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Meu melhor cliente

Três dias se passaram desde a morte de meu pai. Eu ainda acordo pensando que isso é um pesadelo. Eu gostaria que fosse verdade e que quando eu acordar tivesse uma mensagem ou uma ligação dele.

-Pai que saudades de você.

Me levanto. Eu vou ao banheiro. Eu escovo. Eu posso ver minhas olheiras, elas são grandes e escuras. Não dormir bem e chorar tanto não são recomendados para te manter bonita.

Arrumo meu cabelo, pego minha maleta de maquiagem, tento cobrir o máximo que posso minhas olheiras. Estou procurando meu melhor vestido. Coloquei o único perfume que já usei. 212 de Carolina Herrera. É especial para mim, você conhece esse pai.

Mesmo que eu me sinta triste, ainda assim, devo ir à empresa. Bem, diz no contrato de todos os meus funcionários, que há três dias de luto por parente de primeira ordem. Se eu quero que eles cumpram, devo ser o exemplo.

Eu desço no elevador. Herminia me recebe com uma xícara de chá verde. Ela sabe que não tomo café há dez anos aqui. Eu tomo devagar. Acho que ontem não a tratei como deveria. Resolvo pedir desculpas:

Me desculpe pelas coisas que te disse ontem.

"Não se preocupe minha senhora. Eu sei o que você está passando. Também perdi meu pai.

–Avisa ao Tarcisio que estou pronto. Prepare o Mercedes Benz.

Termino de beber meu chá. Eu deixo sobre a mesa. A outra empregada está preparando o café da manhã.

–Camelia eu preciso que você suba no meu quarto e limpe bem. Mude o jogo de lençóis, mude até as cortinas.

-Senhora, ontem de manhã troquei o conjunto de lingerie.

Acho que você não me ouviu direito. Eu disse que quero que você mude absolutamente tudo.

"Sim senhora, eu vou."

Ando até a entrada Tarcisio está me esperando como sempre. Ele é como um segundo pai para mim, embora não seja tão velho. Ele deve estar na casa dos sessenta.

Entro no carro, ele fecha a porta. Dirija até a empresa. Estacione o carro. Baixo com toda a elegância que me caracteriza. Ninguém pode ver que sou fraco.

"Bom dia a todos", digo enquanto continuo no meu escritório.

Marina caminha atrás de mim, sinto seus passos.

Eu abro a porta. Entro e fecho a porta. Eu respiro fundo enquanto as lágrimas brotam dos meus olhos. Ele pegou um lenço da minha bolsa. Eu me limpo. A porta toca.

- Vá Marina.

-Bom Dia senhora. Aqui trago a lista de convidados que já confirmaram. O estilista a espera às duas da tarde para ajustar o vestido que usará esta noite. O encontro no Ateliê de Beleza está marcado para as quatro da tarde.

"Bom trabalho Marina. Depois eu falo com a Gianella para ela se encarregar de te dar um aumento. Você pode retirar.

–Obrigada, chefe, sempre para atendê-lo e apoiá-lo no que puder – ela responde animada.

"Sim, sim, por favor, vá embora. Ah, o Marcos não chegou?

Ele deve estar em seu escritório. Devo chamá-lo?

-Não, não é necessário. Pode ir.

As horas passam rápido. Eu folheio meu discurso novamente. Não posso concentrar-me. Essa é a verdade. Pai, você deveria estar comigo hoje, comemorando mais um dos meus triunfos. O quanto eu preciso do seu abraço.

Pego meu celular, olho nos meus contatos. Disco o número de Fábio. Toca algumas vezes, não atende:

-Ajude o inferno.

Nesse momento ouço sua voz, sempre masculina e sensual.

-Oi, como vai?

-Excelente, ansioso pela celebração desta noite, em homenagem à nossa aliança.

Podemos nos encontrar antes? Posso te buscar e vamos almoçar?

