O Começo II
Camila Coelho
- Vamos começar o jogo passarinho, deita de bruços.
Faço o que ele diz... Ele se abaixou ao meu lado...
-Gosto dos meus bichinhos adestrados, hoje você é um deles... Então vamos para a primeira lição... -ele começa a prender minhas pernas no cavalete.-Quais são as palavras de segurança?
-Vermelho e amarelo.
-Deseja continuar ou quer parar?
-Quero continuar...
Ele sorri.
-Então a primeira lição... Só termina quando eu estiver satisfeito.
-Sim mestre!
-Eu vou te dar o que você precisa, mas exijo receber o que eu quero. Então tenha isso em mente.
-Sim mestre!
Ele termina de prender minhas pernas no cavalete e se levanta se dirigindo para uma mala, que tem perto da cama.
Retira de lá um chicote longo de montaria.
Vai começar a festa. E eu já começo a sentir a euforia das chicotadas na minha bunda, sem nem ao menos ele me tocar.
Foi pra isso que eu vim hoje ao clube! Não foi pela transa ou pelo prazer do sexo, foi pelo prazer da dor. E estou a poucos segundos de conseguir o que tanto quero.
Suspiro de contentamento.
Ele chega atrás de mim e assim eu recebo a primeira chicotada. Não tão forte quanto eu gostaria, mas é o nosso primeiro contato, ele está testando para saber até onde pode ir.
Vem outra na mesma intensidade na outra banda da bunda e eu não dou um pio. Ainda não é do jeito que eu gostaria.
Aos poucos ele vai aumentando a intensidade, até que ele consegue arrancar um gemido de mim. Ele me toma o gemido, e diz:
-Então quer dizer que esse passarinho é resistente à dor?
-Sim mestre! Preciso de mais...
Ele fica em silêncio, me rodeia e se abaixa me olhando nos olhos.
-Tem certeza?
-Sim mestre, preciso de mais.
Eu estou com as emoções já afloradas, mas não o bastante para que sinta aquele bem estar que sempre sinto, quando termina a punição.
Ele se levanta e vai para trás de mim novamente. E de repente sinto o que eu tanto queria. Ela vem com força precisa. E eu gemo sentindo todo meu corpo tremer e aquela sensação se prolongar. Ele enfia dois dedos dentro da minha boceta e eu suspiro.
-Essa putinha gosta mesmo de dor...
E vem outra, que faz com que eu gema mais alto...
E outra, e outra, e outra...
De repente sinto o orgasmo tomar conta de mim e meu corpo todo tremer ...
Merda eu gozei... Eu precisava disso!
E ele nem tocou em mim direito.
Ele para de me bater e me penetra sem avisar... Eu não vi o tamanho de seu pau ainda, mas pelo jeito é enorme, porque eu sinto como se ele estivesse me rasgando...
-Ahhhhhhhh Mestre...
-Que boceta gostosa Camila... Como se sente sendo arrombada por mim?
Eu gemo mais uma vez. Ele não está brincando quando diz que eu fui arrombada. E que horas ele pôs a camisinha que eu nem vi... Olho de lado para ele e ele está com uma sobrancelha levantada me olhando, talvez esperando minha resposta... Talvez não...Sinto uma chicotada na bunda e ele diz...
-Me responde Camila...
-Me sinto bem mestre... Muito bem... Me fode!
Grito quando ele entra mais um pouco...
Merda esse homem e um cavalo.
-Você quer que eu te foda Camila?
-Sim mestre!
Ele entra mais um pouco e eu grito.
Sinto a quentura que seu corpo emana, quase encostado em mim. Sinto ele recuando e a pressão na boceta diminuindo, para logo depois gritar novamente quando ele entra de uma vez batendo com sua pélvis na minha bunda.
Ele segura minhas duas mãos algemadas e as usa como apoio para ir fundo e recuar… A cada segundo que passa a ardência vai diminuindo e vai sendo substituída por prazer…
Eu me sinto toda preenchida, conforme ele entra e sai ele toca no meu ponto g, e as coisas vão ficando gostosas a cada segundo que ele passa dentro de mim.
Ele intercala as entradas e saídas com chicotadas em minha bunda.
E meu corpo mais uma vez vai entrando num frenesi próximo para receber mais uma descarga de prazer e não demora muito para isso acontecer.
Ele sai de dentro de mim quando o osgasma toma conta de tudo, tira a camisinha e vem até a minha cabeça.
-Chupa passarinho.
Aí eu vejo o tamanho do pau. Por isso que eu estava me sentindo toda preenchida. É enorme e grosso, rosinha cheio de veias enormes...
Senhor, que pau lindo!!!
Não bastava ele ser um Deus grego, tinha que ser perfeito ali também. Esse homem tinha algum defeito?
Não me faço de rogada o abocanho da forma que eu posso e começo a chupar...
Ele tira o pau da minha boca e enfia os dedos até a minha goela.
