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Capítulo 8

- Sim, eu, Calvin e Rose. -

Oh, merda. Eu podia sentir isso. Ele bufou, era tudo o que precisávamos. Enquanto isso, Daniel havia ficado escuro novamente e a pergunta veio espontaneamente de Rosmery, que mais uma vez assumiu o papel de sua amiga. - Está tudo bem? - perguntou ela, sabendo que era óbvio que esse não era o caso.

Ela balançou a cabeça. - Sim, quero dizer, é só.... Vamos conversar sobre isso em outra ocasião, Rosmery, está bem? -

- Sim, claro. - afirmou ela, embora um pouco atordoada, enquanto se afastava até o bar e pedia outra cerveja. Não, não estava indo bem.

Mas, um problema de cada vez, ela tinha que voltar para a mesa com Alex.

E foi justamente quando ela estava voltando para lá que seu olhar encontrou o dele, permanecendo como se seus olhos estivessem grudados em sua figura.

Calvin não parecia ter sentido o mesmo magnetismo de Rosmery, mas, em vez disso, parecia estar envolvido em uma discussão bastante acalorada com uma loira que ele nunca tinha visto antes. Ela era alta, assim como Rosmery, com cabelos dourados, como trigo maduro, amarrados em um rabo de cavalo que acariciava suas costas, balançando a cada movimento. Ela era linda, muito linda, e era absolutamente normal que ele se sentisse atraído por garotas assim; na verdade, ele parecia ter um fraco por todas as mulheres. Ele colocava a mão na base das costas dela e falava muito perto de seu rosto, talvez em parte porque a música estava muito alta ou talvez porque ele estivesse apenas tentando.

De repente, Rosmery sentiu seus olhos arderem. Ela devia ser muito estúpida, mas Calvin tinha sido muito claro ao dizer que ela não significava nada para ele, então por que ela estava segurando as lágrimas?

Então, de repente, Calvin olhou para cima como se não houvesse mais ninguém além dela.

Rosmery, envergonhada por ter sido pega olhando para ele, fez o que seus instintos lhe diziam para fazer e, com um movimento milimétrico do queixo, enviou-lhe uma saudação silenciosa.

E Calvin, surpreendentemente, apesar de todas as suas expectativas, a ignorou.

Ele não apenas continuou falando com a garota, mas a abraçou ainda mais perto de si.

Rosmery sentiu seu sangue ferver nas veias e, com o desejo incontrolável de correr até lá para bater nele, girou nos calcanhares e voltou para a mesa onde Alex parecia estar ocupado em uma chamada de trabalho.

Suas mãos tremiam quando ele levantou o copo para tomar um gole de sua bebida e tentar se recompor. Não, ela não ia chorar por causa daquele idiota novamente.

- É claro que vou checar os extratos bancários também. - ela ouviu Alex dizer, que lhe lançou um olhar que significava um pedido de desculpas sem convicção. Rosmery tentou sorrir, mas tinha certeza de que estava fazendo uma careta, a julgar pelo modo como o rapaz parou com o olhar nela. Afinal de contas, ele a conhecia muito bem para ser enganado por um sorriso vago.

- Às vezes, os homens podem ser realmente idiotas. - disse Alex, sem nem perceber que havia terminado sua ligação telefônica. - Ele é do tipo que parece estar precisando de uma boa noite de sono, não é? - ele deve ter apontado para Calvin com o queixo, mas Rosmery nem se virou para olhar, ela não precisava. Ele assentiu e, sem responder, tomou outro grande gole de sua bebida, que era reconfortante.

- Não, ainda não chegamos lá. - declarou Alex, tirando o copo de debaixo de seu nariz com habilidade. - Você precisa de tequila para esse tipo de coisa. Espere aqui. - Ele se levantou e correu até o balcão, tomou doses, uma garrafa inteira de tequila, sal e limão, e depois voltou para a mesa. - É assim que pensamos. - ele se serviu.

- Eu não bebo essas coisas. - Rosmery balançou a cabeça, já um pouco bêbada só de olhar para aquele líquido transparente. - Ele corrói o fígado. -

- Corrói o fígado se você não beber. - Alex a corrigiu, enchendo os copos para os dois. - Agora me dê sua mão. -

Bem, o que ela tinha a perder? Ela não estava exatamente convencida, mas se havia uma coisa em que Alex era um verdadeiro especialista era em saber como se divertir, então ela o tranquilizou estendendo a mão. Ele piscou para ela com um sorriso malicioso. - Que bom. - Ele lhe entregou uma fatia de limão e cuidadosamente espalhou um pouco de sal nas costas da mão dela.

