Capítulo 8: Não posso deixá-la ir
— Mamãe, quem é esse Victor Leer? Por que temos de nos esconder dele?
Sebastian e Ethan apertaram a mão da mãe, percebendo sua distração, e perguntaram fingindo ignorância.
Olivia voltou lentamente a si, acariciou suas cabeças e sorriu como se nada estivesse errado:
— Ele não é uma pessoa importante, apenas alguém com quem tive alguns pequenos conflitos no passado. Vocês dois, se alguma vez ouvirem esse nome, fiquem longe, entenderam?
Os dois pequenos acenaram obedientemente com a cabeça:
— Sim, mamãe.
Enquanto esperavam que a mãe desviasse o olhar, eles trocaram um olhar curioso.
O que exatamente aconteceu entre a mamãe e o papai no passado? Parece que houve um grande mal-entendido!
Olivia assentiu com a cabeça, ainda preocupada com a situação de Isabelle, mas as vozes dos dois pequenos voltaram à tona.
— Mamãe, nós fugimos às pressas agora mesmo. Se essa pessoa ficar desconfiada e verificar a vigilância, será fácil para ela nos encontrar. — Sebastian a lembrou gentilmente.
— Ah, não, eu me esqueci completamente disso. O que devemos fazer? — Um traço de pânico passou pelos olhos de Olivia.
Ela estava muito preocupada em correr e havia esquecido que o restaurante tinha câmeras de vigilância. Victor já poderia estar vindo para cá com seu pessoal...
Ao pensar nessa possibilidade, Olivia até sentiu um impulso de pegar os dois filhos pequenos e ir direto para casa.
Ao ver a mãe perturbada, os dois pequenos viraram a cabeça para o outro lado, esperando até que a curva de seus lábios se estabilizasse antes de se voltarem para confortá-la.
— Não se preocupe, mamãe. Eu cuidarei disso.
Dizendo isso, Ethan pegou o laptop do carro e suas pequenas mãos voaram pelo teclado.
Em pouco tempo, ele invadiu o sistema de vigilância do restaurante e apagou todas as imagens relacionadas a eles.
— Está feito!
Depois de excluir a filmagem de vigilância, Ethan ergueu o olhar, com os olhos brilhando ao olhar para a mãe, buscando elogios.
Olivia soltou um longo suspiro de alívio e abraçou os dois pequenos, dizendo:
— Graças a Deus por vocês dois. Vocês resolveram um grande problema!
Os dois pequeninos sabiam que ela ainda estava ansiosa e, por isso, obedientemente, deixaram que ela os segurasse por um tempo.
Quando a mãe finalmente os soltou, Sebastian perguntou:
— Mamãe, devemos sair agora ou esperar a Isabelle sair?
Olivia havia se acalmado e olhou para a entrada vazia do estacionamento.
— Vamos esperar um pouco mais — disse ela.
Os dois pequenos acenaram obedientemente com a cabeça.
Enquanto isso, em uma sala privada do restaurante, Victor olhava para a mulher à sua frente, incapaz de extrair qualquer informação dela. Ele só conseguiu reprimir a raiva que brotava dentro dele e disse com indiferença:
— Peço desculpas pela minha audácia de antes... Obrigado por me ajudar a encontrar minha filha. Partiremos agora e não atrapalharemos sua refeição e a de seus amigos.
Depois de falar, ele virou a cabeça para a garotinha ao lado da mesa.
— Sophia, venha cá.
A menina relutante fez beicinho e educadamente se curvou para Isabelle antes de passar por seu próprio pai.
Victor levantou uma sobrancelha, mas não disse nada. Ele levou os outros a seguirem de perto a garotinha.
Eles deixaram o restaurante e Victor estendeu a mão para pegar a menina e colocá-la no carro, mas ela teimosamente o evitou.
Vendo isso, Nathan rapidamente deu um passo à frente e colocou a menina Sophia no carro.
O carro deu partida lentamente.
Victor sentou-se no banco de trás e estendeu seu longo braço para trazer a filha para o seu colo.
A garotinha não tinha onde se esconder e só podia ser carregada como uma boneca por ele. Ela fez beicinho e se recusou a olhar para ele.
— Diga ao papai, além daquela senhora, havia outra senhora com você? — Victor perguntou gentilmente.
A menina olhou para ele, lembrando-se de que a moça bonita tinha ido embora por causa dele, o que a deixou ainda mais irritada.
Ao ver que ela estava com os lábios franzidos, Victor beliscou sua bochecha de brincadeira.
— Você foge de casa e o papai nem sequer a repreende. Mesmo assim, você está de mau humor primeiro? Sabe o quanto o papai estava preocupado? Diga ao papai por que fugiu de casa?
A menina se esquivou de sua mão grande e virou a cabeça com força, ignorando-o. Ela parecia bastante chateada.
Ela parecia bastante chateada.
Victor franziu os lábios, sem encontrar uma maneira de lidar com sua pequena desordeira.
— Você não precisa dizer se não quiser. O papai não vai forçá-la. Mas prometa ao papai que da próxima vez não vai mais fugir de casa!
Depois de falar, ele olhou para Nathan, que estava sentado na frente, e calmamente instruiu:
— Vá e verifique as imagens de vigilância daquele restaurante.
Parecia que ele ainda não havia desistido!
Nathan, sentindo-se impotente, só podia obedecer.
— Tudo bem, senhor!