Capítulo 2
Capítulo 2
Ela removeu a mão rapidamente, sua pele arrepiada. Não queria que ele percebesse o efeito que a causasse, mas talvez pudesse usar essa situação a seu favor para seduzi-lo.
Até aquele momento, ninguém havia feito sentir-se assim com um simples toque. Seus olhos se arregalaram, pois mesmo sem tocá-la, ele continuava provocando sensações estranhas nela. Seu olhar penetrante a hipnotizava; ela não conseguiu desviar o olhar do dele.
Ele soltou um leve sorriso de canto e voltou para sua bebida. Ela fez o mesmo, segurando o copo com dedos trêmulos. Ele viu e convidou, achando graça do efeito que a confundiu. Podia até ter bebido bastante, mas não a ponto de não perceber a bela jovem à sua frente que mexia com seus hormônios.
— Aqui está, senhor — disse o barman, entregando a bebida e retirando o copo vazio.
Ele deu um gole na bebida e foi aprovado com um gesto.
— Muito bom.
— Obrigado, senhor — disse o barman, se afastando.
Ruan não desistiu de Jéssyca.
— Dança comigo, olhos de esmeralda.
Ela não respondeu, ficando calada enquanto tomava sua bebida. Ruan terminou a dele e, sem esperar por uma resposta, segura-a pela mão, levando-a até a pista de dança. As outras mulheres que observavam com olhares desaprovadores agora lançavam olhares assassinos.
Seus movimentos eram lentos e sensuais, e Jéssyca começou a se perguntar como seria se envolver com esse cowboy, estava tão azarada que talvez Ruan fosse apenas uma breve passagem em sua vida. Um breve romance de uma única noite.
Absorta em seus pensamentos e frustrações, Jéssyca se entregou à dança com o belo cowboy. Pouco tempo depois, os lábios dele passaram a percorrer seu pescoço, e uma sensação doce e excitante percorreu todo o seu corpo, fazendo-a fechar os olhos e estremecer.
— Doce — diz extasiado. — Sua pele tem o sabor do mais doce morango...
Lábios exigentes tomaram os seus com fervor, invadindo sua boca e tomando toda a sua doçura para si. Era impossível resistir ao beijo dele; suas bocas estavam perfeitamente unidas, como se fossem feitas uma para a outra.
— Leve-me com você. Seja minha nesta noite — disse Ruan, com a voz rouca de emoção.
A atmosfera estava transmitida de desejo e promessas naquela noite.
Jéssyca sentiu-se tentada a se entregar a ele. Ruan voltou a beijá-la, suas mãos deslizando sensualmente por suas costas.
— Vai ser minha? — ele disse, entre os beijos ardentes.
— Vou sim — ela respondeu, sua voz embargada pelo calor do momento.
Seu corpo queimava de desejo por ele.
— Vem comigo, temos um incêndio para apagar — ele disse, com um sorriso de lado, puxando-a em direção ao bar. Ele pagou a conta, segurou novamente a mão dela e a conduziu até a saída.
Ela entrou no carro dele, mas o medo começou a se instalar. Não o conhecia, e a coragem que a fizera entrar no carro de um estranho agora a fazia questionar sua decisão. Engoliu em seco e agarrou a maçaneta, pensando em sair, mas ele segurou suavemente seu joelho.
— Não quer mais? — ele perguntou.
— Quero... — ela respondeu, sua voz cheia de dúvidas e receio.
— Onde mora?
Ela suspirou profundamente, sentindo o medo diminuir um pouco, e acabou explicando onde morava. Em questão de minutos, estavam na frente de sua casa, mas o medo voltou a tomar conta dela.
— O que foi? Venha, vamos descer e entrar em sua casa. — Ele a incentivou a sair do carro.
— Está bem.
Ele deu a volta no carro e a ajudou a sair.
— Se você não quiser mais, eu vou entender. — ele disse com preocupação.
— Eu quero...
Ela abriu o cadeado, olhou ao redor, lembrando-se dos vizinhos fofoqueiros. Rapidamente, abriu a porta e sorriu para ele ao entrar.
Ruan olhou ao redor, mas sua visão estava turva pelo efeito da bebida. Ele não tinha certeza de como conseguiu chegar ali.
— Bonito aqui, mas parece que você vai se mudar — ele disse, olhando ao redor enquanto abraçava Jéssyca pela cintura.
— Vou sim... — ela começou a dizer, mas ele a calou com um beijo. Suas bocas se encontraram novamente, e qualquer pensamento ou preocupação desapareceu no calor do momento.
Jéssyca e Ruan fizeram amor apaixonadamente até ficarem exaustos, e os dois dormiram juntos. No meio da noite, Ruan acordou com uma terrível dor de cabeça. A dor era tão intensa que quase o cegava. Ele olhou para o corpo da jovem que compartilhou momentos intensos de prazer e carinho.
Beijando delicadamente o quadril de Jéssyca, Ruan sussurrou:
— Já volto...
Sua intenção era ir até a farmácia mais próxima, comprar um remédio para a forte dor de cabeça que o atormentava e voltar para a cama da bela de olhos verdes. Com esse pensamento, ele vestiu-se e saiu da casa.
Ruan estacionou o carro na frente da farmácia, comprou a medicação e a tomou ali mesmo. No entanto, o sono que sentia era tão forte que ele acabou tomando outro rumo involuntariamente. Quando finalmente parou o carro, estava em frente à casa de seu filho, e ele adormeceu no volante.
Horas depois, Ruan acordou com o rosto apoiado no volante, seu filho Nikolas, chamando por ele.
— Pai... Acorde...
Ruan se ergueu rapidamente como se tivesse levado um susto, levando alguns segundos para entender onde estava. Abriu a porta do carro e desceu, sua cabeça latejava de dor.
— Onde esteve a noite toda? — perguntou Nikolas, visivelmente preocupado.
— Não sei, fui beber e acordei aqui — respondeu Ruan, ainda atordoado, tentando entender como havia parado na frente da casa do filho.
— Nossa, pai, eu estava quase chamando a polícia de tão preocupado. E seu celular?
Ruan colocou a mão no bolso, procurando o celular, mas não o encontrou. Fechou os olhos por causa da dor de cabeça.
— Fala mais baixo, minha cabeça está explodindo.
— Bebeu demais, não foi, pai?
Ruan procurou o celular no assoalho do veículo, encontrando-o sem bateria.
— É, exagerei. Onde está meu neto?
— Dormindo. Ele ficou esperando comigo na sala por um longo tempo, até que não aguentou mais e dormiu de exaustão.