CAPÍTULO 07
Fernanda
— Embora você já saiba, prazer, eu me chamo Fernanda! — respondi cruzando os braços e falando olho no olho, sendo um pouco irônica enquanto ele seguia com a mão na minha cintura, havia um magnetismo entre nós.
— Felipe! — ele respondeu apenas isso.
— Carioca, apenas o dono do morro né? — perguntei com ar irônico.
— É, isso aí mesmo! — ele falou e eu ri sem achar graça da resposta dele.
— Faz diferença? — ele perguntou e eu não respondi nada, ele riu fraco e se afastou ficando de costas.
E como ele fica ainda mais lindo quando sorri, balancei a cabeça em sinal positivo com um sorriso melancólico no canto da boca e permaneci escorada no carro, na realidade, acho que não eu acreditava que havia ficado com um bandid*, ainda mais o dono do morro.
Voltamos a nos olhar, em silêncio por um tempo até que ele se aproxima e agarra minha cintura novamente.
— Faz diferença? — repetiu a pergunta.
— Talvez! — respondi encarando ele.
E então ele beija minha boca, um beijo com fúria, com desejo e eu retribuí, não sei precisar quanto tempo durou o beijo até que paramos sem fôlego e ele diz:
— Entra no carro! — então senti como se tivessem me jogado um balde água fria.
Ele não gostou do beijo e estava me levando pra casa? Era isso mesmo? Não falei nada e entrei no carro tentando disfarçar minha cara de decepção.
Ele também permaneceu calado mas quando percebi, o carro dele estava entrando pelo portão de uma casa enorme de dois andares, linda. Ele estacionou na garagem, então provavelmente esta casa é dele.
Descemos do carro e subimos por uma escada que dava acesso a casa enquanto ele me puxava pela mão, e por dentro a casa era ainda mais linda.
Ele preparou um whisky com gelo pra ele e perguntou se eu queria beber algo, eu não quis nada, estava envergonhada ou com medo, não sei ao certo. Após beber alguns goles em silêncio me encarando o tempo todo, ele largou o copo na mesinha ao lado do sofá, me beijou ardentemente e me puxou pela mão escada acima.
— Hoje a gente termina o que começamos naquela noite! — falou enquanto subíamos, eu gelei e segui em passos lentos porque não sei se quero, aliás, meu cérebro diz que não, mas meu corpo quer muito, mas ele é acostumado com tantas mulheres experientes e eu não sei praticamente nada.
Entramos no quarto, ele ligou uma luminária próxima a cama e o ar-condicionado, o ambiente era muito aconchegante. Tirou o boné e a camisa, onde pude ver as muitas tatuagens dele e o quanto ele tem um abdômen definido. Veio beijando meu pescoço e minha boca me fazendo carícias, ficamos um bom tempo de amassos até que abriu o zíper da calça dele mas não tirou, ele percebeu o quanto eu estava travada.
— O que foi? Você não quer? — ele perguntou me olhando com desejo.
– N...não é isso! — respondi.
— É o que então? Nunca trans*u? — perguntou e continuou me beijando, me deixando louca.
— Claro que já! Só que foi com uma única pessoa. — ele não deixou eu terminar de falar e perguntou:
— Você quer? Tá afim? Não vou te obrigar a nada...
Minha forma de responder foi beijando a boca dele enquanto eu estava na pontinha do pé pois ele é muito maior que eu e ele entendeu a minha resposta, eu queria, agora eu sei, queria muito.
Ele sorriu um sorriso lindo e safado, tirou a calça ficando só de cueca boxer e continuou a me beijar, me levou até a cama, tirou com calma minha blusa e minha saia, fiquei só de calcinha fio dental, fiquei envergonhada mas ele continuava me beijando e acariciava meus seios, parecia até que seria minha primeira vez de tão carinhoso que ele estava sendo, eu amei isso. E de certa forma era mesmo, era a nossa primeira vez.