- Agora, por minha conta, lamba o sal, beba a tequila e dê uma boa mordida no limão, garanto que vai me agradecer por isso. -

Rosmery o imitou, lambeu as costas da mão dele e esvaziou o copo de um só gole. Era puro fogo, mas talvez em companhia eles descessem com menos problemas. Ela mordeu a fatia de limão, agradecida pela acidez do limão que combinava estranhamente bem.

- Não acredito que você realmente fez isso. - Depois de inúmeros goles de tequila, Rosmery nem se deu conta de quantas oitavas havia elevado a voz, só conseguia pensar em como era engraçada a história embaraçosa de Alex, da qual a tequila parecia ter removido até mesmo os poucos filtros que ela normalmente tinha entre a língua e o cérebro.

- Eu juro! Quando eu entrei, eu estava de calça, mas quando eles saíram, eu não estava, mas não sei por quê. - continuou ele, completamente bêbado.

- Talvez você as tenha tirado com alguém. - respondeu Rosmery, maliciosamente.

- Eu não me lembro! - insistiu Alex, sem conseguir parar de rir. - Mas com isso eu quis dizer que nem sempre se pode ter tudo sob controle. - Ele não disse nada sensato, mas Rosmery achou isso decididamente sensato e hilário ao mesmo tempo.

- Eu quero dançar. - ele grunhiu, balançando a cabeça, e se levantou daquele banco estranhamente alto, - o que você está fazendo vindo aqui? - Eles não precisaram ser informados duas vezes e saíram cambaleando para a pista de dança.

Ele só queria ter uma mente clara, livre e leve. E agora eu estava definitivamente perto.

- Oh, Deus, eu adoro essa música! - gritou Rosmery, que acenou com a cabeça e começou a pular para cima e para baixo, sim, ele estava completamente bêbado. Ele não queria pensar, apenas se divertir. Eles dançaram até ficarem cansados e decidiram voltar para a mesa.

- Vou pegar algo para beber, não saia daqui, ok? - Rosmery murmurou, puxando-o pelo braço antes que ele tentasse beber de um copo aleatório na mesa atrás dele.

- Ele recebeu. Eu quero um uísque duplo suave. -

Ela assentiu e, sem pensar muito, dirigiu-se ao bar. Estava realmente muito cheio ou era ela que estava começando a sentir calor?

Ela procurou por Calvin novamente, quem sabe se ele ainda estava lá. E surpresa das surpresas? Ele estava lá, estava empoleirado com aquela garota de pernas exageradamente longas conversando, sempre tão perto.

Ele não podia continuar ignorando-a assim, queria que ela olhasse para ela e parasse de ficar tão perto daquela garota. Rosmery estava fervendo de raiva e queria dizer na cara dele que ele era um canalha.

Porra, é claro que ela teria dito a ele, era uma ótima ideia!

Sem pensar duas vezes, ela endireitou os ombros o melhor que pôde e caminhou em direção a eles e, com relutância, empurrou-os para o meio, forçando-os a se afastar.

- Mas que... - grunhiu a loira, irritada.

- Oh, desculpe, eu não vi você. - ela sorriu falsamente. - Você está aí! - ele acenou com um bilhete para o garçom - Uma dose de tequila e um uísque duplo puro, por favor. -

Calvin tirou o bilhete de seus dedos com um estalo fluido e irritado. Eu não havia notado antes, mas seus olhos eram puro fogo. - Você não acha que deveria dar um tempo? Você está exagerando. - disse ele simplesmente, murmurando.

É bem feito para você, idiota. - E você não acha que é um grande chato? - respondeu ela, vasculhando a bolsa em busca de mais dinheiro.

- Calvin, isso não é da sua conta. - disse a loira com um tom entre divertido e irritado.

- Exatamente, Calvin, não é da sua conta, siga o conselho de seu amigo. - ela sibilou, lançando-lhe um de seus olhares mais penetrantes. E, sem pensar duas vezes, ela se aproximou dele para tentar tirar-lhe o dinheiro, sem sucesso. De repente, o corpo do vampiro se retesou, como se ele não esperasse senti-la tão perto; o modo como ele a olhava como se não houvesse mais ninguém ali com eles era inconfundível.

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