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4

“É nítido em nosso olhar, nos pertencemos como nunca havíamos pertencido a alguém antes.”

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6 meses antes...

Meu voo para Nova York foi ótimo, dormi durante todo o percurso e sequer despertei na pequena parada na África, pois gosto de dormir em meu acento.

Saí do aeroporto e fui para a entrada de modo a seguir para casa do meu irmão.

— Se bem conheço Jae, já deve estar acordado. — peguei um táxi e com meu inglês fluente passei minha localização.

O dia mal começou e já estou com dor de cabeça, ruas lotadas e buzinas para todo o lado.

— Que cidade barulhenta! — murmurei, com a certeza que terei péssimos meses aqui.

— Logo você se acostuma, sou da Indonésia e quando cheguei aqui foi um tormento, dores de cabeça sem fim, mas agora nem me incomoda mais. — o motorista compartilhou sua experiência.

— Pode se dizer que sim, mas pretendo voltar para Dubai, Nova York não é meu sonho… — decidi conversar com ele já que iniciou o diálogo — Na verdade, meu lugar é em casa com meus irmãos e minha cultura, nada contra mas a china sempre será meu lugar favorito em todo mundo! — desabafei.

— Concordo contigo, sinto muita falta de casa e da minha família, mas lá não tem trabalho e aqui consigo pagar as contas e mandar para minha esposa e filhos. — lhe ofertei um sorriso sincero — estamos juntando dinheiro para que em breve estejamos juntos novamente.

— Meu sonho! Meus irmãos e eu morando próximos e nós vendo sempre que der vontade. — olhei para o trânsito terrível em plenas seis da manhã — falta muito para conseguir trazer sua família?

— Não, estamos quase lá, já consegui a liberação para que venham morar aqui, já estamos com 80% do dinheiro. — respirei fundo sabendo que não vou poder ajudar muito já que não tenho muito dinheiro aqui comigo.

Trocamos mais algumas palavras e fiquei sabendo que está a dois anos longe do filho e da esposa e contei do casamento do meu irmão.

— O casamento quando é no tempo certo tudo flui melhor, tenho certeza que seu irmão será muito feliz. — fiquei calado sem ter o que dizer e o assunto morreu.

O resto da viagem fiquei pensando o quão fodido Jun estar, pois passei alguns dias em casa e vi que sua noiva e pirralha demais e a porra da voz é como derramar óleo quente nos ouvidos. — Coitado!

Estava divagando pensando nos problemas do meu irmão mais velho quando o táxi parou.

— Chegamos. — dei a ele dez vezes o valor da corrida e ao sair o vi agradecer a Deus.

Sorri para o gesto. — É impressionante como as pessoas têm esse lindo hábito de agradecer quando as coisas prosperam.

O carro ganhou velocidade e olhei para o luxuoso prédio de mais de vinte andares na minha frente.

— Vou morar com o Jun até comprar algo para mim. — declarei passando pela porta imensa.

Na recepção pedi para informar ao meu irmão Jae que eu havia chegadi e o mesmo liberou a minha entrada.

— Por favor, aperte o número 28 da cobertura, a do Sr. Jae é a 280 A — agradeci pela informação.

Segui para o elevador e quando começou a fechar as portas uma voz feminina pediu para segurar o mesmo e coloquei a mão no sensor.

— Obrigada. — acenei com a cabeça e fiquei no painel admirando os números passando — morador novo? — obviamente que a pergunta me forçou a olhar para mulher.

Cabelos loiros contidos em um rabo de cavalo bagunçado e roupa de academia tão justa que posso contar os buracos dos poros dessa mulher. Enfim, não faz meu tipo, muito nova.

— Sim! — resposta curta para não demonstrar interesse.

Finalmente as portas se abriram no 13° andar e era o dela.

— Quer tomar um café? Minha cafeteira é ótima. — neguei com a cabeça — vem, ele é forte e bem gostoso.

— Senhorita, não faço uso de cafeína, gosto de chá. — Informei e permaneceu impedindo o elevador de continuar subindo — poderia por favor soltar a porta!

— Então eu faço um chá muito gostoso. — informou alisando a pele suada.

Nada contra o suor, o que me enoja e como se oferece.

— Nada que possa me oferecer é do meu agrado, agora, com licença. — cuidadosamente retirei sua mão do sensor que impede as portas de se fecharem — tenha um ótimo dia.

