Capítulo 5 – Conflitos
Mesmo com o vapor da sauna ao redor de Lydia e de Ethan, a mulher acredita ter visto a sua irmã Jennifer. Lydia não tem notícias da sua irmã desde daquela horrível noite, Lydia foi para casa e Jennifer nunca mais voltou. Com a possibilidade de ter encontrado a sua amada irmã que Lydia sente falta, mesmo com as provocações que ocorriam no passado, a jovem mulher sai da banheira onde estava com o rei. Esquecendo e apagando qualquer vestígio de que até segundo atrás houvera pensamentos tentadores em relação ao rapaz misterioso para Lydia.
— Ei, o que houve? Aonde você está indo? — Ethan pergunta surpreso.
Ethan fica sem reação ao notar o estranho comportamento da moça com quem ele dormira a cinco anos atrás. Para ele, a decisão que ela tomou, foi apenas para prolongar ainda mais o joguinho prazerosos de conquista que ela quer jogar para ele. Tentando se controlar para não ficar à mercê dela demais, Ethan observa Lydia se afastar, ele sente uma excitação pelo corpo da jovem quando vê ela saindo às pressas com apenas o biquini e o corpo todo molhado. O rei deseja naquele momento poder lembrar um pouco mais da noite que eles tiveram juntos a tantos anos atrás.
Lydia já nem se lembra que o rapaz misterioso e nem escuta as perguntas feitas por ele, seu foco é tentar alcançar a moça que se parece com a sua irmã. Ela se apressa para alcançar a mulher, porém ao tentar passar pela porta de sair da sauna, Lydia esbarra com o seu chefe pervertido.
Seu chefe puxa Lydia pelo braço e a prende na parede. Ele está fedendo a bebida e seu rosto é muito vermelho. Lydia tenta se soltar, mas está tão assustada e seu chefe está tão próximo que ela fica paralisada na parede.
— Acha que pode ficar fugindo de mim a noite inteira? Agindo assim tão sexy, me provocando com desejo e uma vontade louca de fodê-la? O que você está usando? — o chefe de Lydia pergunta com a voz rouca e pesada, os olhos do homem percorrem o corpo inteiro de Lydia. — Mas que delícia, você está muito gostosa nesse biquini Lydia. Aposto que escolheu especialmente para mim, não foi?
Lydia bufa e tenta agora mais afinco em se afastar do homem. Ela se debate, mas o seu chefe prende seu corpo ainda mais rente à parede, ele cheira o pescoço dela e pressiona o membro rígido dele contra a coxa molhada dá moça. O chefe sente um desejo incontrolado por Lydia. Ele quer que Lydia chupe seu pau e que deixe ele coma-la em todas as posições que ele conseguisse imaginar, a mente pervertida do homem é quem comanda os movimentos de esfregação em torno do corpo da pobre mulher. Lydia se sente enojada e continua tentando escapar do seu chefe, ela sente a ereção do homem e ela fica ainda mais assustada, recordando dá noite em que foi violentada. Quando Lydia está preste a gritar por socorro ou simplesmente morder a cara do homem, algo vem ao seu socorro.
O rei Ethan seguiu Lydia no momento em que ela sumiu pela porta, ele ficará à espreita quando notou que o chefe dela havia agarrado a moça. Ethan achou que Lydia poderia ter um caso com aquele homem, só que o rei logo percebeu o desconforto da moça. Ethan pode achá-la uma mulher mercenária interesseira que apenas quer fazer joguinhos com ele, mas o rei é orgulhoso demais para deixar qualquer outro homem fale aquele tipo de coisa para a mulher que ele dormiu e tem cuidado nos últimos antes.
Ethan segura o chefe de Lydia pelo colarinho e o empurra para longe da moça, o rei é musculo e alto, bem mais alto que o chefe de Lydia. O rei joga o chefe de encontro a outra parede, o homem fica desnorteado com a situação e fica caído no chão surpreso.
— Você nunca mais pisara aqui, entendeu? — Ethan profere com irritação na voz. — Você não manda em nada aqui, vá embora e nunca mais volte. Isso é uma ordem!
O chefe de Lydia se levanta cambaleando e vai encostado na parede para longe dela e do rei. Ethan respira pesado e Lydia está com o coração acelerado demais, o seu corpo inteiro treme com o evento ocorrido.
