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Capítulo 2

Rapidamente peguei a caneta mágica e acendi a luz. “GUCK” li através da luz emitida pela caneta mágica. Que idiota eu pensei! Ele tinha me ferrado. Miles me conhecia muito bem, ele sabia que eu quebraria a cabeça e faria qualquer coisa para descobrir onde estava.

"Vou sair", gritei quando cheguei à porta.

“Tudo bem, não beba, não fume e não faça sexo”, ouvi meu pai gritar da cozinha.

-Vou apenas respirar-

Quando cheguei na casa de Megan o cheiro de álcool era sentido a quilômetros de distância, uma névoa espessa invadia a entrada.

-Você finalmente chegou – a senhoria veio me receber.

Uma noite agitada, com certeza. Música alta, garotas seminuas, alguém se beijando apaixonadamente, alguém pronto para o próximo passo. Depois de alguns minutos não resisti mais, tive que tomar um pouco de ar fresco e limpo, livre de todo aquele suor.

"Vou tomar um pouco de ar fresco", gritei no ouvido de Meg, que estava ocupada flertando com um garoto que ela não conhecia.

-Vou contigo?-

-Não, farei isso imediatamente - sorri, ciente de que havia dito isso apenas por cortesia.

Depois de uma luta até a morte eu estava no jardim, as pedras estalavam sob minhas sandálias douradas Gucci, era um som agradável. Esfreguei as mãos, depois estiquei os braços e deixei-os cair ao meu lado. Minha obsessão era Miles. Eu não podia falar sobre isso com ninguém, meu pai me proibiu, disse que íamos fazer um escândalo. Minha família não tinha condições de pagar por algo assim, a reputação do papai ficaria muito exposta, ele poderia cair em um barranco a qualquer momento. Olhei para o espaço mais uma vez, mil pensamentos, zero resultados. Ele me chamou de perdedor. GUCK Por que me deixar um pedaço de papel no dicionário com a palavra geek? Eu quebrei um pouco a cabeça e concluí que: a) ele tinha escrito aquilo para me ferrar eb) além de me ferrar, a palavra SORTE poderia esconder uma pista. De repente, uma ideia me ocorreu. Saí da festa, nem contei para Meg e não perdi tempo correndo pela rua. Eu tive que ir para casa. Fui catapultado para o meu quarto, peguei o dicionário e comecei a procurar a primeira letra da palavra SUCKER. Peguei a caneta mágica e iluminei cada parte da primeira página da letra “S”.

“Debaixo do meu colchão”, li. Por pertencer ao meu irmão, complicando minha vida com vários truques, ele tinha a capacidade de me fazer quebrar a cabeça de uma forma tão refinada que comecei a acreditar que ele era um gênio lunático. Corri até o quarto dele, levantei, movi aquele tijolo para a memória e encontrei um celular. Liguei, o fundo da casa estava preto com uma frase.

"Ligue para o número do diretório"

Meu Deus, ele realmente estava louco.

“Perdedor!” ele disse quando respondeu, e meu coração deu um pulo quando ouvi o som de sua voz.

-Milhas! Oh meu Deus, o que diabos você achou? Você é um idiota sem cérebro. Mamãe está arrasada e papai furioso. Onde diabos você está? Vá para casa imediatamente!- eu disse suspirando e tentando manter meu tom não muito alto.

- Calma, calma. Você é muito inteligente de qualquer maneira, perdedor! A caneta invisível, hein? "Eu sou um gênio", ele parecia satisfeito.

-Você é um idiota! Venha para casa agora-

-Eu não vou para casa Harley. Eu só queria saber como minha mãe estava. Diga a ela que a amo e que estou ótimo.

-Miles, me diga onde você está-

- Nada a fazer, perdedor! Sou livre para decidir minha vida, não vou voltar atrás.

-Você está agindo como uma criança. Mamãe está desesperada, por favor, volte-

-Eu não voltarei Harley, não até que papai perceba que não pode decidir sobre minha vida. Esse lugar é uma prisão. Mas parece que você prefere ficar enjaulado a voar...

-Eu só quero que você volte para casa, para parar com essa merda filosófica. Miles retorna - lembro-me de implorar e conter as lágrimas.

-Não posso. Estarei bem-

-O que você está fazendo, podemos saber? - Não percebi que estava praticamente gritando.

- Se quiser, me procure. Desativarei esta guia assim que fecharmos.

-Espere... posso te encontrar? Eu não tenho ideia de onde você está-

Bem, então divirta-se descobrindo. Droga, vá e viva, você tem o mundo inteiro na sua frente, devore-o. Boa sorte na sua caça ao tesouro... e desliguei.

O celular vibrava insistentemente no bolso da jaqueta jeans leve. Foi Meg quem enviou uma enxurrada de mensagens de texto.

"Onde diabos você está?" - "Por que você não atende?" - "Liguei para você quatro vezes." É verdade que houve quatro ligações não atendidas: “Vou te procurar”. Inferno, ele tinha que voltar para ela, que ficava exatamente a dez minutos a pé. Muito tempo. E ele estava estranhamente com fome, talvez houvesse restos do jantar da Sra. Splitz. Então fui na ponta dos pés até a cozinha, porque não queria acordar a casa toda, inclusive a Sra. Splitz, que tinha seu próprio sótão no terceiro andar. Ao virar a esquina vislumbrei uma longa sombra projetada no chão, olhei para cima acompanhando o cinza dos azulejos e notei um detalhe. Quem diabos foi aquele bebendo um copo d'água até a borda na minha cozinha sem camisa? Um ladrão! Os ladrões bebem água sem camisa e descalços na cozinha de outras pessoas no meio do verão?

Aproximo-me dele lentamente, de costas para mim enquanto ele continua a beber. E quando cheguei perto o chutei direto na canela direita, ele soltou um pequeno grito de dor, mas não alto o suficiente para acordar a casa toda, afinal minha força era igual a de um hamster, mas eu juro Estava ocupado. no sério. Ele se inclinou e colocou as mãos em volta do tornozelo.

Que diabos...?- ele murmurou. Não dei tempo para ele falar, apenas dei um tapa no rosto dele com força suficiente para nocauteá-lo, então ele caiu de bunda e bateu na canela direita novamente. Eu estava pronto para atacá-lo, mas mamãe acendeu a luz gritando.

-O que está acontecendo?- Seus olhos se arregalaram ao me ver com minha bolsa na mão apontando para o estranho. Um saco teria caído em seu rosto se mamãe não tivesse me impedido.

-Ele é um ladrão! Eu queria...(roubar os copos da cozinha? mas não falei, me pareceu muito ridículo)-

-Meu Deus, Harley! Ele é sobrinho da Sra. Tayla (Sra. Splitz): ela se aproximou e seu roupão de seda corado esvoaçou. Ela o ajudou a se levantar. Enquanto isso meu pai curtia a cena com um sorriso no rosto.

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