-Perfeito. Te espero então.

Termino a ligação, deixo meu celular na mesa. Pego o telefone da empresa e ligo o viva-voz:

–Marina, diga ao Tarcisio que ele pode ir almoçar. Eu vou sair ao meio-dia. Não voltarei ao escritório. Peço que feche quando terminarem de limpá-lo.

Pego minha bolsa, retoco minha maquiagem. Eu faço meu cabelo. Eu saio para a entrada. Fabio já está lá fora em seu esportivo Aston Marti.

Ele sai para abrir a porta para mim, eu entro no carro dele.

-Beleza, sempre linda Diana.

-Obrigado querido.

-Onde você quer almoçar?

-Eu não sei, me surpreenda!

"Eu farei o meu melhor" ele responde enquanto pega minha mão e a beija galantemente.

Chegamos ao restaurante asiático. A jovem se aproxima:

–Seja bem-vindo, sou Camila, vou acompanhá-lo esta tarde.

Obrigado Camila. Você poderia nos trazer o cardápio e uns dois Gintoni? – ele disse.

Se algo não posso negar, é o bom gosto do Fábio. Ele é um homem do mundo. Um daqueles que você gostaria de ter encontrado quando era jovem e começou uma vida juntos.

- O que você está achando precioso?

"Nada em particular querida, nada em particular.

A garçonete se aproxima com os dois Gintoni.

Ele pega um copo e me entrega. Pegue o seu. A garçonete coloca os cardápios na mesa e sai.

Ele levanta o copo.

"À sua saúde, querida!", diz ele com entusiasmo.

"Para o nosso negócio", eu respondo.

Ele revisa o cardápio, peço que escolha para mim para ver se consegue me surpreender.

Chame a garçonete.

“Dois pratos de Som Tam, por favor.

Ela olhou para ele intrigada com sua escolha. Bem, eu nunca tinha ouvido falar desse prato asiático antes. A verdade é que apesar das viagens que fiz nos últimos dez anos pelo mundo, ainda prefiro a comida italiana. Mas também tive que aprender a saborear as diferentes culturas culinárias de alguns países. Isso me permite criar uma memória gastronômica desses lugares exóticos que visitei.

A menina se aproxima com a bandeja. É um prato muito colorido e de aroma requintado. Pego minha capa para experimentar os sabores daquela comida exótica.

–Mmmmm, é requintado, mistura o doce, com um toque de ácido e aquele sabor apimentado que me fascina. Você estava certo, querido Fábio.

-Fico feliz que você goste. É um prato de origem tailandesa, vem com grãos, mas não quis pedir, porque a gente precisa de energia mas ao mesmo tempo se sente leve”, diz com certa malícia.

Eu sei o que você quer dizer. Ele gosta de me agradar e eu também o faço voar.

Terminamos o almoço. Eu verifico o tempo. Ainda tenho uma hora para ir ao cabeleireiro. Entramos no carro dele. Em poucos minutos já estamos em frente ao hotel.

Ao entrar é recebido com muita distinção. Peça o Doce Presidencial. Subimos no elevador. Chegamos ao andar 27. Entramos na luxuosa sala. Ele me olha sorrindo. Sento-me na cama, tiro os saltos. Ele abaixa o zíper e me ajuda a tirá-lo.

Eu me deito na cama. Eu o vejo se despir. É um homem de corpo atlético e bem definido. Ele fica na minha frente, sobe como uma articulação perversa. Ele começa a beijar meus joelhos e sobe até minhas coxas. Ele abre minhas pernas e entra entre elas. Eu sinto seus lábios e língua vasculhando minhas dobras. Estremeço ao sentir isso. Excita-me o quão bem ele sabe como fazê-lo. Ele tira um par de algemas de sua pasta, coloca-as em cada mão e coloca-as na parte de trás da cama.

Gosto de me sentir dominado às vezes, nem sempre. Pois o controle sempre será meu.

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