-Você consegue fazer melhor que isso Camila... Se esforce...
Ele enfia de novo o pau na minha boca e eu me esforço de verdade. Ele segura na minha nuca e começa a fazer um vai e vem sinistro. Sinto minha goela sendo cutucada. Meus olhos começam a lacrimejar e eu começo a perder o ar... Quando ele tira tudo de minha boca urrando...
-Que boca gostosa Camila...
Ele se abaixa e me beija, se levantando em seguida e enfiando aquela tora novamente dentro da minha boca.
Que homem gostoso!
Quando ele faz o vai e vem, meus dentes esbarram em seu pau e ele rosna toda vez que isso acontece.
Não tem como não esbarrar... Minha boca é pequena para que isso não aconteça. Mas ele parece gostar! Ele parece amar!
E depois de um tempo, ele esporra dentro da minha boca num urro animalesco. Parece um leão rugindo.
Ele segura a minha cabeça e não solta um minuto sequer.
-Quero que beba tudo putinha... Tudo!!!
E eu como uma boa submissa obedeço.
Ele abaixa na minha frente, me dá um tapa na bochecha e sorri.
-Foi uma grata surpresa Camila!
Ele beija minha boca. Bom, parece que eu agradei...
Quando ele se levanta seu pau esbarra nas minhas bochechas... Mas ele não acabou de gozar, como está ainda duro desse jeito?
Ele não tirou uma peça de roupa. Continua com a calça jeans e o pullover preto.
Ele começa a tirar o pullover e vejo aquele peitoral magnífico na minha frente.
Ele realmente é um Deus grego, sem nenhuma grama de gordura pra contar história de uma obesidade que talvez tivesse na adolescência. O homem é perfeito!
Ele começa a encaixar outra camisinha em si, e vai para atrás de mim, me penetrando mais uma vez sem nenhuma cerimônia... Ele enfia tudo e eu grito novamente...
Camila, se você veio em busca de dor hoje está de parabéns!!!
Vai voltar pra casa encharcada de endorfina, com certeza.
Ele começa a se mexer atrás de mim aumentando a velocidade aos poucos e eu só sinto. Fecho meus olhos e deixo as sensações tomarem conta de mim.
Ele agora entra e sai rápido batendo na minha bunda toda vez que enfia tudo... Retira e alisa minha boceta.
-Que coisa linda Camila, essa buceta delicada toda arrombada por mim...
Ele entra novamente em mim com vontade eu gemo deixando meu corpo ter um outro orgasmo. Adoro homens tagarelas na hora do sexo... Isso mexe com os meus sentidos.
Ele começa num ritmo lento para eu me recuperar do orgasmo e depois aumenta a velocidade de novo, se derramando na camisinha com o mesmo urro de antes.
Ele se retira de dentro de mim, vai até o banheiro e volta, me soltando do cavalete, me ajuda a levantar e retira as algemas.
Arruma meu cabelo no lugar e me olha, com aqueles olhos que parecem que vão tirar de dentro de mim toda e qualquer merda que eu tenha cravada na alma.
Eu estou relaxada!
Enfim me sinto bem, após um mês sem ter o que procurava...
-Tudo bem?
-Sim mestre...
Falo não reconhecendo minha voz grave e rouca...
-Venha vou te ajudar no banho...
Aí a ficha cai... Eu não preciso disso...
-Não precisa, mestre eu posso andar e me virar sozinha...
Ele enruga a testa e diz:
-Por que?
-Não sou adepta do aftercare. Prefiro me recompor sozinha.
Falo abaixando a cabeça e indo em direção ao banheiro, recolhendo minha roupa no meio do caminho. Me sinto cansada e com minha pele ardendo. Mas nunca me senti tão leve e bem como me sinto ...
Que poder tem esse homem?
De todas as sessões que tive nunca o prazer do final foi tão grande como foi dessa vez…
Faço um coque no cabelo, e entro no chuveiro, começando a me lavar. Quando chegar em casa eu cuido da minha bunda entrando na banheira... Aqui só vou tirar o grosso.
Não preciso de cuidados falsos... Há muito tempo eu sei que o ser humano não é capaz de amar, afinal a minha mãe me ensinou muito bem. E eu não me esqueço disso nunca.
*************
Bernardo Thomson
Ela entrou no banheiro carregando a sua roupa, parecendo mais fria do que um cubo de gelo.
Como se a sessão que tivemos a alguns minutos atrás, não tivesse acontecido.
Será que ela não gostou?
Será que eu fui bruto demais?
Mas ela parecia ter gostado muito...
Confesso que eu não sou muito fã de carinho... Eu não sou um cara carinhoso ... nem com palavras e nem com gestos. Aprendi desde cedo que a minha masculinidade teria que ser estimulada, para conseguir o respeito das pessoas à volta.
Claro que depois que virei homem, descobri que as coisas não são bem assim. Mas aí o estrago já tinha sido feito... Não tem como mudar hábitos que nossos pais nos ensinaram quando éramos crianças. Não foi diferente comigo.
