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4

PERIGO NARRANDO

Eu espero Marcela pegar no sono, ela está dormindo sobre o meu peito e nua, ela era linda, uma mulher fantástica, tinha seu rosto angelical, seus traços delicados e seu corpo era de deixar qualquer homem maluco, seu sorriso era lindo, refletia uma inocência no qual eu ainda não sei se era verdadeira, mas o seu olhar era triste, não tinha brilho. Seus cabelos ruivos naturais, sua pele branquinha, deixava ela ainda mais atraente e bonita aos olhos de qualquer um.

Eu me levanto com cuidado e ela apenas se vira e continua dormindo, eu espio pela janela e Ph está dentro do carro e apenas me faz sinal de certo com as mãos, eu assento com a cabeça e mando uma mensagem para ela.

‘’ É agora ‘’.

Eu coloco minha roupa e começo andar lentamente pela casa para ver se não tinha ninguém, com a arma em punho, eu desço as escadas e todas as luzes estão desligadas, apenas refletia as luzes de fora pelas cortinas brancas e transparentes, eu entro com cuidado dentro do escritório dele e começo a procurar os lugares mais estratégicos para colocar, e distribuo os microfones e as mini câmeras que estão em meu bolso, logo mando mensagem para Ph e ele confirma que está tudo certo, coloco algumas na sala, outras na cozinha e quando volto para o quarto, eu coloco algumas dentro do quarto.

Quando eu ia sair, Marcela acorda.

- Já vai embora? – ela pergunta.

- Eu não queria te acordar – eu falo fechando as cortinas das janelas que eu tinha aberto para sair. – eu sei que é deselegante sair sem te avisar, mas você estava dormindo tão bonita.

- Ele me disse que volta só amanha a noite – ela fala – não precisa ter medo.

- Ele é policial – eu respondo me aproximando da cama e me sentando na frente dele – acho que ele não iria gostar de me ver por aqui.

- É – ela fala pensativa – talvez não – eu presto atenção em seu semblante, pensativa, desanimada.

- Você é muito bonita e seu sorriso também, para você deixar ele sempre escondido – eu falo e ela me encara – eu não estou falando apenas por falar, é verdade.

- Obrigada – ela fala me encarando – faz tempo que não escuto elogios assim, acho que não estou nem mais acostumada com isso. Olha – ela olha para baixo e depois me encara novamente – o que aconteceu aqui, não pode acontecer de novo – ela cobre o seu corpo com o lençol – eu sou casada e meu marido pode te prejudicar muito se ele descobrir ou pensar na sua existência.

- Eu não me importo – eu respondo para ela. – eu quero continuar te vendo.

- Nesse momento ele está ocupado, com uma operação contra uns morros – ela suspira – mas, daqui a pouco tudo isso passa e ele vai começar novamente a ficar de olho em mim, e eu não quero te prejudicar.

- Você não me prejudica – eu falo.

- Você tem três filhos, cria eles sozinho – ela fala – eu não quero ser culpada por nada, é melhor você ir embora e a gente não conversar mais.

- Você mesmo disse que as nossas conversas são muito bom para você – eu falo – porque parar?

- Meu marido é uma pessoa muito forte dentro do trabalho dele, ele não admitiria uma traição – ela fala.

- Você disse que ele está ocupado com umas operações com morros, não é? – ela assente – isso deve tomar muito tempo, essas coisas demoram.

- Eu não sei – ela suspira.

- Podemos ficar até tudo isso acabar – eu falo para ela.

- VocÊ precisa ir embora – ela fala me encarando – ele é maluco, ele pode exterminar tudo e todos a qualquer momento, ele não tem medo de nada. ´Eu não deveria ter chamado você aqui por pura vaidade minha.

- Eu também queria você – eu falo e ela me encara – desejava você desde o primeiro dia que eu te vi, eu fiquei encantado por você ruivinha.

- Você precisa ir embora – ela fala se levantando enrolada no lençol.

- Se é isso que você quer, eu vou – eu falo – não quero te deixar nervosa e nem mesmo te trazer problemas.

