Capítulo 17 Solte-a!
Rui não lhe deu atenção, pensou que ela estava fingindo.
- Não adianta fingir miserável.
A pessoa permaneceu parada.
Rui levantou a sobrancelha.
- Basta!
Mesmo assim, a figura não se mexeu. Rui estreitou os olhos, se conduziu até ela.
O rosto de Agatha estava pálido como um papel, e até seus lábios perderam sua cor.
O coração de Rui parecia ser apertado num instante.
Vinte minutos depois, no corredor do hospital.
Rui se sentou na cadeira de rodas com cara amarrada, olhando para Pierre ocupado. Depois de arranjar tudo, ele rumou ao seu chefe.
- Como ela está? - O tom de Rui não era simpático.
Pierre franziu os lábios.
- O médico disse que ela está bem fraca, o estado mental instável intensificou a vulnerabilidade.
Ao ouvir isso, Rui levantou a sobrancelha e zombou:
- Ela está fingindo?
- Sr. Rui, esse é o diagnóstico do médico.
Rui deu um olhar severo para o assistente, então Pierre mudou de falar:
- Pode ser um diagnóstico errado. O que o senhor pretende fazer?
Rui lembrou que seu objetivo ainda não era alcançado pois a pílula foi cuspida pela Agatha.
- Pede o médico fazer aborto para ela.
Ao ouvir isso, Pierre ficou surpreso.
- Sr. Rui, está falando sério?
- Ela achou que consegue manter o bebê dessa forma?
- A Sra. Agatha ainda não fez aborto? - Pierre esfregou sua cabeça e disse. – Não é apropriado. Ela é sua esposa, se você criar um filho que não é seu, você está tomando chifre.
Ao falar isto, Pierre começou a imaginar Sr. Rui com cara sombria e chifre na cabeça.
- Cuide com a sua língua.
A voz de Rui acordou Pierre da imaginação; ele acenou com a cabeça.
- Então eu vou falar com o médico.
Rui se conduziu em direção ao quarto do paciente. As rodas entraram silenciosamente.
O cheiro de desinfetante era forte. A mulher magra e esbelta estava deitada na cama, com expressão facial bem calma. Seu rosto e lábios pálidos disseram que ela estava doente.
Ele não esperava que uma bruxa astuta ficou com essa aparência quando adormeceu.
As rodas se aproximaram lentamente da cama.
Os olhos escuros de Rui pregaram nela firmemente.
Ela está fingindo, não? Se não, como poderia desmaiou bem naquele momento?
Rui olhou atento. Os cílios de Agatha piscaram e ela abriu seus olhos devagar.
Os olhos estavam úmidos, como se a neblina na madrugada se dissipou pouco a pouco.
Eles eram um lago limpo, frio e calmo, eram uma pintura de paisagem.
É tão elegante, profundo e atacou o coração.
Rui ficou tonto.
No segundo seguinte, uma pedra foi jogada no lago, causando ondulações.
Ao ver Rui, Agatha sentou-se com medo, enrolou seu corpo no canto; seus olhos estão cheios de espanto.
Rui estreitou os olhos, cerrando os dentes e perguntou:
- Eu sou demônio?
Ele é mais assustador do que demônio.
Agatha pensava assim, mas ela apenas baixou os olhos, não ousou encarar com ele.
- Por favor, deixe-me ficar com o bebê.
Uns segundos depois, Agatha implorou-lhe em voz baixa.
Era como gemido de um animal morrendo, com pouca força, mas enfiou no coração de Rui.
- Você quer me convencer com um filho de outro homem?
Agatha não falou nada, apenas mordeu o lábio.
- A família Norberto e o bebê, você só pode escolher um - disse ele.
Agatha levantou a cabeça, olhando para ele desamparada. Era óbvio que ela não tinha escolha.
Quando os dois estavam se entreolhando, veio os passos do corredor. Pierre chegou com o médico.
- Chegamos, Dr. Quixote.
Agatha olhou para essas duas pessoas com surpresa.
O que eles pretendem fazer?
Olhando para Rui, Agatha entendeu logo.
- Sra. Agatha Soraia, precisa fazer um aborto?
- Não! - Agatha recusou em voz alta, encolheu-se no canto, não deixou os outros se aproximarem.
- Sra. Agatha, não haverá sofrimento se você obedecer. Senão... - Acabando de falar, três homens nos ternos com óculos chegaram. Eles tinham preparado.
Se ela não obedeceu, eles aplicariam violência.
Mas ela não se importou, ficou teimosa em rejeitar!
- De jeito nenhum! - Agatha mordeu o lábio, pregando naqueles homens com ferocidade. - Não se aproxime de mim!
Olhando para Agatha, Pierre balançou a cabeça.
- Pegue-a!
- Sim!
Uma vez que se aproximaram dela, Agatha começou a lutar e a bater neles como uma louca.
Mas ela tinha acabado de acordar, com a emoção turbulenta, entrou na inconsciência de novo.
- Sr. Rui, ela desmaiou.
Rui tinha observado por longo tempo e zombou:
- Não é nada inteligente usar o mesmo truque duas vezes. Leva-a embora.
Pierre acenou com a cabeça e mandou aqueles homens levarem Agatha embora.
Agatha foi erguida sem qualquer resistência. Seus cabelos cumpridos e macios ficaram numa bagunça, assim como sua roupa. O ombro foi exposto.
Apenas um relance, Rui sentiu que seus olhos se arderam, antes de entender, as palavras tinham saído.
- Solte-a.
Todos ficaram parados. A pessoa que estava falando foi Sr. Rui?
- Não ouviram?
Eles deixaram Agatha na cama depressa.
Pierre não entendeu e perguntou:
- Sr. Rui, o que houve?
Rui parou na frente de Agatha, abortou os botões soltos na resistência. Uns segundos depois, percebeu o que estava fazendo.
A multidão o olhava com estranheza.
Rui retirou a mão e fez um aviso:
- Afinal, ela é minha esposa. Se eu souber que vocês viram o que não devem ver ou tocaram onde não devem tocar, eu o matarei.
Os homens entenderam logo, acenando com a cabeça e disse:
- Sim, Sr. Rui.
Depois de falar isto, Rui sentiu que alguém puxou sua roupa. Agatha arregalou os olhos, coitada como um animal abandonado.
Com uma voz fraca, implora:
- Por favor, deixe-me ficar com ele...
Depois de falar isso, ela desmaiou de novo, a mão também soltou.
A sala entrou no silêncio. Rui não se moveu, seu olhar profundo pousou sobre o belo rosto de Agatha.
Depois de muito tempo, Pierre olhou Agatha e depois e lambeu o lábio, perguntou:
- Sr. Rui, que tal não fazemos o aborto?