Ethan percebe como a moça está abalada com as coisas, um arrependimento sobre a noite que os dois dormiram juntos surge no coração do rei. O rapaz se aproxima da moça, toca de forma delicada o cotovelo de Lydia, entretanto a reação da moça é de se retrair ao sentir a mão dele, Ethan fica desconfortável com a reação dela e não querendo mostrar a sua compaixão para a Lydia, ele simplesmente sai e deixa a coitada sozinha ainda encostada na parede, assustada, molhada e com algumas recordações dolorosas da noite que ela foi abusada.
Lydia respira fundo para acalmar seu nervosismo, seu corpo está sentindo frio e ela lembra de como está vestida. A jovem está prestes a chorar de tristeza, amargura, decepção e cansaço, Lydia se pergunta por que esse tipo de coisa acontece com ela, por homens acham que podem ter seu copo ao bem querer deles? Ela não é somente a aparência dela e sua beleza não é um convite ou muito menos uma permissão para ser tratada daquela maneira.
Algumas lágrimas escapam dos olhos da doce jovem e rolam pela sua bochecha e caem do seu queixo. Após alguns minutos parada ali, Lydia se recompõe e volta para a sauna, o rapaz arrogante que a ajudou não está mais ali observa Lydia, isso entristece ainda mais um pouco o semblante da moça, ela queria ter tido a oportunidade de agradecer. Ela continuava achando o rapaz sem nome para ela, um homem muito estupido, todavia, ele a defendeu e ajudou-a, Lydia queria poder retribuir a gentileza, porém após ter se secado e vestidos as roupas provocativas, ela não encontrou mais o rei Ethan naquela noite no cassino.
O cassino de luxo não era apenas um local de divertindo para o rei Ethan que gostava de ir lá disfarçado, sem seus trajes de rei ou títulos, naquele local, ele se passava apenas por um homem rico e poderoso. Jennifer gostava de ir ao cassino também para se divertir, a moça conhecia gente poderosas que poderia lhe oferecer não só dinheiro, mas algo muito mais valioso, conhecimento, magia e aliados em horas de necessidade.
Nessa noite, Jennifer ficou observando a rotina de Lydia, ela seguiu a irmã mais nova pelos andares do cassino, fugindo do chefe pervertido. Quando Jennifer encontrou Lydia na banheira junto com o rei, o coração da irmã mais velha se encheu de ódio, inveja e ciúmes.
Para a víbora Jennifer, Lydia estava ali para seduzir o rei e tomar seu lugar no palácio, fazendo com que ela volte para a vida pobre e sem graça que sua irmã mais nova e mãe vive. As lembranças de como sua vida era sem graça e decadente enche a mente preocupada e ardilosa de Jennifer. Com o ódio alimentando a sua mente com pensamentos perversos, Jennifer decide retirar sua irmã da jogada, um plano maligno se forma em sua mente. Um plano que com certeza faria com que Lydia nunca mais atrapalhasse a vida de Jennifer.
A irmã mais velha possuía uma incontestável ambição e desejo de ver sua irmã mais nova morta, para Jennifer, ela poderia ter sido filha única, não sabia por que seus pais quiseram ter mais filhos. Jennifer não quer esperar muito para que seu desejo se torne realidade. Na verdade, Jennifer acredita que ela demorou demais para resolver esse assunto em relação a sua irmã, ela já devia ter matado Lydia a muito tempo e assegurado sua vida no castelo para sempre. Jennifer não quer correr mais riscos de Lydia se aproximando do rei e roubando tudo o que Jennifer conquistou nesses cinco anos no palácio.
Jennifer conseguira despistar sua irmã quando Lydia tinha notado sua presença, ela vai de volta para o castelo com um plano em sua mente pronto para ser executado muito em breve.
Lydia volta para casa, Beatriz reclama sobre a calha da casa estar suja, as crianças terem gritado durante o jantar e que Lydia precisa trazer mais dinheiro para dentro de casa. Beatriz acusa a filha de ser uma incompetente para encontrar um marido, que todas as noites ela vai trabalhar e continua voltando de mãos vazias. Essa noite, Lydia continua sem forças para revidar as acusações da sua mãe, sua tristeza e cansaço são demais e Lydia simplesmente se arrasta para o quarto dos seus filhos para encontrar os rostinhos lindos deles pacíficos enquanto todos dorme.
