Prólogo
Estamos nus, nos abraçando, ofegando, gemendo. É como se dentro de mim eu sei que nunca terei a experiência extracorpórea como sinto quando estou com esse homem. Ele é quente e eu quero hoje me esquecer quem sou. Quero que Tom me conduza ao prazer. Nunca me permiti isso, mas nunca encontrei alguém que soubesse me deixar insanamente quente como ele. A atração que sinto por Tom é fenomenal e eu estou totalmente entregue as sensações que ele me provoca.
Tom mordisca meus ombros, corre sua boca pelo meu corpo. Então ele para de me beijar. Paira sobre mim. Suas mãos alisam meus cabelos. Seus olhos procuram os meus. Vejo uma espécie de emoção em seus olhos.
—Rebeca...
Ele me beija com carinho. Seus olhos me olham com carinho.
Isso me dá raiva. Essa realidade é difícil para mim, em outras condições eu teria me amado. Mas eu não quero nada dele. Só o prazer do momento. Meu corpo está reagindo como um animal, todo instinto. Eu não quero pensar, eu não quero sentir nada por esse homem.
Ele olha para mim novamente. Vejo emoção em seus olhos.
—Rebeca... —Ele diz rouco, delirante.
Irritada, eu levantei a minha mão e dei um tapa forte em seu rosto.
Tão duro que doeu em mim. O som foi tão alto, que eu me assustei. Foi uma espécie de recado.
E então, puro terror quando ele me olha sem entender, seus olhos vão ficando duros.
Oh, merda.
O que eu fiz?!
Seu rosto é uma mistura de desejo e raiva, mas tirei aquela emoção de seus olhos.
Eu empino meu nariz. Ele que pense o que quiser. Sem aviso, de repente ele envolve suas mãos nos meus pulsos e os eleva acima da minha cabeça. Sua boca bate duramente contra a minha e ele me dá um beijo de tirar o ar. Eu congelo quando espero que ele me beije duro, mas ele me beija suave, seus lábios são leves e macios.
Ele se afasta.
—Vou te amansar bebê. Está com raiva de seu corpo ter me escolhido? —Ele diz me beijando suavemente. Então ele me olha. — O que esperou? Não queria ler em meus olhos a emoção que sinto quando faço sexo com você? Achou que eu não teria condição de sentir isso por alguém que tão pouco conheço?
Eu fico muda, uma bola na minha garganta se forma. Ele então desce seu rosto, sua barba roça meu rosto enquanto ele me beija inteirinha. E me olha novamente.
Eu tento sair de suas mãos. Não quero mais nada com ele. Quero que ele saia do meu quarto. Eu não pedi isso.
—Shiii. Não resista.
Tom solta meus pulsos e me tortura com seus beijos, com seu carinho, suas mãos e eu novamente não sou mais eu.
Rendo-me aos seus carinhos.
As suas carícias.
Aos seus beijos...
Rendo-me a emoção que ele me provoca.
Ele então sai de mim e tira uma camisinha da carteira. Eu estremeço com a sua visão. Poderosa se preparando para me preencher. Com os dentes ele remove a embalagem e se prepara e caminha no quarto dizendo:
—Nunca transei com uma virgem. Nunca quis ser o primeiro de ninguém. Sempre fiz sexo por sexo. Mas quero que saiba que me sinto diferente com você...
Eu o olho duro. Mas ele não se abala. E ele puxa meus quadris para ele.
Seus joelhos abrem mais minhas pernas e ele me penetra enquanto sua boca suga meus lábios e suas mãos deslizam minha cintura, exclamo assustada com a sensação de dor. Ele para, e vai cada vez mais fundo. A sensação é devastadora. Ela invade meu corpo. Passo a choramingar baixinho quando ele começa a se mover.
Arquejo, quando finalmente entendo o que é a formação do desejo que me levará ao orgasmo. Suo, gemo, ofego e ele rosna, um som satisfeito e tão másculo quando me vê tão rendida, tão entregue.
Então junta meus pulsos e os eleva, mantendo-os acima da minha cabeça. Espasmos violentos me sobrevém e eu fecho os olhos.
―Olha para mim!
Estamos num ritmo tão perfeito, que é difícil olhá-lo, pois as sensações só me fazem querer fechar os meus olhos.
Eu o encaro momentaneamente e dou com seus olhos calorosos que fitam os meus, então, ele se move cada vez mais fundo. O ritmo aumenta e eu não consigo deixar de gemer alto. E assim estou eu, entregue a uma paixão arrebatadora.
Agora, só eu e ele, somos um, tudo ao nosso redor deixa de existir. O árabe-perfeito consegue o que eu achava impossível, me levar ao prazer.
Alucinada, fecho os olhos quando o prazer me toma completamente e alcanço o clímax violentamente: É o meu primeiro bombástico orgasmo.
Tom se entrega também, sinto dentro de mim sua entrega que vem com um forte urro de rendição. Ofegante ele se deita em cima de mim, nossos corpos unidos, o suor entre nós. Nossas respirações aceleradas aos poucos se acalmando.
Ele então se ergue e se apoia nos braços. Reparo no seu cabelo engenhosamente despenteado que o deixa absurdamente lindo.
Tom então sai de mim e se deita ao meu lado. Olha para mim por um momento.
―Pode deixar que entendi o recado. Sem compromisso não é mesmo?
Ele se levanta e se troca rápido, sem olhar para mim sai do meu quarto.