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Covardia

A Yanka terminou de almoçar primeiro do que eu.

Ela logo foi se levantando e colocando a louça suja na lavadora.

Enquanto ela limpava a bancada, eu fui deixar o meu prato na lavadora também, que ficava ao lado de onde a Yanka estava.

Ela olhou pra mim disfarçadamente, mas eu percebi. Não consegui manter a minha língua quieta na boca.

- A gente precisa conversar sobre o que aconteceu ontem Yanka.

Yanka: Não temos nada pra conversar sobre isso Rodrigo, você já falou o que você pensa de mim, e pra mim foi o suficiente.

- Eu não penso nada daquilo sobre você.

Eu só...

Ela me interrompeu, e eu não pude concluir minha linha de raciocínio.

Yanka: Você só não aguenta saber que deseja outra mulher que não seja a sua namorada, não é isso? Ela me encarou e continuou...

Daí você tenta diminuir essa mulher, no caso eu, na tentativa de se sentir melhor, e camuflar aquilo que você realmente sente. Não é isso?

- Droga.

Eu sabia que ela tinha toda a razão, e eu fui incapaz de falar alguma coisa depois de ouvir isso dela.

Yanka: Não perca o seu tempo tentando justificar o injustificável Rodrigo.

Pode deixar que vou ser uma puta direitinho pra que você realmente não precise trepar comigo, já que você não trepa com puta. Assim você pode usar isso como motivação pra se manter bem longe de mim.

Eu senti o peso dessas palavras, e senti pela primeira vez, medo de não tê-la mais por perto.

Então me aproximei mais ainda dela, que não se afastou, colei o meu corpo no dela, e sem dizer uma só palavra, a beijei.

Parecia que eu estava beijando alguém pela primeira vez, senti todo o meu corpo reagir aquele beijo, que foi intenso e cheio de desejo.

Ela em nenhum momento se esquivou do beijo, muito pelo contrário, ela correspondeu, passando a mão pelas minhas costas, e cada toque que ela me dava, o meu pau latejava.

Peguei a alça da blusa dela, e deixei que caísse pelos ombros, deixando os peitos dela à amostra, e fui distribuindo beijos no pescoço dela, enquanto minha mão segurava um dos peitos, e a outra entrava por dentro do short minúsculo dela.

Ela estava quente e absurdamente molhada.

Voltei a beijá-la, enquanto uma das mãos fazia pressão em um dos bicos do peito, e a outra mão a masturbava.

Ela gemeu por entre os meus lábios, e eu aumentei o movimento no clitóris dela.

Então eu parei, tirei a mão de dentro do short dela e me abaixei pra tirá-lo.

Ali eu tive a visão perfeita do paraíso.

Ela nua, com a blusa caída no quadril, e com os peitos a amostra.

Então, como se eu não tivesse mais controle nenhum, abri as pernas dela levemente e passei a língua na buceta dela, ela gemeu de prazer.

Penetrei um dedo na buceta dela, e fiz movimentos de vai e vem, enquanto chupava o clitóris dela levemente, foi quando senti o sexo dela se comprimir nos meus dedos, e então ela gozou, gemendo alto, e aquilo foi música pros meus ouvidos.

Levantei, a encarei, e ri do rubor que se formava nas bochechas dela.

- Você é incrivelmente linda Yanka, me desculpa pelo que disse ontem.

Então ela me beijou, enquanto descia a mão até o meu pau e dessa vez eu não a impedi. Ela abriu o meu zíper, e tirou o meu pau pra fora. Ela parou nosso beijo, e desceu pra me chupar, seus lábios eram macios, e sua boca era quente, então eu gruni de prazer.

- Porra Yanka, que boca gostosa, falei.

Ela fez movimentos de vai e vem com a boca, fazendo um pouco mais de pressão na cabecinha da minha rôla, e como se ela tivesse apertado em um botão, eu gozei derramando toda a minha porra na boca dela, que engoliu tudo.

Ela levantou, e eu peguei ela nos meus braços, e ela envolveu as pernas na minha cintura, e eu estava caminhando pras escadas com a intenção de levá-la pro quarto e fudê-la quando a campanhia tocou.

- Puta que pariu, é o serviço de limpeza.

Tive que soltá-la, e disse que aquilo ficaria pra depois.

Ela sorriu, voltou até a cozinha, pegou o short dela que tinha ficado lá, e subiu pro quarto dela as pressas.

A campanhia tocou de novo, coloquei meu pau pra dentro da roupa, esperei alguns segundo até ele se acalmar completamente e fui abrir a porta.

A equipe já conhecia a casa, então me senti a vontade pra deixá-las sozinha e fui pro meu quarto.

Fui tomar um banho pensando em toda a loucura que tinha acabado de acontecer, eu literalmente traí a Melissa, e eu me senti sujo.

