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Capítulo 5 Humilhação

- Merda! - A mulher ficou tão irritada com a ponta de dedos tremida. - Rui, quem você pensa que é? Se você não fosse filho da Família Norberto, para quê é que eu lhe prestei atenção? Sendo um deficiente, qual é sua razão de ficar tão vaidoso e me recusou várias vezes?

Com a humilhação referente à sua deficiência, o olhar de Rui se tornou frio repentinamente, com uma raiva forte.

Enquanto a mulher estava para xingar mais, ficou assustada pelo ar severo de Rui. Pregando nos olhos escuros e agressivos dele, ela só podia arrumar um pouco a roupa e disse de forma ressentida antes de sair:

- Espere, deixarei você me suplicar ajoelhado em um dia.

Agatha, que estava ao lado ouvindo, sentiu que havia descoberto algo secreto acidentalmente…

Mexendo a roupa, a mulher nem notou Agatha. Ela repetiu as palavras antes de ir embora:

- Rui, espere, vou mandar você me suplicar ajoelhado cedo ou tarde.

Jogando as palavras, a mulher foi embora apressadamente.

Restavam só Agatha e Rui no local.

Agatha, ainda sentada no chão frio, nem sabia para onde devia olhar.

- Eu subestimei você.

Um olhar frio e afiado pausou sobre a cabeça de Agatha.

Agatha levantou a cabeça e disse inconscientemente:

- Eu… não ouvi nada já agora…

- Saia também! - Rui a mandou sair.

Agatha franziu as sobrancelhas e disse seriamente:

- A partir de agora, vou ser a sua assistente. E mais, foi você que me mandou vir à empresa sozinha, não foi?

Depois de dizê-lo, Agatha se levantou do chão e caminhou para atrás de Rui, segurando a cadeira de rodas dele.

- Eu já cheguei sozinha, e você também deve assumir a promessa, certo?

Sem esperar a resposta dele, Agatha o empurrou para dentro e disse:

- Em que posso ajudar você?

Rui não retornou, mas ficou com a posição mais forte e opressiva. Ele zombou:

- Parece que você realmente não sabe como escrever a palavra “morrer”.

Agatha comprimiu os lábios:

- Eu também não quero ser sua assistente, mas isso foi o que o avô ordenou.

- Você está utilizando-o para me pressionar?

- Ora essa! Eu também sou vítima.

Agatha notou que o gabinete estava um pouco desarrumado, com alguns papeis espalhados no chão. Provavelmente foi causada por aquela mulher que acabou de sair.

Pensando nisso, ela se curvou e pegou os documentos do chão e os colocou na mesa.

Olhando uma série de movimentos dela, o olhar de Rui se tornou escurecido.

Por acaso, Pierre entrou:

- Presidente Rui, a reunião começa em 5 minutos.

Pierre fixou o olhar em Agatha por um pouquinho, nem imaginava que ela realmente chegou aqui caminhando.

Rui queria pedir Pierre para empurrar ele originalmente, mas de repente lembrou algo e mudou a ideia. Passou um brilho afiado pelos olhos escuros dele:

- Quer ser assistente? Então te dou uma oportunidade.

Na sala de reunião

Agatha seguiu Rui, o aparecimento da qual deixou as pessoas surpreendidas.

Todos sabem que quem fica ao lado de Rui é sempre Pierre. E agora com mais uma pessoa surgida de repente, todos estiveram curiosos sobre a identidade dela.

Agatha trabalhou como assistente antes, mas nunca viu ocasião grandiosa dessa. É muito grande a sala de reunião do Grupo Norberto, sendo um grupo de liderança na Cidade Nortão.

Logo que entrou, Agatha sentia uma atmosfera opressora e abaixou um pouco os ombros inconscientemente. Ela entrou atrás de Rui e Pierre acompanhada pelos diversos olhares.

Porém, o foco da multidão fixou nela.

- Presidente Rui, ela é...

Domingos, vice-presidente do Grupo Norberto, também participou dessa reunião. Ao ver Agatha, ele ficou um pouco surpreso.

Segurando o canto da roupa, Agatha tentou o máximo para não ficar nervosa. Ela levantou a cabeça lentamente e encontrou um olhar suave, além da curiosidade da multidão.

Foi Domingos.