Eu me levanto.

- Me desculpa – ela fala e eu encaro ela – por ter te usado, te mandado vir para cá depois de ter discutido com ele, de ter me sentido sozinha. Mas – ela se aproxima – obrigada, por ter me feito me sentir especial depois de cinco anos.

Eu sorrio fraco para ela e dou um beijo nela e ela corresponde o meu beijo, depois eu me afasto.

- Quando você precisar ruivinha – eu falo – pode me chamar, me ligar, gritar, mandar um pombo correio, qualquer coisa que eu vou vir até você – ela sorri,.

Eu saio pela janela e ela não me responde nada, eu desço e vou até o carro e quando olho para janela, ela já estava com as cortinas fechadas. Ph anda com o carro.

- Uau que despedida – ele fala – cena ícone de filme de romance.

- Vai a merda – eu falo para ele.

- Mas conseguimos uma informação, ele está nesse momento armando algo contra nós – Ph fala.

- Precisamos agir rápido – eu falo.

- E o que você pretende fazer? – ele pergunta.

- Sequestrar ela – eu falo

- Levar ele até o morro? – Ph pergunta – isso é loucura.

- Ele não sabe com quem ela vai está – eu falo – até porque ele não sabe do meu envolvimento com ela, imagina... Podemos jogar a isca para qualquer lugar.

- Você quer deixar ele louco e confuso, é isso mesmo? – ele pergunta.

- É esse o plano – eu falo – que nem uma barata tonta procurando a mulher dele por todo canto e enquanto isso – eu sorrio.

- Ela vai está sentando em você – Ph fala.

- Ou querendo me matar né – eu falo olhando para ele – porque estou enganando ela na cara dura.

- Realmente, ela preocupada com você e os seus três filhos – ele fala – dessa vez ela te deu gorjeta? – ele começa a rir.

Capítulo 8

Marcela NARRANDO

Eu arrumo o quarto de hospede onde eu tinha ficado com Miguel para que nenhuma empregada percebesse que tinha tido movimento por aqui, eu volto para o meu quarto e deito na cama, acordo com o sol radiando pelas cortinas transparentes que eu odiava e tampo meu rosto com a coberta.

Logo o despertador de Roberto começa a gritar sem parar e ai vejo que não vou conseguir dormir mesmo e acabo levantando, coloco a minha roupa de ginastica e vou para a mini academia que tinha na casa, depois subo tomo um banho, desço tomo o café e tiro a mesa, depois fico perambulando pela casa, pensando em algo para fazer e tentando achar ultilidade para mim mesmo.

Até que vejo o carro de Roberto estacionando e subo para o quarto esperar ele lá, sei que ele odiava me ver pela casa caminhando sem ter algum rumo ou algo para fazer.

Ele entra e eu estou penteando o meu cabelo.

- O que aconteceu essa madrugada no condomínio? – ele entra perguntando.

- Como assim? – eu pergunto a ele.

- O porteiro me disse que tinha manutenção na eletricidade aqui da casa – ele fala.

- Bom – eu olho para ele – eu não vi nada, estava dormindo. Você falou com a empregada?

- Não seja irônica – ele fala nervoso.

- Não estou sendo irônica, eu realmente dormi e não vi nada – eu me levanto olhando para ele – eu não sei te dizer o que aconteceu.

- Então desça você e fale com a empregada – ele fala se aproximando de mim.

- Calma – eu falo colocando as mãos na frente do meu corpo e tentando parar ele – por favor, eu apenas pedi se você tinha perguntado a elas, porque elas não me falaram nada. Eu não sei o que deu de errado, mas eu não tenho culpa.

- Nada deu errado – ele fala.

- então, porque está tão nervoso? – eu pergunto.

- Porque você me tira a paciência – ele fala novamente colocando a culpa em mim e vejo que não iria acabar nada bem.

