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A babá

Capítulo 5

Alessandro

Não gosto de atrasos, especialmente em meus funcionários. Essa babá chique está testando minha paciência e eu não tenho muita. Da última vez, faltei ao trabalho porque Matteo estava agitado e ela ainda não havia chegado. Isso não foi profissional.

— Chefe, o que fazemos com relação à família da Roberta.

A família da minha falecida esposa está fazendo perguntas. Eu não dei a mínima. Não respondo a ninguém.

— Eles que perguntem, ela fugiu com o namorado e deixou o filho comigo — Eu disse com um tom de finalização.

— Sim, chefe.

Estávamos em meu escritório, pois eu tinha uma papelada para colocar em dia.

Olhei para a janela de vidro e vi a Sra. Abbot carregando meu filho. Ele estava sorrindo. Ele deve gostar muito dela.

— Olhe para ele, Sebastian, meu filho está realmente sorrindo — Coloquei a caneta sobre a pasta, me levantei e fui até a janela.

— Parece que sim, chefe, o jovem mestre já ama sua babá. Ele não gosta de ficar longe dela— .

— Hmmmm, estou vendo.

— Chefe, há outra coisa que você precisa saber.

Voltei minha atenção para Sebastian.

— Fale.

— A babá está fazendo perguntas sobre a mãe do seu filho.

Meus olhos escureceram quando me virei bruscamente para olhar para ela. Ela se sentou no jardim com as pernas esticadas enquanto meu filho se deitava sobre suas pernas estendidas. A cabeça dele estava perto dos pés dela, enquanto os pezinhos dele chutavam tentando alcançar a barriga dela. Ela segurava um livro de histórias em suas mãos.

— O que você disse a ela? — Perguntei a Sebastian. Minha mandíbula tremeu de raiva enquanto eu cerrava os punhos.

— Eu disse a ela que a mãe do bebê morreu durante o parto.

— Ótimo.

Olhei de volta para ela. Era melhor que ela se metesse na vida dela, pois eu não hesitaria em meter uma bala nela.

— Você pode ir embora agora — Eu sinalizei com um aceno de mão.

Ele fez uma leve reverência antes de sair.

Dei uma boa olhada nela. Olhei bem de perto suas feições. Ela era linda, não posso negar.

Tinha cabelos loiros ondulados, lábios rosados e cheios, uma bela dentição, que ela estava exibindo ao sorrir para o meu filho, ignorando o fato de que eu podia vê-la.

Seu corpo era curvilíneo. Eu também notei isso, os seios, quadris e bunda perfeitos. Ela era bonita de se ver.

Mas algo nela me irritava muito, não sei bem o quê.

Meu telefone tocou, me tirando de meus pensamentos estranhos.

— Alô, mãe — Fui até a garrafa de uísque que estava sobre a mesa para me servir de um copo, enquanto ainda segurava o telefone. Preciso dessa bebida agora.

— Sandro, o que é isso que estou ouvindo sobre sua esposa.

— O que você ouviu, mãe — Perguntei enquanto colocava alguns cubos de gelo em minha bebida.

— Ouvi dizer que ela está desaparecida, que fugiu com o jovem amante, seu motorista, e deixou Matteo com você — Ela respondeu bruscamente. Eu podia sentir o desgosto que vinha de sua voz.

Mamãe nunca gostou de Roberta. Ela dizia que ela era uma garimpeira e, em suas próprias palavras "uma vagabunda imprestável".

— Não se preocupe, mãe, eu a peguei — Recostei-me em meu assento e coloquei minha bebida sobre a mesa, girando o assento para olhar o jardim.

— Onde ela está? Vou lhe dar um pedaço da minha mente — Mamãe estava furiosa.

— Não se preocupe, mãe, isso não será necessário.

— O que você quer dizer com isso?

— Eu a matei, matei os dois.

— Alessandro Rossi! O que você fez?! — Ela gritou pela linha.

— Esse é o castigo dela, mãe, ela traiu o líder da máfia italiana. Esse é o preço de sua falta de respeito.

