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Derick

Sigo o cheiro da minha fêmea, é fácil, tá bem forte, paro onde ela caiu e sigo em frente, me transformo na minha forma crinus, um perfeito lobisomem, bem alto e forte, para assustar mesmo. Tenho gene lupino de supremo, mas não sou tão forte quanto o atual. 

Estou quase a alcançando, quando sinto um choque de outro lobo, na lateral do meu corpo. Caí rolando e me levantei furioso, quase fora de mim. Procuro quem fez isso e vejo, de pé a minha frente, na forma humana, mestre Túlio.

Volto a minha forma humana, com o rosto contraído e muita raiva por ter sido interrompido, pergunto:

- Porque fez isso, não tem medo de morrer? Espero essa caçada a anos. Porque? FALA!

- Desculpa meu alfa, mas preciso lhe falar algo, antes que faça algo que ferirá você e sua companheira pro resto da vida.

- O quê?- Não tô entendendo, como ele pode achar que me impedirá de reivindicar minha fêmea - fala logo, não tenho tempo a perder.

- Meu alfa, àquela jovem, não é o que todos pensam. O senhor fez bem em não rejeitá-la. Ela realmente é filha de seu beta Nestor. Ela é especial, tem dons especiais e se esconde com medo de ser rejeitada mais ainda do que já foi.

- Do que você tá falando mestre? - Não tô aguentando mais essa falação, o que ele quer dizer com dons? Especial onde, esquisita é esquisita e pronto. Mas não vou rejeitá-la, só dar uma boa pegada.

- Quero dizer alfa, que todo aquele milagre da horta e até das frutas do pomar é produto da magia dela. Nem ela sabe ainda o que é. Sua transformação completa se dará com a reivindicação. Mas, se for com carinho, será para o bem e se for com violência, será para a vingança. É isso meu alfa, está nas suas mãos. - Se virou e saiu.

Lizandra     

Corri, corri, estou sem fôlego, não sei como ele ainda não me alcançou. O bom é que consegui chegar à caverna que tem por trás da cachoeira, me molhei um pouco, mas estou protegida de outros lobos.

Vejo uma sombra perto das águas e de repente ele surge, enorme, em sua forma crinus, se aproximando devagar. Eu estava sentada, encolhida. Solto minhas pernas que estavam dobradas e vou escorregando para trás, empurrando o corpo, tentando fugir, até encostar na parede da caverna, estico o braço e peço - Não me machuque, por favor.

Minha... Minha...

-Sim, sou sua, mas não me machuque, volte a forma humana, por favor.

Ele volta a forma humana  e mesmo assim é  grande, chega perto, me pega pelo braço e puxa, me estende no chão, se debruça sobre mim, me cheira, esfregando seu rosto no meu rosto. Suas mãos estão apoiadas ao lado de meus ombros, sustentando seu corpo sem tocar no meu.. Ele levanta uma das mãos e com pressa, tira minha roupa, jogando para o lado, minhas costas encostam no chão gelado, sinto o desconforto  que logo passa com a quentura de seu corpo, que ele abaixa e fica junto ao meu. Volta a cheirar profundamente  meu pescoço…

-Minha…!

Ele passa a mão de leve pelo meu corpo, beija meu pescoço,  rosto e chega aos meus lábios. Seu beijo é  doce e suave no início,  mas depois esquenta, se aprofundando em luxúria e me conquistando. Nunca tinha experimentado tal emoção, é meu primeiro beijo  e me entrego ao seu toque, ao seu desejo, ao seu aroma delicioso de chocolate com amendoim.

Ele me toca o corpo, acariciando e observando tudo, me conhecendo e com isso vou relaxando. Me excita ao tocar e lamber meus seios e volta para meu pescoço, cheirando e lambendo. Olha nos meus olhos e diz:

-Você é linda! Como nunca notei antes? - Enquanto fala, esfrega seu corpo no meu, deixando-me quente e molhada.

-Desculpe, é que sou muito diferente das outras fêmeas da Alcateia. - Ele beija minha boca novamente, então me solto e perco um pouco a timidez e o medo, passando meus braços por trás de seu pescoço e correspondendo ao seu beijo.

Ele sente que eu cedi e sorri ainda com seus lábios tocando os meus.

