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Rejeitada

(Sofia)

Eu nunca gostei de me sentir presa a nada e nem a ninguém, sempre achei os amores obsesivos perigosos e destrutivos, e embora com a minha pouca idade eu sempre soube muito bem o que eu não queria pra minha vida, e um relacionamento doentio era uma dessas coisas que eu coloquei na minha cabeça que nunca passaria, mas olhando pras minhas atitudes, eu estava de fato enlouquecendo, nada me tirava da cabeça que eu iria ter o Kalel todinho pra mim, não importava como eu faria, mas eu o teria.

A noite chegou, e eu saí de casa sem avisar a ninguém, afinal eles nunca sentiam a minha falta mesmo, eu era uma filha totalmente largada pelos pais.

A Valentina foi logo me abraçando assim que me viu, ela estava indo jantar e eu a acompanhei, e novamente ela entrou no assunto da minha família.

Valentina: Os seus pais não ficam pegando no seu pé pra você fazer uma faculdade não Sofia?

- Eles não ligam pra isso.

Valentina: Como assim não ligam? eles não se importam com o seu futuro?

Uma onda de tristeza tomou conta de mim, eu tinha vergonha de dizer que o dinheiro do meu pai daria pra sustentar as próximas dez gerações depois de mim sem ninguém nunca precisar trabalhar, eu tinha vergonha de dizer que o dinheiro era a coisa mais importante no meu lar.

Valentina: O que foi? falei algo que não devia? me desculpa Sofia, eu não quis magoar você.

- Hoje pela manhã você disse que eu te falasse sobre a minha família quando eu estivesse pronta não foi? eu não estou pronta pra falar sobre a minha família ainda.

Valentina: Tudo bem, me desculpa.

O jeito da Valentina me irritava as vezes, ela queria ser a perfeição em pessoa, e no mundo dela todo mundo deveria ter os mesmos pensamentos pro futuro como ela tinha.

Eu não tinha pressa nenhuma em fazer uma faculdade, eu queria mesmo era jogar futsal.

Depois de jantar, fomos pro quarto dela e colocamos um filme pra assistir, um filme romântico e cheio de cenas de sexo, o que me deixou acesa e louca pra transar.

Já faziam alguns meses que eu não transava com ninguém, talvez fosse esse o motivo de eu estar tão desesperada pra ser fudida pelo Kalel.

Valentina: Tá com a cabeça aonde que não tá prestando atenção no filme Sofia? perguntou rindo.

- Estou pensando na quantidade de tempo que estou sem transar.

Na mesma hora a Valentina ficou estranha e desconfiada, típica atitude de uma pessoa virgem.

- Não vai me dizer que você é virgem Valentina?

Valentina: E qual o problema nisso? perguntou irritada.

- Em que mundo você vive? você nunca gozou na vida?

Ela pausou o filme e ficou olhando pra minha cara como se tivesse buscando respostas pra me responder.

- Não precisa ter vergonha de conversar essas coisas comigo Valentina, somos amigas.

Valentina: Eu nunca tive nenhum namorado, eu já fiquei com alguns caras, mas nada de especial aconteceu.

- Mas você já gozou?

Valentina: Como vou gozar se eu nunca fiz sexo Sofia?

- Com os dedos é claro.

Valentina: Isso é coisa de gente pervertida.

Eu comecei a rir sem parar, ela ficou sem jeito no início mas depois começou a rir também, rimos tão alto que provavelmente nossas risadas ecoaram pela casa.

Eu tive que dar um desconto pra ela, afinal ela foi criada praticamente sem mãe, a mãe dela morreu antes de conversar sobre sexo com a garota, e com o pai que ela tinha, essa conversa jamais partiria dele.

Passamos um tempo conversando sobre esse assunto, falei sobre coisas que era papel pra uma mãe fazer, e se eu conseguisse ter um relacionamento com o pai dela, eu seria quase isso, uma mãe, embora tendo a mesma idade que ela.

Eu comecei a rir dos meus próprios pensamentos, que eram absurdamente ridículos.

Valentina: Tá rindo de quê agora?

- É melhor eu nem contar, agora vamos dormir, estou com sono.

Eu não estava nenhum pouco com sono, eu estava dormindo na casa dela por um único motivo, o pai dela, e eu estava só esperando o momento certo pra ir atrás dele.

A Valentina pegou no sono muito rápido, e eu vibrei com isso.

Eu levantei da cama lentamente, abri a porta e fechei sem fazer barulho, a casa estava totalmente em silêncio.

Eu caminhei até o quarto do Kalel e abri a porta, e tive a imensa sorte de encontrar a porta destrancada.

