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07- Não quero perder minha vida passifica

Aurora começou sua nova vida, ali naquela casinha ela se sentiu feliz, ela encontrou uma pequena horta que ficava perto da casa, se dedicou a cuidar da horta que se tornou sua fonte de alimento desde aquele dia que a deixaram naquele lugar, as servas não tinham voltado.

Durante a primavera, Aurora se dedicava a cuidar do pomar, assim no verão e no outono colhia seus frutos e se preparava para o inverno.

Quando o frio ficou chato, Aurora parou de sair de casa, aquele foi a primeiro vez que Aurora não odiou o inverno, naquele ano ela tinha comida quente e fogo para esquentar, queria que todos os invernos dela fosse assim.

Mais um ano se passou desde que Aurora havia se casado com o Rei, quando chegou a primavera Aurora fez dezessete anos, ela havia deixado de ser aquela garotinha magricela que sempre foi e finalmente parecia uma garota de 17 anos, ela tinha um crescimento mais lento, já que nunca teve dieta adequada, mas há dois anos começou a comer bem e seu corpo se desenvolveu.

Aurora estava sentada na entrada da sua casinha, de lá dava pra ver o castelo, ela estava feliz por a terem mandado para essa casa e não uma daquelas torres que subiam ao céu, ela estava profundamente grata, pois embora estivessem se esquecido dela, ela não se sentia assim, pelo contrário, sentia pela primeira vez na vida estava vivendo e não sobrevivendo como vinha

fazendo toda a vida.

Ela olhou para o céu, estava claro e sem nuvens, o sol brilhando tão lindamente que Aurora desejou poder ver aquela bela visão todos os dias .

As estações passaram, num piscar de olhos, dois anos se passaram. Aurora ainda morava confortavelmente naquela casinha curtindo seus dias de primavera, ela decidiu ir até a floresta perto de sua casa colher cogumelos.

Enquanto caminhava pela floresta viu um homem no chão, ela se escondeu atrás de uma árvore, olhou para o corpo caído no chão e se sua visão não lhe falhava, aquele homem tinha sangue nas roupas.

Aurora olhou em volta perguntando se havia mais pessoas que podiam ajudar aquele homem, mas não

havia ninguém além dela.

Aurora se aproximou com muito cuidado, aquele homem era seu marido Alessandro, ela se perguntou por que ele estava ferido, e o que estava fazendo em uma parte tão longe do palácio.

– Será que o mataram?

Aurora colocou a cabeça no peito do marido para ter certeza de que seu coração estava batendo.

Verificando se ele ainda estava vivo, ela o sacudiu, e deu um tapinha no peito dele e vendo que ele não respondeu, ela o acertou com mais força no rosto, mas ele nem se mexeu, estava nocauteado.

– Uau, e agora o que eu faço?

Ela se perguntou observando, ele ainda estava sangrando se ela o deixasse ali o mais certo é que ele morreria e que sua vida pacífica terminaria, sem outra opção Aurora o arrastou pelos pés até conseguir levá-lo para sua casa já que era a mais próxima e ela duvidava que pudesse arrasta-lo ainda mais.

Quando chegou em casa Aurora tirou as roupas por que estavam cheia de lama e terra, ela não queria que sujasse a cama, então ela curou a ferida na barriga da melhor forma que pode, não parecia tão profunda como parecia a princípio.

Olhando de perto, percebeu que tinha levado uma pancada na cabeça, talvez tenha sido isso que o nocauteou.

Aurora o cobriu com um lençol depois de verificar se ele não tinha mais ferimentos, ela olhou para o marido por um momento, ele tinha um bom corpo e um rosto muito bonito, porém ele não era um bom homem ou pelo menos não com ela. Ela fez chá e esperou até que ele acordasse.

Alessandro acordou com uma forte dor de cabeça, tinha ido passear na floresta quando alguém o surpreendeu, fizeram um corte profundo em sua barriga e lhe bateram com força na cabeça sem lhe dar oportunidade de se defender.

Ele olhou em volta, se perguntando onde estava. Seu olhar parou em uma bela jovem que dormia encostada em sua cama.

Alessandro a reconheceu pelos cabelos, era sua esposa que ele havia esquecido.

Ele perguntou-se o que ela estava fazendo ali, ele ia acordá-la quando ela abriu os olhos, estendeu os braços quando viu que ele estava acordado ela perguntou:

– Está bem?

– Onde estamos?O que você está

fazendo aqui?

– Eu reconheci Sua Majestade quando eu estava andando na floresta e o trouxe comigo.

– Não acredito em você, foi você quem me atacou?

Você é como seu pai vil e desprezível.

“Aqui vamos nós, novamente com

o mesmo.” Aurora pensou e se levantou, suas pernas tinham adormecido, Alessandro teve febre durante a noite, ela teve que abaixa-la com o

pano úmido, mas acabou dormindo enquanto fazia isso.

– Se Sua Majestade já estiver bem, pode ir.

– Onde estamos?

– No palácio, onde mais poderia estar?

Aquela casa era simples, Alessandro então perguntou:

– Qual parte exatamente?

– No lugar que Sua Majestade me deu para morar, há três anos atrás, suponho que Sua Majestade tenha

esquecido.

– Do que você está falando?

– Não importa, se você conseguir se levantar, você pode ir.

Quando Aurira começou a se afastar

Alessandro se levantou, nesse momento ele percebeu que estava completamente nú e perguntou a ela.

– O que você fez com minhas roupas?

– É verdade, eu às lavei porque estava sujas, vou trazer agora mesmo.

– O quê?

Alessandro não sabia se era por causa do golpe que havia recebido na cabeça ou se a princesa estava louca, a ideia de uma princesa lavando roupa era algo impensável.

Aurora voltou logo depois com as roupas de Alessandro, as manchas de sangue ainda permaneciam lá, ele disse a ela:

d

– Chame as servas para me trazerem roupas limpas, eu não vou usar isso.

– Mas estão limpas, foram apenas manchas de sangue que não saíram.

– Pare de falar bobagens e chame logo as servas.

– Não posso.

– Por que não?

– Não há servas aqui.

– O quê?

Aurora, vendo a expressão de surpresa do marido soube que ele não sabia que as servas não haviam voltado para servi-lá e se perguntou se havia algum castigo para elas.

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