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part 2

Tudo estava bem novamente, Akame corria sobre o deserto com seus pés descalços a procura de bagunça. Chutava a terra e a jogava para o alto deixando os grãos cair por seus cabelos, e por algumas vezes abria sua boca colocando a língua para fora. 

Entre uma corrida e outra, Akame se pegou olhando para um pequena redemoinho na areia. Sorridente colocou seu dedinho no meio do redemoinho e seguiu seu ritmo até que um pequeno rabo de cor vermelha subiu. Não pensou duas vezes e pegou a coisa revelando em seguida uma pequena criatura peluda que se debatida choramingando. 

Admirada pela beleza do bichinho de cor vermelha e listras preta,  ela corre batendo a porta de casa e parando diante de seus pais com a criaturinha nos dedos. 

— Posso ficar com ele?! — Pediu o expondo. Reparando bem a criatura Chun sai da mesa e caminha até a menina pegando a criatura e a acolhendo em suas mãos. — Posso ficar com ele?  Ele é um demônio como eu? Posso ficar com ele? Posso? — perguntava sem cessar. 

— Eu não quero demônios nessa casa. — Declarou Huan colocando duas vasilhas sobre a mesa. — Quantas vezes preciso dizer que você não é um demônio? Andou comendo terra de novo?  — Questiona limpando o lado da boca da criança que a olhava baixo enquanto negava. 

— Onde o encontrou filha?  

— Na rodinha lá fora. — Respondeu abrindo bem seus olhos minguados. 

— Rodinha? 

— É. Ela rodava bem rápido, assim ô. — Se agachando ela posiciona seu indicador no chão e começa a fazer movimentos circulares até que seu pai possa entendê-la.  

— Eu lamento filha, mas ele é um guardião. — Observando a criatura um pouco mais ele continua — provavelmente se perdeu. Nunca vi essa espécie andar por essas terras. 

— Por que papai? Por que não posso ficar com ele? — Tristonha ela se aproxima de seu pai olhando a criatura limpar seus pelos. 

— Guardiões são criaturas que precisam ser conquistadas e quando conquistadas se unem a pessoa como nem uma outra. Eu lamento, mas não pode ficar com ele. — Limpando o suor que escorria de sua testa ele se ajoelhou colocando o guardião com cuidado nas mãos da criança. — Sabe o que fazer. Suspirando ela concorda por muitas vezes. 

Andando arrastadamente, ela segura a porta atrás de suas costas e só a solta quando a ouve se fechar. Parando ajoelhada em frente a porta ela coloca suas mãos sobre a areia e vê a criatura correr por entre seus dedos, não aguentou muito e desabou em lágrimas. Chorava baixinho para que seus pais não a ouvissem, queria a pequena criatura, mas não sabia como. Chorou e chorou até que sentiu algo subir por um de seus braços e entrar em seus cabelos. Limpando as lágrimas ela levou a mão até os cabelos e quando a abriu em frente aos olhos um grande sorriso se formou em sua face. Não conteve a grande alegria e correu mais uma vez em direção a casa até que um alto barulho tomou conta do ambiente. 

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