A luz do quarto estava fraca, e ele estava dormindo de barriga pra cima, e usava apenas um short samba canção.

Eu fiquei o tempo admirando a perfeição desse homem que além de lindo era gostoso.

Eu comecei a me despir, tirei primeiro o meu short, depois tirei a minha blusa, eu estava sem sutiã, e comecei a alisar os meus peitos enquanto olhava pro corpo dele.

A minha calcinha estava molhada, a minha pele estava arrepiada, e eu estava sedenta de desejo por ele.

Eu tirei a minha calcinha e fiquei completamente nua, e subi lentamente em cima dele, eu não estava pensando mais em nada, pra mim só existia eu, ele e o prazer que nós daríamos um pro outro.

Ele pressionou os olhos, parecia estar sonhando, eu comecei a rebolar em cima do pau dele que rapidamente ficou duro.

- Ele me deseja, mesmo inconsciente, pensei.

O pau dele estava tão duro que estava fazendo pressão no meu clitóris, eu poderia gozar facilmente apenas esfregando a minha buceta nele.

Ele abriu os olhos e me encarou com um olhar de espanto, e na mesma hora ele me tirou de cima dele e se levantou, eu me senti abandonada.

O olhar dele era de reprovação, e a respiração dele ficou tão pesada que dava pra ouvir o ar saindo do nariz dele com dificuldade.

Ele mandou eu sair do quarto com uma raiva reprimida, mas dava pra ver o quanto ele estava se segurando pra não gritar comigo.

Eu disse pra ele que sabia que ele me queria pois eu estava vendo ele duro.

Ele olhou pro pau dele e depois olhou pra mim e me lembrou que a filhinha dele estava dormindo no quarto ao lado e disse que tudo era uma estupidez.

No fundo eu já estava me sentindo irritada por estar sendo evitada por ele, mas eu não queria desistir, afinal eu já estava nua, só esperando ele fazer o trabalho dele e me comer.

Eu caminhei até ele e o deixei sem saída, e ele me devorou com os olhos, o olhar dele me queimava, ele ficou olhando pros meus peitos louco pra pegá-los, dava pra notar o quanto ele estava lutando contra sí mesmo.

Eu me aproximei ainda mais, colando o meu corpo no dele, e ele bateu as costas no closet, não tinha mais como ele fugir de mim.

Eu fiquei de ponta de pé e colei os meus lábios nos dele e praticamente implorei pra ele me comer e disse que eu estava pronta pra ele.

Quase que eu perdia a cabeça quando ele me chamou de criança e disse que eu tinha quase a mesma idade que a filha dele, mas consegui manter o controle.

Eu disse que eu já era maior de idade e que não era mais virgem e pedi pra ele tocar em mim.

Eu sabia que já havia tentado fazer ele me tocar outras vezes, mas eu precisava tentar mais uma vez, eu necessitava sentir o toque dele.

Eu peguei a mão dele e levei até a minha buceta que já estava encharcada, e dessa vez ele não puxou a mão.

Quando as pontas dos dedos dele tocaram a minha buceta, eu senti o meu corpo inteiro estremecer, mas quando ele meteu os dedos dele em mim e eu soltei um gemido, ele simplesmente me afastou dele como se eu fosse a última pessoa que ele queria estar perto na vida.

Ele saiu juntando as minhas roupas e jogou elas em mim como se eu fosse uma puta barata que ele havia usado e estava jogando fora.

Eu olhei pra ele sem entender nada, e ouvi da boca dele as piores palavras da minha vida.

Ele mandou eu me vesti e sair do quarto dele, e me avisou que aquela era a última noite que eu dormia na casa dele, e ainda jogou na minha cara que gostava de mulheres adultas e não de meninas como eu.

Ouvir tudo aquilo acabou comigo, tudo o que eu queria era que ele me enxergasse como mulher, que ele sentisse tesão por mim, que ele me comece com vontade, que ele me desse prazer e sentisse prazer comigo, mas percebi que aquilo era algo quase impossível de acontecer.

Eu não consegui segurar as minhas lágrimas, eu comecei a me vestir me sentindo uma qualquer, uma vadia sem valor.

Quando eu saí do quarto dele, eu bati a porta com força, deixando transparecer a minha raiva e frustração e acabei acordando a Valentina.

Eu entrei no quarto e ela já estava sentada na cama tentando entender de onde tinha vindo o barulho, e eu inventei uma desculpa qualquer, mas ela acabou acreditando e voltando a dormir.

Eu deitei ao lado dela, sentindo as lágrimas correrem soltas pelos meus olhos, eu não estava sabendo lidar muito bem com a rejeição, e me sentir rejeitada fez com que eu desse passos cada vez mais perigosos.

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