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02- Marca do casamento

Saindo da cidade, os guardas usaram um pergaminho de teletransporte para chegar ao reino de Cosset.

Essa foi a primeira vez que Aurora usou pergaminho de teletransporte, ela se sentiu tonta, era como se todo seu corpo tivesse sido destruído e recolocado.

Quando os guardas abriram a porta da carruagem dizendo que eles já haviam chegado, eles encontraram a jovem princesa ofegante de dor, eles não perguntaram se ela já havia viajado usando teletransporte, mas eles assumiram que ela já tinha feito, já que era uma princesa.

A primeira viagem com os pergaminhos de teletransporte pode ser muito cansativa, mais nunca

ouviram falar que era doloroso, pensaram que a princesa estava fingindo e a ignoraram .

– Por favor desça princesa, não deixe sua majestade, o Rei esperando.

Eles a forçaram a sair da carruagem, embora Aurora mal pudesse ficar de pé, cansada e dolorida, ela quase rastejou .

Eles a levaram para um enorme templo, Aurora andava sem parar, cada passo era doloroso e cansativo, quando entraram no templo ela viu que estava

lindamente decorado com flores, o lugar estava cheio de gente e ao fundo tinha uma estátua enorme da deusa Juno, a deusa do casamento, os guardas lhe disseram para andar em frente.

No altar do lado da estátua havia um homem,

Aurora estava com a visão turva e até que ela estivesse perto o suficiente não conseguia distinguir as feições do homem.

Ele era alto, com ombros largos e músculos tensos, tinham cabelos castanhos e lindos olhos verdes,

quanto mais se aproximava maior aquele homem lhe parecia.

Ele tinha um olhar de desgosto em seu rosto, que não se preocupou em esconder.

Ele parecia ser um noivo. Pensou Aurora, isso significa que esse era seu casamento.

Ela caminhou até estar em frente ao Rei de Cosset . Alessandro Veriatte.

Aurora não se curvou, ela também não falou palavras doces, ela apenas disse:

– Olá!

Suas palavras eram afiadas, não mostravam nenhum sentimento, nenhuma dor, nenhuma raiva, nenhum medo, também não havia ódio, suas palavras soavam vazias.

O Rei franziu a testa em aborrecimento por ela ter sido tão insolente, e tê-lo desprezo assim na frente de todos como se dissesse:

“Eu não vou me curvar a você, você não merece meu

respeito”.

O que o Rei não sabia era que Aurora não tinha ideia de qual etiqueta deveria usar na presença de alguém em um alto cargo, pois ela nunca havia recebido tal

educação.

O Rei estendeu a mão, aborrecido por ter que tocar a filha de seu inimigo jurado, Alessandro queria acabar com essa situação o mais rápido possível, então interrompeu o cerimonialista e disse diretamente:

– Diante da deusa Juno eu uno minha vida a você, a partir de hoje seremos marido e mulher.

Aurora não disse nada, simplesmente ficou calada sem saber o que fazer, nem o que dizer.

O Rei lhe deu uma taça de vinho e lhe disse:

– Beba.

Ela fez o que lhe foi dito, o Rei fez o mesmo, depois colocou as taças sobre uma mesa e com um punhal

que estava sobre a mesa fez um pequeno corte na mão derramando sangue em um pergaminho e disse

a Aurora para fazer o mesmo, quando o sangue dos dois foi misturado o pergaminho brilhou e uma marca apareceu na mão esquerda de Aurora e na mão esquerda de Alessandro.

Era uma marca que os unia como casal, a marca não podia ser aparada e a única forma de fazer desaparecer seria no momento em que um dos dois morresse,

libertando um do outro do compromisso

e do seu juramento perante a deusa Juno.

Aurora olhou para a marca em sua mão, era como uma tatuagem de uma cor dourada brilhante como ouro, que se destacava em sua pele branca.

Alessandro disse a ela:

– Agora você é minha esposa, eu espero que você se comporte como tal.

O Rei não a beijou, nem pegou sua mão, ele deveria fazer essas duas coisas, mas ele decidiu pular, ela

sabia o que isso significava. Mesmo sendo sua esposa ela não seria tratada como tal.

– Estarei sob seus cuidados partir de agora.

Irritado, Alessandro caminhou em direção a saída, Aurora o seguiu em silêncio enquanto todos os olhos

cheio de ódio estavam concentrado

nela.

Alessandro subiu na carruagem que os esperava na entrada, Aurora parou na frente da carruagem. Ele disse com uma voz cheia de raiva de dentro.

– Você não vai entrar?

Aurora entrou na carruagem, e o cocheiro partiu imediatamente. Alessandro fechou os olhos só de

vê-la ficou furioso, queria pegar seu pescoço delicado em suas mãos e quebra-lo.

O reino de Cosset sofreu muito por causa do

Rei de Laios, depois de anos de guerra, um dia o Rei Venobich enviou um mensageiro pedindo uma aliança de paz através do vínculo do casamento. Seu reino sofreu muito com a guerra, no final ele não teve escolha a não ser aceitar o casamento.

Quando chegaram no palácio, Alessandro desceu primeiro da carruagem e disse a dois criados

para conduzir a princesa ao seu quarto. Não havia banquetes, nem bailes para o casamento, isso era algo que, em vez de deixá-la triste ou com raiva, fazia Aurora se sentir aliviada, pois poderia ir direto

para descansar, algo que ela desejava profundamente, pois ainda se sentia mal pela viajem.

Uma serva a guiou pelos corredores daquele magnífico

castelo e a levou para um quarto.

– Esse será seu quarto, por favor, não saia sozinha, se precisar de alguma coisa puxe a corda ao lado da sua cama e eu venho.

Aurora olhou para o quarto requintado que lhe deram, parece que ela também ficaria presa aqui, embora estivesse feliz por sua prisão ser mais bonita que a anterior. Antes que a serva saísse, Aurora pediu para elas trazerem algo leve para ela comer e uma cesta de frutas.

A serva assentiu e saiu.

Aurora verificou o quarto, era um quarto digno de uma princesa, ela tirou o véu e os enfeites de cabelo, os enfeites eram tão pesados que lhe causaram dor de cabeça, ela tentou tirar o vestido mais não

conseguiu fazer isso sozinha então ela teria que esperar a serva voltar e pedir sua ajuda.

Sem mais nada para fazer, Aurora tirou os sapatos desconfortáveis e se jogou na cama, era tão macio e

fofo que Aurora pensou que estava dormindo em uma nuvem. Ela não se lembrava de ter uma cama macia em toda a sua vida, olhou para o teto do quarto e

pensou.

“Acho que vou ter uma boa vida aqui”.

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