Eu estava amando cada toque dele até que ele começou a usar a língua na ponta do meu mamilo, aquilo estava me excitando demais, até o cordão dele que batia abaixo dos meus seios me excitava, que toque era esse que me estremecia? Quando ele desceu uma das mãos até minha intimidade, comecei a gemer, então ele desceu e caiu de boca, ele usava a boca e os dedos ao mesmo tempo, começou lentamente e foi acelerando e eu fui ao delírio, gemia alto. Depois de um tempo nesse ritmo, senti que estava chegando ao ápice e explodi na boca dele.
Ele lambeu tudo e então com cara de satisfação, tirou a cueca, pegou um preservativ* na gaveta ao lado da cama enquanto pude ver o quanto seu membro era grande e seu corpo lindo, aquilo me dava mais tesã* ainda.
Ele se posicionou entre minhas pernas, me beijou e penetrou com força, com vontade, com urgência, me olhando nos olhos o tempo todo. Transamos várias vezes em muitas posições diferentes, tanto ele quanto eu, gozam*s muitas vezes e algumas horas depois, ele desceu até a cozinha e voltou trazendo sanduíche, chocolate e 2 latas de Red Bull geladinhas, me olhou sorrindo:
— Tá com fome? — perguntou e eu sorri, levantei e abracei ele dando um selinho pegando a lata do energético. Sentamos na cama e ficamos conversando enquanto lanchamos, parecia que a gente já se conhecia há muito tempo.
Depois voltamos para mais uma rodada de sexo maravilhoso e quando estava quase amanhecendo, após estarmos exaustos, falei que precisava ir embora pois em poucas horas precisava trabalhar, este domingo eu iria fazer hora extra.
Ele me deixou em casa, me beijou deliciosamente antes que eu descesse do carro e nos despedimos, fui direto pro banho lembrando de cada detalhe dessa noite que foi incrível, de cada forma diferente de prazer eu senti.
O cheiro e o toque dele estão em mim, vai ser difícil trabalhar hoje virada, sem ter dormido, mas não tenho nenhuma dúvida de que valeu a pena.
Carioca
Deixei a morena em casa com o sol quase raiando, o cheiro delicioso dela está em mim e só de lembrar dela molinha na minha mão a noite toda, fico sorrindo e meu amigo já da sinal. Com ela foi diferente, não sei explicar porquê mas não foi nada parecido com as piranhas que eu pego, mas foi bom pra caralh*, eu quis ela desde que ela chegou no pagode, aliás, quero desde que vi ela a primeira vez lá no baile e hoje fiquei só olhando ela de longe, os caras tudo babando por ela com uma roupa curta mostrando aquela pele caramelo dela.
Queria ela sentando para mim e várias vezes nosso olhar se cruzava, ela parecia estar envergonhada, falei pro Eduardo conseguir o número dela e isso era mole pra ele. Em pouco tempo eu já estava mandando mensagem, ela visualizou na mesma hora, olhou disfarçadamente para os lados e não respondeu, filha da mãe...
Ela levantou, foi ao banheiro e quando voltou tava indo embora com a mina do Japah, já avisei a ele que quero a morena sozinha, ele me olhou com ar de deboche, balançou a cabeça em negativo rindo e mandou mensagem pra tal Dani e logo ela voltou para a mesa com os amigos dela e a morena foi embora sozinha. Não perdi tempo e fui atrás, levei ela até o pico do morro, meu lugar preferido, principalmente à noite, trocamos uma ideia, parecia que ela estava com medo de mim e eu estava louco pra ter ela. Agarrei, beijei, senti que ela também me queria e ficamos de amassos ali até que foi esquentando o clima entre nós.
Decidi sair dali e levei ela pra minha casa, nunca levo mulher nenhuma lá, só a Jéssica foi algumas vezes, mas só em datas comemorativas que é quando minha mãe tá lá também. Nem sei por que levei a morena pra lá, sempre que vou pegar alguma mulher levo em alguma das muitas casas que tenho pelo morro, assim como o Japah faz também, mas quando dei por mim, já estava entrando na minha garagem.