— E se essa ação desencadear uma cadeia de reações ruins, Sandro? — Ela se acalmou um pouco agora.

— Sou a porra do Don da máfia italiana, mãe, nada me assusta.

— Tudo bem, Alessandro, em breve estarei indo para Nova York com Bianca.

Respirei fundo ao ouvir a menção do nome de minha irmã. Ela era uma pessoa difícil.

— Tudo bem, mãe, vou pedir às empregadas que preparem seu quarto.

Desliguei a chamada, colocando o telefone de volta na minha mesa. Virei-me para olhar o jardim.

Meu filho finalmente havia adormecido. A babá o segurou contra o peito para que a cabeça dele pudesse descansar em seu peito enquanto ela se levantava lentamente do chão.

Quando ela se levantou lentamente, meus olhos viram algo que se destacava: ela tinha uma tatuagem na cintura.

Isso é interessante. A pequena senhorita não tinha medo de um pouco de tinta.

Ela o carregou gentilmente de volta para dentro da casa e para o quarto dele.

Peguei meu telefone para ligar para um dos meus homens.

— Carlo, qual é a novidade?

— Chefe, uma das remessas chegou, mas parece que a outra ficou retida na fronteira russa.

— Droga!

Esses malditos russos estavam testando minha paciência.

— E você achava que eu não merecia saber as últimas notícias sobre minhas remessas, Carlo?

— Desculpe, chefe, estávamos tentando descobrir se o pacote não foi adulterado.

Apertei as sobrancelhas com o polegar e o indicador.

Esses russos estavam me dando enxaqueca.

— E?

— Elas estão completas e em boas condições, chefe.

— E as espingardas?

— Exatamente como você queria, chefe.

— Ótimo.

— Estarei no depósito em breve.

...

Cheguei ao depósito com Sebastian e entrei para inspecionar pessoalmente minhas mercadorias.

— Por aqui, chefe — Carlo me levou até ele.

— Por que parece ser assim? Perguntei enquanto pegava um rifle. Ele tinha inscrições. Mais pareciam escritos russos.

Olhei atentamente para ela antes de perceber que era um aviso.

— ESTOU DE OLHO EM VOCÊ.

Peguei cada uma dessas armas e elas tinham a mesma escrita.

— Como diabos você não viu isso? — Joguei-as para um dos rapazes, que as pegou e inspecionou.

— Desculpe, chefe, mas achei que era personalizada.

— Bem, não é, seu idiota. Você, arrume essa bagunça.

Passei meus dedos agressivamente pelo cabelo. Alguém estava atrás de mim. Um maldito russo, suspeito.

Sebastian tinha saído. Ele disse que precisava verificar nosso outro depósito. Liguei para ele e ele atendeu no segundo toque.

— Sebastian, onde você está? — Eu perguntei na linha.

— Chefe, o depósito foi destruído e nossos homens que estavam lá foram mortos.

— Descubra quem está por trás disso.

— Sim, capo.

— Foda-se! — Esmaguei o telefone contra a parede próxima.

...

Cheguei em casa e fui direto para o meu escritório. Eu precisava de um drinque.

Servi-me de uma garrafa de uísque e tomei o copo inteiro de um só gole. Ardia como o inferno, mas era exatamente o que eu precisava.

Não consigo me lembrar de quantos copos havia consumido até aquele momento, mas minha cabeça estava girando e eu me sentia quente por inteiro.

Eu não entendia a sensação. Normalmente, eu conseguia lidar com meu álcool, mas hoje foi diferente. Eu me sentia quente e bêbado. Minha visão estava embaçada e tudo estava girando.

Eu precisava me recolher para passar a noite. Agarrei-me firmemente às bordas da minha mesa enquanto me movia em torno dela. O ar-condicionado estava no máximo, mas não fazia nada para parar o calor.

Cambaleei até a porta e a abri, passei para o outro lado e fui para o meu quarto.

Antes de chegar ao meu quarto a partir do meu escritório, cheguei a uma porta que estava meio aberta.

Parei e olhei para dentro da sala e fiquei atônito com o que vi.

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