Capítulo 7
"Deixe as suas esperanças e não as suas dores moldarem o seu futuro."
Robert Schuller
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Falcão
Eu não sei se é sua inocência ou seu jeito meigo de agir, em contraste com minha aparência e personalidade difícil que eu sei que tenho, e não sou nenhum hipócrita
Eu não sei se é sua inocência ou seu jeito meigo de agir, em contraste com minha aparência e personalidade difícil que eu sei que tenho, e não sou nenhum hipócrita. Mas o fato dela tentar se defender me fez ver uma mulher forte que está em ascensão. E pensando bem, gosto do fato dela estar amadurecendo ao seu tempo. Frutas que amadurecem rápido não são tão doces quanto uma que tem seu tempo para adquirir doçura e suas próprias defesas.
Queria não ter envolvido ela na minha vida, mas vê-la tão indefesa e exposta para tantas coisas ruins me faz querer protege-la.
Mas como um assassino pode querer isso?
Também não tenho a resposta, só quero e vou tentar, acho que mereço a chance de recomeçar.
E porquê não com uma linda mulher do meu lado, mesmo que essa me pareça nova demais?
Terminei meu banho e coloquei uma calça moletom preta. Lavei o meu cabelo e deixei solto. Fiquei sem camisa, gosto de deixar minhas tatuagens a mostra.
Chego na sala e ela está na varanda olhando a cidade, a noite está linda, o clima não está tão frio.
Observo sua roupa e tenho quase certeza que esse vestido não é dela. Faz mais o estilo da ruiva, mas não deixou de ficar muito bonita e de fuder com a sanidade do bar inteiro com essa bunda empinada e toda marcada.
Chego atrás dela colando nossos corpos e ela estremece:
— Se quiser tomar um banho e relaxar fique a vontade. Coloquei toalhas limpas no banheiro. — Aliso seu braço solto ao lado do corpo e sinto sua pele arrepiar
Gosto de saber que afeto ela, mesmo que tente resistir e se afaste.
— Você me deixa confusa, mas quero sim... Me sujei quando cai no chão, a rua estava molhada. — Ela fala sem jeito
Seguro seu rosto alisando sua bochecha e sinto uma raiva instantânea por lembrar o que aquele fudido fez com ela.
— Está tudo bem agora docinho. Tome seu banho que vou ver se acho uma das minhas camisas para você usar, esse vestido parece estar desconfortável. — Ela sorrir com seu jeito tímido e agradece
Sei que pareço um bundão, mas odeio pensar que ela poderia ter sido morta.
Há muito tempo não me preocupava com ninguém além de mim, e sentir essa necessidade de protege-la é estranho.
Peguei um dos meus casacos de moletom, pois quero que ela fique aquecida, com certeza ele ficará enorme nela. Deixei em cima da cama, me deitei pegando meu celular e olho as últimas mensagens. Eu já entrei em contato com alguns colegas que vão me ajudar tanto a me reestabilizar, como me vingar daquele filho da puta.
"Me aguarde Miguel Monteiro, vou fazer da sua vida um inferno, assim como fez com a minha."
Ligo o som e toca loga a porra da música do Lenny Kravitz que tem o mesmo nome que o dela, Calling All Angels. E que pra piorar fazia anos que eu não ouvia e até deu uma acelerada no coração que eu imaginava que não tivesse mais.
Caralho docinho! Você tá invadindo a minha mente sem nem perceber e pior ainda, sem que eu possa controlar.
Coloco as mãos atrás da cabeça, fecho os olhos e fico curtindo o som.
Ouço a porta do banheiro abrir e ela sai enrolada na toalha. O seu cabelo negro preso em coque demonstra que ela não quis molhar. O seu ombro um pouco curvado demonstra sua timidez, mesmo depois do que fizemos semana passada. Mas entendo seu nervosismo, eu ainda sou o estranho que tirou sua virgindade.
— Me chamo Apollo Dias, sou tatuador profissional, estou parado alguns anos, mas vou retomar e abrir meu próprio estúdio. Vou fazer trinta e cinco anos no próximo mês e esse sou eu. Sei que sou bem mais velho que você, mas não me importo desde que você não fosse menor de idade. — Falo o básico do básico e sou sincero
Ela não precisa entrar na minha vida, pois sairia correndo desse apartamento sem pensar duas vezes.
— Não lhe dou essa idade, parece ter menos e também não ligo para sua idade. Quando lhe vi pela primeira vez pensei "esse cara deve ser tatuador", nunca tive coragem de fazer uma, mas acho bonito nos outros. E as suas são lindas.