Os dois se entreolharam. Apareceu um sorriso gentil no rosto de Domingos, que acenou a cabeça a Agatha.

De repente, Agatha ficou bem mais aliviada e também sorriu a Domingos com a boca comprimida.

Na opinião de Agatha, Domingos era realmente uma pessoa muito tenra.

Esses pequenos movimentos foram todos notados por Rui.

Com um brilho frio agitado nos olhos dele, ele semicerrou os olhos penetrantes:

- Cuidadora.

- Ah é?

Todos ficaram confusos e não entendiam o que significava a “cuidadora” que Rui acabou de dizer.

Até Agatha não percebeu mesmo.

- Presidente Rui, o que é que você a chamou já agora?

Rui, cujos olhos eram tão escuros com as trevas da noite, ergueu ligeiramente as sobrancelhas e respondeu:

- A cuidadora que o avô me contratou para cuidar da minha vida.

As palavras brutais deixaram Agatha pálida, que passou a olhar ele abaixando os olhos.

Ela veio para servir como assistente dele, como é que se tornou cuidadora?

- Café. - Enquanto ela estava ponderando, Rui começou a ordenar em voz fria.

Agatha permaneceu sem se mexer, mas Pierre entendeu a ordem de Rui e piscou os olhos a ela. Agatha finalmente reagiu.

Tá bom, preparar o café também faz parte do trabalho de assistente.

Ela saiu da sala para fazer o café.

Quando ela voltou com o café, a reunião já tinha começado. Agatha colocou o café na frente de Rui.

Rui tomou um pouco e franziu as sobrancelhas:

- É doce demais.

Pierre mudou de cara:

- O nosso presidente Rui nunca adicionou açúcar no café.

- Troque!

Sem jeito, Agatha teve que refazer um café por Rui.

- Sabor muito fraco.

Refaça de novo!

- Colocou água a menos.

A sala de reunião se tornou um lugar onde Rui a insultou para todos verem. Os olhares disparados de todo o lado fizeram Agatha imensamente envergonhada.

Ela queria irritar-se derramando o café na cabeça de Rui e declarar a greve.

Mas pensando nos pais, Agatha engoliu a humilhação cerrando os dentes. Ela saiu e fez mais um café.

Bum!

A xícara se chocou na mesa pesadamente, o que assustou todos.

- Você é qualificada para ser minha cuidadora com essa habilidade tão ínfima?

Agatha ficou no mesmo local com o rosto pálido.

Domingos, que estava perto, franziu a testa ligeiramente ao assistir essa cena. Ele não se controlou a falar:

- Rui, está exagerado.

Ah é? Está defendendo para ela?

Essa mulher é de fato muito esperta.

O sorriso no canto da boca de Rui ficou ainda mais penetrante:

- Irmão, você está sentindo pena por essa cuidadora minha? Que tal eu a ofereço a você?

Domingos: ...

Agatha mordeu o lábio com a ponta de dedo tremida.

Que humilhação inaceitável!

Ela finalmente entendeu porque é que ele de repente concordou com a estadia dela. Foi exatamente para insultar ela!

No ponto de vista de Rui, provavelmente ela é uma mulher gananciosa pela riqueza, que esgota todas as maneiras para se integrar a uma família nobre, por isso que ele a odeia tanto.

- Rui, porque fez isso? Afinal, ela é ...

Antes de sair as palavras “sua esposa”, a fala foi interrompida por Pierre:

- É somente a questão de um café. Vice-presidente Domingos, você está intrometendo demais.

Domingos ainda queria falar algo por Agatha, enquanto ela fez uma posição antes dele:

- Faço mais um para o presidente Rui.

Depois, ela pegou a xícara e saiu.

Uma xícara, duas, três...

Agatha fez revezamentos constantes durante toda a reunião. Rui nunca ficou satisfeito, mas ela não reclamou uma palavra sequer.

Até ao fim da reunião, ela ainda estava preparando o café.

Até Pierre sentiu pena por ela. Após a saída de todos, ele disse baixinho ao ouvido de Rui:

- Presidente Rui, que tal deixarmos de torturar ela assim? Já é suficiente.

Rui zombou:

- Esse tipo de mulher hipócrita e gananciosa, se não for tratada de tal maneira, como é que ela vai desistir?!

Ele queria ver até quando ela podia aguentar!

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