Água nenhuma conseguiria limpar a sujeira que estava na minha alma.

Se antes era difícil resolver o problema, agora então, seria quase impossível.

Algumas lágrimas começaram a se formar nos meus olhos, e me senti o pior dos homens, e eu estava fazendo exatamente tudo o que sempre desprezei no meu pai, traindo a mulher que se doava por mim.

Depois do banho, liguei pro Demétrio pra desabafar.

Demétrio: Cara, o que é que tu quer em pleno sábado, filho de uma égua, falou brincando.

- Mano, eu traí a Melissa.

Demétrio: Macho pelo amor de Deus, não tô acreditando nisso não Rodrigo, como que isso aconteceu?

- Do jeito que sempre acontece né Demétrio, a buceta é esfregada na sua cara, e você não resiste.

Demétrio: Não é bem assim não cara, buceta tem um monte por aí, o fato de você não resistir, tem muito mais haver com a dona da buceta, tá ligado?

- Porra Demétrio, não ferra com tuas teorias cara.

Agora não sei como vou encarar a Melissa depois disso.

Demétrio: A Melissa é uma mina responsável, que é caindinha na tua cara, eu não vou te julgar não, porque essa Yanka é um furacão meu irmão, mas resolve logo isso aí mano, porque isso pode se tornar algo muito pior depois entendeu?

- O pior cara, foi que na hora que eu ia fuder a Yanka, a equipe da limpeza chegou aqui.

Demétrio: E não chegou nem a fuder? Tu é muito cueca frouxa Rodrigo, traiu e ainda não traiu direito.

- Vai se ferrar filho da puta.

Demétrio: Então foge disso daí enquanto é tempo Rodrigo, porque se sem provar a buceta, tu já doido, imagine provando.

- Cara, eu não sei nem porque eu ainda ligo pra ti pra falar sobre essas coisas, tua mente é mais bagunçada que a minha Demétrio, vai tomar no meio do teu cú.

Desliguei já sentindo raiva de toda aquela situação que eu mesmo me coloquei.

Bateram na minha porta, e era uma parte da equipe querendo fazer a limpeza dos quartos.

Sai do meu quarto e desci já encontrando a Yanka na sala.

Ela estava vestindo um vestido soltinho, na cor preta, e as costas ficariam completamente nua, se não fosse os cabelos enormes dela cobrindo.

Logo imaginei comendo ela de quatro, segurando aqueles cabelos.

Yanka: O que você tá pensando pra ficar duro desse jeito Rodrigo? Perguntou olhando pra minha rôla.

- Que droga Yanka, eu não posso ficar perto de você, não agora.

Sai da sala escutando a risada dela e fui em direção ao jardim.

Fiquei lá até a equipe terminar com a limpeza.

Quando todos foram embora, entrei na casa e não vi a Yanka.

Fui direto pro meu quarto na intenção de fugir dela e não fazer mais besteira. Pelo menos pelo restante desse dia.

Tranquei a porta, deitei na cama e acabei dormindo.

Acordei com o meu celular tocando, era a Melissa novamente.

- Porra, eu não posso atender com essa voz de sono, ela vai estranhar o fato de eu estar dormindo de novo, e a essa hora. Pensei.

Preferi não atender.

Ela tentou por mais cinco vezes seguidas, e eu ignorei todas elas.

Voltei a dormir, quando acordei já era 20:00hrs.

- Que merda, dormi demais.

Peguei o meu celular e tinham duas chamadas perdidas da minha mãe, oito chamadas não atendidas da Melissa, e apenas uma mensagem, também da Melissa.

"Rodrigo, o que está acontecendo com você? Além de estar agindo de maneira estranha, você ainda não me atende. Fiz planos pra gente hoje e você parece que está fungindo de mim. Pensei que a gente ficaria bem depois da nossa conversa ontem, não vou mais te ligar, se você quiser falar comigo, sabe onde me encontrar ".

Era a deixa dela, e eu de certa forma fiquei aliviado, pelo menos assim, eu não teria que encará-la.

Pelo menos por enquanto.

Eu estava morrendo de fome, e então resolvi proucurar alguma coisa pra comer ou pedir algo de fora.

Saí do quarto só com uma bermuda.

Ao passar pelo quarto da Yanka, ouvi o som da TV.

Bati na porta e perguntei se podia entrar, diante da afirmativa dela, entrei.

- O que você está assistindo?

Yanka: Um filme bem besta, falou rindo.

- Então vamos descer e comer alguma coisa?

Ela concordou e juntos fomos fazer sanduíches com o que tinha na geladeira.

Pela primeira vez desde que nos conhecemos, tivemos uma conversa decente.