Então, mesmo não sendo carinhoso... Sei que o aftercare é importante. Tio Armando sempre repetia isso.
"Você pediu a servidão dela? Deve retribuir a altura... Uma submissa precisa sentir que é importante para o dominador. E o aftercare é imprescindível para isso. Combina com a natureza submissa e é tudo que ela precisa."
Então porque Camila não deixou eu cuidar dela?
Saio dos meus pensamentos quando vejo ela retornar já devidamente vestida e com o cabelo preso num coque.
-O mestre viu onde eu pus minha bolsa?
-Está ali no aparador...
Ela vai até lá e pega o celular na mão.
-O que está fazendo?
- Pedindo um Uber, eu não vim de carro...
-Eu vou te levar Camila...
-Não precisa, mestre...
-Você não deixou eu cumprir com minha obrigação depois da sessão, te levar é o mínimo que eu vou fazer. E é uma ordem. Lembra o que eu disse? Só acaba quando eu quiser que acabe.
Ela suspira e concorda. Ponho meu suéter e guardo os apetrechos que usei dentro da mala. Fecho tudo me encaminhando para a porta. Ela vem logo atrás de mim.
Passo pela parte de trás do clube, pois não quero pegar o salão novamente, chegando ao estacionamento rapidamente.
Abro a porta malas da minha lamborghini urus azul royal e ponho a mala lá.
Ela diz:
-Bonito carro!
-É minha menina... -ela sorri.
Abro a porta para ela, e ela entra meio sem graça.
Eu vou para a porta do motorista, entrando e mandando uma mensagem para meus seguranças que ficaram na porta da frente do clube, dizendo que estou saindo.
Logo recebo a confirmação do meu chefe de segurança, Daniel.
Seguranças são necessários, mas quando venho ao clube, ou estou em um relacionamento,não gosto de ter eles em meu encalço. É meio brochante! Fora que eu sou fã de aventuras ao ar livre, então não caberia bem, ter brutamontes muito perto de mim... Fora essas ocasiões, eles ficam colados 24 h. Meu pai e minha mãe exigem... Então quem sou eu para contrariar?
-Aonde você mora?
-Vila Mariana.
-Ponha o endereço no GPS, por favor...
Digo a ela e ela na mesma hora preenche.
Saio da garagem e vejo logo a Pajero dos seguranças me seguindo.
Ela mora a vinte minutos daqui, então eu vou aproveitar para entrar no assunto que não paro de pensar, desde que saímos do quarto.
-Camila seu último relacionamento terminou a quanto tempo?
- Um mês, mestre!
-Posso perguntar porque não deu certo?
-Incompatibilidade...
Eu concordo com a cabeça. Bichinha arisca essa... Provavelmente eu vou ter que suar para conseguir alguma resposta menos neutra.
-E como era seu contrato?
-24/7...
-Você se interessa por esse tipo de contrato?
-Sim, me dá uma estabilidade boa... Não gosto de variar... E eu preciso estar sempre em contratos porque tenho algumas necessidades.
Claro... Sua obsessão pela dor... Pela sessão deu para eu perceber isso... Ela entra em êxtase com a dor. E isso é perigoso para uma submissa sozinha! Elas podem meter os pés pelas mãos. Por isso que gosta de contratos.
Essa menina me intriga, e antes de fazer qualquer proposta eu preciso descobrir mais sobre ela.
-Eu também me interesso por esse tipo de contrato, Camila... Gostei de nossa sessão hoje... Se tiver interessada podemos negociar...
-No momento não mestre... Eu preciso de um tempo... Não é saudável emendar um contrato no outro... Mas eu gostaria de dizer que também gostei muito da nossa sessão. E se o Senhor quiser jogar outra vez sem compromisso, estarei disponível.
-Claro... Posso me contentar com isso por enquanto... -Falo sem olhar para ela , concentrado na estrada.
Meu lado possessivo grita: Assim não vai rolar!
O GPS me leva para um sobrado antigo, típico das construções da vila Mariana.
Em cima provavelmente é um apartamento e embaixo uma loja. Muito bem conservado. Parece uma casa de boneca. Ele também é bem localizado, fica numa rua comercial.
-É aqui?
-Sim, obrigada pela carona mestre.
Pego meu cartão no porta luvas e dou a ela.
-Me mande uma mensagem para que eu salve seu número. Foi um prazer jogar com você Camila.
-Eu penso o mesmo Senhor. Tchau!
Era para eu ficar na minha, mas não consigo, seguro sua mão e trago ela pra mim segurando sua nuca, e dando um beijo que me faz ficar aceso novamente.
A largo e digo:
-Boa noite!
-Boa noite!
Ela sorri e sai do carro, seguindo para uma escada na lateral.
E eu fico parado ali, até as luzes de cima se acenderem.
Que graça de menina! Quero ela na minha cama todos os dias...
E não vou poupar esforços para conseguir isso.