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A bela e a fera

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Sandra Rummer
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Notas

Resumo

Após o acidente que o deformou, Santino nunca mais foi o mesmo. Seu coração foi rachado como o seu rosto. Se fechando para todos, ele se afasta; tendo como única preocupação e foco: o seu trabalho. Três anos depois, a notícia que seu pai está muito doente, o faz retornar para casa e força seu reencontro com a mulher da sua vida, seu grande amor. A linda e doce Marina era uma tortura constante. Uma garota determinada e que se aproximava dele cada vez mais, o instigando a sair das sombras. Marina não sabe, mas Santino guarda um segredo a sete chaves que pode uni-los ou afastá-la para sempre dele. UM LIVRO QUE IRÁ TE EMOCIONAR E TE SURPREENDER.

amorromance

Prólogo

Eu ergui meus olhos e o observei guardando o celular.

—Por que você se mudou para África? —Perguntei o fitando com intensidade nos olhos.

Ele estreitou os olhos.

—Marina, acho que você ainda não entendeu o objetivo de estarmos aqui. E não foi para falar de mim ou da minha vida.

Eu endureci com sua resposta.

Que idiota!

Não, idiota era eu que me preocupava com ele, e mais idiota era o meu corpo que reagia a ele.

Em vez de mostrar quão isso me frustrava, eu me levantei e o encarei séria.

—Santino, deve ser tão triste ser você. O prazer da vida é compartilhá-la com as pessoas. Por todos os lugares que viajei, se não fossem meus amigos, não teriam graça nenhuma. Sempre quando me lembro das minhas viagens, lembro-me não das coisas que vi, mas de nossas risadas, a nossa alegria junta. Um belo pôr do sol faz mais sentido quando visto com quem amamos.

Ele não respondeu de imediato, e um dos cantos de seus lábios torceram um pouco.

—Terminou seu pequeno discurso endossado com seu julgamento? Pois se já terminou podemos ir embora.

Tudo em mim ficou tenso. Rangi os dentes. Arrepios nervosos corriam desenfreados por todo o meu corpo.

— Não. Não terminei. —Eu disse com raiva. —Eu gostaria de entender o que ganha com esse seu jeito?

Ele cerrou a mandíbula, e eu pude ver a selvageria em seus olhos, pude sentir suas defesas se erguerem como uma muralha.

—Eu ganho minha privacidade, minha dignidade. Meu amor-próprio.

Eu queria GRITAR!

Com raiva, balancei a cabeça e ironizei:

— Pobrezinho. Posso sentir a sua solidão. Acho que você não é boa companhia nem para si mesmo. Sempre tão amargo, tão carrancudo....

Santino ficou vermelho e respirava pesadamente. Avançou em minha direção muito rápido, seus olhos negros muito vivos em mim.