Me deu aquele sorriso de quem não vai me deixar em paz e a cada centímetro seu rosto foi sumindo até que finalmente as portas fecharam.

— Puta merda! — murmurei alisando meu rosto — vou evitar essa mulher a todo custo.

O elevador me deixou na cobertura e aqui o silêncio é total. — finalmente.

Segui para a porta indicada e abri. Antes de qualquer coisa, fui abraçar meu irmão.

— Jae, quanto tempo! — me deu um sorriso largo, quando nos separamos olhei à minha volta.

"Meu pau deu um alerta de que acabou o luto... A criada é realmente linda."

Jae sabia que isso iria acontecer! Por isso me alertou.

— Senhoritas... — cumprimentei as duas, mas meu olhar caiu sobre minha futura Submissa.

Sai do transe com um tapa que Jae me deu.

— O quê? — sei que está me repreendendo por cobiçar a empregada — Ok! — respondi o que queria ouvir, mas estou decidido!

“Será minha.”

Voltei a olhar em sua direção e tenho que me sentar urgentemente ou minha ereção será evidente em poucos segundos.

Minha futura submissa veio a passos lentos e de cabeça baixa, com uma submissão natural suspendeu o olho mais logo desviou. — Gosto assim.

— Bom dia! Quer algo para o café da manhã, senhor? — mordi meu lábio ou falaria que foder com ela seria o café da manhã ideal.

Outro tapa colidiu com minha nuca, Jae é pior que Jun quando deseja me impor limites. Revirei os olhos e lembrei que minha sub não teve resposta.

— Você... — fui sincero no meu primeiro pedido e achei justo mencionar o próximo —, teria chá-verde?

Observei sua boca entreaberta e sua face ruborizada. Só voltei ao mundo real quando ela se foi.

Em segundos imaginei essa pequena mulher empalando minha piroca em todos seus buracos viáveis. — Merda! Sai do luto!

Jae, pode até tentar, mas me conhece e sabe que para os desejos da luxúria não barganho com ninguém. Estava imaginando ela de joelhos amarrada disponível para brincar bastante quando Jae quebrou o silêncio.

— Lembra da morta! — meu pau teve um infarto, caiu e entrou em coma profundo.

Me sentei ao lado da linda mulher negra que me deu um sorriso acolhedor. — Gostei dela, não é falastrona.

— Bom dia! Cunhada, espero que não seja insuportável igual a Mei-li, aquela pirralha é uma chata e vai deixar o Jun de mão coçando...

Recordo do nosso almoço. Aquela voz insuportável será o fim do meu irmão, e ela me expulsou da mesa para ter seu momento de namoro!

— Acredita que pediu para que eu os deixasse a sós? É uma sonsa e se Jun for jogar com ela, coitada! — informei do possível fato e olhei para a Jessie — Até você que é cadeirante aguenta o tranco.

Falei sério e os dois sorriram, fiz o mesmo para não ficar com cara de idiota, visto que falei a verdade.

O assunto virou a empresa e fui convocado a trabalhar, mas desejo privacidade e vou ficar em casa. — quero saber mais da minha sub.

— Estou de folga! Acabei de chegar e quero ficar em casa... — recusei a oferta e mais uma vez fui agraciado com aquele rosto lindo e ruborizado — Bom dia! Senhorita, ou devo lhe chamar somente de senhora? — vamos saber se é casada.

— Pode ser por meu nome, senhor... — me fodeu! Terei que questionar assim que Jae sair.

— Não ouse assediar minha empregada — e lá vamos nós novamente. Usou seu tom de advertência e por falar em chinês sei que as duas não entendem o que disse — ou te mandarei embora!

— Tens a minha palavra! — mais uma vez respondi o que deseja ouvir, pois nem fodendo que vou voltar atrás na minha escolha. Esse papo já deu e vou me dar privacidade — Por gentileza, poderia me levar até meu quarto?

— Claro senhor, já deixei pronto para sua chegada. — meu pau ressuscitou com esse "senhor".

— É excitante a forma como me chama por senhor, porém se for de mestre meu dia ficará perfeito... — Jae fez seu papel de irmão mais velho me olhando com aquela cara de que passei dos limites.

Respirei fundo e mentalmente lhe dei o dedo do meio e mandei se foder!

• CONTINUA …

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