Estávamos falando sobre irmos a praia no dia seguinte, quando fomos interrompidos pela campanhia, pensei que fosse o Demétrio, já que a Melissa deixou bem claro que não iria insistir, então fiquei de boa na cozinha enquanto a Yanka foi atender a porta.

Melissa: Cadê o Rodrigo? Escutei a voz da minha namorada.

-Puta que pariu, eu queria sumir nesse momento. Falei pra mim mesmo com as mãos já suando.

Yanka: Boa noite pra você também Melissa.

Melissa: Vai se fuder garota, cadê ele? Escutei o som dos saltos dela indo em direção a cozinha.

Quando a Melissa me viu, sem blusa, e bem a vontade, com um Hambúrguer na minha frente, e outro Hambúrguer do meu lado, exatamente onde a Yanka estava sentada, ela me encarou, e através do olhar dela eu pude ver o tamanho da encrenca em que eu tinha me metido.

Melissa: Cadê a Laura e o namorado dela Rodrigo? Perguntou já nervosa.

Tentei agir naturalmente sem deixar transparecer o quando eu estava nervoso também.

- Eles deram uma saída amor. Me levantei e tentei abraçá-la, mas ela se afastou.

Melissa: Desde que horas sua mãe saiu?

Perguntou já com fogo nos olhos.

- Faz algumas horas, menti.

Foi exatamente nesse momento que eu vi a Melissa pegar os dois pratos com sanduíches que estavam em cima da mesa e jogar na parede.

Melissa: Seu filho da puta mentiroso, sua mãe ligou pra mim Rodrigo, pediu pra eu passar o celular pra você, pensando ela que estávamos juntos, já que você não a atendia.

Você estava com essa vadia desde ontem depois que saiu lá do meu apartamento? Perguntou em prantos.

- Melissa, olha o que você está fazendo, falei apontando pros pratos quebrados a nossa frente.

Olha a situação que você está nos colocando.

Que surto é esse?

Melissa: Rodrigo, não me chama de surtada, responde logo a porra da minha pergunta. Falou cerrando os dentes.

- Quando eu cheguei ontem do seu apartamento, eu vim pra casa, fui pro meu quarto, e só saí de lá, depois que minha mãe me ligou mandando eu pedir comida pra que eu e a Yanka pudessemos jantar, se você não acredita, depois você pergunta isso a ela e dos gritos que dei na ligação com ela por ter comprometido o nosso fim de semana.

Depois disso, comprei uma pizza, peguei os meus pedaços, e subi pro meu quarto e deixei os pedaços da Yanka aqui caso ela sentisse fome.

Hoje quando você me ligou eu estava dormindo, porque como te falei, estou tendo péssimas noites de sono.

Hoje também foi dia de limpeza aqui em casa, e eu passei a tarde acompanhando o serviço delas, tá aqui o comprovante. Falei tirando o papel com a assinatura da líder e mostrando pra ela, que pegou e conferiu a data.

Quando elas terminaram, eu fui pro meu quarto e voltei a dormir, acordei as 20:00hrs, ou seja, a 20 minutos atrás, como estava com fome e eu não tinha pedido nada pra comer durante o dia todo, desci pra fazer algo pra mim, e encontrei a Yanka que gentilmente se prontificou a fazer esses sanduíches que você acabou de jogar na parede junto com os pratos.

- Quando terminei de falar, vi os ombros da Melissa automaticamente relaxarem.

É claro que eu omiti as partes sórdidas do meu dia com a Yanka, mas nesse momento eu só queria livrar a minha pele.

Melissa: Sua história não tem nenhum fio solto. Ou você é um mentiroso profissional, ou eu realmente sou uma surtada. Falou com a voz baixa, enquanto a Yanka entrava na cozinha.

Yanka: Com certeza você é uma surtada garota. Gente normal não sai por aí quebrando pratos feito uma louca.

Melissa: Cala a sua boca, se não a próxima coisa que vou quebrar vai ser a sua cara, gritou andando em direção a Yanka, e eu tive que segurá-la.

- Já chega Melissa. Já deu por hoje. Vai pro seu apartamento por favor. Disse já de saco cheio de tudo.

Melissa: Você está me expulsando da sua casa Rodrigo? Vai ficar do lado dela?

- Eu só quero paz nesse momento Melissa, e você só tá me dando dor de cabeça, então por favor, só me procura quando você voltar a confiar em mim beleza?

Nesse momento eu vi a Melissa segurar o choro, e indo embora.

Eu era o pior dos filhos da puta, eu não a merecia. Eu estava me transformando em um monstro manipulador e mentiroso, eu estava me sentindo um lixo de ser humano.

Mas até que eu tivesse coragem de revelar o meu erro, eu teria que conviver com esse sentimento.

- Que puta covarde eu sou. Falei olhando pra Yanka.

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