Lydia suspira e seu coração não sente mais o pesar do assédio que sofreu do seu chefe, o seu coração agora está em paz, tranquilo e feliz ao ver seus filhos bem, saudáveis e seguros. A Lydia se sente mais revigorada ao ver a vida dos seus pequenos filhos tomando um caminho doce, ela faz de tudo para que seus nenéns não sofram qualquer falta. Ela tenta ser o pai e a mãe ao mesmo tempo, ela participa das atividades da creche, reuniões e datas comemorativas. É exaustivo, mas Lydia nunca se arrependeu de ter mantido as crianças.
Duas noites depois do ocorrido, Lydia não vê mais o seu chefe, ela fica aliviada em saber que vai conseguir trabalhar em paz agora. Ela faz as rondas pelas salas e entretém todo os clientes que lhe são designados, alguns tentam algo a mais, mas Lydia de forma sorrateira consegue se livrar desses mais abusados. Nesses dois dias ela não conseguira encontrar com o rapaz que salvou sua vida do seu chefe, isso causo na moça mais paz e ao mesmo tempo um conflito de sentimentos negativos, ela gostava de não ser provocada e sofrer insinuações estranhas daquele homem poderoso, porém ela ainda queria vê-lo mesmo assim, a desculpa que ela mesmo dava a si mesmo era porque precisava agradecer por ter ajudado ela, só que no fundo, Lydia queria ver o rapaz mais uma vez só pelo simples fato de poder ver ele.
Em seu horário de pausa entre uma sala e outra, Lydia recebe uma carta misteriosa, informando que ela era requisitada no andar administrativo do cassino, a carta informava que ela precisava ir lá para conversar sobre o seu trabalho. O coração de Lydia fica ansioso com aquele comunicado, por mais que a sua cabeça pressinta que há algo de errado com aquilo, a moça mesmo assim obedece, seu maior medo é perder esse emprego e não conseguir mais sustentar seus pequenos anjinhos.
Ao chegar no local estabelecido, Lydia vai em direção a sala que está com apenas uma meia luz saindo do local com a porta entre aberta. Ela acha isso estranho e mesmo assim entra, ao empurrar a porta para dentro para conseguir entrar, Lydia sente um pouco de dificuldade, há um peso do outro lado da porta impedindo a passagem por completo.
Quando ela consegue entrar, ela tropeça em algo no chão, a luz fraca do abajur não ilumina muita coisa. Assustada com toda a situação estranha, Lydia se apressa a acender a luz da sala.
A luz invade com rapidez todo o cômodo e revela algo que deixa a jovem petrificada no lugar. Há uma poça de sangue manchando o chão e chegando até os pés de Lydia, estendido com o corpo jogado de lado no chão, está o chefe de Lydia morto. Parecia que todo o sangue daquele homem estava na sala, os olhos esbulhados encaravam o nada, porém Lydia acreditava que eles estavam olhando diretamente em sua alma. A sala girou ao redor da moça, deixando-a sem ar e muito assustada. A jovem se sentiu obrigada a apoiar na mesa que estava ao seu lado, caso ela não fizesse isso, teria caído com tudo no chão.
Quando Lydia está prestes a gritar por socorro, uma mulher que ela nunca tinha visto na vida, entra na sala com muitos seguranças. Lydia sente um alívio com a chegada dessa gente, assim poderia ajudar com o corpo estirado no chão.
— Homens não deixem esse monstro sair daqui! — A mulher grita e aponta para Lydia, os olhos da mulher estão vermelhos. — Ela matou meu marido! Prendam ela agora!
Lydia olha assustada para a mulher que a acusa.
— O que? Isso é um engano! — Lydia fala gaguejando. Os homens não escudam ou param de avançar em direção dela.
A jovem dá passos para trás e quase tropeça, infelizmente não há muito escapatória. Ela olha ao redor tentando entender a situação, Lydia ainda está em choque com o seu chefe morto a poucos passos dela.
— Não a deixem fugir. Essa meretriz matou meu marido. Meu doce e amado marido! — A mulher grita em direção a Lydia que se sente confusa, acanhada e amedrontada.
Os homens armados e fortes, pegam Lydia pelo braço e a moça tenta escapar, porém todos eles já a cercaram.
— Eu não fiz nada! Eu não matei ninguém! — Lydia diz chorosa. — Eu não fiz nada disso!
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