Capítulo 6
SAMANTHA
Estava conversando com Laura quando um rapaz bem simpático chegou no escritório. Ele se apresentou como irmão do Sr Tomás, eles possuem bastante semelhança física porém em personalidade são inteiramente diferentes.
Juliano é simpático, divertido e bem direto. Assim que trocamos duas palavras ele já quis saber se tinha alguma chance de ficar comigo.
Eita! Pela primeira vez fiquei corada, creio que seja pelo fato dele ser irmão do meu chefe. Ou não, vai saber.
Ele disse que seria tudo sem apego, apenas uma transa casual, pois não era homem de ficar amarrado em uma só mulher.
Acredite foi bem isso que ele disse e para ser bem sincera eu queria ter escutado essas palavras do Sr gostoso, mas não foi.
Achei ele engraçado além de lindo, mas não me senti atraída ao ponto de querer ficar com ele. Nem mesmo por uma noite.
Ah, mas ele é lindo! Sim ele é lindo. Mas não rolou aquela chaminha, aquele arrepio ou uma molhadinha na calcinha.
Acredito que ele tenha ido com muita sede ao pote e eu não quero problemas com o Sr Tomás, aqui é meu local de trabalho e o único que me faria com que eu perdesse o juízo seria meu chefe.
O Sr Tomás chegou quando Juliano estava sentado ao meu lado bem a vontade me mostrando algumas fotos da sua juventude.
Não demorou muito os dois foram para a sala de Tomás e Laura correu até minha mesa para fofocar comigo.
-Achei que ele não voltava mais hoje. -ela fala surpresa.
-Eu também achei, espero que não sobre pra mim. -falo preocupada.
-Porque sobraria pra você? -ela pergunta curiosa.
-Sei lá, vai que ele não tenha gostado de ver eu conversando com seu irmão. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco e eu sou esse lado. -falo firme.
-Acho que não, você estava sentada no seu lugar, quem puxou a cadeira para o seu lado foi ele.
-Espero mesmo que não sobre pra mim. -falo firme.
-Porque não fica com ele? Ele é uma gracinha. -ela fala divertida.
-É mesmo, mas não rolou. Eu queria o irmão dele então acho que isso está me causando um bloqueio. -falo rindo.
-Você sabe que ele é noivo né. -ela fala.
-Você já me disse isso um milhão de vezes, e aquela aliança não me deixa esquecer. -falo rindo ela me olha incrédula.
-O que foi? -pergunto rindo
-Eu não disse nada. -ela retribuí, estávamos conversando quando vimos a porta se abrir, rapidamente Laura voltou para sua posição e eu comecei a digitar qualquer coisa no computador.
Juliano passa todo sorridente enquanto Tomás continua sério, se não fosse a semelhança física entre eles não diria que eles fossem irmãos, eles são muito diferentes ou Tomás engana muito bem.
Eles seguiram até o elevador e eu acreditei que os dois iriam entrar juntos, mas me enganei.
Apenas Juliano foi embora, Tomás voltou e me pediu para ir até sua sala.
Meu coração se acelerou e eu pensei que iria tomar um grande sermão por estar de conversa com o irmão do meu chefe. Respirei fundo e me firmei para que minhas pernas não fraquejasse, por hoje chega de emoções e de passar vergonha. Não tenho mais limites para isso.
Segui ele e para minha surpresa mais uma vez estava errada, ele não chamou minha atenção por isso, pelo contrário quis saber se seu irmão estava me incomodando. Ufa, menos mal.
Conversamos sobre sua agenda e ele me lembrou que eu teria que viajar com ele para lhe acompanhar em suas reuniões.
Semana que vem vamos viajar na quinta e eu espero que na sexta eu chegue cedo, tenho uma balada para ir e não quero perder de forma alguma.
Essa será minha primeira viagem com o senhor totoso.
Enquanto conversamos ele falou como se eu tivesse namorado e isso me fez dar um breve sorriso. Ele me pediu para que eu parasse de morder a caneta e eu fiquei um pouco surpresa com sua reação, ele parecia nervoso e afrouxou sua gravata como se ela estivesse lhe sufocando.
Confesso que aquela reação fez com que eu molhasse minha calcinha, queria muito sentir aquelas mãos grandes pelo meu corpo e pensar nisso estava fazendo com que eu tivesse tremedeira.
Respirei fundo e tentei me manter séria.
Mas quando estávamos no fim da nossa conversa não consegui mais segurar, perguntei se precisava de mais algum serviço e ele sorriu com malícia.
Eu tenho certeza que aquele sorriso foi malicioso, tive que sair dali correndo pois minha calcinha estava encharcada e eu sabia que se eu continuasse ali e ele me olhasse ou me desse mais um sorrisinho daqueles eu pularia em seu colo e cavalgaria ali a tarde inteira.
Corri até minha mesa, peguei e virei minha garrafa com água na boca, queria mesmo era jogar ela inteiramente em meu corpo para apagar esse fogo que me consumia por dentro mais me segurei para não fazer isso.
-O que é isso menina. -Laura fala rindo, eu olhei para o rumo da porta e não vendo sinal dele corri em sua direção.
-Eu preciso ser fodida por aquele homem. Preciso de uma noite inteira com ele ou vou acabar fazendo uma besteira. -falo sério e ela gargalha.
-Agora pirou de vez. -ela fala achando graça.
-Pirei mesmo. Preciso me acalmar, eu preciso do meu emprego e não estou conseguindo mais raciocinar hoje. -falo respirando fundo.
-Hoje? -ela debocha, eu lhe mostro a língua e retorno para minha mesa.
Ligo para Eric e peço que ele vá até a sala do Sr gostoso, após ligo para o Sr Cunha para confirmar a viagem e pedir para que ele reserve um quarto para mim.