Observo ela falar e elogiar minhas tatuagens, isso já faz ela ganhar um amigo. Analiso ela tirando a toalha e conversar comigo é sua forma de me distrair, mas falha. Ela está de lingerie, aprecio seu corpo cheio de curvas e suas pernas grossas que estão me deixando doido, porém tento me controlar.
— Você é muito gostosa, docinho. E tatuagem é coisa séria, só faça uma quando tiver certeza que carregará aquele desenho com orgulho. - Recostado na cabeceira
Eu a observo vestir meu casaco que ficou enorme, eu queria ela nua, mas não vou forçar nada.
— Ficou bem grande, mas vou ficar quentinha. Obrigada! Um dia quem sabe eu faça uma tatuagem com você. — Ela passa a mão no casaco e me encara sorrindo sem jeito
Bato a mão no espaço vazio da cama e ela se aproxima de cabeça baixa.
Caralho! Sua timidez me deixa de pau duro. Ela é sexy sem fazer esforço, é tão delicada que dá vontade de beijar seu corpo inteiro.
Ela se senta na cama, me deito e ela acaba fazendo o mesmo, vira na minha direção me encarando. Seus olhos claros são tão brilhantes e carregam toda sua paz. Eu toco sua bochecha corada e aliso seus lábios carnudos que amei beijar.
— Sei que não esperava me ver lá no bar, percebi como se assustou quando me viu. — Ela desvia o olhar
— Eu não sabia que a festa era lá. Não queria ver você nunca mais, não vou mentir, eu quis correr quando vi que era você. Mas a minha cota de bancar a louca já tinha esgotado por um ano inteiro. — Ela sorri sem graça
E não posso descartar que ela foi bem louca mesmo.
— Sei que deixei uma péssima impressão minha ao te expulsar, mas ser abordado por quatro mulheres achando que eu assasinei a amiga delas não foi nada legal. Achei que era armação para me ferrar, por isso fiquei puto mesmo. E resumindo, você é bem louca. — Ela tampa o rosto com as mãos e ri, não resisto e sorrio.
— Agi por impulso e poderia ter me ferrado. Argh... Eu fui tão estúpida! Só faltou eu me esmurrar quando cheguei em casa e me dei conta da merda que eu havia feito, mas agora é tarde para lamentar.
Observo sua expressão, ela não me olha nos olhos por estar com vergonha, por isso fala encarando as unhas. Seguro sua mão fazendo ela me encarar.
— Foi tão ruim assim? Eu machuquei você? Tipo... Eu sei que não foi a melhor foda da sua vida, mas espero não ter intensificado a dor da primeira vez. — Ela sorrir e abaixa o olhar.
Porra de mulher linda!
— Acho que pelos relatos catastróficos de algumas amigas sobre esse assunto... Hum... Acho que a minha ganha nota nove. — Ela faz os números nos dedos e faz um biquinho que meu pau imediatamente pulsa na calça.
Foi melhor olhar para outro canto ou iria atacar ela a qualquer momento. Me viro de barriga para cima e ela continua de lado me olhando.
— Nada mal, mas sou muito exigente com minhas fodas e ainda quero arrancar um dez dessa sua boca carnuda. Claro! Se outro já não estiver em campo, porque não gosto de dividir.
Me viro para ver sua expressão, ela me encara surpresa. Sorrio, mas só de pensar outro a tocando me deixa puto.
Me aproximo mais dela e não controlo minha reação em deixar claro que gosto de exclusividade.
— Alguém transou com você depois de mim?
Ela encara nossos corpos colados e me olha nos olhos. Isso me deixa nervoso. Eu odeio imaginar que outro ouviu seus gemidos de prazer e sentiu os apertos da sua boceta gostosa que fodeu com minha mente essa semana inteira. E nem a foda com aquela loira foi tão boa quanto senti-la em baixo de mim e não sei explicar. Caralho!
— Eu... eu... — Me levanto da cama puto
Ela hesitou, eu sabia! Que caralho! É lógico que ela iria aproveitar, não sou nada na vida dela.
Por que isso me incômoda tanto?
— Você fodeu não é? E ao filho da puta você deu que nota? — Falo entre os dentes, mas grito no final
"E porque diabos estou gritando? Essa garota me enlouquece."
— Apollo! Abaixe seu tom de voz! E não fale merda! E porquê te interessa tanto saber da minha vida? Mal nos conhecemos. E minha vida íntima não é da sua conta! — Ela se senta, está tão estressada quanto eu.
Porra! Respiro fundo, não tem motivo para o meu surto.
Me viro de costas e vou para varanda. Preciso de um pouco de ar, estou ficando doido.
— Você está certa. Finge que não falei nada, pode dormir se quiser, amanhã te levo para casa. — Falo olhando o céu estrelado
"Eu preciso deixar de maluquice. Essa garota não é nada minha e é melhor ela ficar longe de mim mesmo. Tenho muitos inimigos e não quero ninguém envolvido na minha merda."