-Vou cuidar de você, minha Lizandra, nunca mais deixarei ninguém te rejeitar ou te fazer mal. Mas agora querida, não tem como evitar, vai doer.

Ele abre minhas pernas com seu joelho e se coloca entre elas, continua me cheirando e lambe meu pescoço. Sinto que estou molhada e meu corpo corresponde ao seu.

Sinto suas mãos em mim, com suavidade, embora seja um homem bruto, está me tratando com carinho. De repente, sinto uma dor ardida, dou um grito que estremece todo meu corpo, parece que estou sendo rasgada por dentro. Ele me olha, seus olhos parecem sentir pesar pela minha dor, mas está quieto, parado, esperando pela minha reação. Meus olhos se enchem de lágrimas, mas a dor vai acalmando e eu também, percebo que a culpa não é dele, tinha que acontecer. Ele me toca em minhas partes íntimas e um arrepio de prazer sobe pelo meu corpo e me movimento sob ele, que entende e continua a se mover. Nunca pensei que existisse um êxtase tão completo quanto este e a medida que cresce, parece que vou explodir, ele cheira o meu pescoço e chegando ao clímax,  sua presas saem e ele me morde,  faço o mesmo com ele e assim nos possuímos e nos marcamos.

Derick

Me controlei ao máximo, mas o grito dela doeu na minha alma. Esperei ela se acalmar, a acariciei seu clitóris para a excitação aumentar e ela conseguiu se acalmar e dar sinal para eu continuar. Não foi fácil, meu lobo queria assumir, estava desnorteado, não sei porque ele não se comunicava, mas sinto que ele espera por algo grande, que eu não sei o que é, só sei que meus sentimentos mudaram, um grande carinho e respeito surgiu em meu peito e tudo que quero, agora, é cuidar da minha fêmea.

Quando finalmente a mordi, ela devolveu a mordida e isso aumentou meu prazer. Saí de sobre ela, ainda queria muito estar dentro dela, mas não podia continuar, ela deve estar dolorida, seria  contrário aos valores que trago enraizados dentro de mim, passados pelo meu pai, de proteger e cuidar de nossa fêmea. Agora que sei que ela é a minha fêmea destinada, algumas coisas terão que mudar. Fico contemplando ela que está quase dormindo, cansada e com os olhos fechados. Fui puxar ela para deitá-la em meu peito, quando seu corpo estalou e ela gemeu com dor.

Seu corpo começou a se mexer, que estranho, ouço um barulho de ossos e um leve farfalhar, ela despertou ainda meio zonza, já se transformando. Passou um tempo e finalmente, aquele ser lindo e diferente, estava sentada diante de mim. Suas cores são estupendas, rosa, mesclada com branco e um tom levemente azulado. Mas o mais incrível, era o que tinha em suas costas, 

ASAS!

Lizandra

Acordei sentindo muita dor, não pela reivindicação, mas pelos ossos. Estava me transformando, mas não era só isso, nas minhas costas, os calombos estavam crescendo e se esticando e surgiram penas, me transformei num lobo alado. Fiquei chocada, nunca pensei que Rose pudesse ter asas. Ela sentou descansando da transformação. Olhou para nosso companheiro, que a olhava admirado. Ele se transformou e seu imenso lobo apareceu. Somos quase do mesmo tamanho, fico mais alta, com as asas esticadas. Ele começou a conversar comigo, mentalmente. 

"- Você é tão linda! Eu sabia que você era especial. Qual o seu nome? O meu é Thomas."

"- Meu nome é Rose. Também sabia que te encontraria, mas ele nos tratou muito mal. "

"- Pelo menos não te rejeitou".

"- Ainda bem, se não eu teria me transformado em algo bem diferente. Me vingaria de todos e nem saberiam o que os acometeu."

"-Você seria tão má assim?"- Foi se chegando a ela e esfregou o focinho em seu focinho, descendo pelo pescoço, lambendo e passando seu cheiro para ela, ainda à reivindicando. "- Posso tomá-la, reivindica-la por completo?"- Continuou se esfregando nela.

- "Pode, na verdade deve, vou encolher as asas. Você precisa saber, que muitos tentarão te matar pra ficar comigo, tentarão me sequestrar e até roubar nossos filhotes... farão de tudo para conseguir o meu poder."

-"Não se preocupe minha loba, te protegerei."- Prometeu, já montando sobre ela.

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