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Capítulo 7

Capítulo 7

Max sentiu uma necessidade quase incontrolável de se levantar e ir até Natasha, mas no mesmo instante, o celular de Caterina vibrou em cima da mesa. Ela pegou o aparelho, leu a mensagem rapidamente, e sem perder tempo, se levantou.

— Preciso ir, querido — disse, guardando o celular na bolsa.

— Tem certeza? — Max perguntou, forçando-se a manter a calma.

— Sim — ela respondeu com um sorriso leve. — Mas você pode ficar, não precisa me acompanhar.

Max hesitou por um momento, mas sabia que não poderia deixá-la ir sozinha.

— Eu te acompanho — insistiu, tentando parecer mais cavalheiro do que estava se sentindo naquele momento.

— Não precisa. — Caterina o olhou com um misto de carinho e impaciência.

— Mas eu insisto, vamos.

Ela suspirou, sabendo que Max estava decidido.

— Está bem, obrigada.

Max se levantou, colocando a mão nas costas dela enquanto a guiava para fora do restaurante. Porém, antes de sair, ele não resistiu em lançar um último olhar para Natasha, que estava agora de pé no bar, esperando seu drink.

O vestido preto que ela usava moldava perfeitamente suas curvas, acentuando sua beleza de uma maneira quase hipnótica. Max sentiu seu coração acelerar, enquanto seus olhos a devoravam, capturando cada detalhe como se ele quisesse guardá-los para sempre em sua memória.

Natasha estava distraída, conversando com o barman, mas, por um breve segundo, seus olhos encontraram os de Max. Ela percebeu a intensidade de seu olhar, um misto de desejo e algo mais que ela não conseguiu decifrar. Seu coração deu um salto no peito, e por um instante, ela se sentiu vulnerável, como se tivesse sido despida apenas pelo jeito como ele a observava.

Max sabia que tinha que ir, mas algo dentro dele rugia em protesto, desejando ficar.

— Vamos? — A voz de Caterina trouxe Max de volta à realidade.

— Claro — ele respondeu, mas mesmo ao sair do restaurante com Caterina, ele sabia que a imagem de Natasha ficaria gravada em sua mente pelo resto da noite.

Ao se afastar, ele não pôde evitar pensar no que teria acontecido se tivesse seguido seus instintos e se aproximado dela.

Natasha ajeitou o vestido preto que havia escolhido com tanto cuidado.

Quando seus olhos se ergueram, lá estava ele. O homem que a fazia perder o fôlego sem sequer saber o nome. Ele a olhava com uma intensidade que fez todo o seu corpo vibrar. Ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha, enquanto seus olhos se encontravam, e, por um segundo, foi como se o mundo ao redor deles tivesse desaparecido.

Ela percebeu o quanto estava sendo afetada por aquele olhar. Cada vez que seus olhos encontravam os dele, ela se sentia mais atraída, mais envolvida.

Max a devorou com os olhos, e ela sentiu seu corpo responder, como se cada fibra sua estivesse sintonizada com aquela energia que ele emanava.

Quando ele saiu, Natasha soltou o ar que nem percebeu que estava prendendo. Sentiu um vazio estranho, como se algo tivesse sido arrancado dela. Ficou parada, olhando para a porta por onde ele tinha acabado de passar, uma parte de si desejando que ele voltasse, que dissesse algo, qualquer coisa.

Max estava parado na porta do restaurante, com as mãos nos bolsos e os olhos perdidos. Caterina estava ao seu lado, mexendo no celular com um olhar preocupado. Ele não conseguia evitar a frustração que começava a crescer dentro de si; toda aquela noite tinha sido um teste de autocontrole, e ele estava prestes a falhar.

— Por que tanta pressa para sair? — Max perguntou, tentando manter a voz despreocupada. — Nem sequer terminamos o jantar.

Caterina suspirou e guardou o celular na bolsa antes de responder:

— Sinto muito, querido. Gostaria de poder ficar, mas minha esposa disse que não está se sentindo bem. Por mais que eu preze nossa amizade, tenho que ir. Fiquei preocupada.

— Claro — Max respondeu, tentando soar compreensivo, mesmo que sua mente estivesse em outro lugar. — Sairemos outras vezes para comer sushi.

Ele sorriu, tentando dissipar o desejo crescente que sentia. A ideia de passar mais tempo com Caterina era agradável, mas agora havia algo, ou melhor, alguém, que o consumia completamente.

— Já que a minha gata não gosta — continuou ela, referindo-se à esposa —, uso esses momentos para ficar um pouco a sós com você. Embora hoje não estivéssemos exatamente sozinhos... Se fosse você, transava logo com aquela gata ruiva — comentou Caterina, em um tom provocante.

Max deu uma risada, mas o comentário dela acendeu uma chama dentro dele que mal conseguia controlar. Seu corpo reagiu instantaneamente, o desejo por Natasha se intensificou, e ele se sentiu quente, como se estivesse em chamas.

O simples pensamento de ter tamanha intimidade com Natasha o deixava em um estado de excitação que não conseguia esconder, por mais que tentasse.

Enquanto a limusine chegava, Max lutava para manter a compostura. Ele se sentou no carro ao lado de Caterina, conversando casualmente sobre assuntos triviais, mas sua mente estava longe dali. A cada segundo, ele se perguntava o que teria acontecido se tivesse seguido seus impulsos, se tivesse se aproximado de Natasha.

Caterina, sempre perceptiva, notou algo em seu amigo de infância. Quando o carro parou em frente à casa dela, ela abriu a porta e, antes de sair, fez uma piada maliciosa:

— Uau, é enorme! Você vai acabar com ela garotão.

Max engoliu em seco, surpreso com a observação dela. Ele tentou disfarçar, mas o calor em seu corpo não diminuía, e o comentário de Caterina só fez sua mente vagar ainda mais em pensamentos proibidos.

A amiga sorriu, agradeceu pelo carinho e pela companhia, e desapareceu dentro de sua casa.

Max, agora sozinho no carro, fechou os olhos e respirou fundo, tentando acalmar o desejo que pulsava em suas veias. Ele sabia que estava jogando com fogo, mas, por mais que tentasse, não conseguia apagar a imagem de Natasha de sua mente.

— Para casa, por favor — disse ao motorista, a voz rouca e carregada de desejo contido.

Enquanto a limusine deslizava pelas ruas da cidade, Max sabia que a noite seria longa e solitária, com seus pensamentos atormentados pela visão da ruiva estonteante que, de alguma forma, já havia se tornado uma obsessão incontrolável.

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