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CAPÍTULO 8
Lisandra narrando
Faz alguns dias que Mauro foi embora para o Brasil, na verdade deve fazer muito mais que alguns dias, desde aquele episodio eu nunca mais o vi, eu fechei o meu salão e esperei para reabrir em outro lugar no momento que ele fosse embora e assim eu fiz.
— Lisandra – Mariana fala
— Sim.
— Uma ligação do Brasil.
— Do Brasil? – eu pergunto para ela – só pode ser Mauro, eu não quero falar com ele.
— Acredito que não seja Mauro, não. É do morro da Maré.
— Do morro da Maré? – eu questiono – será que é Medeiros?
— É uma tal de Salete – ela fala
— Não quero falar, diz que não estou.
— Ok – ela fala pegando o telefone – Lisandra não está no momento – eu encaro ela – ah, é sobre a mãe dela?
— Minha mãe? Me dar esse celular – eu falo e ela me entrega – alo?
— Lisandra, sua mãe está no hospital – ela fala
— Como assim no hospital?
— Ela passou mal muito mal na rua e eu trouxe ela para cá, ela está mal, parece que é algo no coração.
— Ela está acordada?
— Sedada, estava com muita dor – ela fala – ela caiu no meio do morro.
— Eu estou idno para o Brasil – eu respondo – o mais rápido possível, por favor Salete me mantém informada.
— Pode deixar – ela fala. – eu vou ter que voltar para o morro o mais rápido possível porque a Madalena passou mal e as crianças estão com uma vizinha, mas deixarei meu número aqui e voltarei assim que possível.
— Entendo – eu respondo – eu vou ver se consigo que alguém vá ate aí, quem sabe eu peço para Perpetua.
— Eu vou ligar para Perpertua – ela fala
— Obrigada, passa meu número a ela e agradece.
— Pode deixar.
— O que aconteceu? – Mariana pergunta
— A minha mãe passou mal – eu respiro fundo – eu preciso ir para o Brasil.
— E o salão?
— Você gerencia tudo – eu olho para ela – eu vou voltar e trazer a minha mãe, não posso ficar aqui e ela lá.
— Vai fazer as malas, que eu vejo a passagem.
— Obrigada – eu falo.
Eu jamais ficaria aqui sabendo que a minha mãe estava mal, eu sinto um aperto forte no coração e meu coração acelera, eu queria fechar os olhos e acordar no Brasil o mais rápido possível.
Medeiros narrando
Quando estou entrando dentro de casa, a mãe de Lisandra passa mal e minha mãe sai correndo para ajudar, Miguel fica dormindo no carrinho e eu vou atrás de Madalena.
— Madalena? – eu chamo subindo as escadas – Madalena? Você está ai? – quando abro aporta do quarto eu vejo ela desmaiada – Madalena, acorda – eu grito correndo até ela – Madalena – Bato em seu rosto tentando acordar e olho para o lado vendo várias cartelas de remédio.
Eu saio correndo com ela nos braços, peço para um vapor cuida rde Miguel e passo correndo por todos com ela no braço até o posto, chegando lá, aviso que ela tinha tomado muitos remédios e eles entram com ela para dentro.
Eu não posso acreditar que Madalena tenha feito isso.