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Capítulo 7 Foi Sequestrada

- Fânia, você fique aqui na mansão fazendo companhia para a velha aqui por dois dias, tá bem? - disse Paloma para ela.

Estefânia sabia que já tinha arrumado problemas com Aurélio, e não queria abaixar a cabeça para a família Cabral por causa dos pais adotivos, então só podia depender de senhora Paloma agora.

Até porque, Paloma não parecia ter nenhuma intenção ruim contra ela.

- Não compreendo, por que quer que eu te acompanhe?

- Aquele pirralho abusou de você, então tem que responsabilizar por isso. Deixá-la me fazendo companhia aqui na mansão por alguns dias também poderei te conhecer melhor. - Falando isso, Paloma se lembrou das preocupações de Estefânia, e acrescentou -, eu já mandei os melhores especialistas estrangeiros para cuidarem dos tratamentos de seus pais, eles ficarão bem em breve.

Estefânia se sentiu gratificada, e sem como agradecer.

Ela apenas podia se confortar mentalmente que isso foi uma troca, Paloma salvaria seus pais em troca dela ter salvado seu neto Aurélio.

- Obrigada, vovó - ela agradeceu com sinceridade.

Nos três seguintes, Estefânia acompanhou Sra. Paloma treinando artes marciais de manhã, cuidando do jardim no dia, fazendo doces ou jogando xadrez de tarde.

Estavam tendo dias produtivos, então o tempo se passou num piscar de olhos.

Na manhã do quarto dia, Estefânia arrumou as coisas depois de tomar o café com Sra. Paloma. Ao descer segurando a bolsa, assentiu para Paloma sentada no sofá.

- Vovó, eu vou indo, agradeço muito pela sua recepção maravilhosa.

Paloma se levantou e andou até ela, sorrindo.

- Querida, você tem uma personalidade muito direta e verdadeira, ficar na sua companhia me fez sentir muito mais jovem.

Diante de Estefânia, Sra. Paloma não tinha nem um pouco de seriedade que uma dona da família Vargas deveria ter, parecia mais como uma vovó carinhosa.

- A vovó tem que sempre estar com o coração jovem! Vou indo, até mais.

- Se lembra de vir me visitar quando tiver tempo.

- Ah... Claro, vovó - respondeu Estefânia se sentindo de vergonha.

Ela poder vir ou não outra vez para a mansão Chimimera, não era algo que ela poderia decidir.

Saindo da mansão, Sra. Paloma mandou um motorista a levar até centro de Rio de Siena.

Passando em frente a uma farmácia, ela disse ao motorista:

- Pode parar, eu vou descer aqui. Senhor, diga à vovó que eu agradeço muito. - Assim que o carro parou, ela desceu.

- Claro, Srta. Estefânia - respondeu o motorista indo embora.

Estefânia entrou com sua bolsa na farmácia correndo, e a atendente logo perguntou:

- Precisa de alguma coisa?

- Quero o melhor anticoncepcional - respondeu ela apressadamente.

Nesses dias ela esteve na Chimimera, não tinha a chance de sair, então não tinha como comprar o remédio.

Agora que ela saiu, tinha que tomar o remédio o mais rápido possível, senão ficaria mesmo grávida e tudo estaria ferrado.

A atendente entregou-a uma caixinha e disse:

- Tome isso dentro de 72 horas, terá um efeito melhor.

Estefânia pegou o remédio e se virou para pagar a conta quando estacou.

- O que disse? 72 horas?

- Sim, o quanto mais cedo, melhor. Tomar o remédio depois de três dias já será inútil.

- Só pode ser em três dias?

- Isso mesmo.

A cabeça de Estefânia zuniu, e ela ficou pasma.

Abaixou a cabeça para conferir as descrições do remédio, e realmente era prevenir gravidez dentro de 72 horas após a relação sexual, seria inútil após esse tempo.

Por isso Sra. Paloma a fez ficar na mansão por três dias.

Ela devolveu o remédio para a atendente e saiu da farmácia de olhos vermelhos.

Andou sozinha pelas ruas sem destino, se confortando por muito tempo. Não precisava ter medo, ela poderia abortar se engravidasse mesmo.

E nesta hora, um carro parou bruscamente em sua frente.

Sem ter tempo de qualquer reação, Estefânia já tinha sido enfiada dentro do carro.

- Ei, que... Quem são vocês? Sequestrando uma cidadã em pleno dia, isso é crime! - Ela se debateu algumas vezes. - Pare o carro e me deixe descer, senão eu vou chamar a polícia!

- É melhor Srta. Estefânia ficar quieta, não procure mais problemas para si mesma. - disse uma voz familiar vindo do banco da direção.

Estefânia entortou a cabeça e esticou o pescoço para olhar, e percebeu que o motorista era Renato.

Então, ela estava sendo sequestrada por ordens de Aurélio?

Parece que ela realmente se fodeu dessa vez.

Ela tinha acabado de sair da mansão e já fora sequestrada, que rápido demais.

- Sr. Renato, acho melhor você parar o carro, senão vou ligar e contar para a vovó.

- Acho que a senhorita precisa ter autoconhecimento.

Autoconhecimento de que disposta a morrer?

Pensando nos pais que ainda estavam no hospital de Vargas, ela não debateu mais.

Depois de dez minutos, ela foi levada ao andar particular de Aurélio, o 38o andar da Boate Brasserie.

- Sr. Aurélio, Srta. Estefânia chaga. - Renato levou ela até frente de Aurélio. - Então vou indo. Renato saiu rapidamente.

Segurando com força na alça de sua bolsa transversal, Estefânia olhou para Aurélio que estava trabalhando atento com o olhar fixo na tela no notebook enquanto seus dedos longos dançavam sobre o teclado. Ele exalava um ar superior por natureza, como se estivesse destinado a dominar o mundo.

Principalmente aquele rosto lindo de se espantar, era perfeito como uma obra de arte de Deus, não tinha nenhum defeito.

Mesmo Estefânia, que não tinha interesse por superficialidades, não aguentava a vontade de olhar mais um pouco.

- Já olhou o suficiente? - perguntou o homem fechando repentinamente o notebook.

- Q-quem olhou para você! - Estefânia estufou o biquinho - pimpão.

O homem de camisa preta enrolou as mangas até os cotovelos e se levantou, encarando-a com um olhar feroz.

- Você acha que tendo minha vó atrás de você pode fazer o que quiser na minha frente?

Sentindo grande pressão vindo dele, Estefânia engoliu em seco.

- Não... Claro que não.

- Já ficou amedrontada? Quem estava dizendo toda confiante que ia ficar grávida de mim e se casar comigo na Chimimera?

Essa mulher teve a coragem de provoca-lo!

Que atitude suicida.

Estefânia riu amargamente de si mesma e deu passos para trás, empalidecendo.

- Sr. Aurélio, calma, eu estava brincando aquele dia. Foi tudo brincadeira.

Os passos dela foram interrompidos por Aurélio segurando-a pelo colarinho.

- Eu, Aurélio Vargas, mais odeio ser ameaçado. Parabéns, você conseguiu.

Ele estava dizendo parabéns pela boca, mas o olhar frio dele era como se estivesse observando com um defunto.

O coração de Estefânia quase estava querendo saltar pela boca.

- Sr. Aurélio, estava mesmo de brincadeira.

Meu Pai Amado, isso era apavorante demais.

- Você não tem como provar se você estava de brincadeira apenas dizendo isso com essa sua boca.

- E... Então... Então como posso provar isso? - gaguejou ela, apavorada.

Aurélio levantou uma sobrancelha:

- Você quer mesmo provar que você estava de brincadeira?

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