumentar o número de conquistas dele.
Artur é movido pelo instinto. Se ele sentir que eu estou dando mole, ele vem pra cima. A fantasia de pirata é porque ele sabe que agora está na modinha os filmes sobre isso e que muita mulher adora ficar na moda. Por isso a fantasia de Jack Sparrow.
Eu particularmente adorei.
Já ansiosa eu desço a escada e vou na direção da piscina, que é bem grande. Já está com gente se agarrando lá dentro.
Isso me deixa com vontade de pegar alguém também. Não vejo Artur em nenhum lugar. Não é possível que ele ainda não tenha chegado.
_ Oi.
Me viro ao ouvir a voz bonita atrás de mim e me deparo com um homem vestido de policial e olhando sua “arma”, vi que é bem aparelhado.
Isso me fez segurar o riso. Eu estava ficando contaminada pelo excesso de putaria que rolava naquela festa. Ele sorri.
_ Oi - meneei a cabeça dando uma geral.
_ Está sozinha?
Ele se inclina para mim e consigo sentir o cheiro de seu perfume. Gostei.
_ Por enquanto, sim - balancei a saia.
Estou bem animada para minha caça, mas isso não me impede de aproveitar um pouco. E além disso, eu estou há tanto tempo sem um macho que me atraía de verdade que já estou pensando em partir para um substituto para Artur.
E o policial ali parado não era nada mal. Deixei que o flerte continuasse. Eu gosto e preciso me sentir bonita e atraente depois de minha estima ter ido para o chão após meu casamento.
Sei que sou bonita, mas ouvir isso de vez em quando ajuda bastante. Aceitei a taça que ele me deu e bebi um pouco, devagar.
Respiro fundo e tento relaxar ouvindo o papo dele, que até que é interessante, mas sei bem o que ele quer e o que eu estou fazendo ali.
Olho em volta e nada do Artur. Começo a ficar ansiosa e isso já faz parte de minha loucura.
Olhando para o policial á minha frente, deixo que coloque a mão em minha cintura e se aproxime. Acho que vai rolar um beijo agora.
E por que não? Me pergunto enquanto deixo rolar a paquera. Eu também posso aproveitar um pouco antes de partir para o ponto principal.
No caso, o prato principal.
Um casal seminu passa correndo por nós e se joga na piscina. Eu aperto os lábios, não quero rir e nem quero dar uma de puritana.
Está claro que ali não é uma festa desse tipo e usando a fantasia que estou, o cara sabe bem o que eu busco. Só não sabe a pessoa.
Ele então me puxa e cola o corpo ao meu. Deu até pra sentir um pouco sua arma. Me seguro para não rir e nem empurrar o cara.
Começamos a dançar, meio que mais esfregação do que dança mesmo. Ele beija minha bochecha e vem descendo até o canto de minha boca.
Seu hálito de uísque é forte, mas não é ruim. Vou deixando que seja ousado.
Eu não me importo. Ele nem sabe quem eu sou e ali não sou Melinda Souza, uma mulher de vinte e oito anos, doida pra trepar com o chefe gostosão.
Posso ser quem eu quiser e no momento eu sou só uma branca de neve safadinha.
Coloco a mão em seu peito e gostei disso, me sinto mais solta, talvez pela bebida ou excitação de tudo em volta de nós.
Ele desce a mão até meu quadril e de leve, aperta minha bunda. Gostei e deixei. Fechei os olhos quando sua boca tocou a minha.
Até que ele é sexy e gostosinho. Dá para o gasto por enquanto. O beijo começa devagar e eu retribuo, querendo sentir algo a mais.
Foi bom, mas não foi tanto. E pior. Quando abro os olhos vejo Artur do outro lado da piscina, agarrado a uma garota vestida de enfermeira.
E o safado ainda fica olhando em volta, dando uma geral nas mulheres que passam. É muito descarado.
Meu coração pulou. Eu precisava ir até ele, mas estava ali, colada com o policial.
Engoli em seco quando o vi se virar em minha direção e parou o olhar em mim.
É isso. É agora.
Deixar que ele me veja, me queira, dê em cima de mim. Venha me caçar.
Sinto uma energia forte percorrer meu corpo e dei que ele deve estar sentindo o mesmo, pois não desviou o olhar de mim. Aí eu finjo que desvio e volto a olhar de novo. Ele ainda me encara. Que bom.
Artur fica olhando enquanto o policial beija meu pescoço e fala ao meu ouvido.