Ele passa para o banheiro e eu respiro fundo, faz alguns meses que ele não me batia e toda noite eu agradecia por isso, porque antes ele sempre me agredia todos dias, eu vivia com marcas em meu corpo, hematomas, dores. Agora ele me agride apenas verbalmente, mas a qualquer momento parece que ele vai perder a cabeça e me bater a ponto de me machucar tanto, como ele fazia.

Não deu nem tempo de arrumar aroupa dele, ele desceu para o escritório sem tomar banho, toda vez que ele saia pela porta do quarto, eu respirava aliviada.

Eu me sento novamente na penteadeira e começo a passar os cremes pelo meu rosto e penso na noite anterior, não poderia ser que aquele uber que era um homem muito estranho, não saia da minha cabeça. Mas eu daria tudo para ter sido a esposa dele e mãe dos três filhos, morar em uma casa simples, trabalhar fora e não ter que ser casada com esse homem repugnante.

PERIGONARRANDO

Eu Tinha passado o dia todo tentando encontrar Marcela pelas câmeras, e apenas apareceu ela arrumando o quarto logo depois que eu sai e depois fechou a porta e não voltou mais, tenho certeza agora que esse não era o quarto dela.

- Merda – eu falo – merda!

- Calma – Yuri fala me encarando – você precisa manter a calma, está nervoso de mais.

- Preciso saber o que aquele filho da puta está planejando – eu falo.

- Não parece que está nervoso por causa disso – ele fala rindo.

- Até você agora? Está me caçoando de que nem o Ph – eu falo.

- Está na cara que ficou gamado na ruivinha – ele fala – admite.

- Não estou não – eu falo – depois da onda das mulheres x9 nos morros, eu não quero me envolver com ninguém não.

Ele me encara rindo.

- Vou resolver a carga que está para chegar – ele fala.

- É uma carga alta – eu falo para ele.

- Eu sei – ele fala – valiosa, não podemos deixar que nada saia errado.

- Isso, é milhões envolvido nisso – eu falo – essa carga precisa chegar até o alemão em segurança.

- Isso vai acontecer, Bn já deu aval dos homens dele e já está tudo pronto – ele fala.

- Eu não quero erros Yuri – eu falo.

- Não terá – ele fala – alias, e Saul em ?

- Esse filho da puta – eu falo – não faço idéia de onde ele pode está, se está vivo, se está morto.

- Você acha que a policia pegou ele? – Yuri pergunta – ou ele fugiu?

- Para ser sincero, eu não sei ainda o que pensar – eu falo – ele estava aqui e no outro dia não estava, para mim – eu encaro ele – ele fugiu da vida do crime mesmo e com medo que não libertasse ele, deu no pé. – eu bato na mesa – eu espero que seja né.

- Eu vou terminar de acertar os últimos detalhes – ele fala.

Eu assinto com a cabeça e volto a ver as câmeras que tinha instalado e os microfones, até que vejo movimentação no escritório de Roberto, ele sentado no escritório, e eu ligo o microfone.

- Eu quero tudo arrumado – Roberto fala – todos os homens, temos informações que uma carga vai entrar, feche todas as fronteiras.

Filho da puta.

- Precisamos fechar todas as fronteiras, eu quero fechar tudo envolta deles, precisamos deixar eles encurralados para tudo que é lado, sem saída, com medo – ele falava no telefone – eu vou acabar com cada um deles.

Eu começo a gravar a mensagem, e mando para Ph, Rd e Bn as gravações.

Roberto parece bem nervoso e mandava mensagem de texto para alguém, ele estava planejando uma guerra e pensa que a gente não está pronto para atacar ele também.

- Yuri tá na escuta? – eu pergunto para ele.

- Sim – ele fala.

- Pede para atrasar a carga – eu falo.

- Como? – ele pergunta

- O policial ta na nossa cola – eu falo – vamos trazer a mulher dele para cá.

- Como você quer que eu faça isso? – ele pergunta.

- Eu vou te passar as instruções mais tarde – eu falo

- Beleza – ele fala.

Eu desligo o telefone e bolo um baseado.

Roberto, filho da puta! Eu queria ver o que ele iria achar quando souber que a sua mulherzinha foi sequestrada.

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