Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 7: Enojado com a presença dela

Na sala privada, apenas duas pessoas estavam presentes, criando uma atmosfera de expectativa tensa.

O olhar penetrante de Victor percorreu a sala e finalmente se fixou em sua própria filha.

A garotinha tinha acabado de se sentir ofendida com a partida repentina de Olivia, mas agora, ao ver o pai, ela não demonstrou nem um pouco de medo ao desviar o olhar, visivelmente irritada.

Os olhos de Victor escureceram um pouco, sentindo o desafio nas ações da filha.

— Senhorita Sophia, você está bem?

Tanto o pai quanto a filha eram introvertidos, então Nathan, seu assistente, foi chamado para intervir.

A menina olhou para ele, fazendo beicinho de raiva, e deliberadamente ignorou sua presença.

Nathan a observou cuidadosamente por um momento, aliviado por ver que ela não estava ferida, e então se virou para se reportar a Victor, fornecendo uma breve avaliação da situação.

Victor assentiu com a cabeça, seus olhos se estreitando ao olhar para a pessoa sentada ao lado de sua filha.

Ao encontrar o olhar dele, o coração de Isabelle se apertou. Ela apertou a palma da mão com força para firmar sua expressão, evitando qualquer perda de compostura.

— Onde está Olivia Prescott?

O olhar de Victor percorreu o rosto de Isabelle, observando sua aparência, sua expressão escurecendo ligeiramente.

Ele realmente reconheceu Olivia!

Isabelle sentiu uma mistura de choque por sua melhor amiga e alívio por ter escapado a tempo.

A aura do homem era sufocante, tornando difícil para ela respirar.

Quem sabe o que teria acontecido se Olivia estivesse presente!

— Não sei do que está falando! Quem são vocês? Por que entraram sem bater na porta?

Isabelle juntou seus pensamentos, reunindo suas melhores habilidades de atuação, e segurou a menina protetoramente em seus braços, observando cautelosamente a pessoa à sua frente.

Victor franziu ligeiramente a testa:

— A pessoa em seus braços é minha filha. Você me ligou agora mesmo?

Isabelle hesitou por um momento, reunindo coragem, e respondeu:

— Sim, fui eu.

Victor a encarou sem expressão, seu olhar examinando lentamente cada detalhe da sala privada.

A voz da mulher à sua frente parecia um pouco semelhante à voz no telefone.

Mas ele não podia se deixar enganar.

Além disso, o disfarce na sala privada parecia muito apressado.

De fato, havia apenas dois conjuntos de utensílios sobre a mesa, mas os três assentos próximos estavam levemente desalinhados.

Os garçons do Drunkard's Retreat não cometeriam tal erro; isso só poderia ter sido deliberadamente arranjado.

Uma mesa cheia de pratos não era o que uma mulher e uma criança teriam pedido.

O olhar de Victor circulou pela sala privada e depois voltou para Isabelle.

Ao encontrar o olhar dele, Isabelle inexplicavelmente sentiu seu coração afundar.

No segundo seguinte, ela viu Victor pegar o telefone de sua assistente, com os dedos articulados passando a tela duas vezes antes de erguer o olhar para olhá-la.

Em cima da mesa, o telefone que Olivia havia deixado para trás quando saiu, momentos atrás, começou a tocar.

Isabelle não estava preparada e estremeceu levemente ao ouvir o som. Ela abaixou a cabeça como se estivesse verificando o identificador de chamadas, esperou alguns segundos e, em seguida, desligou a chamada casualmente, encontrando o olhar do homem como se nada tivesse acontecido.

— Já que você é o pai da criança, então leve-a embora.

Depois de falar, ela deu um tapinha na cabeça da menina, colocou-a no chão e a empurrou na direção de Victor.

Victor levantou uma sobrancelha, dando alguns passos em direção à mesa de jantar.

Isabelle pensou que ele estava indo buscar a menina. Quando ela estava prestes a soltar um suspiro de alívio, ouviu uma voz cheia de suspeitas sussurrando em seu ouvido.

— Senhorita, você tem um apetite e tanto. Você, sozinha, junto com uma garotinha, conseguiu pedir uma mesa cheia de pratos.

Victor parou casualmente ao lado da mesa, com seu tom carregado de implicações.

Isabelle ficou momentaneamente sem palavras, com a respiração presa na garganta. Ela baixou o olhar, permanecendo em silêncio por um tempo antes de ajustar sua expressão. Com um sorriso forçado, ela explicou:

— Não precisa se preocupar com meu apetite. Encomendei uma grande quantidade de comida para aguardar a chegada de meus amigos. Eles ainda não se juntaram a mim.

Victor levantou uma sobrancelha, com um tom de ceticismo.

— Seus amigos ainda não chegaram e você já está ansioso para começar a comer?

Enquanto falava, o olhar do homem examinou os pratos que haviam sido tocados.

Isabelle quase engasgou com a respiração.

Ela baixou o olhar, ficou em silêncio por um tempo e depois ajustou sua expressão. Com um sorriso distante, ela disse:

— Os amigos que convidei são muito próximos a mim. Eles estão acostumados com esse tipo de coisa.

Depois de falar, sem esperar que Victor fizesse mais perguntas, Isabelle respirou fundo.

— Senhor, eu encontrei sua filha e gentilmente liguei para o senhor. Até dei uma refeição para sua filha. Se o senhor não quiser me agradecer, tudo bem, mas por que me trata como uma criminosa? O que eu fiz para ofendê-lo?

Seu tom estava cheio de insatisfação ofendida, mascarando o tumulto subjacente dentro dela.

Será que ele não pode parar de fazer perguntas?

Se o interrogatório continuasse, ela não teria escolha a não ser revelar a verdade, uma perspectiva que ela achava insuportável.

Enquanto isso, no estacionamento, Olivia segurava ansiosamente uma criança em cada mão, olhando de relance para o tempo.

Ela conhecia muito bem o caráter de Victor. Se houvesse o menor vestígio de evidência, seria o suficiente para aquele homem sentir que algo estava errado.

Ela não sabia por quanto tempo Isabelle conseguiria se segurar.

Se ela cometer um deslize...

Se ela escorregar, o que acontecerá?

Olivia pensou por um tempo, mas não conseguiu encontrar uma resposta.

Depois de um tempo, ela mordeu o lábio de forma zombeteira.

Afinal, do que ela tinha medo?

Ela tratou Victor dessa maneira naquela época. Aquele homem provavelmente nunca mais queria vê-la em sua vida.

Mesmo que eles se encontrassem, ele poderia fingir ignorância, achando-a repulsiva.

Ela se repreendeu por ter deixado sua imaginação correr solta, apesar de ainda não ter visto o rosto de Victor. O medo desnecessário a consumiu, deixando-a em um estado de angústia.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.