Penso na minha vida e em tudo que vou precisar resolver. Principalmente em como colocarei minha vingança em prática. E qual seria a melhor forma de fazer Miguel sofrer. Tenho tantas idéias.
Ouço a porta da sala bater.
Para onde essa ordinária pensa que vai?
Saio correndo em direção a saída e quando vou abrir a porta ela já tinha entrando no elevador, mas segurei a porta antes de fechar. Ela me encara de olhos arregalados.
— A onde diabos você pensa que vai? — Estou puto por ela querer fugir de mim, mesmo que eu tenha dado motivos.
— Solta a merda da porta e me deixa em paz! Vou para minha casa, sei muito bem me virar sozinha! — Ela fala firme apertando os braços envolta do corpo, e vejo seu medo e nervosismo.
Entro no elevador, ela dá passos para trás, aperto o botão para o elevador parar e vejo seu espanto ficar ainda maior.
— O... o... Que você está fazendo? Por favor, não me machuque.
Me aproximo de vez quebrando nossa distância, ela enterra o rosto no meu peito que abafa seu grito.
— Não vou machucar você. Só não acho bom você sair sozinha uma hora dessas. Prometo te levar para casa amanhã, e para de pensar besteira, eu não sou nenhum tarado, por mais que eu esteja louco para foder você.
Ela está tremendo escorada no meu peito e me culpo por ter a deixado tão assustada. Beijo seu pescoço, o cheiro do seu perfume ainda esta em sua pele. Essa morena baixinha está acabando com minha sanidade, a desejo tanto que fico armado do nada, e para minha felicidade ela envolve minha cintura com os braços. Me afasto um pouco para ver ser rosto e suspendo seu queixo para me encarar. Ela é tão linda.
Aliso seus lábios carnudos, me inclino para beija-la e ela não me rejeita. Sugo seu lábio inferior, aprofundo o nosso beijo e ouço ela suspirar levando a mão ao meu cabelo. Ela aperta minha nuca a medida que nosso beijo se torna faminto, não resistindo e suspendo ela no meu colo. Ela enlaça as pernas na minha cintura e enterra o rosto na curva do meu pescoço.
— Apollo... Aqui não... As câmeras... — Me arrepio com ela cheirando meu pescoço e aperto seu corpo pequeno no meu.
— Relaxa docinho e curte a adrenalina, pois vou te foder no elevador. — Falo rouco em seu ouvido levando ela para um canto, ela estremece suspendendo a cabeça e me encara temerosa
— Não acho um boa idéia... — Não espero ela ficar com mais medo, tomo seus lábios no meu com urgência, estou sedento por ela e preciso do seu calor
— Será que está molhadinha por mim? Espero que sim... Hum... Que delícia! Molhadinha docinho. — Levo meus dedos a boca e chupo
Caralho!
Eu preciso me enterrar nessa boceta agora!
Tomo sua boca na minha e enquanto exploro seus lábios deliciosos, afasto sua calcinha me aconchegado mais entre suas pernas.
— Apollo... Ohh... Droga!
Encaixo meu pau em sua entrada molhadinha, recebo seu aperto, ela enterra o rosto no meu pescoço e geme quando começo a me empurrar.
— Ah! Caralho! Isso docinho, me recebe no seu aperto... — Me movo ao estar todo dentro dela
Suas mãos apertam minha nuca enquanto geme no meu ouvido me deixando ainda mais louco. Tão quentinha.
Oh! Porra! Eu precisava disso!
Aumento o ritmo das estocadas, ela puxa meu cabelo, preciso diminuir ou vou acabar gozando e estou sem camisinha, mas está tão bom. Que caralho! Vou parando sem sair do seu corpo e tomo seus lábios nos meus.
— Vamos terminar isso na minha cama. Eu quis tanto ter você assim, mais ainda quero te dar muito prazer.
Me movo umas três vezes só para ouvir ela gemer me fazendo sorrir. Abaixo um pouco seu casaco, não quero nenhum safado vendo a bunda da minha garota. Aperto o botão fazendo o elevador voltar ao normal e ao abrir a porta saio com ela no meu colo e meu movimento andando me empurra para dentro dela e a ouço gemer e rir.
— Isso é loucura! — Ela morde meu pescoço me fazendo rir também
— Loucura vai ser o que vamos fazer no quarto e só vou parar quando você gemer um dez.
Entro no apartamento e ela sorrir ainda no meu colo. Sem demora colo ela na parede e tomo seus lábios nos meus, iniciando um beijo que nos fará sucumbir.
Continua...